aula 4 e 5- Motivação como cognição (TEORIAS DA AVALIAÇÃO COGNITIVA- Deci & Ryan) Flashcards

1
Q

Teoria da auto-determinação

A
meta teoria
visão organísmica
(- Indivíduos são ativos
com tendência para o
crescimento e mestria 
- Operam em articulação
com o ambiente
(nutrientes)
- Necessidade de
autonomia; competência
e relacionamento)
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2
Q

onde se inscreve a Teoria da avaliação cognitiva (MOTIVAÇÃO INTRÍNSECA)

A

teoria da auto-determinação

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3
Q

outras teorias que se inscrevem na teoria da auto-determinação

A
  • teoria da integração organismica (motivação extrínseca)
  • teoria de orientação causal (diferenças individuais na interação com o ambiente)
  • teorias das necessidades psicológicas básicas (relação entre a motivação e o bem-estar dos indivíduos)
  • teoria dos conteúdos dos objetivos (relação entre objetivos e satisfação de necessidades)
  • teoria das motivações relacionais (relações interpessoais)
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4
Q

Teoria da auto-determinação
enquanto teoria organísmica
(oposto de mecanicista)

Indivíduos…

A

… são ativos (não passivos) curiosos, e seres sociais (organismos vivos)
com Tendência natural (intrínseca) para ter interesse, aprender e
ganhar mestria
e Propensão para assimilar normas e regras sociais – internalização e
integração

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5
Q

Auto-regulação, coerência e funcionamento saudável

A

Maior competência
Maior autonomia
Maior ligação social

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6
Q

Desenvolvimento humano implica

A

envolvimento ativo
assimilar de informações
regular e integrar grupos sociais

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7
Q

O que é necessário para as pessoas “florescerem”?

A

Necessidades psicológicas como naturais/inatas (não adquiridas), universais (não culturalmente especificas) e essenciais ao funcionamento do indivíduo

Competência
Autonomia
Relacionamento

nota: esta teoria foca-se mais nos 2 primeiros

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8
Q

Competência

A

• Perceção que o indivíduo tem acerca das suas
capacidades
• Sentir-se efetivo e com mestria
(procurar estimulação a um nível ótimo)

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9
Q

Autonomia (auto-determinação)

A

• Auto-regulação
• Perceção controlo sobre o comportamento
• Integração e liberdade
(ações só têm valor se a decisão for livre)

nota: congruência entre razão e emoção (autonomamente dependente)- diferente de independência, liberdade

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10
Q

Relacionamento

A

• Vontade de estabelecer relações
• Sentido de pertença
(ligação com os outros)

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11
Q

função do ambiente

A

apoiar/frustrar estas necessidades psicológicas
inatas (nutrir)
nutrir o indivíduo (como uma planta), mesmo sem a sua consciência ou valor (não subjetivas)

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12
Q

necessidades de déficit vs necessidades de crescimento

A

necessidade psicológica pode levar a falta atividade ou diminuição da motivação - risco

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13
Q

perspetiva otimista

satisfação das necessidades psicológicas leva a…

A
Experiências de…
• Motivação
• Envolvimento
• Vontade
Que promovem
• Desempenho
• Persistência
• Criatividade
• Vitalidade/Felicidade
• Saúde Mental
Como resultado
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14
Q

Lado negro da natureza humana

Não satisfação das necessidades

A
Ausência de experiências
• Compensar o que
falta – ganância,
poder, agressão
• …
Leva a 
• Psicopatologia
• Comportamento antissocial
• Insatisfação/infelicidade
Como resultado
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15
Q

enquadramento da Teoria da Avaliação Cognitiva (TAC)

A

paradigma do C.O: autores criticam ao dizer que as recompensas para um K. nem sempre têm um efeito que se previa
Procuram compreender a base de um K. volitivo

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16
Q
  1. Motivação intrínseca vs 2. Motivação extrínseca
A
  1. Motivação é algo natural – mestria como necessidade fundamental
    Desejo genuíno de aprender
    Atividade tem valor por si próprio -» K. autónomo
  2. Atividade é útil para determinado objetivo
    Pressões externas diretas ou indiretas -» Comportamentos autónomos ou controlados – grau de internalização (fazer as coisas pelo seu valor: quanto maior o grau, maior a motivação)
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17
Q

Teoria cognitiva da motivação

A
  • Depende da avaliação cognitiva dos aspetos da tarefa

* Investir ou não numa atividade depende do valor dessa atividade para o exercício da competência e autodeterminação

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18
Q

O que é Motivação Intrínseca?

A
avaliação cognitiva
da situação em termos de possibilidades
de autodeterminação que esta oferece e
em termos de exercício de competência
própria

Fazer algo pelo prazer de fazer (Crucial para o
nosso bem-estar)

exp: jogo das crianças- exploram um novo ambiente e aprendem- este prazer genuíno de aprender tendo a diminuir ao longo do tempo)

não é único dos humanos

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19
Q

Como promover a Motivação Intrínseca?

