Conceito, Órgãos, Estrutura Flashcards

1
Q

O que são os critérios unidimensionais e pluridimensionais para conceituar o direito ADM?

A

Critérios Unidimensionais x Pluridimensionais – os critérios podem ser unidimensionais quando utilizados de forma isolada, ou conjugados, quando o conceito de direito ADM se apoia em pelo menos dois deles.

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2
Q

O que é a descentralização por serviço?

A

Por Serviços – cria-se uma PJ e se lhe atribui a titularidade e a execução de um serviço público.

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3
Q

O que é a descentralização por colaboração?

A

Por Colaboração – transfere-se a execução de um serviço público a PJDPR, por ato administrativo unilateral ou por contrato.

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4
Q

O que é um órgão independente?

A

Órgãos Independentes – aqueles previstos na CF e representativos dos Poderes (CN, CD, SF, AL, PR, Governadores, TJ).

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5
Q

O que é um órgão autônomo?

A

Órgãos Autônomos – localizados na cúpula da ADM, imediatamente abaixo dos independentes e diretamente subordinados aos seus chefes (Ministérios, Secretarias, AGU). Possuem ampla autonomia ADM, financeira e técnica.

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6
Q

O que é um órgão superior?

A

Órgãos Superiores – têm poder de direção, controle e decisão, mas estão sujeitos à subordinação e a o controle hierárquico de níveis superiores de chefia. Não possuem autonomia (procuradorias, coordenadorias, inspetorias).

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7
Q

O que é um órgão subalterno?

A

Órgãos Subalternos – baixo poder decisório, com atribuições de mera execução.

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8
Q

Participação em empresa privada de entidade da ADM indireta depende de autorização legislativa?

A

CF: Depende de autorização legislativa, em cada caso, a >criação de subsidiárias< das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a >participação de qualquer delas em empresa privada;

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9
Q

Quais as combinações de descentralização e desconcentração?

A

Combinações – pode haver uma centralização desconcentrada, uma descentralização desconcentrada (INSS, p.ex.), ou uma descentralização concentrada.

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10
Q

Qual a classificação das autarquias quanto ao objeto?

A

o Assistenciais – buscam diminuir desigualdades regionais e sociais (INCRA, SUDENE);
o Previdenciárias – INSS;
o Culturais – destinadas à educação, como universidades;
o Profissionais – conselhos regionais;
o Controle – exercem controle sobre entidades prestados de serviço público (ANATEL, ANP);
o Associativas – consórcios públicos;
o ADM – destinam-se ao exercício de atividades ADM residuais, que não se enquadram nas categorias acima (INMETRO, BACEN, IBAMA);

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11
Q

O que é a desautarquização das autarquias?

A

Desautarquização das Autarquias – a desautarquização é a ingerência ou interferência do Executivo em face de exclusão, na prática, da autonomia da autarquia.

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12
Q

Que tipos de entidade não podem ser OSCIP?

A

Não Podem ser OSCIP –sociedades comerciais, sindicatos, associações de classe ou de representação de categoria, instituições religiosas, partidos e assemelhados; hospitais privados; entidades que comercializam planos de saúde; entidades de benefício mútuo, escolas privadas; organizações sociais, cooperativas, fundações públicas ou associações criadas por órgão público, organizações creditícias que tenham quaisquer tipo de vinculação com o sistema financeiro nacional;

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13
Q

O ato de concessão da natureza de OSCIP é discricionário ou vinculado?

A

Ato Vinculado – é ato vinculado, em cumprimento aos requisitos legais, a qualificação como OSCIP de PJDPR sem fins lucrativos, cujos objetivos sociais e normas estatutárias atendam àqueles.

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14
Q

Entidade do sistema S deve realizar concurso público?

A

STF: Sem Concurso – entidade do Sistema S não está obrigada a realizar concurso público para a contratação de pessoal (RE 789874).

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15
Q

Entidade do sistema S é PJDPB ou PJDPR?

A

Serviços Sociais Autônomos – entes paraestatais, de cooperação com o PP (pessoas de cooperação governamental).. Instituídos por lei, como PJDPR, para ministrar assistência ou ensino a categorias sociais ou grupos profissionais, sem fins lucrativos, mantidos por dotações orçamentárias ou contribuições parafiscais. Capacidade de autoadministração.

