Clailton - 03 - Período Composto Flashcards
Período simples –
é formado por apenas uma oração (oração absoluta).
Exemplo: terrorista ficou no Brasil até o início deste ano.
Análise: no período acima, foi empregada somente a forma verbal “ficou”, por conseguinte há período simples.
Período composto –
é formado por mais de uma oração.
Exemplo:
Existem pessoas que querem manter o nosso instinto sexual em chamas para lucrar com ele. Afinal de contas, não há dúvida de que um homem obcecado é um homem com baixa resistência a publicidade. (C.S.Lewis)
Análise: no trecho acima há dois períodos. No primeiro, há três orações: marcadas pelas formas verbais “existem”, “querem manter” e “lucrar”. No segundo, há duas orações: marcadas pelas formas verbais: “há” e “é”.
Obs.: Para certificar se há período simples ou composto, é necessária a identificação das
formas verbais. Lembre-se de que cada forma verbal corresponde a uma oração.
Por subordinação:
são dependentes sintaticamente.
Orações subordinadas substantivas:
– existem regras específicas de pontuação para as substantivas;
– conjunções integrantes (que e se).
Orações subordinadas adjetivas:
– existem regras específicas de pontuação para as adjetivas;
– pronomes relativos (que, o qual, cujo, onde).
Obs.: As orações subordinadas adjetivas são as mais importantes para concursos públicos.
Orações subordinadas adverbial:
– existem regras específicas de pontuação para as adverbiais;
– conjunções subordinativas.
Por coordenação:
são independentes sintaticamente.
* Pontuação
* Conjunções coordenativas
* Orações coordenadas assindéticas
* Orações coordenadas sindéticas
Entendo / que a crise política é consequência de outra, de natureza institucional.
- Entendo; que
Sujeito: elíptico
Uma oração subordinada é, em sua totalidade, exercer uma função em relação a outra.
Entendo: oração principal
/que a crise política é consequência de outra, de natureza institucional: oração subordinada substantiva objetiva direta.
Como foi visto, as orações subordinadas tem três tipos, que podem ter valor de substantivo, adjetivo ou advérbio.
Exemplo: Entendo a crise (Período simples)
Crise é um substantivo.
Entendo isso.
Obs.: Alguns professores indicam a substituição por isso. Porém, é importante se lembrar que isso é um pronome substantivo e é o que justifica a substituição.
O deputado / que é sério / comparece às sessões.
- que é sério; comparece
A oração 1: o deputado comparece às sessões é a oração principal.
A oração 2: que é sério se refere ao substantivo deputado e é uma oração adjetiva porque
ela equivale a um adjetivo.
(Período simples)
O deputado sério comparece às sessões.
Adjetivo
A oração adjetiva equivale a um adjetivo.
Obs.: No exemplo 2, a subordinação não é explícita, mas ela existe. O adjetivo sério é um adjunto adnominal e existe uma dependência sintática. Na Gramática Normativa, a dependência sintática não se limita à possibilidade de tirar ou não a oração e manter o sentido, mas a dependência está na relação da função sintática em relação a outra.
Encontrei o professor / quando estive em Brasília.
- Encontrei; quando estive em Brasília
Encontrei: VTD
o professor: OD
quando estive em Brasília: Oração Subordinada Adverbial Temporal
Encontrei o professor ontem.
VTD OD Advérbio
Obs.: Lembre-se que todo advérbio na sintaxe é um adjunto adverbial. No exemplo acima é de tempo.
Analisei o aditamento da defesa/,formei minha convicção /, liberei o processo para julgamento.
- Analisei; formei ; liberei
Analisei: VTD
formei: VTD
liberei: VTD
Obs.: As orações são independentes no nível sintático. É um período composto por coordenação, embora exista uma dependência semântica.
O amor é o fogo / que arde / sem se ver
- arde
(Oração subordinada adjetiva)
Quando eu morrer /
- Quando eu morrer
(Oração Subordina Adverbial Temporal)
Eu queria/ (2)que a mulata sapateasse
- que a mulata sapateasse
(Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta)
Os inimigos/ (3)Que hoje falam mal de mim
- (3)Que hoje falam mal de mim
(Oração Subordina Adjetiva Restritiva)
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS - Restritivas -
(em regra, não há vírgula)
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS - Explicativas -
(há vírgula)
Os ministros / que votaram contra a prisão em segunda instância / foram criticados
2 - Oração Subordina Adjetiva Restritiva
A oração 2 equivale a um adjetivo. Ela é uma oração adjetiva porque se refere ao
substantivo “ministros”.
Os ministros contrários foram criticados
- contrários(Adjetivo)
Obs.: A oração subordinada adjetiva restritiva traduz a parte do todo. Na frase acima, não foram todos os ministros que votaram contra a segunda instância, foram apenas alguns, isto é, uma parte. Ela é restritiva, pois equivale a um adjunto adnominal e o adjunto adnominal está junto do nome, por isso não há o uso das vírgulas.
Oministro Marco Aurélio Mello/que édecano damais Alta Corte do País/votou contrao HC.
Oração Subordinada Adjetiva Explicativa
Obs.: Se a adjetiva restritiva traduz a parte pelo todo, a adjetiva explicativa a informação é do todo. No caso em tela, o Ministro Aurélio Mello é único.
O ministro Marco Aurélio decano da mais Alta Corte do País votou contra o HC.
- da mais Alta Corte do País
Aposto explicativo
Obs.: O aposto explicativo refere-se a nome, é uma expressão substantiva, tem identidade semântica e característica única.
* Diferença entre aposto e oração adjetiva explicativa:
Obs.: A oração possui verbo ao passo que o aposto não possui verbo.
Oração subordinada adjetiva explicativa: refere-se a
seres únicos, generaliza a informação anterior, faz referência ao todo – e não a parte do todo.
A escola tem 180 alunos, / que trabalham durante o dia.
Oração Subordinada Adjetiva Explicativa
Análise
Oração principal: “A escola tem 180 alunos”.
Oração subordinada adjetiva explicativa: “que trabalham durante o dia”.
Pode-se afirmar nesta construção que a escola possui a totalidade de 180 alunos – e todos trabalham durante o dia.
Oração subordinada adjetiva restritiva: limita a
significação do antecedente, a informação dada por ela não se aplica ao todo, mas tão somente a uma parte do todo.
A escola tem 180 alunos / que trabalham durante o dia
Oração subordinada adjetiva restritiva
Análise
Oração principal: “A escola tem 180 alunos”.
Oração subordinada adjetiva restritiva: “que trabalham durante o dia”.
Nesta construção, pode-se afirmar que a escola possui mais de 180 alunos matriculados
– nem todos trabalham durante o dia.
O professor tem duas filhas / que moram em Brasília.
Oração subordinada adjetiva restritiva
Observe que nesta construção duas é a parte e que este professor possui, no mínimo, três filhas.
O professor tem duas filhas /, que moram em Brasília.
Ao passo que, nessa construção, duas é o todo, isto é, o professor possui a totalidade
de duas filhas.
O presidente do STF, que foi indicado por Temer, não votou.
Oração Subordinada Adjetiva Explicativa
O Ministro do STF que foi indicado por Temer não votou.
Oração Subordinada Adjetiva Restritiva
O diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, confirmou a morte e parabenizou a atuação dos policiais.
- Alexandre Ramagem
Aposto Explicativo
A Proposta de Emenda Constitucional n.119/2019, / que seguirá para exame de mérito por comissão especial, / cria as ações revisionais especial e extraordinária.
Nesse exemplo, tem-se uma oração subordinada adjetiva explicativa.
Oração adjetiva:
- Equivale a um adjetivo
- Refere-se a um substantivo
- Restritiva e explicativa
- Restritiva: em regra, não se usa vírgula
- Explicativa: uso de vírgula
Assinale a alternativa que analisa e classifica corretamente a oração em destaque no seguinte excerto: “[…] uma comunidade (em que as pessoas se sentem agradecidas umas com as outras) tem mais chance de ser um lugar agradável para se viver […]”.
a. Oração substantiva completiva nominal, pois completa o sentido do nome “comunidade”, sem a qual esse substantivo não teria sentido completo.
b. Oração adjetiva restritiva, pois caracteriza e especifica qual comunidade é agradável.
c. Oração adjetiva explicativa, pois generaliza que toda comunidade tem chance de ser
agradável.
d. Oração adverbial final, pois indica a finalidade de comportamento que se espera em
uma comunidade.
e. Oração adverbial condicional, visto que apresenta uma condição para que a comunidade seja agradável.
Letra b
em que as pessoas se sentem: refere-se à “comunidade” (substantivo). É uma oração
subordinada adjetiva restritiva.
Referente ao seguinte excerto, assinale a alternativa correta. “Há situações de crise, ou maior descontrole, que podem até resultar em internações porque o paciente coloca sua própria vida ou a dos outros em risco. Por volta dos 40 ou 50 anos, a maioria dos “borders” melhora bastante, probabilidade que aumenta se o paciente se engaja no tratamento. […]”
a. Em “Há situações de crise, ou maior descontrole, […]”, o verbo “haver” poderia ser substituído por “existir” sem mudanças no que tange à concordância.
b. No trecho “Há situações de crise, ou maior descontrole, que podem até resultar em internações […]”, o pronome “que” em destaque retoma a locução “de crise”.
c. Em “[…] a maioria dos “borders” melhora bastante, […]”, o verbo “melhora”, segundo
a normapadrão, deveria ser empregado no plural, para concordar com “borders”.
d. O termos destacados em “[…] se o paciente se engaja no tratamento […]” desempenham a mesma função gramatical.
e. No trecho “[…] probabilidade que aumenta se o paciente se engaja no tratamento.”, a oração adjetiva em destaque restringe o termo “probabilidade”.
letra e
“que aumenta”: se refere à probabilidade. Está sem vírgula, é uma oração adjetiva restritiva. É uma oração que se refere a um substantivo – oração adjetiva
Dispor de tanta luz assim, porém, tem um custo ambiental muito alto, avisam os cientistas.
Nos humanos, o excesso de luz urbana que se infiltra no ambiente no qual dormimos pode reduzir drasticamente os níveis de melatonina, que regula o nosso ciclo de sono-vigília.
A correção gramatical do texto seria mantida, mas seu sentido seria alterado, caso o trecho “que se infiltra no ambiente no qual dormimos” (ℓ. 3 e 4) fosse
isolado por vírgulas.
( ) Certo
( ) Errado
Certo
que se infiltra: refere-se à “luz urbana” – oração adjetiva restritiva, pois está sem vírgulas.
Caso sejam adicionadas vírgulas, essa oração se transformaria em oração explicativa – a
correção seria mantida, mas o sentido seria alterado.
Esse rapaz que, em Deodoro, quis matar a ex-noiva e suicidou-se em seguida é um sintoma da revivescência de um sentimento que parecia ter morrido no coração dos homens: o
domínio sobre a mulher.
Caso se isolasse por vírgulas o trecho “que, em Deodoro, quis matar a ex-noiva e suicidou-se em seguida” (linhas 1 e 2), seria pertinente inferir que o autor se referisse a um rapaz já anteriormente mencionado, ou conhecido do interlocutor.
( ) Certo
( ) Errado
Certo
quis matar a ex-noiva: refere-se ao rapaz. É parte de um todo, pois é oração restritiva (Sem vírgula), logo, existe mais de um rapaz. Se forem adicionadas vírgulas, significa característica única (existe apenas um rapaz). “esse rapaz”: já mencionado, por causa do uso do termo “esse”
Em jurisprudência majoritária, são apenas objetos que possuem a capacidade de se
mover e que podem proporcionar lucros aos seus proprietários.
A inserção de uma vírgula imediatamente após “objetos” (linha 1) manteria a correção gramatical e o sentido original do período.
( ) Certo
( ) Errado
Errado
São vários objetos, mas só um possui essa capacidade – oração restritiva.
Se forem inseridas vírgulas, o sentido será alterado, torna-se oração adjetiva explicativa:
todos os objetos possuem essa capacidade de se mover.
Que =
pronome relativo (classe de palavra – morfologia)
- oração subordinada adjetiva: introduz oração adjetiva
- o qual: aceita substituição por “o qual”
- anafórico: termo anafórico, tem referente anterior (retoma o antecedente)
- possui função sintática
Entenda de uma vez por todas os descontos que podem recair sobre o seu salário
- que
Refere-se aos “descontos” (termo anafórico)
Pronome relativo – oração adjetiva
Esse “que” possui função sintática de “sujeito”: os descontos podem recair
É uma crise institucional e filosófica do sistema que construímos
- que
Refere-se ao “sistema”
Nós construímos o sistema (objeto direto)
Morfologicamente: pronome relativo
Sintaticamente: objeto direto
As revistas de que mais gosto são de esporte.
- que
De que: retoma o termo “revistas”
“eu gosto das revistas” (objeto indireto)
Morfologicamente: pronome relativo
Sintaticamente: objeto indireto
Obs.: O verbo “gostar” exige a preposição
Em jurisprudência majoritária, são apenas objetos que possuem a capacidade de se
mover e que podem proporcionar lucros aos seus proprietários.
- que
O “que” retoma “objetos” – os objetos possuem (sujeito) – esse “que” é pronome relativo.
Detesto o escrito que me diz tudo.
- que
Que: pronome relativo
Obs.: quando a substituição por “o qual” soar estranha, é possível redigir a substituição, por exemplo, “o escritor me diz tudo”.
“à força-tarefa, que contou com cerca de 270 agentes das polícias civil”
- que
A força tarefa contou… – isso indica que o “que” é pronome relativo – oração adjetiva
explicativa.
Que, pronome relativo, exerce função anafórica (retoma termo anterior)
Fisiologismo refere-se a um tipo de promíscuo de relações de poder político em que as ações políticas e decisões são tomadas em troca de favores e outros benefícios e interesses privatistas. É um fenômeno que ocorre com relativa frequência em parlamentos de países
que adubam sistemas corruptos de poder.
que -
Fisiologismo refere-se a um tipo de promíscuo de relações de poder político em que as ações políticas: o “que” retoma o vocábulo “poder político”
Confirmamos o fenômeno que se deu no Brasil do uso das redes sociais de maneira
ampla para a difusão de notícias falsas
- que
Que: retoma o “fenômeno”; o fenômeno se deu no Brasil…
Esse “que” é pronome relativo
A prova a que o professor se referiu foi difícil.
- que
Esse “que” retoma o termo “a prova”
O professor se referiu (VTI) à prova (OI)
Morfologicamente: pronome relativo
Sintaticamente: objeto indireto
Vi muitos beneficiados pelo programa nas cidades por que passamos.
- que
Esse “que” retoma o termo “pelas (por + as) cidades”
Nós passamos pelas cidades (adj adverbial de lugar) Morfologicamente: pronome relativo (estabelece relação com termo antecedente)
“Tenho comentado aqui na Folha em diversas crônicas, os usos da internet,
que se ressente ainda da falta de uma legislação específica que coíba não somente os usos mas os abusos deste importante e eficaz veículo de comunicação”. Sobre as ocorrências do vocábulo que, nesse segmento do texto, é correto afirmar que:
a. são pronomes relativos com o mesmo antecedente;
b. exemplificam classes gramaticais diferentes;
c. mostram diferentes funções sintáticas;
d. são da mesma classe gramatical e da mesma função sintática;
e. iniciam o mesmo tipo de oração subordinada;
Letra d
os usos da internet, que se ressente: retoma o termo “internet”.
A internet se ressente
Morfologicamente: pronome relativo
Sintaticamente: sujeito
Oração adjetiva explicativa (vírgula antes do “que”).
ainda da falta de uma legislação específica que coíba não somente os usos: retoma o termo “legislação”.
A legislação específica coíbe
Morfologicamente: pronome relativo (classe gramatical)
Sintaticamente: sujeito (função sintática)
Oração adjetiva subordinada adjetiva restritiva (ausência de vírgula antes do “que”).
O preconceito decorre de incompatibilidades entre a pessoa e o ato que ela executa.
No trecho “o ato que ela executa” (l.5), o pronome “que” é empregado
tanto como conectivo, já que liga duas orações, quanto como elemento referencial, ao
retomar o antecedente “o ato”.
( ) certo
( ) errado
Certo
incompatibilidades entre a pessoa e o ato que ela executa: retoma “o ato”.
– Está unindo orações
conectivos: preposições, conjunções e pronomes relativos
– coesão referencial: pois faz referência a um termo antecedente.
Há cerca de um ano, Adílson vive com os cerca de 600 reais que ganha por mês coletando, separando e revendendo sobras de computadores, que recebem o nome de e-lixo.
O elemento “que”, em “que recebem o nome de e-lixo”, retoma o
termo “sobras de computadores”.
( ) certo
( ) errado
Certo
revendendo sobras de computadores, que recebem o nome de e-lixo: retoma “sobras de computadores”
Sobras de computadores recebem o nome de e-lixo
A maioria dos laboratórios acredita que o acúmulo de trabalho é o maior problema que enfrentam, e boa parte dos pedidos de aumento no orçamento baseia-se na dificuldade de dar conta de tanto serviço.
Em “que enfrentam” (linha 1), o pronome relativo “que” exerce a mesma
função sintática de seu antecedente.
( ) certo
( ) errado
Errado
o acúmulo de trabalho é o maior problema que enfrentam:
o acúmulo de trabalho: sujeito
o maior problema (antecedente): predicativo do sujeito
que: retoma o “maior problema”
Eles enfrentam o maior problema (OD). O “que” possui função sintática de objeto direto, e
o termo antecedente possui função sintática de predicativo do sujeito.
A aluna que me procurou foi aprovada.
- que
Que: retoma “aluna”
A aluna me procurou – QUE: sujeito
Termo antecedente: a aluna, possui função sintática de sujeito
QUE e o termo antecedente possuem a mesma função sint
A invenção das técnicas para controlar o fogo, o início da agricultura e do pastoreio na Mesopotâmia, a organização da democracia na Grécia, as grandes descobertas científicas e geográficas entre os séculos XII e XVI, o advento da sociedade industrial no século XIX, tudo isso representa saltos de época, que desorientaram gerações inteiras.
Na linha 3, o vocábulo “que” retoma o termo “saltos de época”.
( ) certo
( ) errado
Certo
saltos de época, que desorientaram gerações inteiras: retoma o termo “saltos de época” –
saltos de época desorientaram gerações.
Humberto Eco homenageia os cientistas que combatem o obscurantismo fundamentalista.
- que
Homenagear, combater: verbos
Que: retoma “cientistas” – os cientistas combatem – pronome relativo - oração adjetiva restritiva (sem vírgulas);
função sintática: sujeito
Humberto Eco homenageia os cientistas: os cientistas – função sintática: OD
Assim, nessa frase, o “que” não possui a mesma função sintática que o antecedente.
O histórico dos crimes cibernéticos, por sua vez, remonta à década de 70, quando, pela primeira vez, foi definido o termo hacker, como sendo aquele indivíduo que, dotado de conhecimentos técnicos, promove a invasão de sistemas operacionais privados e a
difusão de pragas virtuais.
A oração “que, dotado (…) pragas virtuais” (linha 4 e 5) é de natureza restritiva.
( ) Certo
( ) Errado
Certo
aquele indivíduo que, dotado de conhecimentos técnicos, promove a invasão:
que: retoma “aquele indivíduo” – aquele indivíduo promove
não há vírgula antes do “que”: oração adjetiva restritiva
Os biógrafos dos grandes autores sempre tentam rastrear os livros que seus personagens leram na juventude, porque sabem que essas fontes escondem o segredo de seu aperfeiçoamento como escritores.
