Aula 6 - Robótica Médica e Cirurgia Minimamente Invasiva Flashcards

1
Q

Robótica médica

(Definição)

A

Ramo da engenharia e ciências da computação que envolve a conceção, design, fabrico e funcionamento de robôs para aplicação em saúde.

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2
Q

Robô

(Definição)

A

Máquina inteligente e programável que auxilia os humanos, realizando tarefas controladas por eles ou de forma totalmente autónoma.

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3
Q

Robótica médica vs. robótica cirúrgica

A

A robótica cirúrgica é o ramo mais desenvolvido e conhecido da robótica médica, mas não é a sua única aplicação.

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4
Q

Tipos de robótica médica

A

Robótica médica para imagiologia, robótica médica para reabilitação e próteses, e robótica cirúrgica

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5
Q

Robótica médica para imagiologia (+ exemplos)

(Definição)

A

Dispositivos médicos de imagiologia integrados em sistemas robóticos para aquisição de imagem. São utilizados para cirurgias e biópsias guiadas por imagem (fluoroscopia, MRI, CT, ou câmaras óticas 3D) e para realização de aquisição de imagem teleoperada (devido à falta de especialistas em determinadas zonas rurais).

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6
Q

Sistema robótico para Imagiologia

MGIUS-R3 (MGI)

A

Sistema robótico de ultrassons

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7
Q

Exemplo de sistema robótico

ARTIS pheno (Siemens Healthineers)

A

Sistema robótico de imagem intraoperatória de fluoroscopia 3D

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8
Q

Robótica médica para reabilitação e próteses

(Definição + exemplos)

A

Dispositivos para substituir, treinar ou prestar assistência de modo a melhorar a qualidade de vida. Focam-se essencialmente na terapia e assistência do movimento (sistemas robóticos para fisioterapia e reabilitação ou cadeiras de rodas robóticas), na assistência a idosos e doentes (robôs-enfermeiros e de companhia) e substituição de membros perdidos (próteses).

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9
Q

Sistema robótico de reabilitação

Cody

A

Robô-enfermeiro que auxilia a realizar tarefas diárias como tomar banho ou vestir.

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10
Q

Sistema robótico de assistência

Robear

A

Robô capaz de levantar e transportar um doente, bem como de auxiliá-lo a realizar essas tarefas.

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11
Q

Sistema robótico de assistência

Paro

A

Robô em forma de foca bebé que responde a comandos, fazendo companhia a doentes e idosos e ajudando-os a gerir as suas emoções e socialização.

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12
Q

Prótese vs. prostética

A

A prostética é a área de investigação e desenvolvimento de dispositivos artificiais para substituir partes do corpo em falta e restaurar o máximo de funções possível. Estes dispositivos chamam-se próteses.

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13
Q

Robótica de reabilitação e próteses

Tipos de próteses

A
  • Mecânicas (ou body-powered)
  • Mioelétricas
  • Biónicas
  • Controladas pelo cérebro ou Brain-Computer Interface (BCI)
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14
Q

Robótica de reabilitação e próteses

Próteses mecânicas

(Definição)

A

Sistema de cabos e arnês, de controlo manual.

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15
Q

Próteses mioelétricas

(Definição)

A

Alimentadas por sinais eletromiográficos (EMG), adquiridos através de sensores superficiais colocados na pele do membro residual.

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16
Q

Próteses biónicas

(Definição)

A

Conectam-se diretamente aos nervos do membro residual através de sensores que registam os sinais elétricos e os convertem em movimento.

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17
Q

Próteses BCI

(Definição)

A

Recorrem a sensores superficiais (couro cabeludo) ou implantados (cortex cerebral) para captar os sinais elétricos cerebrais, processando-os e convertendo-os em comandos para controlar a prótese.

