crianca com baixa estatura Flashcards
Crescimento normal: 4 estagios
Intrauterino (maior VC)
Lactância (desaceleração da VC); Infância (crescimento prolongado/constante);
Adolescência (desaceleração fisiológica antes do
estirão puberal);
velocidades de crescimento (VC)
O crescimento normal é, em média, de 25 cm no
primeiro ano de vida, 12 cm no segundo e 8 cm no
terceiro. Na infância, entre 3 e 12 anos de idade, ou até
o início da puberdade, o crescimento estatural é, em
média, de 5 a 6 cm por ano. Entretanto, há um período
de alentecimento fisiológico do crescimento no
período pré-puberal e na fase inicial da puberdade.
O estirão puberal dura, em média, 2 anos
O estirão puberal meninas x meninos
Nas meninas: o estirão ocorre logo no início da
puberdade, coincidindo com o início da telarca; o pico
de crescimento é alcançado nas meninas 2 anos mais
cedo em relação ao meninos. A menarca marca o final
do estirão, que coincide com idade óssea por volta de
13 anos.
Nos meninos: o estirão é mais tardio e se inicia nas
fases mais avançadas do desenvolvimento puberal, no
estádio III e IV de Tanner. Não há um marco
fisiológico, porém a idade óssea que coincide com o
fim do estirão é, em média, 15 anos.
Quando avaliar baixa estatura?
O termo baixa estatura refere-se geralmente a
qualquer criança cuja altura se encontra abaixo do
percentil 3%
Recomenda-se a investigação de crianças com:
Estatura abaixo do percentil 3
VC menor do que o percentil 3 por mais de 6
meses
Mudanças das linhas de percentis no gráfico de
crescimento para um percentil inferior após a
idade de 18 a 24 meses Altura abaixo do potencial
genético (abaixo de 2 desvios padrões, em relação
à média das alturas dos pais);
Retardo na idade óssea em relação à idade altura;
Avaliação da criança com baixa estatura:
↳ História completa:
Informação sobre gravidez (doenças, uso de drogas
ilícitas ou álcool, evolução da gestação);
Consanguinidade;
Eventos perinatais, peso e comprimento ao nascer;
Sinais/História de doença crônica ou anormalidades
no status psicossocial;
Antecedentes de traumatismos, infecções ou
alterações neurológicas;
Uso de medicamentos (ex. glicocorticoides);
Histórico de alimentação (amamentação, introdução
alimentar e padrão alimentar atual);
História do crescimento e da puberdade dos pais;
Dados sobre a altura dos pais (para correlaciona-lo
com a da criança);
O exame físico deve ser completo, incluído a
palpação da tireoide, o estadiamento puberal, além d a
medida da altura e dos segmentos corporais;
Relação com a altura média dos pais:
meninos: altura da mae+13 + altura do pai/ 2
meninas: altura do pai-13 + altura do mae/ 2
+- desvio padrao de 5cm
Aferição adequada da altura da criança:
Até os 2 anos de idade, a altura é medida deitada;
Após os 2 anos de idade, deve-se utilizar a
posição supina;
Idade óssea:
IO atrasada ou avançada é definida com uma IO 2 DP
ou mais abaixo ou acima da média, respectivamente;
IO atrasada é vista nos casos de retardo
constitucional de crescimento e desenvolvimento
puberal, mas também é vista em muitas causas
patológicas como DGH e doenças sistêmicas;
vê o osso pisiforme
Técnicas para medição da altura:
Ela deve
ficar no que se chama de “Plano de Frankfurt” que
é uma linha horizontal imaginária que une a parte
exterior inferior da órbita ocular com o orifício da
orelha
encostar o negocio na cabeca da pessoa e nao no cabelo
Estadiômetro de Harpenden:para determinação
adequada da altura, a criança deve ser colocada contra
a parede,com a
parte posterior da cabeça, a coluna vertebral e os
calcanhares mantidos encostados à parede ou a um
dispositivo vertical,
Recomenda-se que a criança seja medida três vezes
no mesmo dia pelo mesmo avaliador e a variação seja
menor que 0,3 cm e a altura média seja anotada.
O intervalo das aferições de altura não deve ser < 3
meses, sendo o ideal a cada 6 meses.
Checklist estadiometro
- Pedir permissao,explicar etc
1.Pedir que fique descalça e se tiver com tecidos pesados tirar
2.orientar que suba na base do estadiômetro
com os calcanhares juntos e encostados na base
vertical do estadiômetro, colocando os pés sobre o
desenho dos pés colocado na base horizontal do
estadiômetro de forma que os pés fiquem em um
ângulo de cerca de 60°;
- orientar que se posicione de costas para a
haste vertical do estadiômetro, encostando a parte
posterior da cabeça (nuca), as costas e as nádegas, com
o peso distribuído igualmente nos dois pés e que a
cabeça fique no plano horizontal de Frankfurt
orientar que os braços estejam soltos
livremente ao lado do corpo, com as palmas das mãos
viradas para as coxas;
posicionar-se ao lado do estadiômetro para
confirmar a posição correta do corpo
solicitar que a pessoa inspire prendendo
ler em voz alta para que todos ouçam o
resultado e anotá-lo;
erguer o cursor, solicitar que a paciente
que desça do estadiômetro
repetir 3x
em criancas:
Pedir à mãe para se agachar e pressionar levemente
o joelho e os calcanhares da criança contra a haste
vertical do estadiômetro;
O entrevistador
também deve estar agachado de forma que possa fazer
a leitura com os olhos no mesmo nível da medição.