Na linha 2, o pronome “que” retoma “os livros”, e ambos os termos exercem a mesma função sintática nas orações em que ocorrem.
( ) Certo
( ) Errado
Certo
Os biógrafos dos grandes autores sempre tentam rastrear os livros que seus personagens leram:
O “que” retoma os livros
Nem sempre o “que” tem a mesma função do termo retomado (antecedente), mas na questão acima os termos têm a mesma função.
Seus personagens leram (os livros) – OD
sempre tentam rastrear os livros - OD
Quadrilha
João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém.
João foi pra os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história.
No poema, o vocábulo que tem função pronominal, retomando expressões
nominais, assim como ocorre com o sublinhado em:
a. Os adolescentes que namoram geralmente se casam mais cedo.
b. João queria que Teresa se casasse com ele.
c. Joaquim insistiu tanto com Teresa que ela acabou se afastando dele.
d. Contanto que Lili ame muito seu marido, ela será feliz. (E) Que vocês tenham um bom casamento!
Letra a
O vocábulo que tem função pronominal, retomando expressões nominais: pronome relativo.
“João amava Teresa que (retoma o antecedente; sujeito) amava Raimundo que (retoma
o antecedente; sujeito) amava Maria que (retoma o antecedente; sujeito) amava Joaquim
que (retoma o antecedente; sujeito) amava Lili que (retoma o antecedente; sujeito) não
amava ninguém”.
a.Os adolescentes que namoram geralmente se casam mais cedo. O “que” retoma “adolescentes – os adolescentes namoram geralmente (função: sujeito)
A proposta a que o deputado se referiu está no plenário.
- que
Que: retoma “a proposta”
a: o “a” é preposição – essa preposição é obrigatória
o deputado: sujeito
(…) se refere a proposta (OI)
Obs.: A proposta que o deputado se referiu (há erro de regência)
Obs.: Não cabe crase nessa frase, pois a palavra “que” não admite o artigo “a”, esse “a” é apenas preposição. Se fosse “a qual”, caberia crase
Giraffas, o sabor que “a gente” gosta
- que
Quem gosta, gosta de algo. O correto seria “Giraffas, o sabor de que “a gente” gosta”
No trecho “a literatura concebida no sentido amplo a que me referi
parece corresponder a uma necessidade universal, que precisa ser satisfeita e cuja
satisfação constitui um direito”, a expressão “a que” poderia ser corretamente substituída por
a. à que.
b. aquele que.
c. que.
d. ao qual.
e. àquela que.
Letra d
a literatura concebida no sentido amplo a que me referi:
que: retoma “sentido amplo” (ao qual)
A oração adjetiva abaixo sublinhada que deveria vir introduzida com um pronome relativo precedido de preposição é:
a. “lidar com situações emergenciais e atuar em casos (que venham a causar transtornos nos principais corredores viários de uma cidade”).
b. “O aumento progressivo da frota de veículos provoca congestionamentos (que muitas vezes impedem) que os procedimentos planejados de emergência sejam adotados”.
c. “O gerenciamento de acidentes de trânsito, como a velocidade (que se desfaz o local de uma batida numa via estrutural”).
d. “Situações como obras, fechamento de ruas e de faixas de tráfego, enchentes, alagamentos das vias e quedas de encostas e árvores, (que impedem a circulação normal de veículos”).
e. “Podemos fazer analogia com um infarto e um AVC, (que impedem o fluxo de sangue…”).
Letra c
a.“lidar com situações emergenciais e atuar em casos que venham a causar transtornos nos principais corredores viários de uma cidade”. Retoma: casos – não precisa de preposição
b.“O aumento progressivo da frota de veículos provoca congestionamentos que muitas vezes impedem que os procedimentos planejados de emergência sejam adotados”.
Retoma: congestionamentos – não precisa de preposição
c. “O gerenciamento de acidentes de trânsito, como a velocidade que se desfaz o local de uma batida numa via estrutural”.
Retoma: velocidade
o local de uma batida se desfaz com a velocidade – precisa de preposição
d.“Situações como obras, fechamento de ruas e de faixas de tráfego, enchentes, alagamentos das vias e quedas de encostas e árvores, que impedem a circulação normal de veículos”.
e.“Podemos fazer analogia com um infarto e um AVC, que impedem o fluxo de sangue…”.
o infarto e o AVC impedem (não precisa de preposição)
Ao contrário do que muitos têm apregoado, o melhor não é “virar a página” no que se refere ao período da ditadura. Escolha mais adequada é empreender uma apropriação crítica desse passado político recente, tanto para consolidar nossa frágil cidadania quanto para entender a realidade em que vivemos. Para tanto, é fundamental estudar
a ditadura, a fim de compreender a atualidade do seu legado e, assim, criar condições de superá-lo.
No trecho “entender a realidade em que vivemos” (linha 6), a supressão da preposição não prejudica a correção gramatical do texto, ainda que interfira na relação sintático-semântica entre seus elementos
( ) Certo
( ) Errado
Certo
Este é um bom item avaliativo.
Em primeiro lugar, pode-se notar que há uma preposição (em) antes do pronome relativo (que), em que o que retoma a realidade. Quem vive na realidade é o elemento nós, portanto, esse item é um adjunto adverbial.
De acordo com o item, a supressão da preposição em não gera prejuízo para a correção gramatical, ainda que interfira na relação sintático-semântica dos elementos:
* “a realidade que vivemos”
De fato, não há prejuízo na correção gramatical, embora haja uma mudança da relação sintático-semântica dos elementos. No primeiro caso, vive-se na realidade (intransitivo
— “experiencia determinada situação”); no segundo; vive-se a realidade (transitivo direto
— “enfrenta/encara uma determinada situação”).
Neste caso, o item está correto.
Uma criança pode revelar grande interesse por uma profissão…… os pais sonharam, mas nunca exerceram. Preenche corretamente a lacuna da frase acima o que está em:
a. por que
b. de que
c. à qual
d. na qual
e. com que
Letra e
Neste item, a alternativa correta é e: com que.
Neste caso, o elemento que retoma a profissão, enquanto a preposição com faz parte da regência do verbo sonhar: “Os pais sonharam com a profissão”.
Neste exemplo, a construção com a qual também seria possível: “[…] grande interesse por uma profissão com a qual os pais sonharam.”
Quando o item que comportar-se sintaticamente como sujeito, a concordância é feita com
o elemento ao qual esse pronome se refere.
A transição para a estabilidade foi ainda dificultada pelos impactos da crise mexicana de 1994/5, que levaram o Banco Central a adotar medidas excepcionais de controle monetário e esfriamento da economia;
- que
Neste caso, o pronome que retoma a expressão impactos da crise mexicana de 1994/5.
A transição para a estabilidade foi ainda dificultada pelos impactos da crise mexicana de 1994/5, que levou o Banco Central a adotar medidas excepcionais de controle monetário e esfriamento da economia.
- que
Neste caso, mexicana é adjetivo de crise, enquanto esta é o sujeito da construção verbal foi ainda dificultada.
Obs.: o pronome relativo “que” pode retomar tanto “impactos”, como “crise mexicana”.
Cerca de três séculos depois, Portugal lançou-se em uma expansão de conquistas que, à imagem do que Roma fizera, levou a língua portuguesa a remotas regiões: Guiné-Bissau, Angola, Moçambique, Cingapura, Índia e Brasil, para citar uns poucos exemplos em três continentes.
A correção gramatical e a coerência do texto seriam preservadas caso a forma verbal “levou” (linha 3) fosse substituída por levaram.
Certo
O item pergunta se a correção gramatical e a coerência do texto são preservadas se a forma verbal “levou” for substituída por “levaram”.
Neste exemplo, o primeiro que retoma a expressão uma expansão de conquistas. Porém, como no caso acima, esse pronome relativo também pode retomar apenas o item conquistas (não trazendo a preposição).
Essa troca mantém tanto a correção gramatical quanto a coerência do texto:
* Conquistas levaram.
O pronome o qual concorda com o antecedente, podendo substituir o que nas
orações
subordinadas adjetivas.
A compaixão sincera, a qual gera o perdão, amadurece quando descobrimos onde o
inimigo chora.
- o qual
Neste exemplo, o elemento a qual retoma a expressão a compaixão sincera, que poderia também ser retomada pelo elemento que.
A diferença entre esses dois elementos é que que é invariável, enquanto o qual/a qual é variável, pois concorda com o antecedente.
Em regra — quando o pronome estiver precedido de preposição com duas ou mais sílabas —, deve-se
empregar “o qual”, em vez de “que”.
Exemplo:
Esta é uma questão contra que a população pobre não reage. (incorreta)
Esta é uma questão contra a qual a população pobre não reage. (correta)
Empregam-se obrigatoriamente “o qual” e variações em vez de “que” quando este promover
ambiguidade
Exemplo:
Encontrei o autor da lei a que o professor fez referência. (construção ambígua)
Observe que, na construção acima, há dupla possibilidade de interpretação. Pode-se entender: “o professor fez referência ao autor da lei” ou “o professor fez referência à lei”.
A fim de evitar a ambiguidade, recomendam-se as seguintes construções:
Encontrei o autor da lei à qual o professor fez referência. (retoma “lei”)
Encontrei o autor da lei ao qual o professor fez referência. (retoma “autor”)
Nestes casos, é fato que o emprego do relativo o qual esclarece o antecedente. Não deve-se, então, empregar o pronome “que” quando houver mais de um antecedente.
Os principais avanços ocorreram com a entrada em vigor da Lei da Ação Civil Pública, em 1985, e do Código de Defesa do Consumidor, em 1990, que, conjuntamente, formaram o microssistema processual para assegurar os interesses da população
O vocábulo “que” (linha 2) poderia ser substituído por o qual, sem
alteração dos sentidos e da correção gramatical do texto.
Errado
Neste item, o elemento o qual não pode substituir o elemento que, uma vez que este retoma um item no plural (indicado pela forma verbal “formaram”).
Dessa maneira, o outro elemento possível seria os quais.
“Ao longo dos últimos anos, a participação de pessoas com idade superior aos 60 anos vem aumentando na força de trabalho do país. Além do envelhecimento da população, os idosos estão adiando a saída do mercado. E para protegê-los, o Estatuto do Idoso, que completou 15 anos no dia 1º de outubro, também trata de direitos relativos a trabalho e renda. Entretanto, alguns ainda não saíram do papel.”
Assinale a opção que apresenta a substituição adequada de um
segmento desse texto.
a. “Ao longo dos últimos anos” / após os últimos anos.
b. “força de trabalho do país” / força de trabalho dos países.
c. “para protegê-los” / a fim de proteger-lhes.
d. “que completou” / o qual completou.
e. “alguns ainda não saíram” / alguns até agora não saíram.
Letra e
O item pede a indicação da substituição adequada para um dos segmentos do texto.
Nesse caso, envolve tanto o sentido amplo quanto a estilística, que, como indicado acima, tem preferência no item que. Logo, a alternativa d está incorreta.
A alternativa correta é e.
Considere a seguinte frase:
“Os lançamentos tecnológicos a que o autor se refere podem resultar em comportamentos impulsivos nos consumidores desses produtos”.
A utilização da preposição destacada a é obrigatória para atender às exigências da regência do verbo “referir-se”, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa. É também obrigatório o uso de uma preposição antecedendo o pronome que destacado em:
a. Os consumidores, ao adquirirem um produto que quase ninguém possui, recém-lançado no mercado, passam a ter uma sensação de superioridade.
b. Muitos aparelhos difundidos no mercado nem sempre trazem novidades que justifiquem seu preço elevado em relação ao modelo anterior.
c. O estudo de mapeamento cerebral que o pesquisador realizou foi importante para
mostrar que o vício em novidades tecnológicas cresce cada vez mais.
d. O hormônio chamado dopamina é responsável por causar sensações de prazer que levam as pessoas a se sentirem recompensadas.
e. As pessoas, na maioria das vezes, gastam muito mais do que o seu orçamento permite em aparelhos que elas não necessitam.
Letra e
Neste caso, o verbo referir é transitivo indireto. Logo, quem se refere, refere a alguma coisa.
A seguir, o item pede para se indicar a alternativa que traz uma frase em que o que exige uma preposição.
a. Incorreta. Possuir é um verbo transitivo direto, e, portanto, não exige preposição.
b. Incorreta. Justificar é um verbo transitivo direto, e, portanto, não exige preposição.
c. Incorreta. Realizar é um verbo transitivo direto, e, portanto, não exige preposição.
d. Incorreta. Levar é um verbo bitransitivo, e, portanto, exige preposição. Porém, essa
preposição é exigida antes do elemento que é levado (objeto indireto) e não antes de para quem se leva (objeto direto).
e. Correta. Necessitar é um verbo transitivo indireto, e, portanto, exige preposição: necessita-se de algo.
O ministro ressaltou que os juros precisam cair.
- que
O ministro: sujeito
ressaltou: VTD; OP
que: Conj. Integrante
que os juros precisam cair: o fato/isso/a realidade
- oração subordinada substantiva objetiva direta
O “que”, neste caso, não é pronome relativo. Isso porque não retoma um substantivo ou uma palavra com valor de substantivo. Para ser pronome relativo, deveria estabelecer uma relação anafórica com o antecedente. Não há como o termo retomar um verbo. Assim, o “que” será pronome relativo apenas nas orações adjetivas.
O “que” nas orações substantivas é chamado de
“conjunção integrante”, que é vazia de
função sintática.
O ministro indagou se o processo seria desmembrado.
- se
indagou: VTD
se: Conj. Integrante
o processo seria desmembrado: oração subordinada substantiva objetiva direta
Lembrei-me de que o projeto está na pauta do dia.
- que
O “que” dessa oração não pode ser pronome relativo porque não há antecedente para estabelecer relação anafórica.
que: Conj. Integrante; da pauta
do fato
o projeto está na pauta do dia: oração subordinada substantiva objetiva indireta
Uma oração substantiva pode ter o valor de tanto de objeto direto quanto de
objeto indireto, sendo eles oracionais, pois completam o verbo sem preposição.
Obtive a informação de que o edital será publicado amanhã.
- que
o edital será publicado amanhã: Oração subordinada substantiva
Para ser relativo, não basta a oração estar ao lado de um substantivo; para isso, o “que” tem de retomar o
substantivo e produzir uma informação lógica completiva nominal.
Ela não tem receio de amar intensamente.
- de amar intensamente.
Oração subordinada substantiva
completiva nominal reduzida de infinito
A oração 2 é subordinada porque apresenta dependência sintática em relação à 1. É substantiva porque “amar” exerce função de substantivo (do amor intenso, disso). É completiva nominal porque completa o nome “receio” e é preposicionada. É reduzida porque não há
conjunção, e o verbo está no infinitivo.
em uma estrutura oracional, existe apenas a oração subordinada completiva nominal. Não é necessário, portanto, diferenciá-las, pois
com adjunto adnominal será uma
oração subordinada adjetiva restritiva.
Para um oração subordinada substantiva ser reduzida, não pode
haver um conectivo oracional (conjunção) e o verbo deverá estar na forma do infinitivo.
Em recurso ao STJ, a empresa sustenta que não é cabível a cotitularidade de marca e que o julgamento do tema deveria ser feito pela Justiça Federal.
- que; que
que: Conj. Integrante
As orações 2 e 3(Oração subordinada substantiva objetiva direta) estão coordenadas entre si e são subordinadas da 1.
Os senadores argumentam que o presidente Jair Bolsonaro, como agente político “da maior envergadura” não pode guardar para si informação tão relevante a ponto de apurar indícios de corrupção que remontam a cifra bilionária no bojo de uma pandemia com consequências sanitárias e socioeconômicas tão graves.
- que
que: Conj. Integrante
que: PR
O projeto elaborado pelo Senador Romário está bom.
- elaborado pelo Senador Romário
- elaborado pelo Senador Romário:Oração subordinada adjetiva restritiva reduzida de particípio
O “elaborado” não é adjetivo, ou seja, o senador elaborou, praticou a ação de “elaborar”.
Nas orações adjetivas, não há pronome relativo, e o verbo virá na forma nominal (infinitivo, gerúndio ou particípio). .
O trecho “divulgada pelo Ministério da Saúde” está entre vírgulas porque
constitui oração subordinada adjetiva explicativa.
Certo
“Divulgada” é a ação de “divulgar” e se refere ao ar livre, às pilhas, que alcançam um metro de altura, refletem os raios de sol de forma difusa e provocam um incessante piscar de olhos. Por trás delas, um corredor estreito, formado por antigos decodificadores de televisão a cabo, se esconde sob uma poeira fina que sobe do chão.
A supressão da vírgula empregada logo após o vocábulo “estreito” (ℓ.4) alteraria os sentidos originais do texto, mas manteria sua correção gramatical.
Errado
A oração “formado por antigos decodificadores de televisão a cabo” se refere a “um corredor estreito” e é, portanto, uma oração subordinada adjetiva explicativa reduzida de particípio. Se as duas vírgulas forem retiradas, torna-se restritiva e muda o sentido. Se apenas
a primeira vírgula for tirada, haverá um truncamento sintático e ficará incorreto gramaticalmente.
É necessário que você estude.
- que você estude.
O “é” é um verbo de ligação. “Necessário” é um adjetivo e, nesse caso, é um predicativo
do sujeito, portanto precisa de um sujeito. É possível substituir a oração “que você estude” por “isso” ou “o estudo”. A oração ficaria “o estudo é necessário” ou “isso é necessário”. Portanto, “que você estude” tem o valor de sujeito da oração e é uma oração subordinada substantiva subjetiva, que também pode ser chamada de sujeito oracional.
É necessário estudar.
- estudar
Assim como no período anterior, a oração “é necessário” necessita de um sujeito. Para
encontrar o sujeito, basta fazer a pergunta “o que é necessário?”. No caso, “estudar” é o sujeito oracional e portanto é uma oração subordinada substantiva subjetiva. A diferença desse período com o primeiro é que essa oração é reduzida de infinitivo. Uma oração reduzida não contém uma conjunção e o verbo se encontra em uma forma nominal.
Parece que o edital será publicado.
- que o edital será publicado.
A primeira coisa que se nota é que o “que” não é um pronome relativo. Um pronome relativo precisa retomar um substantivo ou uma palavra com valor substantivo. No caso, nome anterior ao “que” é um verbo, portanto, o “que” é uma conjunção integrante. A oração “que o edital será publicado” pode ser substituída por “o fato” ou por “isso”. Portanto, essa oração equivale a um substantivo, é uma oração subordinada substantiva. Nota-se que o termo “parece” não tem um sujeito, logo a segunda oração é o sujeito. O verbo “parecer” é um verbo intransitivo. Portanto, “que o edital será publicado” é uma oração subordinada substantiva
subjetiva.
Toda oração subordinada substantiva subjetiva é
um sujeito oracional.
A responsabilidade de fazer te feliz é decerto melindrosa; mas eu aceito a com alegria, e estou certo de que saberei desempenhar este agradável encargo.
- que
Nota-se que o adjetivo “certo” faz a função de predicativo do sujeito e o sujeito é “eu”. O verbo de ligação é “estou”. Portanto, o “que” que introduz a oração seguinte não é um pronome relativo, mas uma conjunção integrante. Quem está certo, está certo de algo. É possível substituir “de que saberei desempenhar este agradável encargo” por “do meu desempenho neste agradável encargo”. Portanto, essa oração é uma oração subordinada substantiva
completiva nominal. Ela é uma oração desenvolvida porque tem o “que”.
