CASO 07 Flashcards

1
Q

Alterações morfofisiológicas da gravidez: PELE

A

Estrias gravídicas
Eritema palmar
Teleangectasias/aranhas vasculares/angiomas
Linhas nigrans
Cloasma/melasma gravídico
Hipersecreção de glândulas sebáceas (acne)

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2
Q

Alterações morfofisiológicas da gravidez: MAMA

A

Mastalgia
Hiperpigmentação de auréolas primarias
Sinal de Hunter
Tubérculos de Montgomery
Rede de Haller
Secreção de colostro

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3
Q

Alterações morfofisiológicas da gravidez: ÚTERO

A

Crescimento não simétrico
12s: acima da sínfise púbica
16s: entre SP e cicatriz umbilical
20s: cicatriz umbilical
40s: apêndice xifoide

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4
Q

Alterações morfofisiológicas da gravidez: CÉRVICE

A

Amolecimento e arroxeado
Hiperplasia e hipertrofia das glândulas cervicais -> eversão do epitélio colunar -> colo friável
Muco se torna espesso, viscoso e não cristaliza

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5
Q

Alterações morfofisiológicas da gravidez: OVÁRIOS

A

Interrupção da maturação folicular
Corpo lúteo presente e funcionante até IG 6-7s (placenta passa a assumir a produção de progesterona depois)

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6
Q

Alterações morfofisiológicas da gravidez: VAGINA e VULVA

A

Aumento de comprimento e largura da vagina e hipertrofia de vulva
Aumento da secreção vaginal (aspecto leitoso e pH mais ácido)
Coloração violácea

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7
Q

Alterações morfofisiológicas da gravidez: METABOLISMO

A

Ganho ponderal (média 12,5kg)
Retenção hídrica e de sódio
Diminuição da concentração de albumina sérica
Potencial diabetogênico
Hipoglicemia de jejum
Hiperglicemia pós-prandial
Aumento da concentração de lipídios totais, apoproteínas e lipoproteínas
Redução de Fe (aumento da massa eritrocitária), Ca, Mg e Iodo

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8
Q

Alterações morfofisiológicas da gravidez: ENDÓCRINO

A

Prolactina aumenta (cai após o parto e liberação fica atrelada ao estimulo da sucção)
Tendência a hipertireoidismo subclínico por estimulo do hCG à secreção de T3 e T4
Aumento dos hormônios contrainsulínicos

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9
Q

Alterações morfofisiológicas da gravidez: HEMATOLÓGICO

A

Hemodiluição
Aumento da massa eritrocitária
Leucocitose relativa
Supressão das imunidades humoral e celular
Diminuição de quimiotaxia e adesão leucocitária
Trombocitopenia gestacional
Status pró-coagulante

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10
Q

Alterações morfofisiológicas da gravidez: CARDIOVASCULAR

A

Aumento da FC
Aumento do DC
Diminuição da RVP
Diminuição da PA (parcialmente compensada)
Aumento da pressão venosa (+ em MMII)
Hipotensão supina (compressão do útero na VCI)

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11
Q

Alterações morfofisiológicas da gravidez: RESPIRATÓRIO

A

Diminuição global do volume residual pulmonar -> aumento do volume corrente (hiperventilacao) -> alcalose respiratória compensada
Alteração das VAS (edema + congestão nasal)

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12
Q

Alterações morfofisiológicas da gravidez: GASTROINTESTINAL

A

Lentificação do esvaziamento gástrico e do transito intestinal -> constipação
Diminuição do tônus do EEI + deslocamento do estômago + aumento PIA -> pirose
Aumento da vascularização gengival
Diminuição da contração da vesícula biliar + aumento da saturação de colesterol -> aumento de colelitiase

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13
Q

Alterações morfofisiológicas da gravidez: RENAL/URINÁRIO

A

Aumento da TFG -> diminuição de Ur e Cr
Glicosúria -> risco de ITU
Dilatação ureteral e risco de hidronefrose
Aumento da frequência e incontinência urinaria

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14
Q

Alterações morfofisiológicas da gravidez: OSTEOARTICULAR

A

Marcha anserina
Lombalgia e cervicalgia
Deslocamento posterior da cintura escapular -> tração dos nervos ulnar e mediano -> desconforto e dormência em MMSS
Relaxamento ligamentar geral

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15
Q

Por que a gestante apresenta potencial diabetogenico?

A

Ação da progesterona e estrógeno na 1ª metade (hiperinsulinemia) e dos hormônios contrainsulínicos (cortisol, glucagon e lactogênio placentário) na 2ª metade (estimulam resistência a insulina)

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16
Q

Sobre a suspeição clínica de gravidez: quais os sintomas e sinais de presunção?

