Colo, endométrio e vulva Flashcards

1
Q

Qual a estrutura básica do colo e sua constituição? (3)

A
  • Ectocérvice: epitélio escamoso
  • Endocérvico: epitélio colunar secretor
  • JEC: junção escamo-celular
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2
Q

Qual a importância da JEC nas neoplasias de colo? Como se comporta?

A
  • E o local de maior ocorrência de câncer de colo

- É dinâmica, durante a vida reprodutiva o epitélio escamoso avança sobre o colunar. Podendo gerar cistos de Naboth

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3
Q

Quais são os sorotipos mais oncogênicos do HPV?

A
  • 16 (mais oncogênico de todos) e 18
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4
Q

Qual tipo de câncer está mais relacionado ao sorotipo 18?

A
  • No adenocarcinoma de colo
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5
Q

Quais são os sorotipos associados a aparecimento de condiloma acuminado?

A
  • 6 e 11
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6
Q

Qual a composição da vacina contra o HPV do MS?

A
  • Quadrivalente: 6, 11, 16 e 18
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7
Q

Qual o esquema de aplicação?

A
  • Meninas: 9-14 anos
  • Meninos: 11-14 anos
  • Meninas com HIV, transplante, oncológico: 9-45 anos
  • Meninos com HIV, transplante, oncológico: 9-26 anos
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8
Q

Quais as modalidades terapêuticas do condiloma acuminado?

A
  • Cirurgia ou laser
  • ácido tricloacético: pode usar em gestante, arde e é bom para lesões pequenas
  • Imunomoduladores (tacrolimus): é caro, não precisa voltar para aplicação, é menos efetivo que o ácido
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9
Q

Qual os fatores de risco para câncer de colo uterino?

A
  • HPV é o principal (IST)
  • Exposições sexuais de risco: múltiplos parceiros, multiparidade, outras IST, sexarca precoce
  • tabagismo
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10
Q

Qual a clínica do câncer de colo?

A
  • Estágios iniciais: ausente

- Estágios avançados: dispareunia, sangramento genital, corrimento

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11
Q

Como fazer o rastreio do câncer de colo?

A
  • Através de colpocitologia oncótica

- 1x ao ano, após 2 anos seguidos negativo, de 3/3 anos

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12
Q

Quando fazer o rastreio? Quando interromper?

A
  • Mulheres de 25-64 anos após sexarca

- mulheres > 64 anos com 2 anos consecutivos negativos nos últimos 5 anos

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13
Q

Quais são as 3 situações epeciais?

A
  • Gestante: faz igual
  • HIV: faz após sexarca de 6/6 meses e após 2 negativos passa para anual. Se CD4 < 200, mantem semestral até normalizar
  • Virgem: não fazer
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14
Q

Como colher o preventivo?

A

Coleta dupla:

  • Ectocérvice primeiro com a espátula
  • Endocérvice: com citobrush. Enfia a escova a depender da JEC
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15
Q

E em pacientes histerectomizadas?

A
  • Histerectomizadas: se por doença benigna, sem lesão de alto grau não fazer
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16
Q

Como conduzir os achados do preventivo?

A

De acordo com o sistema Bethesda

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17
Q

O que fazer em pacientes com LSIL (LIE-BG)?

A
  • < 25 anos: repete em 3 anos

- ≥ 25 anos: repete em 6 meses

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18
Q

O que fazer em pacientes ASC-US?

A
  • Se < 25 anos: repete em 3 anos
  • Se 25-29 anos: repete em 1 ano
  • Se > 30 anos: repete em 6 meses
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19
Q

O que fazer em pacientes HSIL (LIE-AG), ASC-H, AGC, AOI?

A
  • Colposcopia
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20
Q

O que fazer em pacientes com LSIL ou ASCUS com HIV?

A
  • Colposcopia
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21
Q

O que fazer em pacientes com lesão macroscópica de aspecto cancerígena?

A
  • Colposcopia
22
Q

O que fazer em pacientes que repetira citologia devido a LSIL e ASC-US e mantiveram ou evoluíram lesão? E naquelas que regrediram?

A
  • Colposcopia

- nova citologia em 6 meses, se normal, partir para rastreio trienal

23
Q

Como dar o diagnóstico definitivo do câncer e quais testes pode-se usar?

A

Colposcopia + biópsia

  • Teste do ácido acético: marca áreas suspeitas de alta atividade proteica. Fica acetobranco
  • Teste de Schiller (lugol): marca áreas normais com glicogênio. Se é iodonegativo é schiller positivo, logo área suspeita
24
Q

Em gestante o que muda na colposcopia?

A
  • Só se deve fazer biópsia se suspeita de lesão invasora
25
Q

Qual o achado mais suspeito da colposcopia?

A
  • vasos atípicos
26
Q

Quando a colposcopia é dita insatisfatória? O que fazer nesses casos?

A
  • Quando a JEC não é visualizada
  • Deve-se tentar visualizar com maior abertura de espéculo, passagem de espéculo endocervical, remarcação com uso de estrogênio tópico
27
Q

Como e quando avaliar o endocérvice na colposcopia?

A
  • Com escova endocervical, curetagem cervical ou histeroscopia
  • Quando vier AGC no prventivo
28
Q

Quais os achados possiveis à histologia da biópsia?

