Cap II - História, Origens e Princípios Básicos Flashcards

1
Q

CSP segundo Barbara Starfield englobam 4 elementos. Quais são?

A
  • Cuidados de 1o Contacto
  • Cuidados Longitudinais (ao longo da vida)
  • Cuidados Compreensivos (globais e holísticos)
  • Coordenação e Integração com os restantes cuidados
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2
Q

Cuidados de Saúde Secundários.

A

Intervenções visando o diagnóstico ou tratamento através de recursos mais diferenciados e habitualmente em meio hospitalar. Maior especialização ou mesmo sub-especialização com maior componente tecnológico e virado para intervenções pontuais.

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3
Q

Cuidados de Saúde Terciários.

A

Atividades médicas e médico-sociais com o objetivo de limitar as sequelas e promover a reabilitação física, psíquica e social.

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4
Q

Unidade de Saúde Familiar (USF)

A

Estrutura organizada com o objetivo de prestar cuidados de forma personalizada, com boa acessibilidade, continuidade e globalidade. Baseando-se numa Equipa de Profissionais Multidisciplinares na Área Médica e Enfermagem, com o apoio de Assistentes Técnicos, com destaque para a Área Administrativa.

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5
Q

Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP)

A

Estrutura idêntica à USF, mas sem alguns conceitos como o das Equipas Médico-Enfermeiro, e a não existência de contratualização associada a incentivos.

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6
Q

Unidade de Cuidados na Comunidade (UCC)

A

Com o objetivo de prestar cuidados de saúde e apoio psicológico e social, de âmbito domiciliário e comunitário, a grupos com maior dependência física e funcional. Assenta em redes de apoio à família e em unidades móveis, garantindo a continuidade e qualidade dos cuidados prestados.

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7
Q

Unidade de Saúde Pública (USP).

A

Pretende desenvolver atividades de planeamento, promoção e proteção da saúde, quer seja na avaliação, prevenção, vigilância epidemiológica, investigação ou gestão da saúde.

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8
Q

Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados (URAP).

A

Consiste em prestar cuidados de consultadoria e assistenciais às unidades funcionais já referidas, e organiza ligações funcionais com os Serviços Hospitalares.

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9
Q

Diferença entre Médico Hospitalar, Médico de MGF e Médico de Saúde Pública.

A

Médico Hospitalar - Grupo etário, conjunto de doenças, determinados órgãos, técnicas especiais, limitado temporalmente, focalizado na doença, contacto episódico, ênfase curativo, trabalho independente

MGF - Trata pessoas, grupo familiar, comunidade, técnicas básicas, contínuo, focaliza o contexto, contacto regular, ênfase preventiva, coordena recursos.

Médico de SP - Grupos populacionais, fenómenos de doença, comunidade, estatística, descontínua, focalizado na doença, contacto episódico, ênfase preventiva, trabalho de equipa

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10
Q

Indicadores de Desempenho de uma USF

A
  • Informação Demográfica
  • Disponibilidade
  • Acessibilidade
  • Produtividade
  • Qualidade Técnico-Científica
  • Efetividade
  • Eficiência (efetividade ao mais baixo custo)
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11
Q

Conceito de Clínico Geral

A

O Clínico Geral apareceu na América no século XVIII, nas colónicas
Termo primeiro usado na revista Lancet no século XIX - “Era dos Clínicos Gerais”
Médicos dos Cuidados Primários começaram a decrescer regularmente a partir da década de 30.

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12
Q

1966 - ano chave!

A

The Graduate Education of Physicians- Mills, 1966
Meeting the Challenge of Family Practice - Willard, 1966

Diferenciação dos Clínicos Gerais

Medicina Geral ——-> Medicina Familiar

O termo “Medicina Geral” tinha uma má conotação associada, para além de que os médicos tinham pouca diferenciação.

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13
Q

Relatório das Carreiras Médicas

A

1961 - surge pela primeira vez o conceito de SNS. Importância das carreiras médicas e de organizar a formação após a licenciatura.

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14
Q

Primeiros Centros de Saúde

A

Década de 70. Vacinar, vigiar grávidas e crianças. Saúde Escolar e Ambiental. Prevaleciam os Serviços Médico-Sociais das Caixas de Previdência, com elevado número de consultas, visitas domiciliárias e cuidados de enfermagem

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15
Q

1979

A

Criação do SNS. Distinção de CSP e Cuidados Diferenciados (Hospitalares)

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16
Q

Década de 80 fundamental

A

1981 - Internato de Generalista
1982 - Decreto das Carreiras Médicas. Define a Clínica Geral como uma Especialidade e explicita o perfil profissional do Médico de Família.
1983 - criados os centros de saúde de 2a Geração. Fusão dos primeiros com os serviços médico-sociais. Nasce a Associação Portuguesa de Médicos de Clínica Geral.
1988 - Primeira caderneta de estágio, duração de 3 anos.

17
Q

Década de 90.

