AULA 2 - TRANSTORNOS ANSIOSOS I Flashcards

1
Q

Diferenciar ansiedade de medo: EXPLIQUE ANSIEDADE

A
  • Ansiedade: Sensação de desconforto mental, de inquietação interna, de temor ou preocupação quanto ao futuro, ACOMPANHADA de sensações corporais (tontura, boca seca, sensação de aperto no peito/ vazio no estômago, taquicardia, sudorese, calafrios, tremores, formigamentos, urgência para urinar, cólica abdominal)
    -> na AUSÊNCIA de outras doenças ou condições médicas que o justifiquem.
    o Algo mais difuso, sem causa muito clara. Tem associação de sentimentos junto.
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2
Q

Diferenciar ansiedade de medo: EXPLIQUE MEDO

A
  • Medo: Reação a um perigo ESPECÍFICO, enquanto a ansiedade seria uma apreensão difusa (sem objeto claramente definido).
    o Há presença de objeto desencadeante! (não é difuso).
    o Medo é relacionado a algo que o provocou, uma sensação de espanto ou terror.
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3
Q

QUANDO A ANSIEDADE E O MEDO TORNAM-SE PATOLÓGICOS?

A

Ansiedade x Medo: Tornam-se PATOLÓGICOS quando estas emoções passam a ser disfuncionais (trazem prejuízos sócio-funcionais e/ou sofrimento importante para o indivíduo).

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4
Q

DEFINIÇÃO DE TRANSTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL (Fobia Social)

A

o “Medo de uma ou mais situações sociais em que o indivíduo fica exposto a pessoas não familiares ou a uma possível avaliação pelos outros.”
o “Medo de se comportar de maneira embaraçosa/ humilhante ou de demonstrar sintomas de ansiedade.”
o “Medo persistente de embaraço ou de avaliação negativa durante interação social ou desempenho em público e atividades como encontros ou interações com estranhos, apresentações formais e aquelas que requerem um comportamento assertivo são frequentemente temidas e evitadas pelos indivíduos que apresentam esse transtorno”.

Em ambientes comuns, por exemplo em casa ou com parentes, não apresenta sintomas.

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5
Q

QUANDO INICIA, ORIGEM (IDADE), DIFICULDADES NO TTO:

A
  • Origem Multifatorial (genética, fatores estressores, fatores ambientais…);
  • Infância/Adolescência: 10 anos (KAPLAN) - 13 anos (CARVALHO);
  • Apenas metade dos pacientes buscam tratamento: 15 a 20 anos após os sintomas;
  • Dificuldade de tratamento devido ao atraso de procura médica.
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6
Q

QUANTOS % DOS PACIENTES COM ANSIEDADE POSSUEM TRANSTORNOS MENTAIS ASSOCIADOS E FAZEM USO DE QUE SUBSTÂNCIAS?

A
  • 50 a 80 % possuem um transtorno menta adicional: depressão (19%), uso de substâncias licitas ou ilícitas (17% - comum o uso de maconha e cocaína por provocarem a sensação de tranquilidade), TAG (15%), transtorno do pânico (6%) TEPT (3%)
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7
Q

SUBTIPOS DE TAS:

A
  1. SUBTIPO CIRCUNSTRITO: medo RESTRITO a uma situação específica – Ex.: indivíduo que consegue falar em público, se relaciona bem, mas não consegue comer em publico
  2. SUBTIPO GENERALIZADO: situações DIVERSAS são temidas.
    - Início precoce (infância ou adolescência), mais comum.
    - Comorbidades: abuso de álcool/drogas ilícitas, depressão, tentativa de suicídio, etc.
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8
Q

PREJUÍZOS E CONSEQUÊNCIAS da TAS:

A

 Pior desempenho escolar;
 Abandono do estudo;
 Maior taxa de desemprego (não consegue cumprir as tarefas, por exemplo apresentar uma reunião);
 Nível de renda mais baixo;
 Maioria solteiros ou separados (não consegue ter uma vida social com seu parceiro);

COMPROMETE o desempenho do indivíduo (promove a evitação ou até mesmo a fuga das situações sociais).

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9
Q

DIFERENCIAÇÃO DE TAS E TIMIDEZ: O QUE É TIMIDEZ

A

o NÃO É DIAGNÓSTICO PSIQUIÁTRICO!!! É uma característica pessoal.
o Não compromete desempenho do indivíduo, há apenas uma dificuldade que geralmente é superada pelo enfrentamento.
o É transitória e tem impacto menor sobre a qualidade de vida.

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10
Q

DIRETRIZES DIAGNÓSTICAS - CID10: F40.1

A

(FOBIA SOCIAL): Todos os critérios devem ser preenchidos para um diagnóstico definitivo.

  1. Os sintomas psicológicos, comportamentais ou autonômicos devem ser primariamente manifestações de ansiedade e não secundários a outros sintomas tais como delírios ou pensamentos obsessivos;
  2. A ansiedade deve ser restrita ou predominar em situações sociais;
  3. A evitação das situações fóbicas deve ser um aspecto proeminente.
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11
Q

2 DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DE TAS:

A

1) AGORAFOBIA

2) TRANSTORNO DEPRESSIVO - PESSOA SE ISOLA SOCIALMENTE

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12
Q

EXPLIQUE AGORAFOBIA

A

Atualmente o termo é usado com sentido mais amplo. Inclui medo não apenas de espaços abertos mas também de aspectos relacionados tais como a presença de MULTIDÕES e a dificuldade de um escape fácil e imediato para um local seguro – medo de estar em um local público, PASSAR MAL e morrer

FALTA DE UMA SAÍDA IMEDIATAMENTE DISPONÍVEL É UM DOS ASPECTOS CHAVE DE MUITAS DESSAS SITUAÇÕES AGORAFÓBICAS.

