Caso 2 Flashcards
o que é o delineamento de estudos epidemiológicos
são estudos que partem de um
problema ou realidade de saúde, em geral, não desejável, coletam informações sobre
as condições de saúde de populações ou grupos populacionais e seus possíveis
determinantes, assim como suas demandas e padrões de uso de serviços de saúde
de onde deve-se partir para realização dos estudos epidemiológicos
identificação e da formulação da
pergunta de pesquisa
o que deve ser analisado em todos os desenhos de pesquisa
observação dos critérios FINERP, dados secundários e primários, incidência, prevalência, variação da ocorrência de casos da doença de acordo com determinadas características sociodemográficas e biológicas
como podem ser classficados os estudos epidemiológicos sem intervenção
não analíticos e analíticos
quais são os estudos não analíticos (5)
relatos e séries de caso, estudos de incidência e prevalência, e inquéritos epidemiológicos
qual objetivo dos estudos não analíticos
determinar a distribuição de doenças ou condições relacionadas à saúde, segundo o tempo, o lugar e/ou as características dos indivíduos
quais questões relacionadas aos estudos não analíticos e são realizadas a partir que que
quando, onde e quem? A partir da descrição do comportamento do fenômeno, agravo ou
doença estes estudos podem denunciar lacunas do conhecimento e, dessa forma,
suscitar perguntas de pesquisa, gerando hipóteses para a realização de estudos
analíticos futuros
o que os estudos epidemiológicos analíticos estudam?
estudam uma variável de
exposição principal ou variáveis associadas ao(s) desfecho(s)/doença(s) na população
ou grupo populacional e objetivam responder a uma questão de pesquisa ou questão
científica
quais são os estudos epidemiológicos analíticos (4)
estudos de corte transversal analítico, caso-controle e de coorte e estudo ecológico
qual objetivo do estudo não analítico descritivo
- Registrar experiências,
observações, eventos não usuais,
programas e tratamentos. - É o início da busca por explicações
qual objetivo do estudo analítico observacional
- Procurar causas, fatores de risco e
preditores. - O investigador observa os fenômenos.
o que são os relatos de caso
são narrações descritivas detalhadas de casos clínicos individuais, geralmente até três ou dez casos
lembrete: estudo observacional nao analitico
porque o relato de caso é importante?
É uma forma de apresentar casos novos ou apresentações clínicas raras ou de
associações de doenças à comunidade científica de forma simples, porém altamente
detalhado
o que o relato de caso representa
Representam uma ponte entre a pesquisa laboratorial e a pesquisa analítica
o que são as séries de casos
Pra que é utilizada?
São estudos com maior grupo de pacientes apresentando uma doença ou
evento particular e similar
É uma maneira comumente utilizada de delinear um quadro clínico de determinada doença ou de uma nova doença e seus tratamentos, em um
grupo de doentes em um determinado ponto no tempo.
desvantagens da série de casos
-olhar pra trás no tempo -> restringe seu valor como meio de estudar relações prognósticas
ou de causa e efeito
- Sofrem pela ausência de grupo de comparação
o que são estudos de prevalência
a proporção da população que tem uma
determinada doença ou condição clínica em determinado momento
os estudos de prevalência podem ser resumidos como:
“uma foto”, “um instantâneo” da situação de saúde com base na avaliação individual de
cada um dos membros do grupo
quais vantagens dos estudos de prevalência (2)
o baixo custo e a rapidez da
execução visto que não é necessário esperar pela ocorrência do evento
pra que são usados geralmente os estudos de prevalência
Geralmente são utilizados para descrever ou planejar ações em serviços de saúde
Os estudos de prevalência são também conhecidos como….
corte transversal ou seccional
nos estudos de prevalência, o que seria a série temporal
Uma série de estudos transversais na mesma população em diferentes tempos
pode ser usada para avaliar a mudança do padrão de distribuição das variáveis no
tempo
porque a série temporal não é de coorte
porque não acompanha as mesmas pessoas
o que são os estudos de incidência
intensidade com que a morbidade ocorre em uma população exposta ao
risco de adquirir a doença no referido período
o que significa a taxa de incidência
medida do risco de adoecer ou de sofrer um agravo
os estudos de incidência podem constituir uma parte de um estudo de coorte. Como?