A

Náuseas
Polaciúria
Percepção materna dos movimentos fetais (16-20s)
Atraso menstrual
Congestão e mastalgia
Tubérculos de Montegomery
Rede de Haller
Sinal de Hunter

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17
Q

Sobre a suspeição clínica de gravidez: quais os sinais de probabilidade?

A

Sinal de Hegar (amolecimento uterino)
Sinal de Piskacek (assimetria uterina)
Sinal de Nobile-Budin (fundo de saco ocupado)
Sinal de Goodel (amolecimento do colo)
Sinal de Kluge (tonalidade violacea da mucosa vaginal)
Sinal Jacquemier-Chadwick (tonalidade violacea da vulva)
Aumento do volume uterino (a partir de 12s)

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18
Q

Sobre a suspeição clínica de gravidez: quais os sinais de certeza?

A

Ausculta fetal (10-12s com sonar/18-20s com Pinard)
Sinal de Puzos (rechaço fetal intrauterino - 14s)
Percepção da movimentação fetal pelo profissional (a partir de 18s).

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19
Q

Qual a definição de abortamento pela FEBRASGO 2018/OMS?

A

Interrupção da gravidez antes de 22 semanas, ou com um feto até 500g, ou de 16,5 cm, quer dizer, antes de atingida a viabilidade.

20
Q

Qual a definição de abortamento pela FEBRASGO 2021?

A

Interrupção da gravidez antes que o embrião ou feto alcancem a viabilidade. A OMS e CID-11 definem como interrupção de uma gravidez antes de 20 semanas, quando a IG for incerta, o peso menor do que 500g pode ser critério de definição.

21
Q

Qual a definição de abortamento pela MS?

A

2005: Interrupção da gravidez antes de 20-22 semanas, e com um produto até 500g.
2001: Interrupção da gravidez até 22 semanas ou se IG desconhecida, o produto da concepção pesar 500g ou comprimento menor 16cm

22
Q

Qual a definição de natimorto/óbito fetal pelo CFM resolução 1779/2005?

A

Sempre que houver IG igual ou superior a 20 semanas. Quando idade incerta, considerar peso >= 500g e/ou estatura >= 25cm, para fornecimento da declaração.

23
Q

Qual a classificação de abortamento: quanto ao tempo?

A

Precoce: até 12s
Tardio: 13-20s*

24
Q

Qual a classificação de abortamento: quanto a causa?