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16
Q

Entidade do sistema S está sujeita à fiscalização do TCU?

A

TCU – submetem-se ao controle do TCU.

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17
Q

Qual o instrumento que confere à OS sua qualificação?

A

Organização Social: OS – PJDPR, antes fundação ou associação, sem fins lucrativos, que recebe delegação do PP, mediante contrato de gestão, para desempenhar serviço público de natureza social em regime de parceria com o Estado.

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18
Q

Que incentivos a OS pode receber?

A

Incentivos – podem ser destinados recursos orçamentários e de bens públicos, dispensada a licitação, mediante permissão de uso; pode haver cessão especial de servidor público e dispensada licitação.

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19
Q

Entidade do sistema S integra a ADM Indireta?

A

Não Integram ADM Indireta – posição adotada pelo STF no RE 789874 é de que as entidades do Sistema S não integram a ADM indireta, razão pela qual não precisam, p.ex., fazer concurso público.

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20
Q

Qual o contrato feito entre a ADM e uma OSCIP?

A

Termo de parceria;

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21
Q

Quais princípios o estatuto da OSCIP deve prever?

A

Estatuto – o estatuto das OSCIP devem ter normas expressas que disponham sobre a observância dos princípios do LIMPE e da economicidade.

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22
Q

Quais os requisitos para ser uma OSCIP?

A

o Requisitos – sem fins lucrativos, patrimônio deverá ser transferido a outra OSCIP, sem distribuição de resultados (mas pode remunerar dirigentes).
o Prazo Mínimo – 3 anos de constituição e funcionamento regular.

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23
Q

Quem confere a qualificação de OSCIP?

A

Autoridade – deverá requerer ao MJ a qualificação.

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24
Q

Quem institui as entidades de apoio?

A

Entidades de Apoio – PJDPR, sem fins lucrativos, instituídas por servidores públicos, porém em nome próprio, como fundação, associação ou cooperativa, para prestar serviço sociais não exclusivos do Estado, em caráter privado.

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25
Q

Há necessidades de representantes do PP na OS e na OSCIP?

A

Representantes do PP – na OS, há exigência de que tenha a presença de representantes do PP no órgão de ADM, o que não ocorre na OSCIP.

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26
Q

Há necessidade de licitação para contratar OS?

A

Licitação Dispensável – é dispensável a licitação em caso de celebração de contratos de prestação de serviços com as OS, qualificadas no âmbito das respectivas esferas de governo, para atividades contempladas no contrato de gestão.

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27
Q

Há necessidade de licitação para contratar OSCIP?

A

Sem Licitação – como na OS, basta a cotação prévia de preço no mercado.

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28
Q

OS pode ser OSCIP?

A

Não

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29
Q

Cooperativa pode ser OSCIP?

A

Não

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30
Q

Qual a peculiaridade de um imóvel da OSCIP?

A

Aquisição de Imóvel – se a OSCIP adquirir imóvel com recursos provenientes da celebração de Termo de Parceria, este será gravado com cláusula de inalienabilidade..

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31
Q

OS pode permutar o bem público recebido?

A

Permuta de Bens Públicos – os bens móveis públicos permitidos para uso poderão ser permutados por outros de igual ou maior valor, condicionado a que os novos bens integrem o patrimônio da U.

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32
Q

Hospitais privados podem ser OSCIP?

A

Não

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33
Q

Em caso de OS ou OSCIP, a licitação é dispensável ou inexigível?

A

Dispensável

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34
Q

O que é o princípio da especialidade?

A

• Especialidade – concerne à ideia de descentralização administrativa: quando o Estado cria pessoas administrativas, visa à especialização de função, estabelecendo precisamente quais finalidades lhe incumbe atender, não podendo seus administradores afastar-se dos objetivos definidos em lei.

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35
Q

Qual é o primeiro setor?

A

O Estado.

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36
Q

Qual é o segundo setor?

A

O mercado;

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37
Q

Quem aprova a qualificação da OSCIP?

A

O ministério da Justiça;

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38
Q

Quem aprova a qualificação como OS no âmbito federal?

A

o Aprovação da Qualificação – quanto à conveniência e oportunidade da qualificação como organização social, é pelo Ministro ou titular de órgão supervisor da área de atividade correspondente ao seu objeto social >e< do Ministro de Estado da ADM Federal (>Ministro do Planejamento

39
Q

Quais as áreas de atuação das OS?