Pode constituir a parte descritiva de um estudo de coorte determinando o
número de casos novos de um determinado agravo/doença em uma população que
vem sendo acompanhada/observada durante um período.
o que são os inquéritos epidemiológicos
Podem ser aplicados sistematicamente para coletar informações e para a
construção de descritores da saúde ou de outras áreas
lembrete: estudo observacional não analítico
qual principal característica do estudo epidemiológicos sem intervenção analíticos
tentar responder a uma questão/pergunta de pesquisa e estabelecer associação entre as variáveis
para responder à questão da pesquisa o que deve ser definido inicialmente (5)
população a ser estudada
amostra
plano de análise
se haverá ou não seguimento dos indiviíduos por determinado período
caracterizar o desenho do estudo
a seleção e a definição de variáveis é de suma importância (estudos epidemiológicos sem intervenção analíticos). PORQUE?
porque representam a exposição (variáveis independentes) e o fenômeno/desfecho
(variável dependente) a ser estudado
o que são as variavéis de exposição ou independentes?
exercem uma ação no processo (fenômeno ou doença/desfecho) que está
sendo estudado
o que são as variáveis dependentes ou desfecho
fenômeno/doença ou evento(s) que estão sendo estudados e cuja ocorrência
poderá estar associado com a variável de exposição
Em relação à aferição da exposição e do desfecho, os desenhos de um estudo
podem ser considerados sob três aspectos:
período, direção e seleção da amostra
sobre o que fala o aspecto de período (estudo sem intervenção analítico) e pode ser classificado em:
É a classificação referente ao tempo de aferição da exposição e do
desfecho, durante a realização do estudo.
prospectivo e retrospectivo
o que é o estudo com período prospectivo
o estudo está sendo realizado atualmente, mas os dados
utilizados também são atuais ou estão ocorrendo
o que é o estudo com período retrospectivo
o estudo está sendo realizado atualmente, mas os dados
utilizados são do passado
sobre a direção (estudo sem intervenção analítico) pode ser classificado em
olhando para frente, olhando para tras e exposição e desfecho avaliados ao mesmo tempo
o que é a direção olhando para frente
exemplo de estudo
exposição —> desfecho
Os sujeitos são selecionados e formados os subgrupos para comparação de
expostos e não expostos. Na coorte esses grupos serão seguidos por um determinado
período de tempo para se observar aqueles indivíduos que apresentarão o desfecho
EXEMPLO: estudo de incidência e coorte
o que é a direção olhando para trás
exemplo de estudo
desfecho–> exposição
No caso-controle são selecionados o grupo de doentes (com o desfecho) e o
grupo controle, de sabidamente, não doentes (com o máximo possível de certeza de
que não têm o desfecho/doença), ambos com critérios rigorosamente préestabelecidos. Entretanto, os dois grupos precisam apresentar as mesmas chances de
exposição e de serem selecionados, com vias a se estabelecer o perfil daqueles que
uma vez expostos vêm a adoecer.
o que é a direção de exposição e desfecho avaliados ao mesmo tempo
exemplos de estudo
desfecho –> exposição
ex: estudo de corte transversal e de prevalência
Nestes desenhos a exposição e o desfecho são avaliados simultaneamente, em
um mesmo ponto no tempo. Ou seja, no momento do estudo, quando os sujeitos estão
sendo avaliados a exposição e o desfecho já ocorreram e são aferidos num mesmo
momento. Não existe período de seguimento ou observação e não há como definir com
exatidão a sequência temporal, qual dos eventos estudados ocorreu primeiro, a
exposição ou o desfecho/doença.
como é feito o estudo ecológico
São realizados utilizando-se bancos
de dados preexistentes.
