Colinérgicos Flashcards
Síntese de acetilcolina
- A acetilcolina (ACh) é sintetizada a partir de colina e acetil CoA.
- A colina é captada com o auxílio de transportadores para dentro do neurônio colinérgico.
- Acetilação da colina, que utiliza a acetil-coenzima A como fonte de grupos acetil e envolve a colina acetiltransferase
- Ocorre uma reação de síntese feita pela acetiltransferase, que transfere o grupamento acetil para a colina, formando a acetilcolina.
Armazenamento da acetilcolina
- fica armazenada em vesículas exocíticas. Quando ocorre potencial de ação (propagação de potencial), há aumento do influxo de íons cálcio (ação fusiogênica). Com isso, a vesícula com acetilcolina se funde com a membrana pré-sináptica e libera acetilcolina, que se liga a receptor muscarínico ou nicotínico.
Receptores muscarínicos
Os receptores muscarínicos estão acoplados à proteína G e produzem:
- Ativação da fosfolipase C (e, consequentemente, a formação de trisfosfato de inositol e diacilglicerol como segundos mensageiros).
- Inibição da adenilil ciclase.
- Ativação dos canais de potássio ou inibição dos canais de cálcio.
Receptores M1
Receptores M1 (“neuronais”), que produzem a excitação lenta dos gânglios. São bloqueados de modo seletivo pela pirenzepina.
Receptores M2
Receptores M2 (“cardíacos”), que provocam a diminuição da frequência cardíaca e da força de contração (principalmente dos átrios). São bloqueados de modo seletivo pela galamina. Os receptores M2 também medeiam a inibição pré- sináptica.
Receptores M3
glandulares, que são responsáveis por fenômenos como secreção, contração dos músculos lisos das vísceras e relaxamento vascular. A cevimelina é um agonista seletivo de M3.
Receptores nicotínicos
Receptores ionotrópicos
- Ativação de gânglios autônomos;
- Ativação de musculatura voluntária:
JNM
- Secreção de adrenalina pela medula suprarrenal.
Botox
A toxina bloqueia a liberação de acetilcolina ao degradar a enzima citoplasmática SNAP-25 necessária ao processo de liberação do neurotransmissor.
Curare
Bloqueio do receptor nicotínico da acetilcolina nas sinapses excitatórias nicotínicas.
Colinérgicos diretos
- Ésteres da colina (acetilcolina e betanecol).
- Alcalóides (muscarina e pilocarpina).
- Colinérgicos diretos nicotínicos
(gangliomiméticos e neuromusculares)
Colinérgicos indiretos
age diminuindo a degradação de acetilcolina; inibe a acetilcolinesterase, causando acúmulo de acetilcolina.
- Reversíveis: Endrofônio e Carbamatos.
- Irreversíveis: Inseticidas organofos
Usos terapêuticos
Glaucoma: Pilocarpina (miose), Carbacol → afasta a íris, separa do ângulo, do canal que drena o humor aquoso; aumentando a drenagem e, assim, diminuindo a pressão intraocular.
Usos terapêuticos 2
Xerostomia e xeroftalmia: pilocarpina ou o agonista seletivo de M3 cevimelina → aumentar a produção da secreção salivar e lacrimal em pacientes com boca ou olhos secos
Usos terapêuticos 3
- Bexiga neurogênica (atonia vesical não- obstrutiva): aumentar a micção → Betanecol (grande ação em M3 e M4): estimular o esvaziamento da bexiga
- Atonia ou paralisia intestinal (Íleo paralítico pós-operatório): Betanecol → laxativo estimulante.
- Distensão abdominal pós-operatória (Betanecol).
Contraindicações
- Asma brônquica: pois causa broncoconstricção; - Bradicardia, insuficiência coronariana;
- Diarreias;
- Hipertireoidismo;
- Úlcera péptica: pois aumenta a secreção ácida gástrica (ácido clorídrico).