A
  • NIC 1, 2, 3, Ca in situ

- Cancer cervical

29
Q

Como tratar as lesões NIC 1? O que fazer se não regredir?

A
  • Acompanhamento por 2 anos, a maioria tende a regredir espontaneamente
  • Se não regredir pode avaliar destruição por cautério ou crioterapia
30
Q

Como tratar as lesões NIC ≥ 2?

Qual conduta se margens comprometidas?

A
  • Através da exérese de zona de transformação (EZT)

- colposcopia de 6/6 meses por 2 anos e depois citologia oncótica anual

31
Q

Quais os tipos de EZT e o que muda?

O que é o “ver e tratar”?

A
  • Tipo 1, 2 e 3 (CONE).
  • Altera a quantidade de tecido que retira do colo
  • Ver alguma alteração na colposcopia e ja realizar exérese da zona de transformação (só em > 25 anos)
32
Q

Quando optar pelo CONE?

A
  • Se suspeita de invasão, JEC não visível ou não definição dos limites da lesão
33
Q

Como fazer o estadiamento do câncer do colo?

A
  • Estadio 0: carcinoma in situ (CONE é diagnóstica e terapêutica)
  • Estadio 1 (restrito ao colo)
    • 1A1: < 3mm
    • 1A2: 3mm-5mm
    • 1B1: 5mm-2cm (começa ficar macroscópica)
    • 1B2: ≥ 2cm-4cm
    • 1B3: ≥ 4cm
  • Estadio 2: pega 1/3 superior da vagina
    • 2A1: < 4cm
    • 2A2: ≥ 4cm
    • 2B: pega paramétrios
  • Estadio 3: pega estruturas pelvicas
    • 3A: terço inferior da vagina
    • 3B: parede pélvica e ureter (hidronefrose)
    • 3C: linfonodos pélvico (1) ou para-aórtico (2)
  • Estadio 4: pega outros orgãos
    • 4A: reto e bexiga
    • 4B: metástase a distância
34
Q

Como fazer o tratamento do câncer de colo?

A
  • Estadio 0: CONE
  • Estadio 1A1: histerectomia tipo 1. Se deseja gestar, CONE
  • Estadio 1A2: histerectomia tipo 2
  • Estadio 1B1-1B2: histerectomia tipo 3 (wertheim-meigs)
  • Estadio 1B3-2A1: pode tentar histerectomia tipo 3 ou quimiorradioterapia
  • Estadio ≥ 2A2: quimiorradioterapia
35
Q

Como se faz a cirurgia de Wertheim-Meigs?

A
  • Lavado da cavidade, HT, 1/3 superior da vagina, paramétrios, lig. uterossacro, linfadenectomia
36
Q

Quais os fatores de risco para câncer de vulva?

A
  • HPV, tabagismo, linfogranuloma venéro
37
Q

Qual o diangóstico?

A
  • Clínico: suspeita em lesões vulvares

- Biópsia confirma

38
Q

Qual o tipo e localização mais comum?

A
  • Epidermoide

- Grandes lábios

39
Q

Como se dá sua disseminação?

A
  • via linfática
40
Q

Como tratar?

A
  • Se > 2 cm, vulvectomia
41
Q

Quais os fatores de risco para câncer de endométrio?

A
  • idade > 60 anos
  • raça branca
  • obesidade (principal)
  • menacme longo
  • nuliparidade
  • anovulação crônica (SOP)
  • DM
  • Hiperplasias atípicas
42
Q

Quais os fatores de proteção?

A
  • Tabagismo
  • Uso de anti-concepcionais
  • multiparidade
43
Q

Qual a clínica e a primeira conduta a se tomar?

A
  • Sangramento uterino em mulher pós-menopausa

- Pedir USTV

44
Q

Quais os achados que indicam suspeita no USTV? E qual outro exame suscita suspeita e qual achado?

A
Sem uso de terapia hormonal:
- útero > 4/5 mm
Com uso de terapia hormonal:
- útero > 8/10mm
Colpocitologia suspeita: 
- com células endometriais em mulher menopausada
45
Q

Quais os métodos diagnósticos e suas particularidades ?

A

Através de biópsia (não existe rastreio):

  • Cureta de novak: ambulatorial, barato, as cegas (falso negativo)
  • Cureta fracionada: falso negativo tambem
  • Histeroscopia com biópsia: padrão ouro
46
Q

O que fazer mediante achado de hiperplasia?

A
  • Se for benigna sem atipia: acompanha por 6 meses e usa progesterona.
  • Se for com atipia: histerectomia total. Se tiver muito desejo de gestar pode tentar igual a benigna
47
Q

Quais os tipos de câncer de endométrio?

A
  • Tipo 1 (mais comum): clássico, relacionado a exposição estrogênica, em mulheres obesas. Tem melhor prognóstico
  • Tipo 2: pior prognóstico, sem relação com estrogênio, em úteros atróficos e mulheres mais velhas e magras
48
Q

Qual o tipo histológico mais comum?

A
  • Carcinoma endometrioide
49
Q

Como fazer o estadiamento e tratamento?

A
  • Cirúrgico: lavado peritoneal, histerectomia total, anexectomia, invetário de cavidade, linfadenectomia
50
Q

Quando indicar radioterapia?

A
  • Pacientes com invasão miometrial > 50% (1B)
51
Q

Quando indicar quimioterapia?

A
  • Pacientes com lesão que ultrapassou limites uterinos