A
nutrindo as necessidades psicológicas: 
Relacionamento
(inclusão, empatia, cuidado)
Competência
(estrutura, feedback)
Autonomia
(apoiar volição)
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20
Q

Método

A

Paradigma de escolha livre:
MI – observa-se pelo tempo que os participantes passam a desenvolver uma atividade que gostam quando deixados sozinhos (livres de escolher sem incentivos)

21
Q

No Paradigma de escolha livre: o que Limita a Mi (1) e a Promove (2) ao nível da AUTONOMIA?

A

(1) Pressão/avaliação vs (2)Ausência pressão

1) Controlo/micro-gestão (dizer qual a estratégia a usar, supervisionar
vs (2) Escolha

22
Q

No Paradigma de escolha livre: o que Limita a Mi (1) e a Promove (2) ao nível da COMPETÊNCIA?

A

(1) Tarefas demasiado fáceis ou difíceis vs (2) Desafios ótimos

23
Q

No Paradigma de escolha livre: o que Limita a Mi (1) e a Promove (2) ao nível do RELACIONAMENTO?

A

(1) Distância Proximidade vs (2) Distância Proximidade

24
Q
" o que motiva as crianças a comerem vegetais? "
( 2 vegetais que gosta)
1. 2 vegetais + come o que quiseres
2. 2 vegetais + qual queres?
3. dar só 1 vegetal
A

menos pressão -» mais Mi
ter escolha parece ser algo determinante

resultados: comem mais no 2>1>3

25
Q

como se alcança a mestria?

A

pelo exercício das competências e

liberdade de escolha do próprio

26
Q

• Potencial de exp. de mestria – desafio ótimo da tarefa

A
  • Sucessos anteriores reforçam sentido de competência e controlo da situação – aumentam motivação intrínseca
  • Feedback positivo (!) - não é assim tão linear
27
Q

• Potencial de exp. autonomia/autodeterminação

A
  • ≈ locus causalidade – controlo voluntário causas internas e controláveis)
  • Exp. anteriores de sucesso aumentam perceção controlo sobre o meio e o prazer em se sentir responsável pelos sucessos
  • Perceber na atividade a escolha e autodeterminação (diferente da teoria atribucional- locus de causalidade interno diferente de controlabilidade)
28
Q

Motivação intrínseca e
recompensas
Estudo de Deci, E. (1971). “Effects of internally
mediated rewards on intrinsic motivation.”

A

Paradigma da escolha livre
Grupo 1: sem recompensa
Grupo 2: com recompensa

Grupo 2 com menos persistência “undermining effect” - efeito negativo da recompensa

29
Q

Motivação intrínseca e
recompensas
Estudo de Warneken & Tomasello (2008). “Extrinsic
rewards undermine altruistic tendencies in 20-month-olds”

A

Indivíduos são motivados intrinsecamente para
se ajudarem uns aos outros. Crianças de 16 – 20 meses mostravam tendência espontânea para ajudar

  1. Condição neutra
  2. Condição elogio (não controlador)- “obrigado”
  3. Condição recompensa- dar um brinquedo

num segundo momento: quem ajudava mais? 1>2>3

30
Q

Porque ocorre o efeito negativo da recompensa?

A

porque as recompensas
alteraram o locus de causalidade de Interno para Externo
(antes fazia algo porque queria mas agora é porque vai ser recompensado- perde-se a Mi)

31
Q

Que tipo de recompensas diminuem a Mi?

A

as entendidas como controladoras - apesar das tangíveis darem competências mas não autonomia
(ao contrário das inesperadas)

32
Q

Evidência empírica do impacto negativo das

recompensas tangíveis (monetárias) na MI

A

Ao atribuir recompensas -> pessoa sente-se
“controlada” pelas recompensas -> causalidade do
comportamento passa de Int para Ext

33
Q

tipos de recompensas

A
  • Recompensa inesperada não limita a MI (experiência de Lepper, Greene & Nisbett, 1973)
  • • Recompensa saliente limita a MI (experiência de Ross, 1975)
    • Recompensa pode ser útil quando os sujeitos não
    estão à partida motivados intrinsecamente

Apesar da recompensa
tangível poder nutrir o sentido de competência
Para a MI é importante manter sentido de autonomia.

34
Q

recompensas não tangíveis

A

Ajudas à realização:
• Melhor se solicitada (!) inferências quanto à capacidade de quem é ajudado

Elogio verbal:
Feedback positivo e elogio (recompensas verbais) aumenta a MI, especialmente se
• Inesperado -> não afeta o sentido de controlo -> Satisfaz necessidade
competência sem limitar necessidade de autonomia. Deve ser informativo -» focado no desempenho
Em contexto avaliação/controlo ou se saliente –> afeta sentido de
autonomia
• Informativo vs controlador (afeta sentido de mestria)
• “Lês muito bem” vs “lês muito bem, tal como nós gostamos.”

