Bloqueios Anestésicos Flashcards
Bloqueios necessários. Quais são?
Motor - Imobilização do globo ocular e pálpebras
Sensitivo - Globo ocular, conjuntiva e pálpebras
Autonômico - Prevenção do reflexo óculo cardíaco
Sensorial - Ausência de Visão
Bloqueio Sensorial
Temporário, impede que o paciente veja o que ocorre durante a cirurgia. Bloqueio do nervo óptico.
Gânglio ciliar - tipos de fibras nervosas
Fibras Simpáticas: originadas no plexo carotídeo, que inerva o músculo dilatador de Iris, levando a midríase.
Parassimpáticas: originadas no nervo oculomotor, passam no gânglio e vão para o esfíncter da íris, gerando Miose.
Sensoriais: originadas no nervo nasociliar
Bloqueio sensitivo - objetivo
visa abolir a sensibilidade do olho e das pálpebras, nesse caso, bloqueando os nervos intraconais e alguns extraconais.
Bloqueio do V PAR.
Inervação sensitiva do olho, majoritariamente é do V Par?
Sim, através do primeiro e segundo ramo.
Inervação da Pálpebra Superior
Pálpebra superior: nervo trigêmeo -> Nervo frontal -> nervo supra orbitario e supratroclear -> pálpebra superior
Inervação do Globo Ocular
Globo ocular: Nervo trigêmeo -> Nervo nasociliar -> 2 a 3 ramos ciliares longos e nervo infratroclear.
Gânglio ciliar também contribui, através dos nervos ciliares curtos (globo ocular).
Pálpebra Inferior - inervação
Pálpebra Inferior: 2 ramo do trigêmeo - maxilar -> nervos infraorbitarios
Nervo Zigomático contribui com a inervação da regiao lateral da orbita e um pouco de pálpebra inferior (ramo do 2o ramo do nervo trigêmeo - maxilar)
inervação da regiao lateral
Uma pequena região lateral da pálpebra superior vai ser suprida pelo N lacrimal, proveniente da divisão oftálmica do trigêmeo (1° ramo);
O n zigomático, proveniente da divisão maxilar, inerva a parte lateral da órbita e um pouco de pálpebra inferior.
Inervação Motora - objetivo
bloquear a movimentação do olho e das pálpebras. Eases músculos são inervados pelos pares cranianos: Oculomotor, Troclear, Abducente e Facial.
Inervação dos músculos extraoculares
Abducente (VI PAR): inerva o reto lateral (responsável pela abdução do olho)
Troclear (IV PAR): caminha junto com o nervo frontal na parede sup da órbita, inervando o oblíquo superior (que se insere na tróclea)
Oculomotor (III PAR): proveniente do mesencéfalo-> emite ramo superior (reto superior e elevador da pálpebra superior) e inferior (Reto Inferior, medial e Oblíquo Inferior).
Tipos de Anestésicos - características e diferenças
Técnicas de bloqueio Regional
INTRACONAL ou RETROBULBAR
EXTRACONAL (PERIBULBAR OU PERICONAL)
INTRACONAL ou RETROBULBAR - definição
infusão do anestésico atrás do globo ocular, que posteriormente vai se difundindo para outras regiões
Intraconal (retrobulbar) - Técnica
agulha inserida na região ínfero lateral do rebordo orbitário (região relativamente livre de vasos sanguíneos)
Anestesia tópica
Antisséptico
Paciente deve estar em posição primária do olhar
Introduzir a agulha por via transdermica paralela ao assoalho orbitário
Agulha com 20 a 25 mm de comprimento (< 32 mm)
Após passar pelo equador do olho, pode-se redirecionar a agulha para o ápice da órbita
Pode-se inserir 3 a 5 ml de anestésico (aspirar antes sempre)
Após inserir o anestésico, comprimir o local de injeção
Latência menor e volume menor de anestésico em relação ao extraconal
Desvantagens do Intraconal - Retrobulbar
-No cone tem-se estruturas nervosas como o nervo óptico que podem lesionar com a ponta da agulha (maior o risco)
-Diminuição transitória da acuidade visual
-Maior taxa de hemorragias retrobulbares
-Risco de anestesiar SNC/EV (pode apresentar: dificuldade respiratória / disfasia/ agitação/ confusão / inconsciência. Sinais: hipertensão / taquicardia / tremores intensos
-Menor acinesia de pálpebras devido a infusão intraconal, e talvez, sendo necessário uma complementação para paralisar o 7° par e o paciente parar de piscar.