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18
Q

Funcionamento das próteses BCI

(4 etapas)

A

1) Captura de sinais elétricos cerebrais - pode ser feita através de elétrodos superficiais no couro cabeludo, nomeadamente eletroencefalografia (EEG), ou através de elétrodos implantados no cortex cerebral motor por eletrocorticografia (ECoG) ou microelétrodos.
2) Processamento dos sinais - os sinais elétricos captados são complexos, necessitando de ser sujeitos a uma filtragem e à extração das componentes (i.e., frequências) associadas à intenção de movimento.
3) Transmissão dos comandos à prótese - a intenção de movimento (i.e., os comandos e instruções de movimento) são enviados para a prótese através de cabos ou conexões sem fios.
4) Feedback sensorial - a prótese pode transmitir sensações (toque, pressão, temperatura, etc.) ao cérebro através de sensores integrados para medir informações sensoriais; simulando sensações com estimulação elétrica dos nervos periféricos ou do cérebro; ou recorrendo a dispositivos vibratórios aplicados no membro residual.

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19
Q

Robótica cirúrgica

(Definição)

A

Sistemas robóticos que realizam procedimentos cirúrgicos com grande precisão, segurança e eficácia, permitindo ampliar as capacidades humanas do cirurgião.

20
Q

Sistema robótico

Da Vinci

(Definição e área de aplicação)

A

Sistema mais utilizado no mundo para cirurgias roboticamente assistidas. O cirurgião utiliza a consola para controlar as câmaras e os instrumentos do robô, localizado junto ao paciente, de modo a realizar a cirurgia.
Aplicação: laparoscopia (em diversas regiões do corpo).

21
Q

Vantagens do sistema robótico Da Vinci

A
  • Flexibilidade e acesso ao corpo do paciente
  • Sistema de visualização e imagem
  • Instrumentação
  • Facilidade de configuração e uso
  • Custo e acessibilidade
22
Q

Sistema robótico

Mazor (Medtronic)

(Definição e área de aplicação)

A

Sistema robótico para orientar cirurgias na coluna vertebral, proporcionando precisão na colocação de parafusos e outros dispositivos.
Aplicação: neurocirurgia

23
Q

Sistema robótico

CyberKnife

(Definição e área de aplicação)

A

Sistema avançado de radiocirurgia robótica, que utiliza um braço robótico para atingir células tumorais com radiação, de forma muito localizada e precisa.
Aplicação: Neurocirurgia e Cancro da próstata, pâncreas, fígado e pulmão

24
Q

Sistema robótico

Mako

(Definição e área de aplicação)

A

Sistema robótico que inclui planeamento cirúrgico e um braço robótico para auxiliar os cirurgiões em procedimentos de substituição articular.
Aplicação: Ortopedia