35
Q

recompensas não tangíveis (elogio)

O feedback deve ser:

A

• considerado informativo e contingente (a uma
determinada situação) e não incondicional ou
saliente.
• Ser genuíno e em contexto não avaliativo
• Deve ser imprevisível e não previsível

36
Q

implicações

A

Proteger a motivação intrínseca

Internalização motivação extrínseca

37
Q

Transformar a motivação

extrínseca em intrínseca

A

• Principio da suficiência mínima: Pressão forte para orientar o comportamento no sentido esperado mas fraca para o sujeito não estar consciente desta
pressão (não encontra uma causa externa- autodeterminação)

  • Escolha das tarefas a realizar, das estratégias ou timing: Grupos colaborativos (reduz a perceção da pressão externa-» Mi)
  • Internalizar a motivação extrínseca: Transformar os objetivos ou valores externos em algo interno e pessoal
38
Q

TAC e locus de causalidade

A

Motivação Extrínseca:

  1. Regulação externa: EXTERNO- Recompensas /punições externas (exp: notas)
  2. Introjeção: EXTERNO- Internalizou exigências dos
    adultos; normas interiorizadas que constrangem (faço algo porque querem que eu faça e sinto-ME culpada se não o fizer)
  3. Identificação: INTERNO- Importância pessoal dos objetivos (mestria é importante) (valoriza mais a atividade de forma consciente mas a tarefa ainda é instrumental; exp: fazer dieta para ficar magra para a sociedade)
  4. Integração: INTERNO- Integre a atividade nos
    objetivos pessoais- Congruência, com self (perceber os objetivos pelo seu próprio valor mas não há uma realização pelo simples prazer)

Motivação Intrínseca:
INTERNO- Interesse, satisfação (Mi)

39
Q

O teste de matemática é desafiante. O estudante considera a sua resolução
interessante e prazerosa

A

Motivação intrínseca

40
Q

Estudante quer desenvolver as suas competências de matemática para seguir engenharia.

A

Regulação por identificação

locus interno + tarefa instrumental

41
Q

Estudante quer desenvolver as suas competências de matemática para
seguir engenharia ambiental. O estudante é ativista ambiental.

A

Regulação por integração

instrumental + características do self

42
Q

Pais pagam 50€ se estudante tiver um excelente no teste

A

Regulação externa

43
Q

Estudante sentirá vergonha se não conseguir um excelente no teste.

A

Regulação por introjeção (conflito interno)

44
Q

Estudante está desmotivado para resolver o problema de matemática

A

Desmotivação

45
Q

Processo de internalização da motivação extrínseca
1- maior perceção de autonomia
5- menor perceção de autonomia

A
  1. MI- Tarefas nível ótimo e
    interessante
  2. Integração- Combinar sentimentos de reconhecimento, dar racional e valorizar escolha em vez de controlo
  3. Identificação- Dar racionais convincentes para a ação
  4. Introjeção- Promover envolvimento do ego e
    autoestima
  5. Regulação Externa- Uso de recompensas contingentes controladoras
46
Q

Implicações

A
Apoiar autonomia:
- Escolhas que promovam
o autocontrolo
- Diminuir supervisão
- Minimizar recompensas
externas
- Minimizar comparações
de desempenho
- Orientar conteúdos para os interesses
Apoiar competência:
- Atividades com desafio certo
- Fornecer racional com
significado
- Dar feedback imediato e informativo
Apoiar relação com outros:
- Estabelecer sentido de
pertença e ligação
- Trabalho em conjunto;
minimizar competição
- Nós vs vós
47
Q

Aplicações a diferentes contextos

A

Escolar
• Clima controlador vs apoiante autonomia
• Estrutura – orientação - guia
• Promoção relações positivas

Local de trabalho
• Estilos de gestão
• Esquema de recompensas e de avaliação

Desporto
• Clima de treino
• Motivações para o treino

Saúde e Psicoterapia
• Promover mudança e
adesão a terapias

Mundo virtual
• Fatores que promovem/limitam a MI para ver e jogar

48
Q

Avaliações da teoria

A

Prós:

  • Corte” com versão mecanicista
  • Valoriza a perspetiva do indivíduo e a sua avaliação
  • Motivação extrínseca permite perceber investimento em atividades pouco interessantes
  • Centrada no presente e futuro e no interesse para a pessoa

Contras:
- Dar escolhas aumenta a
aprendizagem ou só a satisfação?
- MI – estática (não é passível de se desenvolver)
- MI e ME como polos mas podem ser ativadas simultaneamente
- ME deve ser integrada numa perspetiva temporal mais lata
- Não integra aspetos de
socialização na variação da MI em diferentes domínios