Contraindicações - Intraconal ou Retrobulbar
absolutas: alergia / nistagmo
Relativas: enoftalmia / Aumento do comp axial / Cirurgia longa (preferir geral)
EXTRACONAL (PERIBULBAR OU PERICONAL) (anestésico fora do cone muscular)
- técnica
agulha inserida na região ínfero lateral da órbita (diferença no grau de angulação e na profundidade de avanço da agulha)
Anestesia tópica
Antisséptico
Essa técnica pode ser subdividida em: EXTRACONAL Peribulbar: ao redor do bulbo ocular que é mais periferico; aprofundar até 18 mm para infusão de anestésico ; punção dupla, próximo a incisura supra orbitaria ocular.
EXTRACONAL Periconal: anestésico ao redor do cone muscular, mais profundo, com punção única, introduzindo cerca de 25 mm
Vantagens e desvantagens - Extraconal (Peribulbar ou Periconal)
Vantagens:
ótima acinesia e analgesia
reduz sensibilidade a luz
menor risco de lesão do NO
maior acinesia das pálpebras
Desvantagens:
Diminuição transitória da AV
volume maior de 6 a 10 ml
Latência maior devido quantidade de anestésico
Menor risco de lesão do nervo óptico e hemorragia retrobulbar
Maior risco de quemose
Risco de anestesiar SNC/EV
Contraindicações:
Extraconal
Absolutas: alergia / nistagmo
Relativas: Enoftalmia, comp axial longo / cirurgia longa
Injeção subtenoniana - técnica
Procedimento cirúrgico estéril
material: tesoura de conjuntiva, anestésico tópico, cânula curva sem corte, lidocaína, seringa de 5 ml
precisa ser no procedimento cirúrgico
Dissecção da conjuntiva e tenon
administracao do anestésico subtenoniano, no quadrante nasal inferior.
Vantagens e desvantagens da Injeção subtenoniana
Vantagens:
Ótima analgesia
pode causar acinesia
sem risco de lesão do NO
baixissimo risco de hemorragia orbitaria e anestesia SNC E EV
Desvantagens:
Hiposfagma
Bloqueios do Nervo facial
Complemento do bloqueio intraconal para paralisar as pálpebras, fazendo o bloqueio motor do nervo facial.
Técnicas do Bloqueio do Nervo Facial
Van lint
O’Brien
Técnica de van lint
VAN LINT: injeção de 2 a 4 ml a 1 cm do rebordo lateral orbitário
injecao em forma de V
Objetivo pegar os Ramos terminais com injeção em V
Pode gerar equimoses
Técnica de O’Brien
Pede para o paciente abrir e fechar a boca palpando o tragus (localização do tronco do nervo facial)
Localizou -> ejetar anestésico (3 ml) abaixo do côndilo, para anestesiar os Ramos temporais e zigomáticos
Injeção em O, perpendicular a pele
Diferenças e características entre Técnica de Van Lint e O’Brien
Complicações dos bloqueios regionais
na maioria dos casos, ocorre pelo posicionamento errado da ponta da agulha, somado a paciente com fatores de risco.
hematoma orbitário (se for venoso, provavelmente autolimitado, caso seja arterial, pode levar a aumento da PIO, Dor, BAV, Oftalmoplegia, Proptose, diminuição do reflexo motor. Conduta: realizar cantotomia + cantólise)
Intoxicação por anestésicos, caso pegue um vaso (mesmo com uma pequena concentração, devido à proximidade do SNC)
Quemose subconjuntival
Injeção subaracnóideo (lesão direta do nervo óptico), levando ao acometimento do SNC e sintomas sistêmicos graves (inclusive PCR), se acometer o quiasma óptico pode gerar uma cegueira contralateral transitória.
Penetração (1 orifício) Perfuração (2 orifícios) do globo ocular
Penetração é mais grave, pois pode ser injetado o anestésico dentro do olho (para diminuir esse risco, deve-se conhecer os fatores de risco:
FATORES DE RISCO PARA PERFURAÇÃO
Alto míope
Estafilomas (irregularidades do globo ocular)
Órbita funda
Enoftalmia
Introflexao escleral (aumenta o diâmetro AP)
Paciente não cooperativo
Inexperiência