Passo a passo em crianças pequenas:
Passo 1: solicitar que a mãe deite a criança despida,
descalça e sem qualquer objeto na cabeça com o
infantômetro posicionado em uma superfície lisa;
Passo 2: encostar a cabeça da criança no cursor fixo
do infantômetro
Passo 3: segurar as pernas da criança colocando o
indicador entre as pernas na altura do joelho e com os
outros dedos, pressionar com cuidado de modo que os
joelhos fiquem estendidos.
Passo 4: juntar os pés da criança, fazendo um ângulo
reto com as pernas e mover o cursor do infantômetro
até as plantas dos pés,
Passo 5: realizar a leitura do comprimento,
Passo 6: pedir à mãe que retire a criança do
infantômetro e refazer todo o procedimento para a
segunda medição.
Retardo constitucional de crescimento e
desenvolvimento puberal:
Resulta em baixa estatura na infância, mas altura
adulta relativamente normal;
Os dados de altura devem ser interpretados de acordo
com a IO, em vez da IC;
Tamanho normal ao nascer;
Se a altura é plotada usando a IO em vez da IC, altura
projetada está dentro da faixa prevista para a família e
geralmente dentro da faixa normal;
Além de
definir se uma criança apresenta baixa estatura, é
necessário, conforme mencionado, saber se ela está
crescendo de maneira adequada.
Etiologia
Pode ser consequência de doenças crônicas não
endócrinas (desnutrição), distúrbios congênitos
(Síndrome de Turner) ou endocrinopatias (deficiência
de GH, hipotireoidismo e Síndrome de Cushing);
Entretanto a maioria das crianças com déficit de
crescimento se enquadra no que se chama de variantes
do crescimento normal: baixa estatura familiar (BEF)e
retardo constitucional de crescimento e puberdade
(RCCP); na prática BE de causa endócrina é pouco
frequente;
Causas não endócrinas de baixa estatura:
Variantes do crescimento normal: retardo
constitucional do crescimento e puberdade; Baixa
estatura familiar;
Doenças crônicas: Desnutrição; Doenças renais,cardiacas,gastrintestinais,hepaticas,respiratorias,imuno..
Doenças congênitas: Síndrome de Down; Síndrome
de Turner;
Baixa estatura psicossocial.
Baixa estatura idiopática;
Retardo do crescimento intrauterino;
Causas endócrinas de baixa estatura:
Diabetes insípido,Traumatismo craniano;Deficiência congênita de GH,Síndrome de Cushing,Hipotireoidismo primário
Síndrome de Turner
A síndrome de Turner (ST) ocorre exclusivamente
no sexo feminino,tem como característica
principal a disgenesia gonádica 45, X.
Manifestações clínicas:
Alterações faciais (caracterizadas por micrognatia,
pregas epicânticas e ptose palpebral), orelhas
proeminentes, com implantação baixa e discretamente
rodadas para trás, implantação baixa de cabelos na
nuca, aumento da distância intermamilar, tórax
proeminente, cúbito valgo e pescoço curto e alado.
Maior propensão para certas doenças, como DAT,
obesidade, diabetes melito, hipertensão, osteoporose,
doença inflamatória intestinal,
A associação a cardiopatias, principalmente a
coarctação da aorta,
A ST geralmente é suspeitada diante da associação
baixa estatura, atraso puberal e amenorreia primária
Deficiência de GH em Crianças:
A DGH congênita ocorre com mais frequência no
sexo masculino
pode ser isolada ou
associada à deficiência de outros hormônios
hipofisários.
Peso e altura normal ao nascimento – deficiência no
crescimento, após 1 ano; Geralmente é notado após 4
anos – fica realmente defasada;
A deficiência de GHRH provavelmente
representa a causa mais comum da DGH idiopática
isolada.
Diagnóstico: a maneira adequada de diagnosticar a
DGH permanece controversa. Em geral, ela se baseia
em cuidadosa avaliação auxológica e na mensuração
adequada do sistema GH-IGF-1.
Manifestações clínicas:
Fronte proeminente;
Base nasal achatada e mandíbula pequena;
Uma aparência imatura e arredondada à face (fácies
de anjo querubim ou de boneca);
A microfalia (pênis com comprimento < 2 cm, ao
nascimento)
Cabelos finos e ralos, dentição retardada;