Tenho a convicção de que meus alunos precisam para estudar.
- de que meus alunos precisam
O verbo “ter” é transitivo direto, portanto “a convicção” é o objeto direto. O “que” da
oração “de que meus alunos precisam” é um pronome relativo porque retoma “convicção”.
Para tirar a prova real, basta notar que, nessa segunda oração, o verbo “precisar” é transitivo indireto e o objeto indireto é o “de que”, que equivale a “da convicção”. Dessa forma, se essa oração começa com um pronome relativo, ela é uma oração subordinada adjetiva restritiva.
O macete de substituir a oração subordinada por “isso” costuma funcionar bem, mas é preciso sempre retirar uma prova e articular para verificar se o “que”
está ou não retomando
um antecedente.
informação de que os recorridos são de fato os membros do famoso grupo musical, não pode ser sonegada do público para quem vão se apresentar em sua atividade musical profissional.
- que
A oração principal é “a informação não pode ser sonegada do público…” enquanto que a oração subordinada é “de que os recorridos são de fato membros do famoso grupo musical”.
Para retirar a prova se o “que” é um pronome relativo, basta verificar se ele retoma o termo antecedente. Nesse caso, não é possível substituir o “que” por “da informação”, pois a oração
ficaria sem sentido e não produziria uma informação lógica. Um pronome relativo precisa retomar o antecedente e produzir uma informação lógica.
É errada a afirmação de que a conjunção integrante aparece sempre após um verbo.
Uma afirmação correta é: o “que” após um verbo nunca é um pronome relativo. Mas o “que” após um substantivo pode ser pronome relativo ou pode ser conjunção integrante. No caso do período em análise, o “que” é uma conjunção integrante que completa o nome “informação”. Portanto, “de que os recorridos são de fato os membros do famoso grupo musical” é uma oração subordinada substantiva completiva nominal.
Em “(lutar contra o sono depois do almoço) conta com uma atividade física?”, o trecho em destaques exerce a função sintática de
a. Adjunto adverbial
b. Adjunto adnominal.
c. Sujeito.
d. Agente da passiva.
Letra c
O trecho em destaque contém o verbo “lutar”, portanto esse trecho é uma oração. A outra oração começa com o verbo “contar” e para encontrar o sujeito desse verbo, basta fazer a seguinte pergunta: “o que conta como atividade física?”.
No excerto “[..] o secretário de Recursos Hídricos garante, no entanto, (que) todas as medidas necessárias para situação já foram tomadas […]”, a expressão em destaque é:
a. Uma conjunção integrante que retoma o termo que lhe é anterior.
b. Um pronome relativo que retoma o termo que lhe é anterior.
c. Uma conjunção integrante que introduz uma oração subordinada substantiva objetiva direta.
d. Um pronome indefinido equivalendo a “que coisa”.
e. Uma conjunção integrante que introduz uma oração subordinada substantiva objetiva indireta.
Letra c
Antes da conjunção “que”, há uma conjunção adversativa em relação ao período anterior: “no entanto”. Percebe-se que o “que” não pode ser um pronome relativo porque antes dele há o verbo “garantir” e “o secretário de Recursos Hídricos” é o sujeito. Logo, tudo que completa o verbo “garantir” terá o valor de objeto direto e o “que” inicia a oração subordinada substantiva objetiva direta. Além disso, é importante se lembrar de que a conjunção integrante não estabelece relação anafórica.
Outro aspecto que configura alguns desafios ainda não resolvidos na atual Constituição é a existência de muitos dispositivos a reclamar leis que lhes deem eficácia plena. A propósito, convém recordar que, promulgado o diploma constitucional, o Ministério da Justiça realizou levantamento de que resultou a publicação do livro “Leis a Elaborar”.
Em relação às ocorrências da palavra QUE no trecho acima, é correto afirmar que há:
a. Duas conjunções subordinativas, um pronome relativo e uma conjunção integrante.
b. Três conjunções subordinativas e um pronome relativo.
c. Três conjunções integrantes e uma conjunção subordinativa.
d. Dois pronomes relativos e duas conjunções integrantes.
e. Três pronomes relativos e uma conjunção integrante.
Letra e
O examinador não deseja saber a função sintática do “que”, mas se ele é pronome relativo ou conjunção integrante. O primeiro “que” da questão pode ser substituído pelo termo anterior “outro aspecto” e mantém sentido lógico na oração, portanto é pronome relativo. O
segundo “que” da mesma forma retoma o termo anterior “leis” e mantém sentido lógico na oração seguinte, portanto é pronome relativo.
O terceiro “que” está após o verbo “recordar”, portanto não pode ser pronome relativo e é uma conjunção integrante. O último “que” está após o nome “levantamento”, portanto pode
ser conjunção integrante ou pronome relativo. Para verificar se é pronome relativo, basta realizar a prova, substituindo o “que” pelo termo antecedente e verificar se a oração manterá a lógica. O sujeito da oração “de que resultou a publicação do livro ‘Leis a Elaborar’” é “a publicação do livro ‘Leis a Elaborar’”. O verbo “resultar” é transitivo indireto, portanto “deque” é o objeto indireto e permite a substituição do termo “levantamento”. Dessa forma, o último “que” é um pronome relativo.
É interessante e didático para qualquer cidadão observar o nascedouro de uma lei.
- observar o nascedouro de uma lei
O verbo de ligação da primeira oração “é” precisa de um sujeito nesse período. O predicativo do sujeito é “interessante e didático para qualquer cidadão”. O sujeito oracional, portanto, é “observar o nascedouro de uma lei”. Se a substituição dessa oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo fosse feita, a oração ficaria “isso é interessante e didático para qualquer cidadão”.
Não é razoável, segundo a CNSEG, que apenas no Rio de Janeiro existam regras
adicionais e distintas, sem previsão em norma federal, pois não há diferença entre as seguradoras e os segurados que firmam contrato em outro estado.
- que, que
Logo no início do período, há o verbo de ligação “é” e o predicativo do sujeito “razoável”.
Para encontrar o sujeito dessa oração, basta fazer a pergunta: “o que não é razoável?”. A resposta será “que apenas no Rio de Janeiro existam regras adicionais e distintas não é razoável”.
O pronome “isso” poderia substituir essa oração e ela ficaria “isso não é razoável”. Portanto, “que apenas no Rio de Janeiro existam regras adicionas e distintas” é uma oração subordinada substantiva subjetiva e esse primeiro “que” destacado é uma conjunção integrante.
Quanto ao segundo “que” destacado, ele é uma conjunção integrante ou pronome relativo?
A oração teria sentido lógico se substituísse o “que” por “as seguradoras e os segurados”?
Sim, pois ficaria “as seguradoras e os segurados firmaram contrato”. Dessa forma, o segundo “que” é um pronome relativo e ele introduz uma oração subordinada adjetiva restritiva.
Meu receio era que todos fossem reprovados.
- que todos fossem reprovados
Essa questão é pouco cobrada em concurso, mas será analisada porque leva muitos ao erro. O verbo da primeira oração “era” é um verbo de ligação e “meu receio” é o sujeito, portanto falta o predicativo do sujeito. O predicativo do sujeito é “que todos fossem reprovados” porque caracteriza o “meu receio”. Dessa forma, o “que” é uma conjunção integrante e “que todos fossem reprovados” é uma oração subordinada substantiva predicativa.
“Tentamos mostrar, que o idoso tem sua importância.”
Esse período tem uma oração principal “tentamos mostrar” e a subordinada “que o idoso tem sua importância”. O verbo “mostrar” é transitivo direto, portanto a oração subordinada é substantiva objetiva direta. A oração principal seguida de uma substantiva não pode ser separada por vírgula.
“Tentamos mostrar: o idoso tem sua importância.”
Nota-se que essa oração subordinada substantiva aceitou dois pontos, mas para isso foi preciso a omissão da conjunção. Isso é permitido porque é um recurso linguístico com a finalidade de dar elegância ao período. Quanto à análise sintática “o idoso tem sua importância”,continua sendo uma oração subordinada substantiva objetiva direta. Porém, nesse caso, ela é uma oração justaposta, pois está ao lado de outra oração sem um conectivo.
“E vejam agora com que destreza, com que arte faço eu a maior transição deste livro.
Vejam: o meu delírio começou em presença de Virgília”.
O verbo “ver” é transitivo direto, portanto “o meu delírio começou em presença de Virgília” é o objeto direto. A conjunção integrante “que” foi omitida e se acrescentou a vantagem
estilística dos dois pontos.
No filme Justiça, por meio de interação de réus e magistrados, surge uma evidência
importante, (que) é o papel ordenador da linguagem.
O “que” destacado se classifica como pronome relativo ou conjunção integrante?
Para tirar a prova se o “que” é pronome relativo, basta substituir o “que” pelo termo antecedente. Nesse caso, o termo antecedente é “uma evidência importante”. Com a substituição, a oração ficaria “uma evidência importante é o papel ordenador da linguagem”. O termo substituído fez o papel de sujeito na oração e essa oração é lógica, provida de sentido, portanto esse “que” é pronome relativo e a oração é subordinada adjetiva restritiva.
Faço apenas um pedido, que você reveja sua opinião sobre esse assunto.
O “que” destacado se classifica como pronome relativo ou conjunção integrante?
Para tirar a prova se o “que” é pronome relativo, basta substituir o “que” pelo termo antecedente. Nesse caso, o termo antecedente é “um pedido”. Com a substituição, a oração não teria lógica, ficaria desprovida de sentido. A oração principal tem sujeito e objeto direto, portanto a oração subordinada não pode ser nem subjetiva nem objetiva direta. Ela também não pode ser completiva nominal, nem objetiva indireta porque não há preposição antes do “que”. Essa oração subordinada será substantiva apositiva e o “que” é uma conjunção
integrante.
A oração subordinada apositiva esclarece uma oração, por isso ela se parece muito com uma oração subordinada adjetiva explicativa. Tanto a apositiva como a adjetiva explicativa têm cunho explicativo, porém o “que” é pronome relativo na oração subordinada adjetiva.
Além disso, é importante lembrar que a vírgula, entre orações substantivas, só é permitida nas orações apositivas, por causa desse caráter explicativo das orações apositivas.
Espero uma coisa, (que) você me ame.
O “que” destacado se classifica como pronome relativo ou conjunção integrante?
Para tirar a prova se o “que” é pronome relativo, basta substituir o “que” pelo termo antecedente. Nesse caso, o termo antecedente é “uma coisa”. Com a substituição, a oração não teria lógica, ficaria desprovida de sentido. Portanto, o pronome não é relativo. A oração subordinada está esclarecendo algo que ficou vago, afinal o sujeito espera uma coisa. Essa coisa que ele espera está esclarecida na oração subordinada. Portanto, essa oração é subordinada substantiva apositiva e o “que” é uma conjunção integrante. Importante lembrar
que a vírgula é exigida entre a substantiva apositiva e a oração principal.
“O” antes de “que”
É muito importante saber que quando o “o” for igual ao pronome demonstrativo e estiver seguido de um “que”, esse “que” será
pronome relativo. Existem construções em que o pronome relativo “que” é antecedido pelos pronomes demonstrativos “a, as, o, os”. Nestas construções, muitos candidatos classificam a palavra “que” como conjunção – e não como pronome relativo.
“Os alunos sabem o que eu fiz.”
Muitos podem achar que a oração “o que eu fiz” é uma oração subordinada substantiva objetiva direta, porque coube a troca com o pronome “isso”. Mas está errado, porque há um pronome demonstrativo antecedendo o “que”. Esse “o” equivale a “aquilo”. Portanto, “o” faz a função de objeto direto nessa oração. Logo, o “que” será um pronome relativo, pois retoma o termo anterior “o”, enquanto a oração “que eu fiz” será subordinada adjetiva restritiva.
“Todos sabem o que o deputado acusado fez.”
Análise: no exemplo acima, o vocábulo “o” é um pronome demonstrativo – e o “que”, um pronome relativo. Para chegar a esta classificação, devem-se seguir alguns passos: 1) Faça a substituição lexical: “Todos sabem aquilo que o deputado fez”. 2) Divida as orações entre o demonstrativo “o” e o relativo “que”: todos sabem o | que o deputado fez”. 3) Estabeleça a relação anafórica, ou seja, o “que” pronome relativo, como estudado, retoma o termo imediatamente anterior – que, neste caso, é o pronome demonstrativo “o” (aquilo). 4) Agora, depois da retomada do antecedente, classifique sintaticamente o pronome relativo “que”: “o deputado fez aquilo” (aquilo =objeto direto). Ressalte-se que a função do vocábulo “aquilo”,
na oração 2, é a função sintática do pronome relativo “que” (objeto direto), porquanto este pronome retoma o demonstrativo “o” (aquilo).
“Tais feitos brilham os olhos daqueles que almejam uma carreira bem-sucedida na
advocacia.”
Esse “que” retoma o termo “daqueles”. É possível fazer a substituição e manter o sentido lógico na oração seguinte “aqueles almejam uma carreira”. Portanto, o “que” é pronome relativo e faz o papel de sujeito na oração subordinada adjetiva restritiva. Além do mais, o “daqueles” poderia ser escrito de outra forma: “de” + “os”, pois o “os” também é um pronome demonstrativo.
Em relação à classificação sintática dos termos destacados nas frases
seguintes, assinale a alternativa correta.
a. Em “No parquinho há crianças de todo tipo […]”, o termo destacado é o sujeito, por ser o tema da oração.
b. No trecho “A criançada brinca no parquinho como se o dia nunca fosse acabar.”, o verbo destacado é considerado transitivo indireto, por exigir um complemento verbal com preposição.
c. Em “Os birrentos são os que dão mais trabalho.”, o pronome relativo destacado funciona como sujeito da segunda oração.
d. Na frase “Quando eu crescer, vou querer ser jogador de futebol!”, o termo destacado é um complemento nominal, pois completa o sentido do nome “jogador”.
e. Em “É claro que nem toda criança gosta de bola”, o verbo em destaque é intransitivo, pois não exige um complemento.
Letra c
a. O verbo haver com sentido de “existir” é impessoal, portanto não precisa de sujeito e “crianças” é o objeto direto.
b. O verbo “brincar” é intransitivo e “no parquinho” é adjunto adverbial de lugar.
c. É possível substituir o “os” por “aqueles”. A frase ficaria “os birrentos são aqueles que dão mais trabalho”.
d. O termo “de futebol” é adjunto adnominal porque “jogador” é um substantivo concreto.
e. O verbo “gostar” é transitivo indireto e “de bola” é objeto indireto.
O relator da Comissão Especial sobre a Unificação das Polícias Civil e Militar, deputado Vinicius Carvalho (PRB-SP), informou que vai apresentar uma proposta de emenda à Constituição (PEC) com normas genéricas prevendo a unificação das forças policiais.
Segundo ele, caberá a cada estado, individualmente, decidir se fará a mudança de imediato ou não.
(CNSDF/2019) Os vocábulos “que” (linha 2) e “se” (linha 4) pertencem à mesma classe
gramatical.
Certo
O primeiro “que” está após um verbo, portanto é conjunção integrante introduzindo uma oração subordinada substantiva objetiva direta. O segundo termo destacado “se” também é
uma conjunção integrante introduzindo uma oração subordinada substantiva objetiva direta
Assinale a opção que indica a frase do texto em que a forma que destacada tem
classe gramatical diferente das demais, não se referindo a nenhum termo anterior.
a. “No contexto político em que vivemos”.
b. “sentimos saudade de alguns conceitos de verdade que estão na raiz da filosofia e da teologia”.
c. “o discurso verdadeiro, segundo Platão, é aquele que diz como as coisas são.”
d. “Parece que nenhum deles se ajusta ao contexto…”.
e. “O que chama atenção de todos nós…”.
Letra d
a. É possível substituir o “que” pelo termo antecedente “no contexto político”. A frase ficaria correta: “no contexto político vivemos”, portanto o “que” é pronome relativo.
b. É possível substituir o “que” pelo termo antecedente “alguns conceitos”. A frase ficaria correta: “alguns conceitos estão na raiz da filosofia e da teologia”, portanto o “que” é pronome relativo.
c. Também é possível substituir o “que” pelo termo antecedente “aquele”, portanto o “que” é pronome relativo.
d. Nessa oração, o “que” está ao lado de um verbo, portanto não pode ser um pronome relativo. Não é possível que esse “que” retome o verbo.
e. É possível substituir o “que” pelo termo antecedente “o”, que é um pronome demonstrativo, portanto o “que” é pronome relativo.
A expressão “é que”, como locução expletiva ou de realce, é empregada para
evidenciar um termo da oração, e não lhe cabe função sintática nenhuma.
“Os deputados é que saíram ganhando.”
- é que
O período é simples. O sujeito é “os deputados” e a locução verbal é “saíram ganhando”.
Se a expressão “é que” fosse retirada, a frase não perderia seu sentido e a estrutura sintática não seria alterada.
Portanto, a locução expletiva não se trata apenas de pode ser tirada da oração. Além de poder ser retirada, ela não altera o sentido e a estrutura sintática da oração.
“Nós é que somos brasileiros.”
- é que
O período é simples. “Nós” é o sujeito, “somos” é o verbo de ligação e “brasileiros” é o predicativo do sujeito. A locução “é que” pode ser retirada, sem alteração semântica ou sintática.
Foi por meio da teoria que o professor explicou a matéria.
- Foi; que
Identificar esse expletivo é mais difícil, porque a locução expletiva está separada por uma significativa distância. O período é simples e a locução “foi que” é expletiva.
Nesse contexto, a Lei Maria da Penha teria o papel de assegurar o reconhecimento
das mulheres em situação de violências (incluída a psicológica) pelo direito; afinal, é constatando as obrigações que temos diante do direito alheio que chegamos a uma compreensão de cada um(a) de nós como sujeitos de direitos.
Sem prejuízo da correção gramatical do texto, os vocábulos “é” (linha 2) e “que”(linha 3) poderiam ser suprimidos, desde que fosse inserida uma vírgula imediatamente após a palavra “alheio”(linha 3)
Certo
Se retirar a locução “é que”, é preciso adicionar uma vírgula após “alheio” porque a oração é intercalada. O estudo dos termos intercalados será estudado em pontuação. Mas, de fato, é preciso colocar a vírgula ao se suprimir o “que”.
O gosto da maravilha e do mistério, quase inseparável da literatura de viagens na era
dos grandes descobrimentos marítimos, ocupa espaço singularmente reduzido nos escritos quinhentistas dos portugueses sobre o Novo Mundo. Ou porque a longa prática das navegações do Mar Oceano e o assíduo trato das terras e gentes estranhas já tivessem amortecido neles a sensibilidade para o exótico, ou porque o fascínio do Oriente ainda absorvesse em demasia os seus cuidados sem deixar margem a maiores surpresas, a verdade é que não os inquietam, aqui, os extraordinários portentos, nem a
esperança deles.
Nas linhas 11 e 12, “é que” caracteriza-se como expressão expletiva, empregada para realçar o conteúdo “não os inquietam, aqui, os extraordinários portentos, nem a esperança deles”(linha 12).
Errado
Se a locução “é que” for retirada, o período ficaria “a verdade não os inquietam, aqui, os extraordinários portentos”. O período ficaria sem sentido, pois o termo “a verdade” ficaria solto, sem função sintática. A função sintática de “a verdade” é o sujeito e oração principal. O “que” é conjunção integrante, introduzindo uma oração subordinada substantiva predicativa.