A

1992 - Decreto de Lei dos Internatos (necessidade de Orientador de Formação).
1995 - Regulamento dos Internatos Médicos
1996 - Reformulação da caderneta de estágio
1999 - Direções de Internato de âmbito Sub-Regional, publicada legislação sobre centros de saúde de 3a Geração

18
Q

Século XXI

A

2004 - Perfil de competências do Orientador
2005 - Reforma dos CSP
2009 - Programa de Formação passa a prever 4 anos

19
Q

4 competências específicas de um Médico de Família

A

Solução de problemas não diferenciados, no contexto de uma relação continuada com indivíduos e famílias

Competências preventivas, com a identificação de riscos e primeiros desvios da normalidade, em doenças que o médico conhece

Competências terapêuticas, com a utilização da relação médico-doente para potenciar o efeito de qualquer tipo de terapêutica

Competências de gestão de recursos, com a utilização de recursos comunitários e do sistema de cuidados de saúde para benefício dos doentes. Isto inclui as capacidades de cuidar dos doentes, de supervisionar as consultas e de enviar os doentes para outros profissionais

20
Q

Características da Medicina Familiar

A
Continuidade dos cuidados
Globalidade dos cuidados
Cuidados familiares
Ligação entre o médico e a família
Acumulação de conhecimento sobre os doentes (relacionada com cuidados polivalentes e continuados)
Papel de generalista
21
Q

Definição Europeia de Medicina Familiar

A

A MGF tornou-se popular entre os políticos pela EFICIÊNCIA dos custos que lhe é inerente.

Onze características fundamentais, das quais foram extraídas 6 competências nucleares, que conduziram à definição de 25 objetivos educacionais de 1o nível e 80 objetivos de 2o nível.

22
Q

11 características fundamentais

A
  • Normalmente, é o 1o ponto de contacto médico dentro do sistema de saúde
  • Utiliza de forma eficiente os recursos de saúde através da coordenação de cuidados (assegurar que pacientes recorram ao profissional de saúde mais apropriado ao seu problema específico)
23
Q

6 competências nucleares
ATITUDE, CIÊNCIA, CONTEXTO
(Árvore da WONCA)

A
  • Gestão em Cuidados Primários (Coordenação de cuidados e “advocacia”, Primeiro Contacto, Acesso Aberto, Todos os Problemas de Saúde)
  • Cuidados Centrados na Pessoa (promover a autonomia do doente e atuar em parceria, continuidade longitudinal)
  • Aptidão para a Resolução de Problemas Específicos (instrumento tempo como modo de diminuir a incerteza)
  • Abordagem Abrangente (gerir múltiplas queixas e patologias)
  • Orientação Comunitária (saber conciliar as necessidades de cada indivíduo e as da comunidade)
  • Abordagem Holística (Modelo Biopsicossocial, tendo em conta as dimensões cultural e existencial)
24
Q

Papel de Doente

A

O indivíduo é escusado das suas obrigações normais e não é responsabilizado pela sua incapacidade. No entanto, espera-se que procure ajuda profissional e que faça todos os esforços para recuperar a sua saúde. A decisão de um indivíduo desempenhar o Papel de Doente está dependente de muitos fatores individuais e de grupo que são independentes da gravidade da doença.

25
Q

Comportamento da Doença

A

Consiste nas diferentes maneiras pelas quais certos sintomas podem ser apreendidos, avaliados e provocar alguma atuação, por diferentes tipos de pessoa. Este comportamento irá determinar se o indivíduo assumirá o Papel de Doente.
Relacionado com origem étnica, classe social, idade, sexo, natureza da doença, filiação religiosa, personalidade e fatores ambientais.

Sintomas médicos com maior probabilidade de serem referidos de modo a obter ajuda de profissionais: sintomas de comportamento em crianças, seguidos de sintomas físicos em todos os indivíduos. Menos provavelmente referidos eram os sintomas mentais nos adultos.

“Existe ainda o recurso às Medicinas Alternativas ou Curandeiros, podendo estes ser utilizados como ponto de acesso aos cuidados, ou como último recurso quando o sistema de cuidados de saúde não foi ao encontro das expetativas do doente”

26
Q

ICPC

A

International Classification of Primary Care. Melhorou muito a classificação de patologias.

27
Q

Maior consumo de consultas por parte das mulheres

A

70-80% dos indivíduos vai uma vez por ano à consulta, mas a média de consultas por utilizador anualmente é 3 a 5
Médicos mais velhos têm maior prevalência de doenças crónicas na lista (doentes acompanham envelhecimento dos médicos)
Habitualmente os médicos em zonas rurais prestam uma maior variedade de cuidados, pois há menor acesso a serviços alternativos.

28
Q

A doença

A

Somos ensinados a ver a doença como um conjunto de sinais e sintomas, o doente por outro lado vê a doença em termos do efeito na sua vida. Quando uma pessoa se torna doente, torna-se muito mais consciente do seu próprio corpo e das limitações por ele impostas. Em particular a doença crónica, traz consigo perdas sucessivas de independência e controlo, gerando sensações profundas de luto. Embora o doente possa ter pouco controlo sobre o curso da doença, ele é sempre livre de optar na forma como responde a esta. A supremacia da pessoa tem sido referida como um dos princípios fundamentais da medicina familiar (superação dos limites).

29
Q

O sofrimento

A

O sofrimento causado por uma dor é maior se a mesma for crónica, se a razão da dor for desconhecida ou se o doente sente que não pode ser controlada. O sofrimento aumenta se associado a um sentimento de culpa, com destaque para erros evitáveis que causam incapacidade.
A única maneira pela qual podemos descobrir como os doentes sofrem é perguntando-lhes. Um dos erros mais comuns que os médicos fazem é tratar a dor, mas ignorar outras dimensões do sofrimento.

30
Q

A cura

A

As nossas terapêuticas são concebidas para ajudar os poderes curativos do próprio doente e remover os obstáculos à cura. Para curar é necessário não só conhecer meios e técnicas científicas eficazes, como também técnicas de comunicação, como a escuta atenta, a facilitação e a transmissão de segurança. É especialmente difícil para os MF não julgar dado que conhecem bem o doente e o seu contexto, mas é essencial. Sem amor, o poder do médico é limitado.