Aula 7 - Século Do Ouro Flashcards
Século do Ouro:
Data da descoberta do ouro e diamantes, quem e onde:
Ouro foi encontrado pelos paulistas na região do Rio das Velhas, próximo a Sabará e Caeté, em 1695. Atribuída a Borba Gato. Nos quarenta anos que se seguiram, encontraram ouro também na Bahia, Goiás e Mato Grosso. Em 1730, encontram diamantes na região do Serro Frio, de menor importância econômica. Paulistas tiveram monopólio da exploração do ouro por uma década e os conflitos se iniciaram quando passaram a ter concorrência dos “Emboabas”.
Século do Ouro:
Fluxo imigratório e receita:
A exploração gerou uma corrente imigratória para o Brasil, com cerca de 600 mil pessoas vindas de Portugal e das ilhas do Atlântico entre 1700 e 1760. Comerciantes, padres, prostitutas, pequenos proprietários e aventureiros.
A receita originada pela exploração de metais preciosos compensou, em certa medida, o desequilíbrio da balança comercial entre Portugal e Inglaterra. Para Boris Fausto, uma parte dos metais ficou no Brasil e deu origem à riqueza relativa das regiões mineradoras, outra foi para Portugal e bancou os gastos da Corte e obras e uma terceira parte foi enviada indiretamente ou via contrabando para a Inglaterra, acelerando, lá, a acumulação de capitais.
Século do Ouro:
Esvaziamento do Nordeste?
Não é certo falar em um esvaziamento do Nordeste. Houve, sim, dificuldade relativa para comprar mão-de-obra escrava para a economia açucareira durante o auge do ouro, já que era escassa e ficou mais cara. Também sofreu, de forma geral, com o deslocamento da população, mas a economia já se encontrava em declínio 20 anos antes da descoberta do ouro e, de qualquer forma, não morreu. Continuou dando mais receita do que o ouro, porém o eixo da economia foi alterado para o Centro-Sul, inclusive com a mudança de capital do vice-reino para o Rio em 1763, que era por onde entravam os escravos e saiam os navios de ouro das minas.
Século do Ouro:
Pecuária
Houve articulação entre áreas distantes da Colônia. Gado e alimentos passaram a ser levados da Bahia para Minas. Gado do Sul também foi trazido, junto de mulas para carregamento de mercadorias. Sorocaba se estabelece como feira, na passagem entre SP e MG.
Século do Ouro:
Caminho velho e Caminho Novo
O primeiro caminho para a região das Minas Gerais, depois chamado de Caminho Velho, foi uma rota precária e insegura, principalmente devido ao trecho marítimo sujeito ao ataque de piratas entre Paraty e o Rio de Janeiro. Havia, portanto, a necessidade de uma nova rota, mais curta e segura, entre o porto do Rio de Janeiro e o sertão das Minas.
Em 1698, o governador da Capitania do Rio de Janeiro, Artur de Sá Menezes (1697-1702), informou à Coroa Portuguesa a necessidade de se abrir um novo caminho para aquele sertão.
Século do Ouro:
Papel da Coroa no fluxo migratório
A coroa se preocupou em manter o fluxo migratório sob controle e organizar a vida social da região das minas e ao longo da colônia, além de estabelecer normas para a emigração em Portugal. Proibiram a exportação interna, da Bahia para as Minas, de mercadorias importadas de Portugal e mantiveram uma cota de escravos para suprir a economia açucareira.
Século do Ouro:
Quem manda nas minas?
A Coroa criou as juntas de julgamento, formadas por ouvidores, incumbidos de julgar e supervisionar a arrecadação do quinto.
Século do Ouro:
Aparelho repressivo
O controle de escravos, escolte e transporte do ouro e repressão de distúrbios era feito pelas companhias de Dragões, forças militares portuguesas que chegaram em 1719. Foram criadas também milícias para enfrentar emergências, formadas por negros e mulatos livres, bem como brancos que as lideravam.
Século do Ouro:
Organização social na região
Uma sociedade diferenciada, constituída por mineradores, negociantes, fazendeiros, padres, artesãos, advogados etc. Vida social urbana com uma maior circulação de ideias.
Século do Ouro:
Organização da igreja
As ordens religiosas eram proibidas de ingressar na região das Minas, em razão da preocupação com o contrabando. Essa situação incentivou a criação de associações religiosas leigas (irmandades e ordens terceiras), que patrocinam a construção de igrejas barrocas onde se destacou Aleijadinho.
Século do Ouro:
Expectativa de vida
A vida útil de um escravo mineradores era de 7 a 12 anos.
Século do Ouro:
Mestiçagem
Em 1776, a população de 320 mil habitantes de Minas era formada por 52,2% de negros e 25,7% de mulatos. Houve um alto número de alforrias em torno de 1786, o que não deve ser confundido com uma prosperidade ou mobilidade social da economia na região, já que eram alforrias gratuitas. Representavam, assim, a incapacidade do senhor de escravos de mantê-los, por falta de recursos.
Século do Ouro:
Riqueza, concentração de renda
Embora mais complexa e aberta que a sociedade do açúcar, a sociedade mineira era, em seu conjunto, miserável. A riqueza ficava na mãos de poucos. A fome atingiu a região a ponto de esvaziar muitos acampamentos. Soma-se a isso a inflação gerada nos primeiros anos da exploração de metais.
Século do Ouro:
Escravidão e capitalismo são incompatíveis?
Não. A independência dos Estados Unidos, no contexto de formação do capitalismo industrial e relacionado com a ascensão da burguesia ao poder, não extinguiu a escravidão, com exceção de alguns estados do norte onde os cativos não tinham grande significância econômica. No caso francês, Napoleão reverte em 1802 o fim da escravidão nas colônias, ordenado em 1794.
Século do Ouro:
Qual o papel de Pombal, de onde veio sua projeção?
Ministro de d. José I desde 1750. Alcançou destaque no período de emergência provocado pelo terremoto em Lisboa de 1755. Figura do despotismo esclarecido, combinando ideias mercantilistas e o absolutismo ilustrado. Resultado das ideias mercantilistas são as Cias de Comércio.