C. CT - Empiema Flashcards
Empiema
Infeção da cavidade pleural
Tem de haver evidência dessa mesma infeção – através da microbiologia (Gram e cultura positivos) ou aspeto macroscópico (pús) ou bioquímica compatível (proteína>30mg/dl, pH<7,2, LDH>1000 U/L, glicose < 2,2 mmol/L).
Fatores de risco
DM Imunossupressão RGE Etilismo Drogas endovenosas Aspiração e má higiene oral Pós-operatório Perfuração esofágica
Fases do empiema
- Fase exsudativa
- Fase fibrinopurulenta
- Fase organizativa
Fase I
Fase exsudativa
Derrame parapneumónico simples
- Produção de citocinas pró-inflamatórias -> Aumento da permeabilidade capilar
Quimiotaxia para neutrófilos
Baixa contagem de leucócitos, LDH < 50%, soro, pH e glicose normal, estéril
TTO: AB e não requer drenagem torácica
Fase 2
Fase fibrinopurulenta
Invasão de bactérias, neutrófilos fagocitam e exsudado com pH < 7.20; glicose < 2.2 mmol/l; LDH >1000 IU/l
Ativação da cascata de coagulação -> Aumento da atividade pró-coagulação e diminuição da atividade fibrinolítica - leva à deposição de fibrina - formação de septos
Fase 3
Fase organizativa
Derrame parapneumónico complicado - EMPIEMA
Proliferação de fibroblastos;
Formação de fibrose pleura -> encarceramento pulmonar (espessamento da pleura) - diminuição da função pulmonar
Exsudado purulento com pH < 7.2; glicose < 2.2 mmol/L e LDH > 1000 IU/l
Derrame metapneumónico simples ou complicado
O derrame metapneumónico simples é caracterizado por pH >7,20, glicose > 2,2 mmol/l, LDH < 1000 U/L e ausência de microrganismos no Gram ou cultura. Este derrame, pela invasão bacteriana, pode evoluir para derrame metapneumónico complicado: pH<7,20, glicose < 2,2 mmol/L, LDH> 1000 e possível Gram e/ou cultura positiva
Aspiração do líquido pleural
É impossível distinguir entre derrame parapneumónico complicado do simples em raio X, requer toracocentese diagnóstica
Torococentese diagnóstica - derrame pleural > 10 mm de profundidade
- Aumento dos leucócitos polimorfonucleares -
- Pus branco
- pH do LP (deve ser colhido anaerobiamente) < 7.2
- > infeção por Proteus - produz amónia através da ureia - LP alcalino >7.6
Indicações para drenagem
5
- Líquido turvo/ purulento
- Microorganismos identificados
- pH<7.2
- Derrame organizado
- Alívio sintomático
Complicações de empiema de fase 3 organizativa
- Plaquipleurite visceral parietal - inflamação da pleura visceral e parietal
- Fístula broncopleural - destruição do parênquima pulmonar com a passagem de ar da cavidade pleural para os brônquios e vai ter o que se chama vómica - saída do conteúdo purulento
- Fístula cutânea/ empiema de necessidade - vaia arranjando espaço em todo o caminho de menor resistência
TTO geral
AB
- Todos os doentes devem fazer AB
Profilaxia trombótica
- aumento da inflamação - aumento da citocina - risco trombótico
Fibrinolíticos intrapleurais
Nutrição - hipoalbuminémia está associado a pior outcome
TTO Empiema
Fase 1 - drenagem e AB são suficientes
Fase 2 - AB e drenagem forem suficientes, não temos que operar; Se não, fazer limpeza da cavidade pleural e desbridamento
Fase 3 - Descorticação e pleurectomia
- Descorticação: 1º pleurectomia parietal; 2º pleurectomia visceral ou descorticação - permite expansão pulmonar
Tirar dreno
Diminuição do tamanho da drenagem pleural
Não borbulhar
Líquido não hemático
Evidência de resolução de sépsis
Diferença entre drenagem e toracocentese
Drenagem - tto
Toracocentese - pode ser dx ou de evacuação (alívio sintomatico)
Persistência de sépsis e coleção pleural
Não responde a AB e a drenagem torácica com sinais de sépsis em associação com coleção pleural persistente –> TTO cirúrgico