Era preciso colocar no papel e compartilhar a dor daquelas pessoas que, mesmo ao fim do processo e com a sentença prolatada, não me deixavam esquecê-las.
A alteração da forma verbal “deixavam” para o singular — deixava — não comprometeria a correção gramatical do período em que tal forma aparece, mas modificaria seu sentido original.
Certo
O pronome relativo retoma o termo antecedente, portanto o “que” dessa oração equivale a “a dor daquelas pessoas”. Porém, o pronome relativo também pode retomar o sintagma
menor, que é “pessoas”.
A constitucionalização dos remédios contra o abuso do poder ocorreu por meio de dois institutos típicos: o da separação dos poderes e o da subordinação de todo poder estatal (e, no limite, também do poder dos próprios órgãos legislativos) ao direito (o chamado “constitucionalismo”). O segundo processo foi o que deu lugar à figura — verdadeiramente dominante em todas as teorias políticas do século passado.
No trecho “o que deu lugar à figura”(linha 7), a partícula “o” classifica-se como pronome demonstrativo e exerce a função de sujeito da oração subordinada adjetiva.
Errado
É possível substituir o “o” por “aquele”, então se divide a oração entre o “o” e o termo “que”, que o segue. Esse “que” retoma o “o”, equivalendo a “aquele” e esse “que” faz a função de sujeito da oração seguinte. Portanto, o “que” é pronome relativo e introduz a oração e subordinada adjetiva restritiva. Porém, cuidado, pois o examinador afirma que quem exerce
a função de sujeito é o pronome demonstrativo.
É importante ressaltar que o termo comunicação carrega, no mundo moderno, as marcas de sua ambiguidade original (tornar comum a muitos, partilhar, trocar).
O trecho “que o termo comunicação carrega, no mundo moderno, as
marcas de sua ambiguidade original” (linhas 1 e 2) exerce a função de complemento verbal no contexto em que ocorre.
Certo
A primeira oração “é importante” tem um verbo de ligação e um predicativo do sujeito.
Enquanto “ressaltar” é uma oração subordinada substantiva subjetiva, portanto um sujeito oracional de “é importante”. Ao mesmo tempo, “ressaltar” é um verbo transitivo direto e oração principal da oração subordinada substantiva objetiva direta “que o termo comunicação carrega, no mundo moderno, as marcas de sua ambiguidade original”.
Para que a atuação policial ocorra dentro dos parâmetros democráticos, é essencial
que haja a implementação de um modelo de policiamento que corresponda aos preceitos constitucionais, promovendo-se o equilíbrio entre os pressupostos de liberdade e segurança.
A oração “que haja a implementação de um modelo de policiamento”(ℓ. 2 e 3) tem a função de qualificar o adjetivo que a antecede: “essencial”(ℓ.2).
Errado
Antes da oração mencionada, há a oração “é essencial”. Ela tem um verbo de ligação “é” mais um predicativo do sujeito “essencial”. Portanto, o sujeito dessa oração é “que haja a
implementação de um modelo de policiamento”. Ela não qualifica a oração principal, mas é o sujeito oracional, ou seja, é uma oração subordinada substantiva subjetiva.
“É com uma ação eficiente do governo e do setor privado que certamente poderemos promover o desenvolvimento dos países.”
Ao fazermos a seguinte alteração no período acima: É com uma ação eficiente do governo e do setor privado que certamente promoveremos o desenvolvimento dos países, é correto afirmar que:
a. tem duas orações.
b. é composto por subordinação somente.
c. é composto por coordenação e subordinação.
d. é simples.
e. é composto por coordenação somente.
Letra d
Essa questão é considerada de nível difícil. Mas ela fica mais simples de entender porque a matéria acabou de ser estudada. O primeiro passo que se deve fazer é retirar da oração
o “é” e o “que”, porque fazem uma locução expletiva. Após isso, percebe-se que se trata de uma oração apenas, porque apenas há nela um verbo: “promovemos”.
Assinale a frase em que o vocábulo que tem sua classe gramatical corretamente indicada.
a. “Se você quer um arco-íris, tem que aguentar a chuva.”/ preposição
b. “Gratidão é o sentimento que mais depressa envelhece.” / conjunção comparativa
c. “Diante de um obstáculo que é impossível superar, obstinação é estupidez.” / conjun-
ção explicativa
d. “O problema com o mundo é que os idiotas são seguros e os inteligentes são cheios
de dúvidas.”/ partícula expletiva
e. “Nada convence tanto as pessoas de pouco juízo quanto o que elas não entendem.”/
pronome indefinido
Letra a
a.A oração “tenho de estudar” é uma locução verbal. “Tenho” é o verbo auxiliar e “estudar é o verbo principal. Quando as locuções verbais têm ligação, em regra, o conectivo que haverá entre elas será uma preposição. Essa oração “tenho de estudar” é a forma erudita.
Porém, ela pode ser dita assim “tenho que estudar”. Sabe-se que nessa oração o “que” não é uma preposição, porém, nesse caso, ela funciona como uma preposição. Portanto, esse “que” entre essa locução verbal é chamado de preposição acidental.
b.Nesse período, o “que” é um pronome relativo que retoma o termo antecedente
“sentimento”.
c. Nesse período, o “que” é um pronome relativo que retoma o termo antecedente
“obstáculo”.
d.Nesse período, o “que” é uma conjunção integrante que introduz uma oração subordinada substantiva predicativa.
e.Nesse período, o “que” é um pronome relativo que retoma o termo antecedente “o”. Esse “o” é um pronome demonstrativo que equivale a “aquilo”, a oração subordinada adjetiva restritiva ficaria “elas não entendem aquilo”.
Estudar é semelhante ao trabalho de um detetive que investiga um determinado assunto. O bom detetive é aquele que considera o maior número de hipóteses e escolhe aquelas que julgar mais convincentes. Para fazer isso, ao contrário do que se pode pensar, é importante ter dúvidas. Todos têm dúvidas. Do mais importante cientista ao mais humilde trabalhador. O que faz um trabalho de investigação ser bom é a capacidade de organizar essas dúvidas e tentar solucionar o maior número delas”.
(FGV/Câmara de Salvador/2018) Nesse segmento do texto 3 há cinco ocorrências do vocábulo QUE, que se encontram sublinhadas.
Sobre essas ocorrências, é correto afirmar que:
a. pertencem a duas classes gramaticais diferentes;
b. relacionam-se a vocábulos anteriores de valor substantivo;
c. exemplificam casos de anáfora e de catáfora;
d. substituem palavras ou orações anteriores;
e. introduzem segmentos de valor adjetivo ou adverbial.
Letra b
O primeiro “que” destacado é um pronome relativo, pois retoma o termo anterior “detetive”, introduzindo uma oração subordinada lógica. O segundo “que” destacado também é um pronome relativo que retoma o termo “aquele”. O terceiro “que” retoma o termo antecedente “aquelas”. Por enquanto, todos os “quês” são pronomes relativos. O quarto “que” tem, antes dele, uma preposição “de” + “o” e esse “o” é um pronome demonstrativo e equivale a “daquilo”. Portanto, o quarto “que” é um pronome relativo que retoma o pronome demonstrativo “daquilo”. Deve-se ter cuidado, afinal não é sempre que houver o “o” antes do “que” que se poderá classificar esse “o” como pronome demonstrativo. Porém, esse quinto “que”
está retomando o demonstrativo “o” que equivale a “aquilo” e, portanto, é um pronome relativo também.
Considere a relação entre o vocábulo “que” e a expressão entre colchetes
nas seguintes passagens do texto.
I – estão conectadas mais a máquinas e menos a pessoas, de [uma maneira] que jamais
aconteceu na história da humanidade. (1º parágrafo)
II – Um estudante universitário observa [a solidão e o isolamento] que acompanham uma
vida reclusa ao mundo virtual… (2º parágrafo)
III – Ele lembra que [seus colegas] estão perdendo a habilidade de manter uma conversa…
(2º parágrafo)
IV – [Nenhum aniversário, show, encontro ou festa] pode ser desfrutado sem que você se
distancie… (2º parágrafo)
V – [as intermináveis horas] que os jovens passam olhando fixamente para aparelhos eletrônicos… (3º parágrafo)
Tem função pronominal, por se referir à expressão entre colchetes e equivaler a ela em
termos de sentido, o vocábulo “que” sublinhado apenas em
a. II, III e V.
b. I, III e IV.
c. I, II e V.
d. I, II e IV.
e. III, IV e V.
Letra c
Quando o examinador diz “função pronominal”, está se referindo ao pronome relativo. Afinal, a função do pronome relativo é retomar uma expressão antecedente, que é um substantivo ou palavra de valor substantivo.
I – O “que” essa oração retoma a expressão “uma maneira”, portanto é um pronome relativo.
II – O “que” essa oração retoma a expressão “a solidão e o isolamento”, portanto é um
pronome relativo.
III – O “que” dessa oração é uma conjunção integrante, porque ela está após um verbo. O
pronome relativo nunca retoma um verbo.
IV – Esse “que” faz parte de uma locução que remete a ideia de modo. É notável que esse
“que” não retoma a nenhum termo antecedente.
V – O “que” essa oração retoma a expressão “as intermináveis horas”, portanto é um pronome relativo.
Cujo
Elencaremos aqui as características do pronome relativo “cujo”, lembrando que essa é uma visão morfológica de classes de palavras.
- Introduz oração subordinada adjetiva;
- Exerce função sintática de adjunto adnominal (aspecto geral);
- Dá ideia de posse (visão semântica, de sentido);
- Não admite posposição de artigo.
- Estabelece concordância com o consequente.
- Tem de existir nome (substantivo ou palavra com valor de substantivo) antes e
depois do cujo.
Os itens 4, 5 e 6 da lista acima podem ser chamados de filtro.
Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor.
- cujo
“Feliz é a nação” é o antecedente e “Deus é o Senhor” é o consequente.
Passando o filtro no “cujo”, temos que ele não admite artigo (por ex., “cujo o Deus” estaria errado), estabelece concordância com o consequente (“Deus” e “cujo” são masculinos) e precisa existir nome antes e depois (“nação” e “Deus”).
Entretanto, não se cravar uma resposta a uma eventual questão de prova se o “cujo” tiver passado pelos filtros, pois existem outros erros.
“Cujo” sempre retoma o antecedente, que estabelece relação de posse com o consequente. Dessa forma, esse exemplo equivale a “o Deus da nação” e o consequente é um adjunto adnominal.
Para ter relação de posse, está intrínseco o emprego da preposição “de”. Não se diz, por ex., “O celular o professor”, e sim “O celular do professor”, em que “do” = “de” + “o”. Lembre-se de que se antes do “cujo” não houver vírgula, trata-se de uma oração adjetiva restritiva, e se houver, é uma adjetiva explicativa.
Existem normas constitucionais cujo núcleo essencial não pode ser modificado.
- cujo
“Normas constitucionais” é o antecedente e “núcleo essencial” é o consequente.
Passando os filtros no “cujo”, observamos que não há artigo (que não é admitido), ele
concorda com o consequente (“cujo” e “núcleo”) e há nome antes e depois.
Assim, “cujo” nesse exemplo retoma o antecedente (“normas constitucionais”) e esse, por sua vez, estabelece uma relação de posse com o consequente (“núcleo essencial”), equivalendo a “o núcleo essencial das normas constitucionais”.
A preocupação do autor é com os jornalistas, cuja liberdade de expressão se encontra ameaçada.
- cuja
Analisando a frase e novamente passando os filtros, verificamos que se tivesse escrito
“cuja a liberdade”, a frase estaria errada; o “cuja” concorda com o consequente “liberdade”, que é feminino e singular (se fosse “liberdades”, seria “cujas”); e tem nome antes (“jornalistas”) e depois (“liberdade”).
Portanto, “cuja” retoma o termo antecedente “jornalistas” e esses possuem “liberdade de expressão”, de forma que equivale a “a liberdade de expressão dos jornalistas”, sendo “dos jornalistas” um adjunto adnominal.
A violência dos nossos instintos, de cuja ninguém escapa, ignora os ideais da civilização, quando não os perverte de modo radical.
- de cuja
Consideremos a oração 1 como sendo “A violência dos nossos instintos ignora os ideais da civilização” e a oração 2, “de cuja ninguém escapa”.
É importante saber que antes de “cujo” pode haver preposição, de forma que “de cuja” está correto, mas analisemos o contexto do exemplo.
Não há como “cujo” possuir o pronome indefinido “ninguém”; não há nome depois; e não faz sentido dizer “ninguém da violência dos nossos instintos” ou “ninguém dos nossos instintos”.
“De cuja”, então, está errada nessa frase e deveria ser substituída por “de que” (“ninguém escapa da violência dos nossos instintos”).
O presidente da Câmara, de cujas ações a base do governo desconfia, está cauteloso.
- cujas
A oração 1 é “O presidente da Câmara está cauteloso”; “O presidente da Câmara” é o
antecedente e “ações”, o consequente, de forma que “cujas” passa pelo filtro.
Além disso, “cujas” retoma “presidente da Câmara”, que vai possuir “as ações”, que são do presidente da Câmara.
Montando a oração, obtemos “a base do governo desconfia das ações do presidente da Câmara”. A preposição da regência (“de”) precisa estar expressa, diferente da preposição da posse; quem desconfia, desconfia de algo.
A música ruidosa, cujo principal efeito é impossibilitar uma conversa, é um tormento do qual está cada vez mais difícil esquivar-se.
- cujo; do qual
A oração 1 é “A música ruidosa é um tormento”.
“Cujo” concorda com “principal efeito”, masculino, e há nome antes e depois. Assim, o termo retoma “música ruidosa” e esse, por sua vez, estabelece uma relação com “principal efeito”, resultando na oração “o principal efeito da música ruidosa é impossibilitar uma conversa”.
“Música ruidosa” possui o consequente e sempre vem com a preposição “de”. Como visto, “cujo” sempre tem que concordar com o consequente, o termo seguinte, não com o antecedente.
O “qual” em “um tormento do qual” retoma “tormento”, ou seja, “do tormento”. Quem se esquiva, se esquiva de algo; assim, “do tormento” é objeto indireto e “do qual” também poderia ser “de que”, estando correto.
A lei cujos artigos o professor se referiu foi revogada.
- cujos
“A lei foi revogada” é a Oração 1.
O termo “cujos” não está acompanhado de artigo; está concordando com o consequente, “artigos”, ambos no masculino e plural; e tem nome antes e depois, passando assim nos filtros.
Além disso, “cujos” retoma “lei”, que é quem vai possuir os artigos; ou seja, “os artigos da lei”, sendo “da lei” o adjunto adnominal.
Quem se refere, se refere a algo; por isso, o correto gramaticalmente falando seria “a
cujos”, mesmo que soe “feio” ou estranho.
Lembre-se de que “cujo” não admite artigo (sendo impossível dizer “cujos os artigos”, por ex.), mas pode existir preposição antes dele, como é o caso do “a”, que é de uso obrigatório.
Assim, “o professor se referiu aos artigos da lei” e essa lei foi revogada.
O elemento sublinhado está empregado corretamente em:
a. Ao atribuir determinadas características aos escritores (de que) admiramos, na verdade buscamos nos identificar a eles.
b. O escritor, no fim das contas, acaba moldando-se aos ideais (cujos) leitores arbitrariamente lhe inculcam.
c. O mais das vezes fantasiosas, as histórias (de que) contam dos poetas costumam desviar de suas obras a atenção necessária.
d. Termina-se por constituir um anedotário sobre os escritores, (com o qual) se ilustram suas principais características.
e. O público leitor, ávido por histórias (da qual) distrair-se, não perdoa sequer a reputação dos artistas.
Letra d
- Na alternativa “a”, o pronome relativo “que” retoma “escritores”; “nós” é o sujeito do VTD “admiramos”. Quem admira, admira algo ou alguém, não havendo preposição. Assim, não é “de que admiramos”, e sim “que admiramos”, sem “de”; A alternativa “b” passa pelo filtro,
pois não há artigo; “cujos” concorda com “leitores”, sendo ambos masculinos e plural; e há nome antes (“ideais”) e depois (“leitores”). “Cujos” retoma “ideais”, que possui “os leitores”, ficando “os leitores dos ideais”, o que fica incoerente. A incoerência, a falta de sentido, é
um erro gramatical. O correto seria “moldando-se aos leitores cujos ideais”, ficando “os ideais dos leitores”; - O pronome relativo “que” da letra “c” retoma “as histórias”. Quem conta, conta algo, logo,
é VTD e o correto seria “as histórias que contam”; - “Ávido” significa desejoso. Quem se distrai, se distrai com algo; logo, o correto seria “histórias com que distrair-se” ou “com as quais”;
- Na letra “d”, o “que” retoma “anedotário”, as principais características são ilustradas com o anedotário.
Está correto o emprego dos elementos sublinhados na seguinte frase:
a. A violência dos nossos instintos, (de cuja) ninguém escapa, ignora os ideais da civilização, quando não (lhes) perverte de modo radical.
b. Às pessoas (de quem) compete zelar pelos bons princípios não devem se render à violência, (aonde) estes se sacrificam.
c. Aquele espelho grande e anônimo, (em cujo) se reproduz nossa imagem, dá bem a
medida da pessoa (em que) cada um aspira a ser.
d. São fortes os impulsos para a violência, mas devemos resisti-(los), pois representam graves riscos (dos quais) podemos incorrer.
e. O poder hegemônico (a que) muitos aspiram não se tornará uma obsessão para quem o considera dentro de parâmetros críticos.
Letra e
- Não há como possuir “ninguém”, portanto, a letra “a” não faz sentido;
- “Zelar pelos bons princípios”, da alternativa “b”, é um sujeito oracional, e o VTI “compete” tem como complemento “a quem”, não “de quem”. Além disso, “aonde” dá a ideia de lugar, ficando incorreto nesse contexto;
- Para usar “cujo” precisa haver nome antes e depois, mas na letra “c” existe um verbo
depois (“se reproduz”); não há como “cujo” possuir um verbo. O correto, além disso, seria “pessoa que cada um aspira a ser”, e não “em que”; - Quem resiste, resiste a algo, sendo o correto na alternativa “d” “resistir-lhes”, e não “resisti-los”. Quem incorre, incorre “em” algo; portanto, o correto seria “riscos nos quais podemos incorrer”, e não “dos quais”;
- Na letra “e”, o “que” retoma “o poder hegemônico”. O verbo “aspirar”, no sentido de desejar, pede a preposição “a”, pois quem aspira, aspira a algo. E o verbo “considerar” é VTD, pois quem considera, considera algo ou alguém, estando correto o uso do OD “o”.
Nas Américas, estima-se que milhões de pessoas sofram um episódio de doenças transmitidas por alimentos a cada ano – metade delas são crianças com menos de 5 anos de idade.
A substituição da expressão “metade delas” (L. 15) por cuja metade manteria a correção gramatical e a coesão do texto.
Errado
- A frase dada passa pelo filtro, pois não tem artigo em “cuja”, ele concorda com o consequente “metade” (feminino singular) e há nome antes e depois;
- O “cuja” só pode retomar “alimentos a cada ano”, termo esse que possui metade; ou seja, “a metade dos alimentos”;
- “A metade dos alimentos são crianças” está incoerente, não faz sentido. Também não tem sentido dizer “a metade de cada ano são crianças”, caso se considerasse o “cuja” retomando o menor termo antecedente da mesma forma que o “que”. Isso se deve à falta de
coesão textual; - O “cujo” retoma termo imediatamente anterior, a não ser em caso de termos intercalados por travessões ou vírgulas.
