Climatério, Distopias e Incontinência Urinária Flashcards
Quais os medicamentos que podem interferir na Continência Urinária?
- Beta-bloqueadores
- Anticolinérgicos
- Colinérgicos;
No enchimento da bexiga, qual o papel da Adrenalina?
- Predomínio da ação SIMPÁTICA;
- Fecha o esfincter interno (ação alfa adrenérgica);
- Relaxamento do detrusor no corpo vesical (ação beta adrenérgica);
Como é o processo de Esvaziamento da Bexiga?
- Predomínio da ação PARASSIMPÁTICA (Acetilcolina);
- Receptores tipo M2 e M3 (muscarínicos) contraem o detrusor e é eliminada a urina;
- MACETE: (S)impático Segura a urina; (P)arassimpático Perde urina;
Quais são os fatores de risco para Incontinência Urinária?
- Obesidade;
- Baixo estrogênio;
- Parto vaginal;
- MULTIPARIDADE (independente da via de parto);
Como diferenciar a Fístula Vesicovaginal da Ureterovaginal?
- Realizar cistoscopia (para diagnosticar fístula de bexiga) e urografia (para diagnosticar fístula de ureter);
Quais são os exames realizados para avaliar Incontinência Urinária?
- EAS e Urocultura: Primeiro a ser solicitado! Descartar ITU;
- Urodinâmica (Padrão OURO/ OUROdinâmica);
Quais são as características do Estudo Urodinâmico?
- Quando solicitar: Após falha no tratamento clínico, quando indicado cirurgia ou quando prolapso genital grande;
- Realizar quando quer ter certeza de qual o tipo de incontinência;
Quais são as fases (e as características das mesmas) do Estudo Urodinâmico?
- Fase 1 (Fluxometria): Fluxo livre de urina no funil; Transdutor vai medindo a pressão de dentro da bexiga à medida que ela vai enchendo; A sonda retal mede a pressão intra-abdominal;
- Fase 2 (Cistometria): Fase de enchimento; Não é considerado fisiológico nessa fase: Atividade do Detrusor (contração), Perda de Urina e Dor;
- Fase 3 (Estudo Miccional): Quando a paciente apresentar desejo máximo de urinar, inicia a micção e estuda essa fase;
Quais são os mecanismos de Incontinência de Esforço e suas características?
- Hipermobilidade Vesical: Pressão de Perda de Esforço (PPE) > 90 cmH2O. Precisa de um grande esforço para perder urina;
- Defeito Esfincteriano: PPE < 60 cmH2O. Perde urina com pequeno esforço;
Quais os tratamentos para Incontinência de Esforço?
- PERDA DE PESO;
- FISIOTERAPIA PARA FORTALECER ASSOALHO PÉLVICO (exercícios de Kegel, Biofeedback);
- Duloxetina e Agonistas Alfa-Adrenérgicos (não prescreve Duloxetina por risco de suicídio e alfa-adrenérgicos por aumento na incidência de AVE);
- Cirúrgico (para pacientes sem sucesso com tratamento clínico ou for uma incontinência grave);
Qual o tratamento cirúrgico de escolha para pacientes com Hipermobilidade Vesical?
- Cirurgia de Burch (colossuspensão; cirurgia abdominal com várias complicações; prende o colo vesical no Ligamento de Cooper; proporciona dor púbica, aderência, sangramento na cirurgia);
Qual o tratamento cirúrgico de escolha para pacientes com Defeito Esfincteriano?
- Cirurgia de SLING (PADRÃO OURO; TVT é necessário Cistoscopia Intraoperatória, serve para prolapso vaginal anterior e incontinência leve; TOT não necessita de cistoscopia intraoperatória);
Qual o tratamento para pacientes com Síndrome de Bexiga Hiperativa?