25
Autonomia robótica | (Definição)
Capacidade de um robô executar tarefas específicas sem intervenção humana.
26
Nível 0 de autonomia robótica | (Definição)
Sistema sem autonomia robótica, pelo que a cirurgia é idêntica a uma cirurgia não-robótica.
27
Nível 1 de autonomia robótica | (Definição)
Assistência robótica de suporte passivo e/ou de orientação ativa.
28
Nível 2 de autonomia robótica | (Definição)
Autonomia de tarefa, na qual o sistema executa uma determinada tarefa de acordo com os parâmetros introduzidos pelo cirurgião.
29
Nível 3 de autonomia robótica | (Definição)
Autonomia condicional, em que o sistema gera sozinho várias estratégias de cirurgia e executa sozinho a que é selecionada pelo cirurgião.
30
Nível 4 de autonomia robótica | (Definição)
Autonomia de alto nível, em que o sistema seleciona de forma independente o plano cirúrgico ideal específico para o paciente e executa-o autonomamente, após aprovação do cirurgião.
31
Nível 5 de autonomia robótica | (Definição)
Autonomia total, em que o sistema toma todas as decisões sozinho (i.e., sem aprovação do cirurgião) quanto à seleção e execução do plano cirúrgico.
32
Qual o nível máximo de autonomia robótica presente na prática clínica? | (Resposta + justificação)
**Nível 3.** Níveis superiores, como os níveis 4 e 5 estão mais distantes da prática clínica atual e apresentam desafios éticos, regulamentares e tecnológicos significativos.
33
Das cirurgias realizadas com assistência robótica, 86% são de Nível ____, 8% de Nível ____ e 6% de Nível ____. | (Completar espaços)
1, 2, 3
34
Se o cirurgião controla continuamente todos os movimentos do sistema e o sistema auxilia na execução e monitorização de ações cirúrgicas, estamos perante o Nível ____. Se o sistema não auxiliar, estamos no Nível ____. | (Completar espaços)
1 (Assistência robótica), 0 (Sem autonomia)
35
Se o cirurgião não controla continuamente todos os movimentos do sistema e este não gera e atualiza de forma independente estratégias específicas para cada paciente para uma tarefa, então estamos perante o Nível ____. | (Completar espaços)
2 (Autonomia de tarefa)
36
Se o cirurgião não controla continuamente todos os movimentos do sistema, que gera e atualiza de forma independente estratégias específicas para cada paciente para uma tarefa, mas não seleciona de forma independente a estratégia ideal a ser implementada, então estamos perante o Nível ____.
3 (Autonomia condicional)
37
Se o cirurgião não controla continuamente todos os movimentos do sistema, que gera e atualiza de forma independente estratégias específicas para cada paciente para uma tarefa e que seleciona de forma independente a estratégia ideal a ser implementada (tendo em conta que o cirurgião não precisa de aprovar o plano do sistema) então estamos perante o Nível ____.
5 (Autonomia total)
38
Se o cirurgião não controla continuamente todos os movimentos do sistema, que gera e atualiza de forma independente estratégias específicas para cada paciente para uma tarefa e que seleciona de forma independente a estratégia ideal a ser implementada (tendo em conta que o cirurgião precisa de aprovar o plano do sistema) então estamos perante o Nível ____.
4 (Autonomia de alto nível)
39
CIRURGIÃO → CONSOLA PRINCIPAL → PATIENT-SIDE ROBOT → INSTRUMENTO/CÂMARA → PACIENTE | (Tipo de cirurgia)
Cirurgia minimamente invasiva roboticamente assistida ou teleoperada
40
CIRURGIÃO → INSTRUMENTO/CÂMARA → PACIENTE | (Tipo de cirurgia)
Cirurgia minimamente invasiva
41
CIRURGIÃO → PACIENTE | (Tipo de cirurgia)
Cirurgia aberta ou convencional
42
Cirurgia aberta ou convencional | (Definição)
Implica abrir o paciente através de incisões que permitam que o cirurgião tenha uma visão completa das estruturas e órgãos envolvidos no procedimento.
43
Cirurgia minimamente invasiva | (Definição)
Procedimentos cirúrgicos com incisões pequenas (cerca de 1 cm), através das quais se inserem (pelo mrenos) dois manipuladores longos de tecidos e um vídeo-endoscópio para visualizar o local da operação.
44
Cirurgia minimamente invasiva roboticamente assistida ou teleoperada | (Definição)
Cirurgia minimamente invasiva realizada com recurso a um sistema robótico, geralmente composto pela consola controlada pelo cirurgião e o robô localizado junto ao paciente, que contém todos os instrumentos e câmaras necessários ao procedimento.
45
Benefícios socioeconómicos da cirurgia minimamente invasiva roboticamente assistida
Maior controlo e precisão do movimento → Menos danos para os tecidos circundantes → Cicatrização mais rápida e menos dolorosa → Menor risco de infeções → Menos complicações pós-operatórias → Recuperação mais rápida e menor tempo de internamento ↓ - Regresso mais rápido ao trabalho (maior produtividade dos trabalhadores) - Maior custo-benefício e risco-benefício - Redução de custos para a sociedade
46
Limitações e desafios da cirurgia minimamente invasiva roboticamente assistida
- Custo muito elevado e baixa acessibilidade - Dependência de cirurgiões qualificados devido à autonomia limitada dos sistemas robóticos (máximo nível 3) - Considerações éticas e legais, nomeadamente a responsabilização em caso de falha