A

Áreas – desempenham serviços sociais não exclusivos nas áreas de ensino, pesquisa, desenvolvimento tecnológico, proteção e preservação do MA, cultura e saúde.

40
Q

Qual a atividade dos serviços sociais autônomos?

A

Fomento - não prestam serviço público, mas atividade de FOMENTO, isto é, uma atividade privada de interesse público.

41
Q

Como serão destinados os bens públicos às OS?

A

Permissão de Uso – os bens serão destinados às OS, dispensada licitação, mediante permissão de uso, consoante cláusula expressa do contrato de gestão.

42
Q

De quanto tempo é a quarentena das agências reguladoras?

A

4 meses.

43
Q

Estatal exploradora de atividade econômica se sujeita à responsabilidade objetiva?

A

Não, só a prestadora de serviço público

44
Q

A câmara municipal tem PJ?

A

Não

45
Q

Pode um ente federativo proibir que outros entes adquiram ações de SEM sob seu controle?

A

STF: Vedação à Aquisição por Outros Entes – vedação à aquisição pelos demais E de ações de propriedade do ESP no capital de concessionárias de eletricidade paulistas. Razões econômicas e políticas legitimam a restrição contida no preceito impugnado. A limitação mencionada afasta possível tensão nas relações entre as unidades federativas envolvidas (ADI 2452).

46
Q

SEM exploradora de atividade econômica precisa licitar para serviços relacionados à sua atividade fim?

A

Não

47
Q

Cabe MS em licitação promovida por SEM ou EP?

A

STJ 333: MS – cabe MS contra ato praticado em licitação promovida por SEM ou EP.

48
Q

Devido à deslegalização, podem as agências reguladoras inovar na ordem jurídica?

A

As agências dependem de lei tanto para sua instituição quanto para seu funcionamento. Elas meramente complementam normas legais, desenvolvendo-lhes os princípios e o conteúdo. Mas não podem inovar primariamente a ordem jurídica, nem criar ou aplicar sanções não previstas em lei.

49
Q

Quais as hipóteses em que o diretor de uma agência reguladora pode perder o cargo?

A

Hipóteses - prevê-se a perda do cargo por renúncia, sentença judicial condenatória TEJ ou decisão em processo administrativo.

50
Q

Pode-se firmar termo de parceria para OSCIP exercer funções próprias da atividade fim do ente público?

A

STF: Atividade Fim Não - é juridicamente aceitável a celebração de termo de parceria entre o PP e OSCIP, mas torna-se incabível a utilização desse expediente quando contratados prestadores de serviços terceirizados para o exercício de funções próprias da atividade fim da entidade pública (AI 848031).

51
Q

Qual o foco do modelo de ADM gerencial?

A

ADM Gerencial – privilegia o princípio da eficiência, procurando deslocar o foco dos controles ADM para a obtenção e resultados pela máquina estatal, ampliando a autonomia dos órgãos e reduzindo os controles de procedimentos.

52
Q

OS pode receber recurso público diretamente do orçamento?

A

Incentivos – podem ser destinados recursos orçamentários e de bens públicos, dispensada a licitação, mediante permissão de uso; pode haver cessão especial de servidor público e dispensada licitação.

53
Q

Qual o prazo de prescrição da ação punitiva decorrente de poder polícia?

A

Prescrição – prescreve em 5 anos a ação punitiva da ADM federal, no exercício do poder de polícia, objetivando apurar infração à legislação em vigor, contados da data da prática do ato ou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado.

54
Q

O prazo de prescrição da ação punitiva decorrente de poder polícia se interrompe ou suspende?

A

o Interrupção – interrompe-se a prescrição da ação punitiva:
 Notificação – pela notificação ou citação do indiciado ou acusado, inclusive por meio de edital;
 Ato Inequívoco – por qualquer ato inequívoco, que importe apuração do fato;
 Decisão – pela decisão condenatória recorrível;
 Conciliação – por qualquer ato inequívoco que importe em manifestação expressa de tentativa de solução conciliatória no âmbito interno da ADM.
o Suspensão – suspende-se a prescrição durante a vigência dos compromissos de cessação ou desempenho.

