Cap III - Modelo Clínico Flashcards

1
Q

Método Clínico Centrado na Pessoa

A

Tarefa dupla: compreender o doente e compreender a sua doença. Os sistemas de referência biológica ou do comportamento vêm do mundo médico, não do doente. Permitir ao doente dar a maior quantidade de informação possível. Ter sempre em conta o plano do doente, permitir que a consulta seja dirigida por ele. Nem todas as expectativas e vontades podem ser acedidas: o médico tem de saber negociar. Estudos indicam que este modelo faz aumentar apenas ligeiramente o tempo da consulta, mas pensa-se que seja poupador de tempo a longo prazo, podendo até diminuir o número de contactos.

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2
Q

Validação

A

Perguntar depois da consulta se expectativas, sentimentos e medos foram identificados, e se obtiveram resposta.

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3
Q

Plano Médico

A

Abordagem Hipotético-Dedutiva da Resolução de Problemas. Formular hipóteses baseadas em dados e testá-las.

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4
Q

Contexto da Medicina Familiar

A

Grande incidência de doenças agudas, elevada prevalência de doenças crónicas. O diagnóstico precoce é uma responsabilidade específica - afeta o prognóstico. Tempo surge como um fator importante: a observação do doente ao longo do tempo pode ser um teste eficaz de hipóteses clínicas. Pode evitar muitas investigações desnecessárias em doenças autolimitadas.

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5
Q

Classificação

A

Situar a doença na categoria correta é fundamental.

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6
Q

Processo de Resolução de Problemas

A

Problema apresentado leva a formulação de hipóteses. O médico investiga, procurando provas positivas e negativas. Mesmo após a conclusão de um processo destes, o médico deve estar preparado para rever novamente a hipótese se o progresso do doente não seguir como foi previsto.

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7
Q

Indicações

A

Quando um doente expõe o seu sintoma, importa saber o contexto e o conhecimento do médico acerca da família e de experiências anteriores. O médico responde não apenas a apresentações individuais mas a padrões para formular diagnósticos. Importa saber a capacidade que o sintoma tem de trazer o doente à consulta, e ainda a sensibilidade, especificidade e o valor preditivo do sintoma nas fases iniciais de doença.

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8
Q

Hipóteses

A

O médico formula as primeiras hipóteses muito pouco tempo depois do doente ter exposto o primeiro problema: quanto maior a experiência, maior a probabilidade de diagnóstico correto. A prevalência de dada doença numa comunidade é um fator a ter em linha de conta. Normalmente: médico tem 2-5 hipóteses a cada momento, sendo difícil lidar com mais de 6, apesar de serem consideradas muitas outras, sendo ordenadas de acordo principalmente com probabilidade e ganho final. Ganho final dá as consequências de diagnosticar ou não uma doença.

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9
Q

Investigação

A

Sensibilidade, Especificidade, Valor Preditivo Positivo, Valor Preditivo Negativo, Taxa de Probabilidade.

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10
Q

Sensibilidade

A

Proporção de indivíduos que têm doença e têm teste positivo. Um teste altamente sensível é muito útil para eliminar hipóteses.

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11
Q

Especificidade

A

Proporção de indivíduos que não têm a doença e que têm teste negativo. Um teste altamente específico é muito útil para confirmar hipóteses.

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12
Q

Valor Preditivo Positivo

A

Proporção de resultados positivos que são verdadeiramente positivos. A sensibilidade não nos diz nada sobre falsos positivos.

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13
Q

Valor Preditivo Negativo

A

Proporção de negativos que são verdadeiramente negativos. A especificidade não nos diz nada sobre falsos negativos.

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14
Q

Taxa de Probabilidade

A

A taxa de probabilidade para um resultado positivo é a possibilidade de um teste ser positivo num indivíduo com doença em comparação com outro sem doença.

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15
Q

Gestão e Terapêutica

A

Gestão pode não incluir Terapêutica. A Terapêutica que cura requer um envolvimento profundo do médico e uma grande atenção às necessidades do doente.

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16
Q

Fatores Extrínsecos na Tomada de Decisão Clínica

A

Fatores externos à situação clínica podem ter forte influência no processo de tomada de decisão:

  • Normas da instituição
  • Exigências dos doentes melhor informados
  • Prevalência dos processos de negligência
  • Personalidade, sentimentos e experiência do médico
17
Q

Identificação de Erros

A

Erros podem ser classificados de acordo com o nível no qual ocorrerem:

  • Dados —> clínico não responde às pistas dadas pelo doente
  • Convergência Prematura numa Hipótese —> é importante numa fase inicial que o raciocínio seja diversificado e divergente
  • Erros na Investigação—> excesso (exploro muito além do necessário), avaliação complementar inadequada, afastar prematuramente uma hipótese com base em testes com baixa sensibilidade
  • Gestão —> por vezes pode não se considerar algumas variáveis na tomada de decisões, como os riscos da terapêutica ou as questões éticas.