- Gerais: perda de peso, redução da cafeína e fumo;
- Fisioterapia: cinesioterapia (muito eficaz) e eletroestimulação;
- Medicamentoso:
- ANTICOLINÉRGICOS (Oxibutinina/Tolterodina/Darifenacina): Drogas mais seletivas para receptor muscarínico, com menos efeitos colaterais; Contraindicações: Arritmias, Glaucoma de Ângulo Fechado, Gestação/Lactação;
- AGONISTA BETA 3 ADRENÉRGICO (Mirabegrona): Relaxamento do detrusor; vantagem: apresenta a mesma eficácia que os anticolinérgicos, mas não apresenta como efeito colateral a boca seca e não tem as mesmas contraindicações dos anticolinérgicos;
- Antidepressivo Tricíclico (Imipramina): Opção; Não é droga de escolha; Usado em pacientes com perfil depressivo;
Quais são os aparelhos de Suspensão do Assoalho Pélvico?
- NÃO EXISTEM MÚSCULOS ATUANDO NO APARELHO DE SUSPENSÃO!
- Ligamentos Anteriores: Pubovesicouterinos ou Pubovesicocervical;
- Ligamentos Laterais: Cardinais ou Paramétrios;
- Ligamentos Posteriores: Uterossacros;
Quais os aparelhos de Sustentação (grupos musculares) do Assoalho Pélvico?
- Diagragma Pélvico: Levantador do Ânus (Ileococcígeo, Pubococcígeo e Puborretal) e Coccígeo;
- Diafragma Urogenital;
- Fáscia Endopélvica;
Quais são as estruturas que compõe o Diafragma Urogenital?
- Plano profundo: M. Transverso Profundo do Períneo e Esfincter Uretral Externo;
- Plano superficial: M. Transverso Superficial do Períneo, M. Bulboesponjosos, M. Isquiocavernosos e Esfincter Anal;
Quais são os Prolapsos Apicais?
- Prolapso Uterino;
- Prolapso de Cúpula;
Quais os tratamentos para Prolapso Uterino?
- Pacientes Assintomáticas: não precisam operar; Realizar Fisioterapia e colocar pessário;
- Pacientes Sintomáticas e Baixo Risco:
- Histerectomia Vaginal (tratamento padrão) com reconstrução de assoalho pélvico; Alternativa: Cirurgia de MANCHESTER em pacientes nuligestas, jovens, que querem ter filho (empurra o útero para dentro, prendendo nos paramétrios e fazendo amputação parcial do colo; MACETE: MANchester MANtém o útero);
- Pacientes Sintomáticas e Alto Risco:
- Fisioterapia (Kegel) e pessários;
- Se Fisio e Pessário não efetivos, possibilidade Colpocleise;
Quais as características e tratamento do Prolapso de Cúpula?
- Quando a mulher, pós HISTERECTOMIA, desce a cúpula vaginal;
- Tratamento:
- Fisioterapia/Pessário;
- Se condições clínicas para cirurgia: Fixar cúpula vaginal ao promontório/sacro mantendo o ângulo da vagina;
- Se paciente de alto risco e o tratamento fisioterapia/pessário não foi efetivo: COLPOCLEISE (CIRURGIA DE LeFort);
Qual o tratamento do Prolapso Vaginal Anterior (geralmente Cistocele)?
- Colporrafia (colpoperineoplastia) anterior, corrigindo a fáscia pubovesicocervical; Pode ser usada tela;
Qual o tratamento para o Prolapso Vaginal Posterior (geralmente Retocele)?
- Colporrafia Posterior corrigindo fáscia retovaginal;
** Descreva a Classificação POP-Q: **
- Aa e Ba (Parede Anterior): “a” minúsculo significa parede anterior da vagina;
- Ap e Bp (Parede Posterior): “p” minúsculo significa parede Posterior da vagina;
- C (Colo ou Cúpula): é Cúpula se a paciente é histerectomizada totalmente. É Colo se histerectomia parcial ou ainda tem o útero;
- D (Fundo de saco de Douglas): D aparece apenas em pacientes que ainda tem colo uterino. Caso ausência de colo, aparecerá um traçado (—) ou um X no ponto D;
- A Carúncula Himenal representa o ponto 0;
- Quando há prolapso da parede Anterior e Posterior, indicamos que há, então, Prolapso da Parede Anterior e Prolapso da Parede Posterior. Entretanto, quando há Prolapso de Cúpula ou Colo, pode-se apenas dar diagnóstico de Prolapso de Cúpula;
** Descreva o Estadiamento do Prolapso: **
- Estádio 1: Prolapso < -1;
- Estádio 2: Prolapso entre -1 e +1;
- MACETE: Estádio 2 não chega ao +2;
- Estádio 3: Prolapso > ou igual a +2 mas não total;
- Estádio 4: Prolapso TOTAL;
Quais as principais características do Climatério?