A

Espontâneo
Provocado

25
Qual a classificação de abortamento: quanto a segurança?
Seguro: realizado por médico bem treinado, com os meios necessários e em ambiente adequado, o que implica em risco extremamente baixo para mulher Inseguro: realizado por pessoas que não têm as habilidades necessárias ou em ambiente sem os padrões médicos mínimos, ou ambos os casos
26
Descreva ameaça de abortamento quanto a: sintomas, abertura do colo, tamanho do útero, USG, conduta.
Sangramento e dor discretos Colo fechado Útero igual IG Área de descolamento ovular inferior a 40% do diâmetro do saco gestacional Expectante
27
Descreva abortamento inevitável quanto a: sintomas, abertura do colo, tamanho do útero, USG, conduta.
Sangramento e dor moderados a intensos Colo aberto Útero compatível com IG Saco gestacional com alterações, deformado ou com hematoma Esvaziamento uterino
28
Descreva abortamento incompleto quanto a: sintomas, abertura do colo, tamanho do útero, USG, conduta.
Sangramento é o principal e dor começa a reduzir Colo aberto ou fechado (FEBRASGO: dilatado) Útero menor que IG Imagem hiperecogênica, espessamento endometrial ou restos ovulares Esvaziamento uterino
29
Descreva abortamento completo quanto a: sintomas, abertura do colo, tamanho do útero, USG, conduta.
Sangramento e dor reduzidas Colo fechado* Útero menor que IG Sem evidencia de gestação ou de restos ovulares Expectante
30
Descreva abortamento retido quanto a: sintomas, abertura do colo, tamanho do útero, USG, conduta.
Sangramento e dor ausentes + regressão dos sintomas gravídicos Colo fechado Útero menor que IG Feto com IG>= 7 semanas sem BCF ou CCN>=7mm sem BCE OMS 2022: expectante ou farmacológico ou cirúrgico (autonomia da paciente) // FEBRASGO 2018: solicitar coagulograma se retido por mais de 4s + expectante ou esvaziamento, se IG<12s OU esvaziamento, se IG>12s
31
Descreva abortamento infectado quanto a: sintomas, abertura do colo, tamanho do útero, USG, conduta.
Sangramento aguado, escuro com odor fétido + sinais e sintomas de infecção/sepse Colo aberto ou fechado com drenagem de secreção purulenta Útero variável Imagem hiperecogênica , espessamento endometrial ou restos ovulares + pode visualizar abscesso ATB + esvaziamento
32
Qual a definição de abortamento espontâneo recorrente (AER)?
Três ou mais abortamentos espontâneos e consecutivos (sem consenso – outras referências: 2 ou mais)
33
Quais as principais causas relacionadas a AER?
1. Fatores uterinos: anomalias uterinas, leimiomatose (submucoso), adenomiose, adesões/sinequias, incompetência istmocervical 2. Fatores genéticos: alterações cromossômicas estruturais balanceadas nos pais (pode-se investigar cariótipo do casal ou do produto do abortamento) 3. Fatores imunológicos: autoimune - principal é a SAAF (relação com LES) - e aloimune 4. Fatores endócrinos: DM, SOP, tireoidopatias, hiperprolactinemia 5. Trombofilias
34
Sobre a Warfarina, qual seu mecanismo de ação?
Inibindo a síntese de fatores de coagulação dependentes de vitamina K através da ligação a enzima vitamina K oxiredutase -> afeta fatores II, VII, IX, X e proteínas C e S
35
Sobre a Warfarina, qual FC/FD (via de administração, monitoramento, interação com outras substâncias)?
Oral, IV*, retal*; Monitorar efeito através do TP/RNI: alvo geral 2-3 (< 3, ainda há risco de trombo e > 3 há riscos de sangramentos); Grande interação medicamentosa e com alimentos.
36
O que justifica o efeito pró-coagulante inicial da warfarina?
Inibição das proteína C e S (que tem meia vida mais curta do que outros fatores).
37
Sobre a Warfarina, qual o principal efeito adverso e qual a conduta?
Sangramento. Quando grave: suspender warfarina + administrar vitamina K + concentrado de complexo protrombinico ou plasma congelado Quando não grave ou sem sangramento depende do INR
38
Sobre a Warfarina, quais as indicações?
TVP/TEP FA Portadores de válvulas mitral ou aórtica artificial não biológica Trombo arterial ICC
39
Sobre a Warfarina, quais as contraindicações?
Hipersensibilidade; Tendência a hemorragia; Cirurgia recente ou potencial cirurgia do olho e do SNC; Bloqueio com anestesia lombar ou cirurgia traumática; Discrasia sanguínea; Hipertensão maligna; Pericardite ou derrame pericárdico; Endocardite bacteriana; Eclampsia ou pré-eclâmpsia; Ameaça de abortamento; Gravidez (exceto mulheres com valva mecânica e alto risco de TEV); Pacientes que não aderem ao tratamento ou difícil monitorização
40
Sobre as heparinas, qual seu mecanismo de ação?
Ligam-se a antitrombina, acelerando a taxa de inibição das proteases de coagulação -> principalmente via intrínseca e comum (IX, X, XI, XII e II)
41
Qual a diferença no mecanismo de ação entre a HNF, a HBPM e a fondaparinux?
Heparina não-fracionada: possui tamanho suficiente para permitir a inibição tanto do fator Xa quanto da trombina; HBPM: pelo menos metade das moléculas é pequena demais para fazer ponte trombina-antitrombina, atuando principalmente em Xa (2:1 ou 3:1); Fundaparinux (sintético): menor do que os outros, apresentando apenas atividade anti fator Xa.
42
Sobre a HNF, qual FC/FD (via de administração, monitoramento)?
SC (profilática) ou IV (terapêutica); Precisa de monitoramento com TTPa (1,5 -2,5 valor normal): alta afinidade com proteínas plasmáticas + biodisponibilidade reduzida -> ação errática
43
Sobre a HBPM e fundaparinux, qual FC/FD (via de administração, monitoramento)?
SC; Não precisa de controle com TTPa: baixa ligação com outras proteínas plasmáticas, tendo uma resposta anticoagulante previsível.
44
Sobre as heparinas, qual os efeitos adversos e conduta?
Sangramento (quando grave: protamina); Trombocitopenia induzida por heparina; Alteração de função hepática (rara); Osteoporose (rara); Hiperpotassemia.
45
Sobre as heparinas, quais as contraindicações?
o HNF:  Hipersensibilidade;  Trombocitopenia severa;  Historia de HIT;  Sangramento ativo não controlado;  Quando não há possibilidade de controlar com TTPa; o HBPM:  Hipersensibilidade;  História de HIT nos últimos 100 dias;  Sangramentos graves.
46
Sobre os NOACs, quais seus mecanismos de ação e FC/FD (dabigatrana, rivaroxabana e apixabana)?
1. Dabigatrana Bloqueia de forma reversível o local ativo da trombina; Oral; Pode monitorar com P e tempo de coagulação. 2. Rivaroxabana e apixabana Inibidor do fator Xa; Oral.
47
Sobre os NOACs, quais as contraindicações gerais?
DRC: ClCr < 30; AVC H nos últimos 6 meses; Insuficiência hepática; Gravidez.