Isso é particularmente notável na codificação inicial da gramática ocidental, em que a ameaça do sobrepujamento da língua grega pelos falares “bárbaros”, “corrompidos” conduziu determinantemente nesse sentido as lições que os gramáticos produziam.
A expressão pronominal “em que” (linha 2) poderia ser substituída corretamente pelo
pronome cuja.
Errado
- Quando o enunciado da questão disser “corretamente”, estará se referindo somente à correção gramatical, não ao sentido;
- Caso substituíssemos o que a questão pede, ficaria “cuja a ameaça”, e o “cujo” não admite posposição de artigo.
Atualmente, no Brasil, por meio da Constituição Federal de 1988, das leis e de outros atos normativos, é conferida aos cidadãos uma série de direitos, entre os quais os direitos à liberdade e à propriedade, cujo exercício deve ser compatível com o bem-estar social e com
as normas de direito público.
O antecedente do pronome “cujo” (linha 5) pode ser o vocábulo “direitos”, do trecho “uma série de direitos” (linha 3), ou a expressão “os direitos à liberdade e à propriedade” (linha 4).
Certo
- Observe que “entre os quais os direitos à liberdade e à propriedade” é um aposto exemplificativo e está entre vírgulas, caso em que o “cujo” pode retomar o termo “direitos”, mesmo que distante; o resultado é “o exercício de direitos deve ser compatível (…)”;
- O “cujo” também poderia retomar o termo mais próximo se tivesse coerência. Assim, também é possível dizer “os direitos à liberdade e à propriedade deve ser compatível (…)”.
Período Composto por Subordinação:
- Orações subordinadas substantivas.
- Orações subordinadas adjetivas (estuda-se o pronome relativo).
- Orações subordinadas adverbiais.
Onde =
Aonde =
Donde =
Onde = lugar (em).
Aonde = locomoção (a).
Donde = uso da preposição “de”.
Onde = lugar (em).
Obs.: quando for pronome relativo, pode ser substituído por:
em que ou no qual e suas
variantes de número e pessoa (na qual, nas quais, nos quais).
A diferença entre onde e aonde está relacionada à
regência verbal e ao uso da preposição.
“Gatas Selvagens, aonde o prazer acontece”
- aonde está certo?
Note que o uso do
aonde está equivocado, já que o prazer acontece em algum lugar, ou seja, exige a preposição em, portanto, o uso correto seria onde.
O colégio onde recebeu os primeiros ensinamentos é este que se vê na foto.
- onde está certo?
o onde retoma o termo colégio que, por sua vez, é um lugar. Dessa forma, onde é
um pronome relativo (oração subordinada adjetiva restritiva) porque retoma um antecedente (colégio, ideia de lugar). Assim, o termo poderia ser substituído por em que ou no qual.
Não sabia onde poderia buscar auxílio, mas tinha certeza de consegui-lo.
- onde
note que os verbos saber e buscar são transitivos diretos e, nesse sentido, onde
exerce o papel de conjunção integrante, logo, o uso está correto.
Trabalhamos com o conceito de serviços onde o fator ambiental é preponderante.
- onde
onde retoma o conceito de serviços, portanto, o exemplo está incorreto, pois não há ideia de lugar. Deveria ser substituído por em que ou no qual.
É a frase de uma época onde os valores tendiam ao equilíbrio”.
- onde
Nesse caso, o onde retoma o termo uma época, mas note que época não é lugar. Portanto, deveria ser usado ou em que ou na qual ou quando.
É importante lembrar que o onde remete à ideia de lugar e precisa da preposição em.
O uso do pronome relativo destacado está de acordo com a norma-padrão em:
a. Eram artistas de (cujos) trabalho todos gostavam.
b. A arquitetura, (onde) é uma arte, faz grandes mestres.
c. Visitamos obras (que) os livros faziam menção a elas.
d. Os artistas (que) todos elogiavam eram sempre os mesmos.
e. Os mestres (dentre as quais) faziam um bom trabalho eram elogiados.
Letra d
Na alternativa a, o cujo não concorda em número (plural) com o termo consequente (trabalho). Na b, não há ideia de lugar. Na c, falta a inclusão do a após obras e, por fim, na alternativa e, não se verifica a concordância adequada.
Leia com atenção a tira e o trecho a seguir e, depois, de acordo com Gramática Normativa da Língua Portuguesa, assinale a alternativa que preencha, correta e
respectivamente, as suas lacunas.
“A tira acima relaciona às questões pedagógicas _____ questões existenciais _____
problemas são levantados por duas crianças.”
a. às / cujos
b. as / cujo os
c. as / cujos
d. às / cujo os
Letra c
“Cujo os” já é errado. O “cujo” não admite posposição de artigo.
O consequente é “problemas” (masculino e plural). O certo é “cujos”.
Ficará da seguinte forma: os problemas das questões existenciais.
Percebe-se que “às questões pedagógicas” já tem preposição. O outro será sem. Não há como os dois terem sinal indicativo de crase. É somente artigo de “as questões”. Não há como os dois serem objeto indireto.
Não confunda: isso não tem a ver com paralelismo. Quem relaciona relaciona algo a alguma coisa. É um verbo direito e indireto.
O pronome relativo tem a função de substituir um termo da ora-
ção anterior e estabelecer relação entre duas orações.
Considerando-se o emprego dos diferentes pronomes relativos, a frase que está em
DESACORDO com os ditames da norma-padrão é:
a. É um autor sobre cujo passado pouco se sabe.
b. A ficção é a ferramenta onde os escritores trabalham.
c. Já entrei em muitas livrarias, em todas por quantas passei.
d. O autor de quem sempre falei vai autografar seus livros na Bienal.
e. Os poemas por que os leitores mais se interessam estarão na coletânea.
Letra b
a. “Sobre” é uma preposição. Lembre-se que o “cujo” não aceita artigo, precisa ter nome antes e nome depois. E precisa concordar com o consequente. O “cujo” retoma o antecedente, que vai estabelecer uma relação de posse com o consequente. A frase ficará assim:
sobre o passado de um autor pouco se sabe; pouco se sabe sobre o passado do autor.
b. Não há como o “onde” retomar “ferramenta”.
c. correto.
d. O “quem” retoma o autor. O pronome “quem” só pode retomar pessoas.
e. O “que” retoma “os poemas”.
Por + os: pelos poemas. → os leitores se interessam pelos poemas.
Quem se interessa se interessa por algo, por alguma coisa.
É vedado ao nutricionista prescrever, indicar, manifestar preferência ou associar a própria imagem intencionalmente para divulgar marcas de produtos alimentícios, suplementos nutricionais, fitoterápicos, de modo a não direcionar escolhas, visando a preservar a autonomia do cliente e a idoneidade dos serviços prestados pelo profissional.
Se houver a necessidade de mencionar as marcas dos produtos, as empresas ou indústrias, o nutricionista deverá apresentar mais de uma opção, quando disponível. Nos raros casos onde não há outra opção que tenha a mesma composição ou que atenda à mesma finalidade, é permitido indicar o único existente, apresentando justificativa técnica para essa indicação.
Considerando a regência, as regras para o uso do sinal indicativo de crase e as estruturas gramaticais do texto, assinale a alternativa correta.
a. A construção “É vedado ao nutricionista” (linha 1) poderia ser substituída pela reda-
ção É vedado à todo nutricionista.
b. No lugar do trecho “visando a preservar a autonomia do cliente e a idoneidade dos
serviços prestados pelo profissional” (linhas 2 e 3), o autor poderia empregar a redação com vistas a preservação da autonomia do cliente e da idoneidade dos serviços prestados pelo profissional.
c. Outra redação correta para o trecho “Se houver a necessidade de mencionar” (linha
4) seria Se for necessário de mencionar.
d. No lugar do trecho “mencionar as marcas dos produtos, as empresas ou indústrias” (linha 4), seria correto empregar a redação fazer menção as marcas dos produtos,
empresas ou indústrias.
e. A passagem “Nos raros casos onde” (linha 6) poderia ser substituída por apenas uma das seguintes redações: Nos raros casos aonde ou Nos raros casos em que.
Letra e
a. A palavra “todo” não admite artigo.
b. Se é vistas, fala-se que é vistas a alguma coisa. A palavra “preservação” é feminina.
Deveria haver sinal indicativo de crase.
c. “necessário de mencionar”: está errado.
d. Quem faz menção faz menção a. Em “marcas”, existe o artigo “as”. Faltou o sinal indicativo de crase.
e. Observe o trecho destacado:
Nos raros casos onde não há outra opção que tenha a mesma composição ou que
atenda à mesma finalidade, é permitido indicar o único existente, apresentando justificativa técnica para essa indicação
Esse “onde” retoma “raros casos”. O que acontece se colocar o “em”? Em raros casos, não há outra opção. A estrutura pede um “em”. No texto original, não está de acordo com o rigor gramatical, porque o “onde” não pode retomar “raros casos”. O “onde” é para ideia de lugar.
Observe que é possível colocar “em que”, pois o “que” não precisa ser lugar. É possível colocar “nos quais”, pois há um “em”. Não é possível colocar “aonde”, pois não tem lugar nem indica locomoção.
Lembre-se: “onde” é para ideia de lugar e a estrutura pede o “em”. O “aonde” é empregado com verbos que indicam locomoção (aonde você vai; aonde você quer chegar).
Assinale a opção que apresenta a frase em que houve troca indevida entre onde e aonde.
a. “ Muitas vezes, a sorte é como as mulheres ricas e gastadoras, que arruínam as
casas para onde levaram um rico dote.”
b. “ Onde poderia refugiar-me, se não tivesse os queridos dias de minha juventude?”
c. “ A nossa pátria está onde somos amados.”
d.“ Onde não estamos é que estamos bem. Já não estamos no passado e ele nos parece belíssimo.”
e. “ Infeliz é o espírito ansioso pelo futuro, onde nunca chegaremos.”
Letra e
a. Quem leva o rico dote leva o rico dote para algum lugar, e casa é lugar.
b. Quem se refugia se refugia em algum lugar.
c. Se eu sou amado, eu sou amado em algum lugar.
d. Se nós estamos, nós estamos em algum lugar.
e. Está errado por dois pontos. Não retoma futuro, que é tempo. Em relação ao verbo “chegar”, quem chega chega a. Não caberia aonde também.
“O coração é um músculo oco, por onde passa o sangue”. Assinale a opção que apresenta a frase em que o vocábulo onde exerce idêntica função.
a. Não sei por onde passa o sangue de nosso corpo.
b. Onde estão os médicos do coração desse hospital?
c. Ignoro, como muita gente, onde se localiza o coração em nosso corpo.
d. O coração era o local onde se localizava o amor.
e. Queria saber onde nasce o sangue de nosso corpo.
Letra d
“O coração é um músculo oco, por onde passa o sangue”. → Esse “onde” retoma músculo
oco; nesse caso, ele representa lugar. Pode-se ler: o sangue passa pelo músculo oco. Se o sangue passa, ele passa por algum lugar.
Quando o “onde” retoma antecedente, ele é pronome relativo, ele é anafórico.
a. não possui o mesmo valor.
b. não tem com que retomar.
c. não tem com que retomar.
d. O coração era o local onde se localizava o amor. → o amor se localiza no local. É anafórico, pronome relativo.
Lembre-se do que foi estudo sobre relativo. O “que” retoma o antecedente e produz uma informação lógica. O “cujo” é sempre relativo, porque retoma o antecedente, que estabelece uma relação de posse com o consequente. O “onde” relativo sempre retoma o antecedente e produz uma informação lógica (informação provida de sentido).
Os dois professores destacam que os investidores reconhecem cada vez mais o impacto, para a sociedade, das empresas nas quais investem.
No trecho “os investidores reconhecem cada vez mais o impacto, para a sociedade, das empresas nas quais investem”, a substituição de “nas quais” por aonde prejudicaria a correção gramatical do texto.
Certo
O “quais” retoma “as empresas”. Ficará da seguinte forma: eles investem nas empresas.
Se tem “nas”, há a preposição “em”; se tem a preposição “em”, não cabe “aonde”. Seria
possível colocar o “onde”. O “aonde” é com verbos que indicam locomoção.
A sociedade requer das organizações uma nova configuração da atividade econômica, pautada na ética e na responsabilidade para com a sociedade e o meio ambiente, a fim de minimizar problemas sociais como concentração de renda, precarização das relações de trabalho e falta de direitos básicos como educação, saúde e moradia, agravados, entre outros motivos, por propostas que concebem um Estado que seja parco em prestações sociais e no qual a própria sociedade se responsabilize pelos riscos de sua existência, só recorrendo ao Poder Público subsidiariamente, na impossibilidade de autossatisfação de suas necessidades.
A substituição de “no qual” (linha 5) por aonde prejudicaria a
correção gramatical do texto.
certo
Percebe-se que são duas orações coordenadas. Uma delas se inicia pelo “que” e a outra tem o “e” coordenando. O “que” retoma “Estado”; se existe o “e”, retoma o “Estado”. Ficará da seguinte forma: no Estado a própria sociedade se responsabilize pelos riscos; a própria sociedade se responsabilize pelos riscos no Estado.
Se é o “em”, não cabe o “aonde” e prejudica a correção.
Percebe-se que são duas orações coordenadas. Uma delas se inicia pelo “que” e a outra tem o “e” coordenando. O “que” retoma “Estado”; se existe o “e”, retoma o “Estado”. Ficará da seguinte forma: no Estado a própria sociedade se responsabilize pelos riscos; a própria sociedade se responsabilize pelos riscos no Estado.
Se é o “em”, não cabe o “aonde” e prejudica a correção.
Mantendo-se os sentidos e a correção gramatical do texto 1A2-I, o vocábulo “onde”, no trecho “o lugar onde nós vivemos juntos” (ℓ. 42 e 43), poderia ser substituído por
a. o qual.
b. em que.
c. que.
d. de cujo.
e. aonde.
Letra b
Percebe-se que retoma “o lugar”. Vive-se no lugar.
Lembre-se: o “onde”, quando for relativo, pode ser substituído por “em que” ou “no qual”.
Marilena Chaui, filósofa brasileira, afirma que, para a classe dominante brasileira (os
“liberais”), democracia é o regime da lei e da ordem. Para a filósofa, no entanto, a democracia é “o único regime político no qual os conflitos são considerados o princípio mesmo de seu funcionamento”: impedir a expressão dos conflitos sociais seria destruir a democracia.
A expressão ‘no qual’ (linha 5) poderia ser substituída pelo vocábulo onde,
sem prejuízo para a correção e para as ideias do texto.
Errado
“No qual” retoma o regime político. “Regime político” não é lugar.
O “onde” é para ideia de lugar.
Orações subordinadas adverbiais
Essas orações possuem o valor morfológico de advérbio. Sintaticamente exercem função de adjunto adverbial. São introduzidas por conjunções subordinativas (exceto as conjunções
integrantes “que” e “se”).
O nome “conjunção subordinativa” é dado para todas as conjunções de oração subordinada. É genérico. Vale tanto para as adverbiais quanto para as substantivas.
Toda conjunção integrante
é subordinativa. O nome “conjunção integrante” é dado só para as orações substantivas. O “que” e o “se” integrantes são também conjunções subordinativas. O nome “integrante” refere-se ao “que” e “se” das orações substantivas somente. As integrantes introduzem somente oração substantiva.
Devem-se considerar dois fatores para classificar o tipo de oração subordinada adverbial:
a conjunção e o valor semântico da oração.
Os ruralistas encontraram o presidente quando chegaram a Brasília.
- quando chegaram a Brasília.
Análise:
* verbos: encontraram; chegaram
* oração 1: os ruralistas encontraram o presidente
* oração 2: quando chegaram a Brasília
* sujeito: os ruralistas
* VTD: encontraram
* OD: o presidente
A oração 2 não pode ser objeto direto da 1 (a 1 já tem objeto direto). Ela também não é um adjetivo. Ela é uma oração que equivale a um advérbio. Ela é adverbial porque se refere a um verbo. Observe que é possível colocar: ontem, hoje (advérbios de tempo). Por isso, fala-se que essa oração é chamada de oração subordinada adverbial temporal.
Quando chegaram a Brasília, os ruralistas encontraram o presidente.
- Quando chegaram a Brasília
- verbos: encontraram; chegaram
A oração subordinada tem a conjunção. - quando chegaram a Brasília: oração subordinada adverbial de tempo
Se houver uma oração principal e uma oração adverbial, a vírgula antes do “quando” é facultativa, em regra. Se a adverbial estiver anteposta, o uso da vírgula é obrigatório.
Pontuação - OP + ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL
(FACULTATIVO)
Pontuação - ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL + OP
(OBRIGATÓRIO)
A oração também pode aparecer intercalada, conforme exemplo a seguir.
Os ruralistas, quando chegaram a Brasília, encontraram o presidente
- quando chegaram a Brasília
Análise:
* verbos: encontraram; chegaram
* oração 1: os ruralistas encontraram o presidente (oração principal)
* oração 2: quando chegaram a Brasília (oração subordinada adverbial temporal)
A oração adverbial intercalada está intercalada: o uso da vírgula é obrigatório. Na oração adverbial fora de sua posição, a vírgula é obrigatória.
Após espiões poloneses terem roubado uma cópia da máquina, Turing e o campeão de xadrez Gordon Welchman construíram uma réplica da Enigma na base militar de Bletchey Park.
A vírgula logo após o termo “máquina” (linha 1) poderia ser eliminada sem prejuízo para a correção gramatical do período no qual ela aparece.
Errado
Observe os verbos: terem roubado; construíram.
A vírgula está entre duas orações.
Oração 1: Após espiões poloneses terem roubado uma cópia da máquina
Oração 2: Turing e o campeão de xadrez Gordon Welchman construíram uma réplica da Enigma na base militar de Bletchey Park
Isso é uma oração subordinada adverbial temporal (anteposta à oração principal). Portanto, a vírgula é obrigatória.
Nas orações adverbiais antepostas ou intercaladas, a vírgula é de caráter obrigatório.
Mais do que isso, a jurisdição é a garantia do projeto constitucional, quando os outros poderes buscam redefinir os rumos durante a caminhada.
A supressão da vírgula empregada logo após a palavra “constitucional”
(ℓ.6) prejudicaria a correção gramatical do texto.
Errado
Oração 1: a jurisdição é a garantia do projeto constitucional
Oração 2: quando os outros poderes buscam redefinir os rumos durante a caminhada (oração subordinada adverbial temporal).
Nesse caso, a oração subordinada está depois da principal. A vírgula pode ser retirada.
Os alunos sabem quando o professor chega ao estúdio.
- quando o professor chega ao estúdio.
Análise:
* verbos: sabem; chega
* oração 1: os alunos sabem
* oração 2: quando professor chega ao estúdio
* sujeito: os alunos
* VTD: sabem
* quem sabe sabe algo. Exemplos: o momento, o dia
* a oração não é adverbial. Ela tem valor de objeto direto. Apesar de ter “quando”, ela é
uma oração subordinada substantiva objetiva direta. Não há o “que” e “se” como conjunção integrante. O “quando” está na função integrante. Não é categoricamente uma conjunção integrante, pois, para a gramática normativa, as conjunções integrantes são o “que” e o “se”.
Entreguei o documento para que fosse anexado ao processo.
- para que fosse anexado ao processo.
Análise:
* verbos: entreguei; fosse anexado
* oração 1: entreguei o documento
* oração 2: para que fosse anexado ao processo
* VTD: entreguei
* objeto direto: o documento
* a oração dá ideia de finalidade (para que; a fim de).
