Aula 9- Tuberculose Flashcards
Tuberculose
Doenças infeciosa mais mortal
Cerca de 1/3 da população está infetada com Mycobacterium tuberculosis
90% dos infetados não desenvolvem a doença
Causas do elevado número de casos
SIDA associada a toxicodependência Crescimento global da população Aumento da longevidade Fatores socio económicos Deteorização de infraestruturas de saúde pública
Mycobacterium tuberculosis
bacilos álcool-ácido resistentes
Aeróbios obrigatórios
Estados da infeção
Mycobacterium atinge os alvéolos:
1- são destruídos ( não há infeção)
2- fagocitados por macrófagos e iniciam o seu processo de multiplicação ( tuberculose primária- 2-3 anos seguintes)
3- permanecem num estado latente e são reativados anos mais tarde ( tuberculose pós-primária- a reativação é mais frequente em individuos com HIV)
Tipos de tuberculose
Pulmonar ( risco de contaminação muito elevado)
Extra- pulmonar- qualquer localização fora do parêquima pulmonar
Diagnóstico de tuberculose pulmonar
Evidência clínica, radiológica, bacteriológica ou de anatomia patológica
Exame direto:
- expectoração
- coloração de van Gieson
- pode ser negativo
Exame cultural
Só é diagnósticada tuberculose pulmonar bacilífera se houver mais de 10 mil bactérias po mL de amostra
Radiografia de tórax- visualização de infiltrados pulmonares e cavitações
Manifestações clínicas da tuberculose pulmonar
Sintomas inespecíficos:
- Hemoptises (expetoração de sangue devido a hemorragia na árvore respiratória)- raras
- Tosse
- Expetoração mucopurulenta
- Dor torácia e dispneias- devido à inflamação da pleura (c/ ou s/ derrame pleural)
- Empiema
- Febre
- Sudorese noturna
- Anorexia
- Astenia
- Emagrecimento
- crianças- sonolência e falta de atenção por comprometimento do SNC
Alterações laboratoriais na tuberculose pulmonar
Anemia normocrómica e normocítica Hipergamaglobinémia Hipoalbunémia Hiponatrémia Hipercalcémia
Órgãos que podem ser afetados por M. tuberculosis
Pulmão Intestinos Pele Fígado Ovários Estômago Baço Osso SNC Endocárdio Pericárdio Pleura Laringe (forma mais contagiosa)
Diagnóstico radiológico
Lesões pulmonares de aspeto cavernoso
Derrame pleural
Abcesso epidural- tuberculose óssea
Adenopatias (drenam espontaneamente e deixam sinais de cicatrização )
Adenopatias tuberculosas
Europa:
- mais comuns em crianças
- se ocorrer em adultos pedir serologia para HIV
Ásia:
- comum em adultos (não apenas em casos de HIV)
Incidência da doença
1/3 da população infetada ( 90% assintomáticos)
8 milhoes de novos casos por ano
2 milhoes de mortes por ano
Elevada contribuição de co- infeção e multi-resistência para estes números
Incidência em Portugal é muito elevada em comparação com os restantes países da Europa (relacionado com fraca adesão à terapêutica e falta de infra-estruturas, mas também devido à elevada taxa de notificação )
Multiresistência na tuberculose
Resistência simultanea à isoniazida e rifampicina
Tratamento de tuberculose em doentes com HIV
Primeiro trata-se a tuberculose e só depois o HIV
Utilização simultanea de rifampicina e inibidores de protease ou de transcriptase reversa- resistência viral e aumento da toxicidade da rifampicina
Diagnóstico microbiológico da tuberculose
Recolha de amostras: - Expetoração - Suco gástrico - Pus (adenopatias) - Urina - Biopsia do órgão infetado Exame direto: - Ziehl-Nielsen - Auramina Exame cultural: - Lowenstein-Jensen e Middlebrook- demora bastante tempo