55
Q

Uma casa pode ser demolida com base na autoexecutoriedade do poder de polícia?

A

STJ: Demolição de Casa – os atos de polícia são executados pela própria autoridade ADM, independentemente de autorização judicial. Não obstante, se o ato de polícia tiver como objeto a demolição de uma casa habitada, a respectiva execução deve ser autorizada judicialmente e acompanhada por OJ (RESP 1217234).

56
Q

Poder de polícia é sempre discricionário?

A

Não, sendo vinculado em alguns casos, como na concessão de licença.

57
Q

O que é a coercibilidade do poder de polícia?

A

o Coercibilidade – é dotado de força coercitiva. Refere-se ao atributo que faz com que o ato seja imposto ao particular, independentemente de sua concordância.;
o Coercibilidade – ao particular, a decisão ADM sempre será cogente, obrigatória, admitindo o emprego de força para seu cumprimento.

58
Q

Quais são os exemplos práticos de privilège d’action d’office?

A

Exemplos – as prestações tipicamente ADM, principalmente as decorrentes da utilização do poder de polícia, podem ser exigidas e executadas imediata e diretamente pela ADM, sem necessidade de mandado judicial, tal como interdições de atividades ilegais, com os embargos e demolições de obras clandestinas, com a inutilização de gêneros impróprios para consumo e outros atos de polícia ADM.

59
Q

Guarda municipal pode exercer poder de polícia de trânsito?

A

STF: Guarda Municipal – é constitucional a atribuição às guardas municipais do exercício de poder de polícia de trânsito, inclusive para imposição de sanções ADM legalmente previstas (RE 658570).

60
Q

OSCIP deve licitar?

A

 Dever de Licitar – o Decreto 5504/05 estabelece que as OSCIP que receberem repasse de recursos públicos da U deverão conter cláusula que determine que as obras, compras, serviços e alienações a serem realizadas por estes entes sejam contratados mediante processo de licitação pública.
 Pregão – também estabelece que, para a aquisição de bens e serviços comuns, será obrigatório o emprego da modalidade pregão, preferencialmente na forma eletrônica.

61
Q

A ADM em sentido objetivo está presente em todos os poderes?

A

o Sentido Objetivo – a atividade administrativa exercida por aqueles entes. Neste sentido, abrange o fomento, a polícia administrativa, a intervenção e o serviço público, estando presente em todos os Poderes..

62
Q

O que é ADM em sentido orgânico?

A

o Sentido Subjetivo ou Orgânico – PJ, órgãos e agentes públicos que exercem a função administrativa;

63
Q

O que é lei em sentido formal?

A

o Lei em Sentido Formal – são os atos normativos editados pelo Legislativo de acordo com o processo legislativo constitucional, tenham ou não caráter de generalidade e abstração.

64
Q

O que é abstração? E generalidade? (quanto a uma lei)

A

 Generalidade – implica atingir todas as pessoas situadas em uma mesma situação jurídica, seja um grupo amplo (maiores de 18 anos, p.ex.), ou um mais restrito (servidores públicos federais, p.ex.)0.
 Abstração – significa que a lei não se esgota com uma única aplicação. P.ex., a cada fato gerador, há uma nova incidência da lei tributária.

65
Q

O que é lei em sentido material?

A

o Lei em Sentido Material – todas aquelas editadas pelo Estado, com generalidade, abstração e obrigatoriedade, não importando se editadas ou não pelo Legislativo. Decreto autônomo não é lei em sentido formal, mas é sem sentido material. Idem para regimentos internos de tribunais.

66
Q

O que é a escola do serviço público?

A

• Escola do Serviço Público – de Léon Duguit e de Jèze. O fundamento do direito ADM deixa de ser a puissance publique para ser o serviço público: seu regime especial decorre não de sua suposta superioridade, mas de uma necessidade de bem desempenhar sua função social de servir.
o Léon Duguit – para Duguit, serviço público era entendido em sentido amplo, incluindo todas as atividades estatais. É toda atividade cujo cumprimento deve ser assegurado, regulado e controlado pelos governantes, por ser indispensável à sociedade.
o Gaston Jèze – associa serviço público a procedimento de DPB, a um regime jurídico especial. Há serviço público quando a atividade estatal estiver submetida a esse regime, e haverá gestão ADM quando se usar procedimentos de DPR. Contudo ainda é uma noção muito ampla.