* oração subordinada adverbial final: para que fosse anexado ao processo
* a vírgula antes do “para” é facultativa
* o “que” na oração subordinada é chamado integrante. É adverbial: conjunção subordinativa. Toda conjunção ou locução conjuntiva nas orações adverbiais são chamadas de conjunções subordinativas.
O professor contribuiu para que os alunos entendessem a matéria.
- para que os alunos entendessem a matéria.
Análise:
* verbos: contribui; entendessem
* oração 1: o professor contribuiu
* oração 2: para que os alunos entendessem a matéria
* sujeito: o professor
* VTI: contribuiu
* oração subordinada substantiva objetiva indireta: para que os alunos entendessem a matéria
* nesse caso, o “que” será conjunção integrante.
Para assumir o cargo, Mendonça ainda terá que se submeter a uma sabatina no Senado Federal e sua indicação será votada no plenário
- Para assumir o cargo
Análise:
* verbos: assumir; terá que se submeter
* é uma adverbial final (anteposta)
* VTI: submeter
* objeto indireto: a uma sabatina no Senado Federal
* oração subordinada adverbial final reduzida de infinitivo: para assumir o cargo
* As orações reduzidas adverbiais podem ser de infinitivo, gerúndio ou particípio. Na
oração reduzida, não há conjunção. No caso, o verbo está no infinitivo. A vírgula é
obrigatória.
Ao chegar a casa, Francisco flagrou um homem tentando abrir a porta.
- Ao chegar a casa
Análise:
* verbos: chegar; flagrou
* oração principal: Francisco flagrou um homem tentando abrir a porta
* sujeito: Francisco
* VTD: flagrou
* objeto direto: flagrou um homem tentando abrir a porta.
* apesar de não ter o “quando”, percebe-se que há a ideia de tempo
* oração subordinada adverbial temporal (reduzida): ao chegar em casa
* a vírgula é obrigatória
Caso Barroso defira o pedido, Bolsonaro terá três dias para se manifestar.
- Caso Barroso defira o; para se manifestar.
- verbos: defira; terá; manifestar
- oração 1: Caso Barroso defira o pedido
- oração 2: Bolsonaro terá três dias
- oração 3: para se manifestar
Há duas subordinadas e percebe-se que há uma ideia de condição. Condição também é oração adverbial. - oração subordinada adverbial condicional: Caso Barroso defira o pedido
- oração subordinada adverbial final reduzida de infinitivo: para se manifestar
Ele foi se acalmando à medida que as boas notícias chegavam.
- à medida que as boas notícias chegavam
Análise:
* verbos: acalmando; chegavam
* oração 1: ele foi se acalmando
* oração 2: à medida que as boas notícias chegavam
* à medida que, à proporção que: locuções conjuntivas proporcionais
* à medida que as boas notícias chegavam: oração subordinada adverbial proporcional
* Ele foi se acalmando: oração principal
Embora todos fossem contra, ela se casou com o Claiton.
- Embora todos fossem contra
Análise:
* verbos: fossem; casou
* oração 1: Embora todos fossem contra
* oração 2: ela se casou com o Claiton
* Embora todos fossem contra: oração subordinada adverbial concessiva
* ela se casou com o Claiton: oração principal
* as orações concessivas dão ideia de contraste.
* Observe: se todos são contra, espera-se que ela não se case. Mas, mesmo assim, ela se casou. Existe um contraste. Isso é a concessão.
Apesar do esforço, nada conseguiu.
- Se existe esforço, espera-se êxito. Houve esforço, mas não teve êxito.
- Apesar do esforço: adjunto adverbial de concessão (não é oração, pois não existe verbo).
Existe adjunto adverbial de tempo? Portanto, existe oração adverbial temporal. A diferença é que a oração possui verbo; o adjunto não possui verbo. A concessão é esse contraste.
Ela não comprou o carro devido à falta de dinheiro.
Análise:
* sujeito: ela
* não: advérbio
* VTD: comprou
* objeto direto: o carro
* Pergunta: ela não comprou por quê? Esse pergunte remete à causa. → devido à falta
de dinheiro
* devido à falta de dinheiro: adjunto adverbial de causa. A causa é uma circunstância.
Se existe adjunto adverbial de causa, existe também a oração causal. Mas a oração
possui verbo.
Ele não comprou o carro, porque estava sem dinheiro.
Análise:
* causa: estava sem dinheiro
* consequência: não comprou
* oração subordinada adverbial causal: porque estava sem dinheiro
* oração principal: Ele não comprou o carro
* o “porque”, neste caso, é causal
Orações subordinadas adverbiais consecutivas –
expressam uma consequência em relação à oração principal (causa). Observa-se que na oração principal haverá um termo
intensificador (tão, muito, bastante, tanto…): explícito ou implícito.
A Maria e a Laura são tão próximas que até os gestos, gostos e manias se confundem.
- que até os gestos, gostos e manias se confundem.
Análise:
- causa: A Maria e a Laura são tão próximas
- consequência: que até os gestos, gostos e manias se confundem (oração subordinada
adverbial consecutiva)
- observe a dupla “tão…que” (“tanto…que”; “bastante que”). Se a dupla aparecer, já pode saber que haverá uma consequência.
Servir a Deus significava, para ela, cuidar dos enfermos, e especialmente dos enfermos hospitalizados. Naquela época, os hospitais curavam tão pouco e eram tão perigosos (por causa da sujeira, do risco de infecção) que os ricos preferiam tratar-se em casa.
O trecho “que os ricos preferiam tratar-se em casa” (linha 3) expressa uma consequência do que se afirma nas duas orações imediatamente anteriores, no mesmo período.
Certo
Observe o “tão que”.
Existe um motivo para os riscos se tratar em casa? Os hospitais eram perigosos. Como consequência, eles preferiam tratar em casa.
É uma consecutiva.
Bebeu tanto que caiu.
- que caiu
Análise:
* causa: bebeu muito
* consequência: caiu
Existe uma consequência para ter caído?
* que caiu: oração subordinada adverbial consecutiva
A gramática dispõe que o termo de intensidade pode vir implícito. De acordo com o professor, ainda não apareceu sem que estivesse expresso em provas de concurso público. Mas
é algo possível de interpretar.
Exemplo: Bebeu que caiu.
- Para cair, a pessoa precisa ter bebido muito. Está implícito. É uma consecutiva.
Os dois se cumprimentaram. Medeiros, cujo expediente atravessa a madrugada, contou ao chefe que resolvera ficar no shopping para cuidar de problemas pessoais.
Análise:
* há dois períodos nesse trecho
* os dois se cumprimentaram: oração absoluta
* verbos: atravessa; contou; resolvera ficar; cuidar
* oração 1: Medeiros contou ao chefe
* oração 2: cujo expediente atravessa a madrugada
* oração 3: que resolvera ficar no shopping
* oração 4: para cuidar de problemas pessoais
* cujo: é sempre pronome relativo. E pronome relativo introduz oração subordinada
adjetiva. Portanto, “cujo expediente atravessa a madrugada” é uma oração subordinada adjetiva explicativa (existe vírgula).
* oração 1: Medeiros contou ao chefe → oração principal
* oração 2: cujo expediente atravessa a madrugada → oração subordinada explicativa
* oração 3: que resolvera → oração subordinada substantiva objetiva direta
ficar no shopping → oração principal
* oração 4: para cuidar de problemas pessoais → oração subordinada adverbial final
reduzida de infinitivo
A oração 2 é uma explicação da oração 1. Isso é subordinação. Subordinação é uma
oração exercer uma função em relação a outra.
Itens sobre o trecho acima.
1. Ao se retirarem as vírgulas que isolam a oração 2, a correção será preservada, mas o sentido modificado.
Resposta: certo. É uma adjetiva. Logo, ao tirar a vírgula, fica restritiva.
2. Poderia ser uma pergunta sobre o “cujo”. Lembre-se que o “cujo” não admite posposição de artigo; o “cujo” concorda com o consequente. Para usar o “cujo”, é preciso ter nome antes e nome depois. Portanto, o “cujo” na frase está certo.
3. O “que” nas orações substantivas são sempre conjunções integrantes.
4. Ao se inserir uma vírgula após “shopping”, a correção será preservada. Resposta: sim.
Se houver oração principal e oração adverbial, a vírgula é, em regra, facultativa.
Orações subordinadas são aquelas dependentes sintaticamente. Elas exercem uma função em relação a outra. O “que” na oração adjetiva é pronome relativo. O “cujo” é sempre relativo (sempre oração adjetiva).
Enquanto as orações subordinadas são dependentes, as orações coordenadas são
independentes sintaticamente. Existem
dois tipos de orações coordenadas: assindéticas e sindéticas.
Orações coordenadas assindéticas
Um síndeto é o mesmo que conjunção. Portanto, quando se diz que uma oração é coordenada sindética isso significa dizer que essa oração possui uma conjunção. Por outro lado, quando se diz que uma oração é assindética significa dizer que essa oração coordenada não tem conjunção. O prefixo “a-”, antes da palavra “sindética”, é um prefixo de negação. Assindética, portanto, quer dizer sem conjunção.
Orações coordenadas sindéticas
Existem cinco tipos de orações coordenadas sindéticas, ou seja, orações que contêm
conjunções.
1) Aditivas
2) Adversativas
3) Conclusivas
4) Explicativas
5) Alternativas
“Analisei o aditamento da defesa, formei minha convicção, liberei o processo para
julgamento.”
Essa é uma frase do ministro aposentado Marcos Aurélio Mello. A primeira coisa para
fazer a análise do período composto é identificar os verbos. Os verbos são “analisei”, “formei” e “liberei”. Portanto, existem três orações nesse período composto.
A primeira oração contém um verbo transitivo direto (VTD) e o “aditamento da defesa” é um objeto direto (OD). Igualmente a segunda oração tem um VTD e “minha convicção” é o OD. Igualmente a terceira oração tem um VTD e “o processo” é o OD.
Nota-se, diante disso, que todas as três orações são independentes no nível sintático.
Essa independência é observada porque não se pode dizer que a segunda oração é um objeto direto ou um adjetivo da primeira oração, por exemplo.
Embora não haja uma dependência sintática, existe uma dependência semântica entre as orações. Existe uma concatenação de ideias nesse período. Por isso, não se pode dizer que a coordenação é composta de orações isoladas, porque elas estão ligadas no campo da
semântico.
Na análise sintática desse período, classifica-se a primeira oração como coordenada assindética, porque ela não tem conjunção. Da mesma forma, a segunda e terceira orações são coordenadas assindéticas porque não têm conjunção.
“Analisei o aditamento da defesa; formei minha convicção; liberei o processo para
julgamento.”
Entre as orações coordenadas, além de se poder usar vírgula para separar as orações é permitido também o uso de ponto e vírgula.
“Analisei o aditamento da defesa. Formei minha convicção. Liberei o processo para
julgamento.”
Outro ponto importante é que, na coordenação, é permitido usar o ponto final. Como essas orações são independentes sintaticamente elas podem ser colocadas em períodos
distintos, diferentes. Por outro lado, na subordinação o ponto final não é permitido porque uma oração está interligada sintaticamente a outra.
Uma pomba, uma mosca ou um inseto venenoso são objetos da preocupação de
Deus. Não são vidas desperdiçadas ou perdidas. Mas massas de imitadores, uma multidão de copiadores são vidas desperdiçadas. Deus foi misericordioso conosco, demonstrando sua graça ao ponto de estar disposto a se envolver, Ele mesmo, com cada pessoa. Se nós
preferimos ser como todos os (outros), isso resulta numa alta traição contra Deus. Nós que simplesmente seguimos os outros somos culpados, e nosso castigo é ser ignorado por Deus.
- “Uma pomba, uma mosca ou um inseto venenoso são objetos da preocupação de Deus.”
Esse é primeiro período. - “Não são vidas desperdiçadas ou perdidas”
Esse é o segundo período e esse período não está ligado sintaticamente com o anterior, por isso há um ponto final que separa o primeiro e o segundo períodos. Semanticamente o sujeito dos dois períodos é o mesmo, mas um não exerce função sintática em relação ao outro. - “Mas massas de imitadores, uma multidão de copiadores são vidas desperdiçadas”
Novamente esse terceiro período não está ligado sintaticamente com o anterior, embora esteja ligado semanticamente. Tanto é que esse período começou com a conjunção “mas”.
2) Pai nosso, que estás no céu, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; e não deixeis cair em tentação; mas livra-nos do mal. Amém. (Mateus 6: 9-13).
Nota-se que foi usado ponto e vírgula para separar as orações. Como dito, o ponto e
vírgula foi usado porque é possível separar orações independentes com o ponto e vírgula.
Nesse trecho analisado, o ponto e vírgula é recomendado para dar clareza ao texto. Porque, dentro de cada período, há a existência de vírgula. Nota-se o uso da virgula após “Pai nosso”, “a tua vontade” entre outros trechos. Portanto, para que não houvesse uma confusão entre essas muitas vírgulas, o ponto e vírgula se fez necessário para dar clareza ao texto.
A recessão mundial ressuscita práticas protecionistas e fortalece comportamentos xenófobos em vários países.
- ressuscita; fortalece
- “A recessão mundial ressuscita práticas protecionistas”
Esse é o primeiro período. O sujeito sintático é “a recessão mundial”. Essa é uma oração coordenada assindética. - “e fortalece comportamentos xenófobos em vários países.”
Esse é o segundo período e o sujeito dessa oração também é “a recessão mundial”. Esse segundo período é uma oração coordenada sindética aditiva.
Uso da vírgula entre as coordenadas aditivas
Em regra geral, as gramáticas afirmam que não se deve empregar vírgula entre as ora-
ções coordenadas aditivas com o mesmo sujeito. Porém, em uma nota de rodapé do gramático Celso Cunha, há afirmação de que é permitido usar a vírgula entre orações coordenadas sindéticas aditivas como um recurso estilístico com a finalidade de dar ênfase.
A discussão sobre a participação dos analfabetos na vida política nacional remonta aos tempos do Brasil colônia e se mantém durante a formação da
sociedade brasileira e os processos de reconhecimento de direitos e de visibilidade social das diferentes parcelas sociais anteriormente excluídas do processo democrático.
A correção e a coerência do texto seriam mantidas se inserisse uma vírgula logo após o vocábulo “colônia” (linha 3).
Certo
- “A discussão sobre a participação dos analfabetos na vida política nacional remonta aos
tempos do Brasil colônia”
Essa é a primeira oração e o sujeito sintático dela é “a discussão sobre a participação dos
analfabetos na vida política nacional”.
* “e se mantém durante a formação da sociedade brasileira […]”
Essa segunda oração é uma oração coordenada sindética aditiva. O sujeito dessa oração
é o mesmo sujeito da primeira oração.
O examinador do CESP afirma que a correção e a coerência do texto seriam mantidas se
inserisse uma vírgula entre esses dois períodos. Como visto, essa seria uma vírgula permitida como um recurso estilístico.
Mais importante, a proporção da população em conflito direto com
a lei e sujeita à prisão cresce em ritmo que indica uma mudança mais que meramente
quantitativa e sugere uma “significação muito ampliada da solução institucional como componente da política criminal” — e assinala, além disso, que muitos governos alimentam a pressuposição, que goza de amplo apoio na opinião pública, de que “há uma crescente necessidade de disciplinar importantes grupos e segmentos populacionais”.
O travessão empregado no último período do primeiro parágrafo confere ao trecho final do período, por ele isolado, um destaque, mas sua supressão manteria a correção gramatical do texto.
Certo
O travessão “—” faz o papel de vírgula, porque ele destaca. O travessão tem a função de dar uma ênfase maior que a própria vírgula. A vírgula entre orações coordenadas aditivas com o mesmo sujeito é permitida para dar ênfase.
Quando fecho os olhos (Chico César)
O amor une os amantes em um ímã
E num enigma claro se traduz
Extremos se atraem, se aproximam
E se completam como sombra e luz
- “O amor une os amantes em um ímã”
Oração coordenada assindética.
Quando fecho os olhos (Chico César)
O amor une os amantes em um ímã
E num enigma claro se traduz
Extremos se atraem, se aproximam
E se completam como sombra e luz
- “E num enigma claro se traduz”
Oração coordenada sindética aditiva, com a conjunção “e”.
Quando fecho os olhos (Chico César)
O amor une os amantes em um ímã
E num enigma claro se traduz
Extremos se atraem, se aproximam
E se completam como sombra e luz
“Extremos se atraem,”
Oração coordenada assindética.
Quando fecho os olhos (Chico César)
O amor une os amantes em um ímã
E num enigma claro se traduz
Extremos se atraem, se aproximam
E se completam como sombra e luz
“se aproximam”
Oração coordenada assindética.
Quando fecho os olhos (Chico César)
O amor une os amantes em um ímã
E num enigma claro se traduz
Extremos se atraem, se aproximam
E se completam como sombra e luz
“E se completam como sombra e luz”
Oração coordenada sindética aditiva, com a conjunção “e”.
As estradas da Grã da Grã-Bretanha tinham sido construídas por carruagens romanas, e os sulcos foram escavados por carruagens romanas.
- “As estradas da Grã da Grã-Bretanha tinham sido construídas por carruagens romanas,”
“As estradas da Grã da Grã-Bretanha” é o sujeito dessa primeira oração coordenada
assindética. - “e os sulcos foram escavados por carruagens romanas”
O sujeito dessa segunda oração coordenada aditiva é “os sulcos”. Nesse caso, o sujeito dessa segunda oração é diferente da primeira oração e há uma vírgula antes da conjunção “e”. Nesse caso, essa vírgula é facultativa, ou seja, ela pode ou não ser empregada.
A vírgula antes de orações coordenas sindéticas aditivas com sujeitos diferentes é facultativa, desde que
a ausência da vírgula não promova ambiguidades. Em uma prova, recomenda-se usar a vírgula porque a ausência dessa vírgula pode gerar ambiguidade.
A vírgula facultativa
Toda vírgula que é facultativa, em algum contexto pode ser obrigatória. Afinal, ela é facultativa, mas se ela for retirada o período ficará ambíguo. O senhor do texto é o sentido. Se o período não teve sentido e ficou ambíguo a vírgula deve ser empregada obrigatoriamente.
A soberba precede a queda, e a altivez de espírito, a ruína. (Provérbios)
Há uma zeugma, omissão de um termo mencionado, do verbo “preceder” em “a altivez de espírito, a ruína”.
* “A soberba precede a queda,”
O sujeito dessa oração coordenada assindética é “a soberba” e o objeto direto é “a queda”.
* “e a altivez de espírito, a ruína.”
O sujeito dessa oração coordenada sindética aditiva é “a altivez de espírito”, o verbo “precede” é transitivo direto e o objeto direto é “a ruína”. Portanto, o sujeito dessa segunda oração é diferente da primeira oração.
A vírgula, antes dessa oração, não é facultativa porque, sem a vírgula, haverá uma ambiguidade. Afinal, sem a vírgula, pode parecer que “e a altivez de espírito” é um objeto direto do verbo “precede” da primeira oração. Portanto, pela clareza do texto, nesse caso específico, a vírgula é obrigatória.
“Deus fez o campo, e o homem, a cidade”
Há um zeugma, omissão de um termo mencionado, do verbo “fazer” em “o homem, a cidade”.
* “Deus fez o campo,”
“Deus” é o sujeito dessa oração coordenada assindética.