Descrevem as características
geográficas, sociodemogáficas e
biológicas possíveis e acessíveis da
população exposta a determinado
fenômeno, doença ou agravo a
partir de bancos de dados
existentes.
quais aplicações do estudo ecológico
Buscam demonstrar a relação
entre a situação de saúde e as
condições do meio ambiente, de
vida, de trabalho que possibilitem
a exposição dessa
população/coletividade à
doença/agravo/evento
quais são as questões centrais do estudo ecológico?
Qual a situação/característica de
saúde/doença/trabalho da
população atingida?
quais as vantagens do estudo ecológico (4)
São rápidos, baratos e de fácil
execução.
Servem para a formulação de
hipóteses causais sobretudo
quanto a novos fenômenos ou
agravos em coletividades e
populações.
quais são as limitações/desvantagens do estudo ecológico (3)
Falácia ecológica: não é possível
estudar as pessoas
individualmente;
Não estabelecimento de relação de
causalidade/etiologia;
Pouco controle sobre os fatores de
confundimento
quais sinônimos do estudo transversal analítico (4)
Estudo seccional, corte transversal,
estudo de prevalência e inquérito
epidemiológico
como é feito o estudo transversal analítico
As medições de exposição e doença
são investigadas simultaneamente num
único “momento”, entre indivíduos de
uma dada população, não existindo,
portanto, período de seguimento. São
apropriados para descrever
características das populações no que
diz respeito a determinadas variáveis e
aos seus padrões de distribuição e
estabelecem associações entre as
variáveis
aplicações do estudo transversal analítico (4)
->Planejamento de programas e projetos
em saúde para realizar um diagnóstico
inicial e avaliação final.
->Determinação de um “diagnóstico
rápido” da relação exposição-doença
na saúde de uma população em um
determinado momento.
->Realização de inquéritos de morbidade
e de mortalidade
->Como primeiro passo para
delineamento ou argumento de
estudos analíticos sem intervenção
(coorte e caso-controle) e nos estudos de intervenção (ensaio clínico).
quais questões centrais do estudo transversal analítico
Quais as frequências; e se exposição e
doença estão associadas?
quais vantagens do estudo transversal analítico
sobre o de coorte, velocidades, custos
(5)
->A maior vantagem dos estudos
transversais sobre os estudos de coorte
deve-se à prontidão com que se podem
tirar conclusões e a não existência de
um período de seguimento.
->São mais rápidos, relativamente de
baixo custo, mais fáceis em termos
logísticos e não sensíveis a problemas,
como as perdas de seguimento e
outras características dos estudos
longitudinais
->Esse é o único estudo capaz de calcular
a prevalência das doenças e no mesmo estudo determinar fatores associados.
->São também estudos adequados à
análise de redes de causalidade.
->Podem ser tidos como a primeira etapa
de um estudo de coorte ou ensaio
clínico sem grandes custos adicionais.
quais limitações/desvantagens dos estudos transversais analíticos
-> A impossibilidade de estabelecer
relações causais por não provarem a
existência de uma sequência temporal
entre exposição ao fator e o
subsequente desenvolvimento da
doença.
->Pouco práticos no estudo de doenças
raras, uma vez que estas obrigam à
seleção de amostras numerosas.
->O fato dos estudos transversais poder
medir apenas a prevalência, e não a
incidência, torna-se limitado a
informação produzida no que diz
respeito à história natural das doenças
e ao seu prognóstico
->São susceptíveis aos chamados vieses
de prevalência/incidência que
acontecem quando os efeitos de
determinados fatores relacionados
com a duração da doença são
confundidos com um efeito na
ocorrência da doença. Importante
lembrar a possibilidade do viés de
seleção decorrente do fato da amostra
ser “de conveniência”
porque coorte é chamado de coorte
Hoje o termo é utilizado para designar
grupos homogêneos da população
como é feito o estudo de coorte
Estudo realizado com a criação de dois
grupos de participantes, os expostos ao
fator de risco em estudo e os não
expostos. São observados ao longo do
tempo para verificar em quais ocorre o
desfecho (agravo ou doença). Assim, é
possível comparar os dois grupos e
determinar diretamente o risco que a
exposição leva ao desfecho.
aplicações do estudo de coorte (2)
->Estudos de coorte são os únicos
capazes de abordar hipóteses
etiológicas produzindo medidas de
incidência, e por seguinte, medidas
diretas de risco.