67
Q

O que é a escola da puissance publique?

A

• Escola da Puissance Publique – de Hauriou, em contraposição à Duguit, para afirmar a puissance como o fundamento do direito ADM. O serviço público seria a obra a realizar pela ADM e a puissance o meio de realização. Fundamenta nela o direito ADM, mas sem esquecer sua finalidade, como antes ocorria.

68
Q

O que é ADM em sentido estrito?

A

o Sentido Estrito – exclui os órgãos governamentais e a função política

69
Q

O que é ADM em sentido amplo?

A

o Sentido Amplo:
 Subjetivamente Considerada - ADM compreende tanto órgãos governamentais (governo, que traça planos de ação e comando) como os órgãos administrativos (que os executam).
 Objetivamente Considerada – ADM compreende a função política e a função administrativa;

70
Q

O que é a escola exegética?

A

• Escola Exegética – direito ADM como um ramo que aglutinava os poderes do Estado em face do cidadão, por sua supremacia. Perspectiva autoritária, em que o poder ADM se fundava na lei e nos regulamentos ADM.

71
Q

Quais as fontes do direito ADM?

A

• Fontes do Direito ADM – lei, jurisprudência, doutrina e costumes (práticas reiteradas da ADM, com um sentido de obrigatoriedade que o diferencia da praxe ADM).

72
Q

O que diferencia um órgão unipessoal de um pluripessoal?

A

 Órgãos Unipessoais/Singulares x Pluripessoais/Colegiados – conforme sua atuação seja feita por uma só pessoa (a Presidência da República, p.ex.), ou atuem de forma colegiada, como o Tribunal de Impostos e Taxas. Não importa quantas pessoas os componham.

73
Q

Um órgão da ADM pode figurar no polo ativo de um MS?

A

o MS – órgãos superiores podem até figurar no polo ativo de um MS, como as chefias do Executivo, as Mesas do Legislativo, entre outros.

74
Q

É possível o Estado transferir a titularidade de um serviço público?

A

Descentralização por Serviços – cria-se uma PJ e se lhe atribui a titularidade e a execução de um serviço público.

75
Q

Autarquia pode ser criada por MP?

A

o MP – não há vedação a autarquia ser criada por MP, inclusive o Instituto Chico Mendes o foi.

76
Q

Quem define as atribuições de uma fundação instituída pelo PP?

A

A LC;

77
Q

O que é a personalização do Direito ADM?

A

o• Personalização do Direito ADM – com o Estado Democrático de Direito, fundado em um Estado social, houve uma redefinição do papel estatal e do interesse público, que passou a se confundir com a atividade da ADM na realização da democracia e dos direitos fundamentais, vencendo a noção clássica de superioridade dos interesses do Estado.

78
Q

O que é um órgão simples e um composto?

A

 Simples – é o órgão que não tem outro órgão na sua estrutura;
 Composto – tem vários outros órgãos menores sem ua estrutura (como Ministérios e Secretarias).

79
Q

A delegação de competência é recusável? Pode ser subdelegada?

A

o Sem Recusa – a delegação não pode ser recusada;

 Sem Subdelegação- as atribuições não podem ser subdelegadas sem a expressa autorização do delegante.

80
Q

Quais os poderes decorrentes do controle?

A

 Designar dirigentes;
 Receber relatórios, boletins, balanços e informações;
 Aprovar proposta de orçamento, balanços e relatórios;
 Fixar despesas de pessoal e de administração;
 Fixar critérios para gastos de publicidade e produtividade;
 Realizar auditorias e avaliações periódicas de rendimento e produtividade;
 Efetivar intervenção.

81
Q

Quando é cabível recurso hierárquico impróprio?

A

o Recurso Hierárquico Impróprio – não cabe recurso hierárquico, pois este vínculo não existe. Só caberá o impróprio se tal estiver previsto na lei da própria autarquia.

82
Q

Somente a U pode criar agências reguladoras?

A

•o Competência para Criação – não é exclusiva da U; todos os entes podem criar suas agências reguladoras, desde que respeitada a distribuição constitucional de competência para a prestação dos respectivos serviços públicos.

83
Q

Quais os deveres do administrador de uma agência reguladora?