* “e o homem, a cidade”
“O homem” é o sujeito dessa oração coordenada sindética aditiva. Portanto, o sujeito é diferente da primeira oração e, novamente, há uma vírgula entre duas orações. Nesse caso, apesar de a vírgula ser facultativa antes de orações coordenadas aditivas de
sujeito diferentes, a vírgula se faz obrigatória. Porque, se essa vírgula fosse retirada, o sentido desse período seria o de que Deus fez o campo e o homem.
“Esforçou-se, mas nada conseguiu.”
Nota-se que essa pessoa se esforçou, mas não conseguiu. Portanto, há uma quebra de expectativa, um contraste, uma oposição. Por sua vez, a segunda oração é coordenada sindética adversativa enquanto que a primeira oração é uma coordenada assindética.
“Há pessoas que conhecem o caminho, mas não o trilham.”
Apesar de haver uma subordinada aditiva “que conhecem o caminho”, há um contraste entre a oração principal e a oração “mas não o trilham”. Afinal, existem pessoas que conhecem o caminho, mas não conseguem trilhar. Quando uma pessoa conhece um caminho, é esperado que ela ande por esse caminho, porém essas pessoas não andaram e isso é uma quebra de expectativa. Portanto, “mas não o trilham” é uma oração coordenada sindética adversativa.
O filho sábio alegra a seu pai, mas o filho insensato é a tristeza de sua mãe.
(Provérbios)
A palavra “sábio” contrasta com a palavra “insensato”. Enquanto um “alegra” o outro dá “tristeza”. Há contrastes. A segunda oração “mas o filho insensato é a tristeza de sua mãe” é coordenada sindética adversativa. Ela é um contraste da primeira oração.
Olha pro meu troféu, mas não vê minha cicatriz. (Hungria).
O “troféu” é uma coisa boa, enquanto “cicatriz” é uma palavra que remete a dor, luta, algo ruim. Há contrastes. Portanto, “mas não vê minha cicatriz” é uma oração coordenada sindética adversativa.
Nasceu no bairro nobre, seu cupido na favela. (Hungria).
Há uma zeugma, omissão de um termo mencionado, do verbo “nasceu” em “seu cupido na favela”. Não é obrigatório que haja uma vírgula no zeugma, mas esse assunto será estudando adiante. Nesse período, há um contraste de “bairro nobre” na primeira oração com “favela” na segunda oração. Portanto, há um contraste entre as duas orações.
A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira.
Há contraste em “resposta branda” e “palavra dura”, assim como entre os verbos “desviar” e “suscitar”. Se existe contraste, essa segunda oração é coordenada sindética adversativa. A primeira oração é classificada como coordenada assindética.
Caso a conjunção “mas” desse período fosse substituído pela conjunção “e”, manter-se-iam a correção e o sentido? Sim, porque o “e” pode ser empregado com o valor adversativo.
Mesmo com a conjunção “e”, o sentido de contraste continuará existindo entre essas orações.
“Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,”
A conjunção em negrito apresenta valor:
a. conclusivo.
b. adversativo.
c. causal.
d. alternativo.
e. comparativo.
Letra b
Quando o sol nasce, assim como qualquer outra coisa, se espera que ele dure muito tempo, porém, nesse caso, ele não dura mais que um dia. Há um contraste.
Como as impressões digitais, os padrões dos seios frontais são únicos para uma pessoa. A identificação comparativa de radiografias do seio frontal é muito segura porque não há duas pessoas com a mesma configuração de seio frontal. Além das radiografias de projeção tradicional normal, a tomografia computadorizada do seio frontal também tem sido usada para essa identificação.
À semelhança do que ocorre com a identificação de indivíduos por meio de suas impressões digitais, a identificação a partir do estudo dos seios frontais pode inviabilizar-se em algumas situações. Há casos, por exemplo, de indivíduos adultos em que essas cavidades não se formam. Além disso, os seios frontais podem ser afetados por traumas e por patologias agudas ou crônicas, como inflamações, displasias endócrinas e osteíte.
A correção gramatical do texto precedente, assim como sua coerência e sua coesão,seriam preservadas se o terceiro e o quarto parágrafos fossem fundidos em um único parágrafo mediante a introdução, entre eles, da conjunção Contudo ou da conjunção Todavia, feitas as devidas alterações na pontuação e nas letras maiúsculas e minúsculas.
Certo
Mais adiante, uma lista com todas as conjunções será vista. De qualquer forma, se adianta que “contudo” e “todavia” são conjunções adversativas. O examinador quer saber se é possível colocar uma dessas conjunções no lugar de “À semelhança do que ocorre com a identificação[…], período que começa o segundo parágrafo.
É possível notar que há um contraste entre o primeiro parágrafo e o segundo, afinal o
primeiro parágrafo pontua os pontos positivos da “identificação das radiografias do seio frontal”, enquanto o segundo parágrafo ressalta os pontos negativos. Portanto, como há aspecto positivo no primeiro parágrafo e negativo no segundo, cabe tanto a conjunção “contudo” como a conjunção “todavia” iniciando o segundo parágrafo.
Na literatura, verdade e beleza não se excluem, mas integram-se e completam- se, em uma relação de afinidade. Isso não impede a existência de problemas, como, por exemplo, o das mudanças dos cânones estéticos: cada cultura, cada povo, época e lugar, cada classe social tem uma compreensão diferente da estética ou, ao menos, um protótipo diferente de beleza.
Mantendo-se a correção gramatical e as relações semânticas originalmente construídas pelo autor, o trecho “não se excluem, mas integram-se e completam- se” (linhas 1-2) pode ser assim reescrito: não se excluem, contudo, integram-se e completam-se.
Errado
O primeiro período “verdade e beleza não se excluem” não faz um contraste com o segundo período “integram-se e completam-se”. Não existe oposição entre as duas orações. A conjunção “mas” está com um valor aditivo. Poderia ser substituída com “mas também”.
Eles dirigem carros novos, / estudam nas melhores escolas e faculdades/,
- dirigem; estudam
mas foram atraídos para o crime
- foram
O.C.A - O.C.A
- Oração Coordenada Sindética Adversativa
Oração 3: Não vamos falar que é uma oração adversativa só porque existe a partícula mas. Vamos interpretar; temos uma oração coordenada sindética (pois existe conjunção).
Porém, quando falamos de pessoas que dirigem carros novos e estudam nas melhores escolas e faculdades, não esperamos que elas sejam atraídas para o crime, portanto há uma quebra de expectativa. Portanto temos uma oração sindética adversativa.
Se substituíssemos o termo “mas” pelo “e”, podemos dizer que a correção gramatical e
o sentido original serão preservados? Estaria certo, pois continua com sentido de quebra de expectativa, o termo “e” teria valor de “mas”. O termo “e” é originalmente aditivo, mas ele pode ser usado de forma acidental como adversativo.
Agora fotografamos tudo compulsivamente. Nosso antigo álbum foi substituído pelas galerias de fotos digitais de nossos dispositivos móveis. Temos excesso de fotos, mas falta o mais importante: a memória afetiva, a curtição daqueles momentos. Pensamos que o registro do momento reforça sua lembrança, mas não é assim. Milhares de fotos são incapazes de superar a vivência de um instante. É importante guardar imagens. Porém, é mais importante viver cada momento com intensidade. As relações afetivas estão sucumbindo à coletiva solidão digital.
A oração “mas falta o mais importante” expressa
contraste, portanto é adversativa.
“mas não é assim” também é oração adversativa.
“Porém, é mais importante viver cada momento com intensidade”: Oração adversativa.
A oração “Estranho, mas já
me sinto como um velho amigo” é
adversativa. Só vemos o valor adversativo pelo contexto, é estranho, pois, apesar de as pessoas da música apenas se encontrarem no elevador rapidamente, ele se sente como um amigo, há um contraste.
O conectivo originalmente adversativo “mas” pode acidentalmente exercer função
aditiva. Notamos isso na celebre oração do Pai Nosso.
Pai nosso, que estás no céu, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; e não deixeis cair
em tentação; mas livra-nos do mal. Amém. (Mateus 6: 9-13).
Quando examinamos o período “e não deixeis cair em tentação; mas livrai-nos do mal” não há um
contraste. Cada frase expressa um pedido, não há oposição, nesse caso o termo
“mas” assume um valor aditivo.
O segmento do texto 1 em que a conjunção “E” tem valor adversativo (oposição) e NÃO aditivo (adição) é:
a. “…crescimento da violência em alguns estados do Sul e do Sudeste”;
b. “Todos se assustam, o tempo passa, e pouca ação decorre de fato”;
c. “Tem sido assim com o governo federal e boa parte das demais unidades da
Federação”;
d. “…viaturas e novas tecnologias”;
e. “Definir metas e alcançá-las…”
Letra b
Na alternativa “b”, se todos se assustam e o tempo passa, espera-se que algo aconteça, que alguma coisa seja feita, porém pouca ação decorre do fato. No caso esse “e” tem valor de “mas”.
O segmento abaixo em que a conjunção “E” tem valor adversativo, e
não aditivo, é:
a. “Comanda legiões de compradores leais e tem um mercado em mais rápida expansão”;
b. “Satisfeitíssimos, os fabricantes orgulham-se de ter lucros impressionantes, influência política e prestígio”;
c. “São também os únicos produtos (legais) que, usados como manda o figurino, viciam
a maioria dos consumidores e muitas vezes os matam”;
d. “Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças, dos Estados Unidos,..”;
e. “Isso dá grandes lucros para a indústria do tabaco, e enormes prejuízos para os clientes”.
Letra e
Na alternativa “c”, a partícula “e” tem valor aditivo, pois viciar expressa uma ideia ruim e matar também é ruim.
Na alternativa “e”, temos oposição entre os termos “lucros” X “prejuízos”, portanto o “e”
nesse período tem valor de “mas”.
A frase em que o vocábulo mas tem valor aditivo é:
a. “Perseverança não é só bater em porta certa, mas bater até abrir”. (Guy Falks);
b. “Nossa maior glória não é nunca cair, mas sim levantar toda vez que caímos”.
(Oliver Goldsmith);
c. “Eu caminho devagar, mas nunca caminho para trás”. (Abraham Lincoln);
d. “Não podemos fazer tudo imediatamente, mas podemos fazer alguma coisa já”.
(Calvin Coolidge);
e. “Ele estudava todos os dias do ano, mas isso contribuía para seu progresso”.
(Nouailles).
Letra e
Na alternativa “e”, a primeira frase versa sobre estudar, logo se espera que a pessoa irá progredir, sendo assim, não há oposição, contraste.
Na alternativa “a”, há uma ressalva, o que também é oração adversativa. Nas outras alternativas, há oposição.
Assinale a opção que apresenta o segmento do texto em que a conjunção
e mostra valor adversativo (e não aditivo).
a. “As fontes em questão são outras, estão atualmente em debate nos meios jornalísticos
e legais.”
b. “Contrariando a maioria, diria até a unanimidade dos colegas de ofício, sou contra
este tipo de sigilo e, sobretudo, contra as fontes em causa.”
c. “Tenho alguns anos de estrada, mais do que pretendia e merecia…”
d. “O sigilo das fontes beneficia as fontes, e não o jornalista.”
e. “… geralmente é manipulado na medida em que aceita e divulga as informações obtidas com a garantia do próprio sigilo.”
Letra d
Na alternativa “d”, temos o contraste entre algo positivo que é beneficiar as fontes e algo negativo que é não beneficiar os jornalistas.
As orações adversativas são coordenadas
(independentes)
As orações concessivas são
subordinadas
Adversativas
- Verbo empregado no modo indicativo
- Coordenada (independente)
- Verbo indicativo trabalha com algo certo
Concessivas
- Verbo empregado no modo subjuntivo
- Subordinada desenvolvida (possui conjunção)
- Verbo no subjuntivo trabalha com algo incerto,
possibilidade
O arrependimento previne a reincidência, mas não repara o dana.
Prevenir é algo positivo, enquanto não reparar é algo negativo, há um contraste.
* “mas não repara o dano”: Oração coordenada sindética adversativa.
* “O arrependimento previne a reincidência”: O. C. A.
* “Repara”: Verbo no indicativo (indica algo certo)
O termo “mas” poderia ser substituído por “porém” ou “não obstante”.
O termo não obstante pode ser substituído por “nada obstante”. Consideramos “não obstante” um coringa que pode ser utilizado tanto em orações adversativas quanto em concessivas.
Embora o arrependimento previna a reincidência, não repara o dano.
Temos o mesmo contraste, ideia de oposição da oração anterior
* Previna: Verbo indica possibilidade, está no subjuntivo
Poderíamos substituir embora por “conquanto”, “posto que”, “ainda que”, “não obstante”?
Sim, pois essas são conjunções concessivas.
* “Embora o arrependimento previna a reincidência”: Oração Subordinada Adversativa Concessiva.
* “não repara o dano”: Oração Principal.
Conjunções
Adversativas:
mas, porém, entretanto, no entanto, contudo, não obstante, senão, todavia.
Concessivas (orações subordinadas adverbiais):
embora, conquanto, bem que, se bem
que, posto, posto que, sem que, apesar de que, nem que, por menos que, por mais que, nem que, ainda que, em que pese, quando mesmo, não obstante.
Modos Verbais
Temos 3 tipos:
- Indicativo: Trabalha com algo certo
- Subjuntivo: Trabalha com algo incerto, possibilidade. Em regra, é o modo verbal
das orações subordinadas. - Imperativo: Trabalha com ordem ou pedido
As orações subordinadas adverbiais concessivas desenvolvidas exigem o verbo no modo
subjuntivo.
Orações desenvolvidas são aquelas que tem
conectivo, possuem conjunção
A experiência cultural das sociedades, em nossa época, é cada vez mais moldada e “globalizada” pela transmissão e difusão das formas significativas, visuais e discursivas, via meios de comunicação de massa. Conquanto o desenvolvimento dos meios de comunicação tenha tornado absolutamente frágeis os limites que separavam o público do privado.
- A estrutura sintática iniciada por “Conquanto” (linha 3) é responsável pelo uso do modo
subjuntivo em “tenha” (linha 4); por isso, a substituição dessa forma verbal por tem desrespeita as regras gramaticais do padrão culto da língua.
Certo
Obs.: Conquanto é uma conjunção concessiva
O verbo “tenha” indica possibilidade.
Obs.: “Tem” está no indicativo.
A frase está correta.
O subjuntivo, nas orações adverbiais, não possui valor
próprio. É exigência da
estrutura sintática, ou seja, o seu emprego é regulado por algumas conjunções.
A conjunção condicional por excelência é o
“se”. Comumente, ela exige o verbo
no modo subjuntivo. Mas, conforme assinala Othon M. Garcia, por razões de ordem enfática podem levá-lo ao indicativo, sobretudo quando a oração principal encerra ideia de ameaça, perigo, fato iminente ou fato atuante no momento em que se fala:
“Se não me ouvem em silêncio, calo-me”; “Se não te acautelas, corres o risco de
ferir-te”; “Se não me ouves, como queres entender-me?”; “Se não queres ir, não vás”.
Embora a fiscalização de contas conste de registros mais antigos, prática já exercida
por escribas egípcios durante o reinado do faraó Menés I, foi na Grécia que se configurou o primeiro esboço de um tribunal de contas, formado por dez tesoureiros, guardiões da administração pública.
O emprego do modo subjuntivo na forma verbal “conste” (linha
9) depende sintaticamente da presença da conjunção “Embora” (linha)
Certo
A frase está certa.
Apesar da crise, o país ainda cresce.
Apesar da:
- Apesar da: Adjunto adverbial de concessão
Apesar de: Locução prepositiva
Locuções prepositivas: A despeito de, malgrado, em que pese, sem embargo de, não obstante todos têm valor de apesar de e são concessivos.
D. Amélia conformava-se com as impertinências do marido. Cada vez mais sentia ela que a doença do seu Lula morreria com ele. Não lutou mais, não sofreu mais. Era tudo como Deus quisesse.
As orações do período “Não lutou mais, não sofreu mais” (R.3)
estabelecem, entre si, relação lógica de oposição.
Errado
Não existe oposição, portanto o item está errado.
A separação dos movimentos da informação em relação aos movimentos dos seus portadores e objetos permitiu, por sua vez, a diferenciação de suas velocidades; o movimento da
informação ganhava velocidade num ritmo muito mais rápido que a viagem dos corpos ou a mudança da situação sobre a qual se informava. Afinal, o aparecimento da rede mundial de computadores pôs fim — no que diz respeito à informação — à própria noção de “viagem” (e de “distância” a ser percorrida), o que tornou a informação instantaneamente disponível em todo o planeta, tanto na teoria como na prática.
A substituição do conectivo “Afinal” (linha 4) por Contudo
manteria os sentidos originais do texto.
Errado
Afinal tem sentido de conclusão. Contudo é adversativo. Portanto, a alternativa está errada.
Em momentos como esse, fica claro quão imperativo é o investimento em pesquisa científica. Conhecimento novo deveria ser gerado com rapidez para se conter a propagação do vírus e de seu vetor — o mosquito Aedes aegypti — em todo o globo.
Ainda assim, há uma crítica recorrente do setor de ciência e tecnologia à crescente dificuldade de se garantir mais constância no apoio à pesquisa científica brasileira, seja pela limitação e instabilidade no fluxo dos recursos, seja pela percepção de que pouco uso é feito dos conhecimentos gerados. 3.
No texto, o termo “Ainda assim” (ℓ.4) expressa a mesma noção que
exprimiria a locução Não obstante
Certo
Ainda assim, poderia ser substituído por mesmo assim, expressa noção de contraste. Se é contraste, cabe a conjunção não obstante, portanto a afirmativa está certa.
Atente-se: a classe lucrativa tem conduta adversa ao estilo de vida da camada dirigente, não obstante a explore, e viva, em grande parte, de seus favores, numa espécie de capitalismo político, dependente e subordinado ao Estado.
Na linha 1, a substituição de “não obstante” por contudo
preservaria a correção gramatical e o sentido original do texto.
Errado
Errado, pois o “não obstante” está com o valor de “embora”, “conquanto” ou “posto que”.
“Explore” é um verbo no subjuntivo. Já “contudo” é adversativo, o que não cabe nesse caso.
Ainda que o segmento esteja em fase inicial, ao poucos vão surgindo mais legaltchs para aplicar contratos inteligentes.
A expressão “Ainda que” poderia ser substituída por Posto que,
sem alteração dos sentidos e da correção gramatical do texto.
Certo
“Ainda que” é concessivo, portanto cabe o uso de “posto que”
Em momentos como esse, fica claro quão imperativo é o investimento em pesquisa científica. Conhecimento novo deveria ser gerado com rapidez para se conter a propagação do vírus e de seu vetor — o mosquito Aedes aegypti — em todo o globo.
Ainda assim, há uma crítica recorrente do setor de ciência e tecnologia à crescente dificuldade de se garantir mais constância no apoio à pesquisa científica brasileira, seja pela limitação e instabilidade no fluxo dos recursos, seja pela percepção de que pouco uso é feito dos conhecimentos gerados.
No texto, o termo “Ainda assim” (ℓ.4) expressa a mesma noção que
exprimiria a locução Não obstante.
Certa
Correto (questão repetida, mesma que a questão 3)
A conjunção destacada em: “Eu fiquei um pouco assustada e com receio do que viria depois, já dei um riso meio sem graça e estava procurando uma desculpa para aquela frase nada acolhedora. Porém, os santos do dialeto me salvaram.” indica que a oração seguinte apresenta
a. algo contrário ao esperado para a situação.
b. uma explicação para o que aconteceu anteriormente.
c. uma conclusão para o fato expresso anteriormente.
d. uma comparação em relação à frase anterior.
d. a condição que potencializou o fato anterior.