- Período desde os primeiros indícios de falha ovariana até 65 anos (65 anos = senectude ou senelidade);
- Principal sintoma: Irregularidade Menstrual;
- Principal Estrogênio da fase: Estrona (por conversão periférica de Androgênio);
Como se faz o diagnóstico Clínico e Laboratorial da Menopausa?
- Clínico:
- Mulher que tem mais de 1 ano da última menstruação (está com 50-53 anos, começa com irregularidade, começa a ter fogachos, e não menstrua há 1 ano). Nesse caso em que há uma clínica típica, não é necessário solicitar exames;
- Solicita-se dosagem de FSH para as pacientes que começam a ter sintomas fora de hora. Ex.: mulher com menos de 40 anos com irregularidade menstrual e com amenorreia secundária;
- Laboratório:
- Dosagem de FSH > 35-40 UI/L;
Qual a principal indicação para Terapia de Reposição Hormonal?
- FOGACHOS (SINTOMAS VASOMOTORES): INDICAÇÃO + COMUM;
- SE A PACIENTE APRESENTAR QUAISQUER OUTRAS QUEIXAS QUE NÃO FOGACHO, TENTAR OUTRAS TERAPIAS que não a terapia hormonal sistêmica; Ex.: Se a paciente apresentar apenas atrofia, indicar apenas estrogênio tópico; Ex 2.: Se a paciente apresentar apenas Osteoporose, administrar apenas Bifosfonados (Izendronato, Ibandronato, Alendronato);
Quais são os métodos de Terapia de Reposição Hormonal?
- PACIENTE COM ÚTERO: SEMPRE ESTROGÊNIO + PROGESTERONA (para proteção de CA de endométrio pela progesterona);
- PACIENTE SEM ÚTERO: APÊNAS ESTROGÊNIO;
Quais são as vias de administração (e suas indicações) para TRH?
- Estrogênio: oral ou parenteral (parenteral geralmente é transdérmico);
- Parenteral: DM, HAS, Fumo, Risco de Trombose, Hipertrigliceridemia, Doenças Hepáticas (MACETE: PATOLOGIAS EM GERAL, PARENTERAL!);
- Oral: LDL alto (única indicação em que é melhor, por diminuir o LDL e aumentar o HDL); *NÃO CONFUNDIR COM HIPERTRIGLICERIDEMIA!
- Progesterona: oral ou DIU de Levonorgestrel;
Quais são as contraindicações ABSOLUTAS para TRH?
- CA de mama (ou lesões precursoras) ou endométrio;
- Sangramento vaginal de causa indeterminada;
- AVE/IAM prévio;
- TVP e TEP (avaliar via de administração);
- Doença Hepática descompensada;
- Meningioma (permitido apênas estrogênio);
- Porfiria;
Como avaliar a Densitometria Óssea?
- Uso do T-Score: Compara a densitometria da paciente com a de mulheres adultas jovens;
- T-Score normal é > -1;
- T-Score com Osteopenia: entre -1 e -2,5;
- T-Score com Osteoporose: < ou igual a -2,5;
Quais os fatores de risco considerados MAIORES para desenvolvimento de Osteoporose?
- História pessoal de fratura na vida adulta;
- História de fratura de quadril em parente de 1º grau;
- História atual de tabagismo;
- Baixo peso (< 57 kg);
- Uso de glicocorticoide;
- Idade avançada;
- Quedas recentes;
Qual o tratamento para pacientes que apresentam apenas Osteoporose, sem associação com sintomas no climatério?
- Bifosfonados;