->Bem utilizados para averiguar
associação causal de exposições e
desfechos que não poderiam ser feitas
em estudos experimentais (Ex. o que o
tabagismo pode causar?).
quais questões centrais do estudo de coorte
Quais são os efeitos da exposição
(tabagismo) a determinar um fator
(doença ou agravo - câncer).
quais as vantagens do estudo de coorte (5)
->Produz medidas diretas de risco.
->Possibilidade de análise de vários
desfechos.
->Simplicidade de desenho.
->Ausência de problemas éticos dos
estudos experimentais.
->Facilidade de análise.
quais as limitações/desvantagens do estudo de coorte
->Sujeito a um maior número de vieses
ou erros sistemáticos que os estudos
experimentais.
->Se a doença for pouco frequente
necessita que um grande número de
indivíduos seja seguido por longos
períodos.
->Alto custo, pouco eficaz, especialmente
para desfechos raros.
->Exige testes sensíveis e específicos para
excluir com certeza, a doença, em
todos os indivíduos.
como é feito o estudo de caso controle
São selecionados um grupo de indivíduos que têm
o desfecho/doença que se pretende estudar, os
casos, e um grupo de indivíduos que não têm a
doença, os controles. A seleção dos controles
deve ser feita de forma a se obter uma amostra
comparável com os casos, isto é, que pertençam à
mesma base populacional de casos, para a qual
será feita a generalização das conclusões, que
tenha a mesma chance do grupo de casos de ser
exposto e a mesma chance de ser selecionado
para o estudo. É de fundamental importância a
aplicação de critérios rigorosos de seleção que
assegurem que não tenham a
doença/agravo/desfecho a ser estudado.
aplicações do caso controle
Estudo de causas de doenças ou agravos,
principalmente doenças raras ou de período de
latência longos (não possíveis de serem
investigados por estudos de coorte ou ensaios
clínicos).
questões centrais do caso controle
Quais as causas da doença/agravo à saúde?
quais vantagens do caso controle
->Permitem estudar doenças raras, já que, não
dependem da ocorrência natural da doença, mas
sim da identificação dos casos e da sua posterior
comparação com um grupo de controles.
->Devido ao seu caráter retrospectivo, este tipo de
estudo permite estudar uma enorme quantidade
de fatores que se suspeite estejam associados
com a doença em causa, à custa de um modesto
aumento dos custos do estudo.
->De menor custo, mais fácil em termos logísticos e
que permite tirar conclusões mais rápidas do que
os estudos de coorte.
quais são as limitações/desvantagens do caso controle
->Não permitem estabelecer uma sequência
temporal entre a exposição e a doença, isto é,
não se pode ter a certeza sobre qual dos dois,
exposição ou doença, surgiu primeiro, e nem se é
a exposição a causa da doença ou se a doença
leva à exposição.
->Não há como estimar diretamente a incidência ou
prevalência da doença, nem o risco atribuível ou
excesso de risco. Melhor trabalhar com incidência
para evitar viés de prevalência.
->Só é possível estudar uma única doença (uma vez
que o critério de escolha das amostras é
precisamente a presença ou não da doença a ser
estudada), apesar de se poder pesquisar a sua
relação com as várias exposições.
->Dificuldades na seleção dos controles.
->As mais importantes limitações deste tipo de
estudos, em termos práticos, prendem-se com a
existência de vieses de seleção, que surgem tanto
na seleção dos casos como na dos controles, e
vieses na medição das variáveis em estudo.
->Pode ser necessário realizar a seleção dos casos e
controles utilizando-se pareamento ou na fase de
análise podem ser necessários ajustes por
restrição de categorias.
o que são estudos longitudinais e um exemplo
comparam a experiência ao longo do tempo de um grupo
exposto e outro não exposto a fatores de risco, fatores protetores, indo de
encontro às consequências da exposição (doentes/sobreviventes,
evento/ausência do evento).
coorte