Letra a
“Porém” poderia ser substituído por “contudo”, “entretanto”. É uma oração adversativa, portanto indica algo contrário.
No título “Brasil é um dos maiores consumidores de plástico, mas só recicla 2% do total”, do Texto 1, o “mas” tem o mesmo valor de
a. no entanto.
b. embora.
c. porquanto.
d. conquanto.
e. por conseguinte.
Letra a
A oração está indicando um contraste. Poderíamos substituir o “mas” por “no entanto, “entretanto”, “todavia”.
Não podemos substituir por “embora”, porque ele é utilizado em orações concessivas (Verbo estaria no subjuntivo).
Em “Malgrado o seu jeito esquisito, era amada por quase todos.”, o trecho em destaque representa, em relação à frase seguinte, uma
a. finalidade.
b. explicação.
c. adversidade.
d. classificação.
e. concessão.
Letra e
Há um contraste entre esquisito/amada. Nesse caso, “malgrado” tem valor de “apesar de”.
O trecho tem valor de concessão.
“A natureza fez o homem feliz e bom, mas a sociedade o corrompe e o torna miserável.” A conjunção sublinhada no texto acima não pode ser substituída por
a. porém.
b. portanto.
c. todavia.
d. contudo.
e. no entanto.
Letra b
Não poderia ser substituído por “portanto” pois é um termo conclusivo.
CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS
Observe as principais conjunções e locuções.
1 – Causais (orações subordinadas adverbiais): porque, como (porque), pois, pois que, por isso que, já que, uma vez que, visto que, visto como, que, porquanto.
No período: Morreu de fome, de fome é
adjunto adverbial de causa. Morreu é verbo intransitivo.
Do mesmo modo que existe adjunto adverbia de causa, existe oração adverbial causal
Não comprei a casa/, porque estava sem crédito.
O termo “porque” pode
introduzir uma oração causal e também pode introduzir uma
oração coordenada sindética explicativa. Nessa oração temos:
* “porque estava sem crédito”: causa/oração subordinada adverbial causal
* “não comprei a casa”: consequência/oração principal
Assim, temos uma relação de causa e efeito.
Quando houver relação de causa e consequência e o síndeto (conjunção) residir na causa, teremos uma oração subordinada adverbial causal.
Othon Garcia diz que toda causa, no eixo argumentativo, possui cunho explicativo.
Conforme-se/, porque a vida é assim mesmo.
Nesse caso não existe uma relação de causa e efeito, então
* “porque a vida é assim mesmo”: oração coordenada sindética explicativa.
* “Conforme-se”: O.C.A (Oração Coordenada Assindética)
Morreu /porque estava com fome.
Nesse caso, existe uma relação de causa e consequência.
* “porque estava com fome”: Causa/Oração Subordinada Adverbial Causal
* “Morreu”: Consequência
Nessas orações poderíamos substituir “porque” por “pois” ou “porquanto”.
Conjunções
Causais
(orações subordinadas adverbiais): Porque, como (porque), pois, pois que, por
isso que, já que, uma vez que, visto que, visto como, que, porquanto.
Conjunções
Explicativa:
Porque, pois (anteposta ao verbo), porquanto, que.
Todos os conectivos que são explicativos estão nas subordinadas causais.
Para auxiliar a memorização podemos afirmar que:
Porquanto = Porque/Pois
Conquanto = Embora
Não fui à festa/, pois não me convidaram.
Para que a oração seja causal, é preciso existir relação de causa e efeito e a conjunção
tem que residir na causa, o que ocorre nesse caso. Assim temos:
* “pois não me convidaram”: Causa/Oração Subordinada Adverbial Causal
* “Não fui a festa”: Consequência/Oração Principal
Guarda o teu coração/, pois dele procedem as fontes da vida.
Nesse caso não existe relação de causa e efeito, então não temos oração subordinada.
* “Guarda o teu coração”: O.C.A.
* “Pois dele procedem as fontes da vida”: Oração coordenada sindética explicativa.
O termo “pois” poderia ser substituído por “porque” ou “porquanto”
Estou doente/; não conte, pois, comigo.
O termo “pois” no início da oração pode ser causal, anteposto ao verbo pode ser explicativo, deslocado, posposto ao verbo é sempre conclusivo. . Então temos:
* “não conte, pois, comigo”: Oração coordenada sindética conclusiva
* “Estou doente”: O. C. A.
Ela fazia um para cada dia da semana, assim, eu podia me esbaldar e me sujar à vontade, porque sempre teria um macacão limpo para usar no dia seguinte.
1. A substituição do conectivo “porque” (linha 1) por pois manteria os sentidos originais do texto.
Certo
O “porque” no início da oração pode ser causal ou explicativo, o mesmo ocorre com o “pois” logo, a afirmativa está correta.
Ser favorecido por recursos naturais que se transforma em fontes de produção de energia é estratégico para qualquer país, entre outros fatores, porque reduz a dependência do suprimento externo e, em consequência, aumenta a segurança quanto ao abastecimento de um serviço vital ao desenvolvimento econômico e social.
2. Dada a argumentação desenvolvida no segundo parágrafo do texto, a oração introduzida pela conjunção “porque” (linha 4) pode denotar tanto causa quanto explicação.
Certo
“porque reduz a dependência do suprimento externo” é uma causa; no eixo argumentativo toda causa possui cunho explicativo. Assim, a afirmação está correta.
Othon Garcia assinala: “Quando a indicação da causa, anteposta à oração principal, assume
a forma de uma oração introduzida por conjunção, é preferível usar ‘como’ em vez de ‘porque’”.
Primeiro, é importante relembrar que o “como” com sentido de causa só vem no
início das frases.
Ex.: “Como não me convidaram/, não fui à festa”.
Neste caso, existe uma razão para que a pessoa não tenha ido à festa: não a convidaram. Sendo assim, o período antes da vírgula (“como não me convidaram”) refere-se à causa e é, portanto, oração subordinada causal; e o período depois da vírgula (“não fui à festa”) refere-se à consequência e é a oração principal.
O “como” pode ser, além de causal, comparativo e conformativo. No entanto, se encontra-se no início da oração, possui valor de
porque”, isto é, valor de causalidade. De acordo com Garcia, a substituição do “porque” por “como” é preferível por razões estilísticas, mas não obrigatória.
Como os policiais não traziam mandado de prisão assinado por juiz competente, o
jornalista resistiu à prisão.
“Como os policiais não traziam mandado de prisão assinado por juiz competente” = causa – oração adverbial causal.
“o jornalista resistiu à prisão” = consequência – oração principal.
É fácil rir de despesas tão grosseiramente excêntricas, cuja aparente falta de propósito utilitário dá a impressão de que, por comparação, pelo menos parte de nosso próprio consumo tem um caráter racional. Como os objetos adquiridos por esses pescadores parecem não ter função em seu meio, não conseguimos entender por que eles deveriam desejá-los. Por outro lado, se eles colecionassem peças antigas de porcelana chinesa e as enterrassem, como fazem os Ibans, seriam considerados sensatos, senão
encantados, tal como os temas antropológicos normais.
No segundo período do segundo parágrafo do texto CB1A1-I, a
conjunção “Como” introduz um segmento com sentido:
a. causal.
b. comparativo.
c. conformativo.
d. temporal.
Letra a
Segundo período do segundo parágrafo: “Como os objetos adquiridos por esses pescadores parecem não ter função em seu meio, não conseguimos entender por que eles deveriam desejá-los”.
Nessa frase observa-se uma relação de causa e efeito e, por consequência, o “como” tem valor de “porque”.
Curiosamente, essa é uma revolução silenciosa, pelo menos do ponto de vista prático: ressalvados casos específicos, boa parte dos operadores envolvidos em um processo relativo a um litígio estrutura se quer percebe sua posição.
Os dois-pontos empregados na linha 14 poderiam ser substituídos pelo termo porquanto entre vírgulas, sem alteração da correção gramatical e
dos sentidos do texto.
Certo
Observe o seguinte exemplo: “Não comprei a casa: estava sem dinheiro”.
Mesmo sem a conjunção expressa, a oração continua sendo causal. Quando isto acontece, é chamada de justaposta.
A oração “Conforme-se: a vida é assim mesmo” apresenta caso similar, no qual ela continua
sendo explicativa, porém é considerada justaposta, já que é empregada sem a conjunção.
Em orações causais e explicativas é possível usar os dois-pontos entre elas e a oração
principal como recurso estilístico e assim omitir a conjunção.
Para a resolução desse exercício, pode-se testar a substituição dos dois-pontos por “pois”
e, caso o “pois” faça sentido, o “porquanto” também fará, visto que ambos significam causa.
Obs.: o enunciado manda colocar as vírgulas, pois a frase “ressalvados casos específicos”
já marcada com uma vírgula ao seu final, também exige uma no começo, por ser uma expressão intercalada.
Dica: todas a vezes que os dois pontos estiverem entre orações, substitua-o por “pois” ou
“porque”. Caso o sentido se mantenha, a pontuação está sendo utilizada no sentido de
causalidade.
No trecho “O Brasil está no 11º lugar do ranking de países mais ansiosos
do mundo: são 13,2 milhões de pessoas com algum transtorno de ansiedade por aqui.”, o conectivo que, anteposto por vírgula, pode estabelecer relação entre as orações, substituindo os dois pontos, é:
a. conquanto.
b. desde que.
c. visto que.
d. para que.
e. dessa forma.
Letra c
“Conquanto” é concessivo, portanto pede por verbo no subjuntivo.
Se os dois-pontos têm o mesmo sentido de “pois” (há tantas pessoas com transtorno que o Brasil está em 11º lugar do ranking) é causal. O “visto que” também tem valor de “pois”.
A cidade conspira contra o homem. As derivações da tecnologia fugiram, há muito, do nosso controle. (final do texto) Mantendo-se a coerência com o restante do texto, as duas frases acima podem ser articuladas em um único período, fazendo-se as devidas alterações na pontuação e entre maiúsculas e minúsculas, com o emprego de:
a. porquanto.
b. no entanto.
c. contudo.
d. consoante.
e. conquanto
Letra a
O exercício pede que o 1º e o 2º período sejam transformados em um só apenas com a inclusão de um conectivo, de modo que se mantenha sua lógica argumentativa. Observa-se que o texto demonstra uma relação de causa e consequência.
“No entanto” e “contudo” têm valor adversativo; “conquanto” tem valor concessivo. Esses três advérbios dão sentido de oposição e contraste.
“Consoante” tem valor de conformidade.
“Porquanto” é causal.
Recontar uma história alheia, para o cordelista e para o dramaturgo popular, é torná-la sua, porque existe na cultura popular a noção de que a história, uma vez contada, torna-se patrimônio universal e transfere-se para o domínio público. Autoral é apenas a forma textual dada à história por cada um que a reescreve.
Recontar uma história alheia, para o cordelista e para o dramaturgo popular, é torna-la sua, porque existe na cultura popular a noção de que…
Sem prejuízo da correção e do sentido original, e sem que nenhuma outra modificação seja feita na frase, o elemento sublinhado acima pode ser corretamente substituído por
a. ainda que.
b. conquanto.
c. à medida que.
d. se bem que.
e. na medida em que.
Letra e
“Porque” tem valor causal ou explicativo.
“Ainda que”, “conquanto” e “se bem que” são todos concessivos e ainda pedem por verbo no subjuntivo.
“À medida que”, de acordo com a gramática normativa, é proporcional. Por exemplo, “À
medida que malho, fico mais forte”, isto é, “A proporção que malho, fico forte”.
“Na medida em que”, por sua vez, tem valor de causal.
De acordo com Cegalla, a expressão “na medida em que” é “uma expressão de
gosto duvidoso”, pois não é uma construção vernácula, mas uma adulteração da expressão vernácula “à medida que”.
Nas provas de concurso, no entanto, os examinadores cobram “na medida em que” com o valor causal, ou seja, com mesmo sentido de “pois” e “porque”.
Em qualquer tempo ou lugar, a vida social é sempre marcada por rituais. Essa afirma-
ção pode ser inesperada para muitos, porque tendemos a negar tanto a existência quanto a importância dos rituais na nossa vida cotidiana.
A substituição da conjunção “porque” (linha 2) pela locução de
modo que preservaria os sentidos originais do texto.
Errado
“Porque” é uma causa explicativa, e “de modo que” tem valor de consecutiva.
A abordagem desse tipo de comércio, inevitavelmente, passa pela concorrência, visto que é por meio da garantia e da possibilidade de entrar no mercado internacional, de estabelecer permanência ou de engendrar saída, que se consubstancia a plena expansão das atividades comerciais e se alcança o resultado último dessa interatuação: o preço eficiente dos bens e serviços. A oração introduzida pela locução “visto que” (linha 2) explica o porquê de ser necessário considerar a concorrência na abordagem do comércio internacional.
Certo
“Visto que” é um termo com valor causal.
A oração apresenta uma causa e toda causa tem cunho explicativo.
Como era sujeito de brio, tomou aulas de gramática, de modo a colocar as vírgulas em seus devidos lugares.
Na linha 1, a conjunção “Como” introduz uma comparação.
Errado
O “como” pode sim introduzir comparação. Por exemplo: “Ele chora como uma criança
[chora]”. Entretanto, a oração “Como era sujeito de brio, tomou aulas de gramática” apresenta uma causa, podendo ser parafraseada como “Tomou aulas de gramática, porque ele era um sujeito de brio”.
Em sua definição, o voto em branco é aquele que não se dirige a nenhum candidato entre os que disputam as eleições. São considerados, portanto, votos estéreis, porque não produzem frutos.
A conjunção “porque” (linha 2) combina duas orações que mantêm entre si uma relação de causalidade.
Certo
A oração apresenta uma relação de causa e efeito.
Às vezes, esse profissional é a ponte entre aqueles que tomam decisões gerenciais e
os que executarão tais decisões; muitas vezes, porém, ele toma decisões e executa
tarefas relevantes e decisivas. É, pois, nesse momento, verdadeiro assessor, função que exige competências básicas bem específicas e formação voltada essencialmente para questões educacionais.
O termo “pois” (linha 4) explicita uma relação sintática de conclusão.
Certo
Sempre que o “pois” estiver deslocado, ele tem valor conclusivo.
A identificação das bases eleitorais de um candidato é relevante na medida em que
para elas se direciona a maior parte da atividade desse candidato como político. A importância atribuída às bases, no caso do Poder Executivo estadual, decorre do fato de que a sua manutenção significa maiores possibilidades de conquistar uma reeleição.
A substituição da expressão “na medida em que” (linha 2) por uma vez que manteria o sentido e a correção gramatical do texto.
Certo
Nas provas, a expressão “na medida em que” é cobrada com valor causal.
“Por uma vez que” também tem valor causal.
Aquela senhora furiosa revoltou-se antes do tempo e não viu a condenação do conde brutal. Tal suscetibilidade, decorrente da situação inferior em que, do modo mais injusto, as mulheres são mantidas em nossas sociedades, é compreensível. Mas indignou-se cedo demais.
A oração “não viu a condenação do conde brutal” (l.5) exprime o motivo, a causa por que a senhora furiosa revoltou-se antes do tempo.
Errado
“Aquela senhora furiosa revoltou-se antes do tempo” é a causa e “não viu a condenação do conde brutal” sua consequência.
O desconhecimento da diversidade linguística por grande parte da população brasileira é sustentado pela representação de uma suposta unidade da língua portuguesa, ou seja, pela ideia de que a língua portuguesa é a única língua falada no país. Essa falta de conhecimento e de valorização leva, por conseguinte, à marginalização e à discriminação de grupos falantes de outras línguas.
A locução “por conseguinte” (l.9) introduz no período uma ideia de oposição e equivale à conjunção entretanto.
Errado
“Por conseguinte” tem valor conclusivo e “entretanto”, valor adversativo.
PONTUAÇÃO
Entre as orações coordenadas, pode-se fazer uso de vírgulas (“Cheguei, vi, venci”), entre ponto e vírgula (“Cheguei; vi; venci”) ou até mesmo como orações independentes (“Cheguei. Vi. Venci”). Nas orações aditivas com o mesmo sujeito, em regra, a vírgula não é utilizada, porém pode ser usada como recurso estilístico para ênfase. No caso de orações aditivas com sujeitos diferentes, a vírgula é facultativa, desde que sua ausência não promova ambiguidade.
Erdogam e o ministro do Exterior já tiveram posições mais radicais. Contudo, o homem muda – e esse parece ser o caso da dupla.
- Pontuação
Com “contudo”, “todavia”, “porém” (conectivos adversativos) apesar de não ser obrigatório, pode-se usar a vírgula para efeito estilístico e de realce. A única exceção é o “mas”, com o qual não se pode usar vírgula.
Outro recurso estilístico que pode ser utilizado entre duas orações coordenadas com sujeitos diferentes é o travessão. O redator pode optar pelo travessão para dar ênfase ao “e”.
As riquezas multiplicam os amigos; mas, ao pobre, o seu próprio amigo o deixa.
- Pontuação
Nesse caso, a vírgula depois do “mas” está correta, por causa do termo intercalado
“ao pobre”.
Então, a vírgula está ligada ao “mas”, mas à “ao pobre” que, por ser intercalado, precisa
estar preposicionado entre vírgulas.
O ponto e vírgula, por sua vez, é utilizado para evitar o acúmulo de vírgulas. Porém, se o redator tivesse optado pela vírgula, tampouco estaria gramaticalmente errado.
Em todo o trabalho há proveito; meras palavras, porém, levam a penúria.
Nesse caso, o “porém” está deslocado, pois o seu lugar usual seria no início da oração,
por isso está entre vírgulas.
Obs.: o “porém” poderia ser substituído por “todavia”, “entretanto”, “contudo”, mas não
pelo “mas”.
A razão para isso é porque as conjunções adversativas, com exceção do “mas”, tem
origem em advérbios, estes que, por sua vez, tem forma livre e prerrogativa para serem deslocadas. Por exemplo, pode-se dizer “comprei o carro ontem”, “ontem, comprei o carro” e “comprei ontem o carro” sem prejuízo ao sentido da frase.
O “mas” é etimologicamente uma conjunção, portanto é uma forma presa.
Aécio Neves (PSDB) critica o atual modelo de gestão da economia e promete ampliar
os programas sociais, entretanto, não apontou de onde virão os recursos para turbinar essas iniciativas.
Gramaticalmente, não é errado colocar o “entretanto” entre vírgulas, mas não é recomendado. Como alternativa, pode-se usar o ponto final e fazer o “entretanto” iniciar um novo período, ou substituir a primeira vírgula por ponto e vírgula.
O sucesso não é medido em amor, sabedoria e maturidade; mas pelo tamanho da pilha de objetos comprados.
Trata-se de uma oração coordenada. O ponto e vírgula é usado como recurso estilístico, mas poderia ser substituído por uma vírgula também.
No bem dos justos, exulta a cidade; e, perecendo os ímpios, há júbilo.
“Perecendo os ímpios” é oração deslocada, portanto precisa estar entre vírgulas. O
ponto e vírgula é usado para evitar o acúmulo de vírgulas.
“Muitos, infelizmente, apostam na impunidade. Mas, se necessário, vamos intensificar as operações para tirá-los das ruas”, promete o gerente de Fiscalização.
Apesar de vírgula depois de “mas” não ser gramaticalmente correto, aqui a pontuação
é utilizada por causa do “se necessário” que, sendo termo intercalado, precisa estar
entre vírgulas.