A

 Dever de Diligência Especial – ultrapassa a mera diligência. O melhor resultado deve ser sempre alcançado, e sua não-obtenção somente pode ser justificada por fatores totalmente imprevisíveis e que escapem à própria dimensão do conhecimento especializado.
 Dever de Máxima Eficiência – exige-se do administrador maior atualização científica, profundo conhecimento dos problemas regulados e a melhor capacitação para identificar e implementar soluções. Ele não é um servidor comum.
 Dever de Lealdade Especial – vincula o administrador ao bem comum.
 Informações Privilegiadas (Insider Trading) – vedação à obtenção de vantagens à custa das funções exercitadas, mesmo que isso não acarrete algum prejuízo, econômico ou não, ao Estado.
 Dever de Transparência – possibilidade de investigação quanto a todos os possíveis motivos norteadores da atuação do sujeito.

84
Q

Que órgão é necessário nas SEM?

A

• ADM – as SEM terão obrigatoriamente Conselho de Administração, assegurado à minoria o direito de eleger um dos conselheiros, se maior número não lhes couber pelo processo de voto múltiplo.

85
Q

Quem são os participantes de consórcio ADM?

A

o Partes - sempre entre entidades da mesma natureza (2 Municípios, 2 Estados, 2 autarquias).

86
Q

O consórcio tem PJ?

A

o Personalidade - tem personalidade jurídica, de direito público ou privado. Pode ser um consórcio público de DPB ou um consórcio público de DPR.

87
Q

Quais os privilégios e poderes de um consórcio?

A

 Desapropriar – nos termos do contrato de consórcio de DPB, promover desapropriações e instituir servidões administrativas, nos termos de declaração de utilidade ou necessidade pública, ou interesse social, realizada pelo PP.
 Dispensa de Licitação - pode ser contratado sem esta;
 Limites - mais elevados para escolher licitação e para dispensa;
 Auxílios – podem firmar convênios, receber auxílios, contribuições e subvenções sociais ou econômicas;
 Tarifas – pode arrecadar tarifas e outros preços públicos;
 Cessão de Servidores – os entes da Federação consorciados, ou os com eles conveniados, poderão ceder-lhes servidores, na forma e condições da legislação de cada um.

88
Q

Que contratos os entes consorciados devem firmar?

A

o Contrato de Rateio – o s entes consorciados somente entregarão recursos ao consórcio mediante contrato de rateio.
 Anualmente – o contrato de rateio será formalizado em cada exercício financeiro e seu prazo de vigência não será superior ao das dotações que o suportam, com exceção dos contratos que tenham por objeto exclusivamente projetos consistentes em programas e ações contemplados em PPA ou a gestão associada de serviços públicos custeados por tarifas ou outros preços públicos;
o Contrato de Programa – necessário para consórcio ou convênio de cooperação, tem por objetivo constituir e regulamentar as obrigações de um ente da Federação para com outro, ou para com consórcio público, no âmbito da gestão associada de serviços públicos.

89
Q

Como se constitui um consórcio?

A

o Protocolo de Intenções - subscrição e publicação de protocolo de intenções. É o instrumento pelo qual os interessados manifestam a intenção de celebrar o acordo para a constituição do consórcio público, definindo as condições para a instituição deste.
o Ratificação por Lei - promulgação de lei ratificando o protocolo por cada entidade consorciada;
o Contrato - celebração do contrato;

90
Q

O que deve prever o contrato de gestão de uma agência executiva?

A

 I – o prazo de duração do contrato;
 II – os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes;
 III – a remuneração do pessoal;

91
Q

SEM e EP se sujeitam ao regime das empresas privadas?

A

Sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários

92
Q

Qual a diferença entre o hierarca e o controlador?

A

o Controle - aqui não há hierarquia. Há, porém, um poder de controle. Enquanto os poderes do hierarca são presumidos, os do controlador só existem quando previstos em lei e se manifestam apenas em relação aos atos nela indicados.

93
Q

Quando nasceu o direito ADM?

A

o Nascimento – na França revolucionária, em 1800, com a Lei do 28 Pluvioso que organizou juridicamente a ADM.

94
Q

O Brasil sempre adotou a jurisdição una?

A

 Brasil – sempre adotou a jurisdição una, salvo por breve período em que a EC 07/77previu algumas regras de contencioso ADM, as quais não chegaram a ser instaladas.