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13
Q

TRATAMENTO DA TAS:

A

Uso de psicofármacos (ISRS, IRSN, BZD) associados à psicoterapia (terapia cognitivo-comportamental mais indicada para ansiedade).

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14
Q

QUAL O ANTIDEPRESSIVO PRIMEIRA ESCOLHA NA TAS?

A

Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina(ISRS)

Boa tolerabilidade.
Ex: Fluoxetina (tem no SUS)

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15
Q

QUAIS EFEITOS COLATERAIS MAIS COMUNS DOS ISRS?

A

Efeitos colaterais comuns: náuseas, Diarréia, insônia, agitação, tremor, cefaleia e disfunção sexual.

Recomenda-se começar com metade da dose e ir aumentando pra evitar os efeitos colaterais. Ou quando começa-se com a dose completa os efeitos colaterais - somem poucos dias.

  • Melhora rápida, dentro de 3 a 4 semanas.
  • Paciente muito sintomático ou que foi difícil aderir ao tratamento é bom iniciar com metade da dose mínima para que ele se acostuma com os efeitos colaterais
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16
Q

QUAL O ISRS QUE TEM MENOS EFEITOS COLATERAIS?

A

 Escitalopram: é o melhor por que tem menos efeito colateral, mas não tem no SUS

17
Q

RECOMENDAÇÕES no Tratamento Medicamentoso com Antidepressivo

A

 Comece com dose mínima para evitar piora inicial/ ansiedade e efeitos colaterais.
 Resposta inicial: 6 a 8 semanas de tratamento (pode levar até 12 semanas ou mais).
 Caso sem resposta após 10 a 12 semanas > TROCAR.
 Dosagem deve ser otimizada visando alcançar o máximo de benefício.
 Farmacoterapia deve ser continuada por 12 a 24 meses nos pacientes que responderam após 12 semanas. É muito mais fácil de retirar a medicação se o paciente está em psicoterapia.
E nem sempre é possível retirar

18
Q

USO DE BENZODIAZEPÍNICOS NA TAS:

A

 Podem ser utilizados junto com um ISRS/IRSN: resposta parcial (como estratégia de potencialização nas primeiras semanas ou para casos refratários).
o Geralmente usa em pacientes mais resistentes

 Pode ser utilizado para melhorar a aderência aos outros medicamentos que causam efeitos colaterais. Mas deve ser por um período CURTO! CUIDAR POIS CAUSA DEPENDÊNCIA.

19
Q

Tratamento de primeira linha da ansiedade social

A

inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS), benzodiazepínicos e inibidores da recaptação de serotonina e de noradrenalina (IRSN).

20
Q

OPÇÕES de segunda linha PARA TAS:

A

Inibidores da monoamina oxidase (IMAO)
Outras opções de segunda linha incluem gabapentina/pregabalina e βbloqueadores.

Algumas medicações podem ser usadas como adjuvantes nos sintomas residuais; a terapia cognitivo-comportamental também podem ser útil.

21
Q

Algorítimo TAS

A
  • ISRS ou venlafaxina + TCC – pode usar BZD por 24 semanas se ansiedade intensa (4 semanas)

4 semanas - Se não tiver resposta ou resposta parcial > aumenta a dose (até a dose máxima tolerada ou recomendada).
8 semanas > se não tiver resposta – troca a medicação, potencializa ou faz tto combinado; se tiver resposta e ficar 3 meses sem sintomas depois tem remissão total e manutenção 6 meses a 1 ano.

4 semanas > se responde > 3 meses sem sintomas > remissão total > manutenção 6 meses a 1 ano.

22
Q

QUAL A MANUTENÇÃO DOS MEDICAMENTOS SE REMISSÃO DOS SINTOMAS (3 MESES SEM)

A

MANUTENÇAO 6 MESES A 1 ANO

23
Q

DEFINIÇÃO DE FOBIA ESPECÍFICA

A

“Medo excessivo de um objeto, situação, circunstância específica.”

“Fobias restritas a situações altamente específicas tais como proximidades a determinados animais, altura, trovão, escuridão, voar, espaços fechados, urinar ou evacuar em banheiros públicos, comer certos alimentos, dentistas, visão de sangue ou ferimentos e medo de exposição”.

“Ataques de pânico ou sintomas semelhantes a pânico desencadeados por objeto ou situações específicas (insetos, alturas, tempestades, animais, lugares fechados, etc.)” (Mansur, 2013)

24
Q

DEFINIÇÃO DE ATAQUES DE PÂNICO:

A

episódios de medo intenso acompanhado de vários sintomas físicos e cognitivos. Após o início, os sintomas atingem um pico em até 10 minutos e têm duração autolimitada.

 Físicos: palpitações, sudorese, tremores, sensação de falta de ar ou sufocação, parestesias, tontura, náuseas, dor e aperto no peito.
Cognitivos: Sensação de morte iminente, medo de ter um ataque cardíaco, de perder o controle e de enlouquecer.

25
Q

DIFERENCIAÇÃO DE MEDO E FOBIA ESPECÍFICA

A

Simples medo NÃO caracteriza fobia! > A condição deve causar prejuízo funcional e/ou sofrimento significativo ao indivíduo ou terceiros para que seja considerado um problema.

26
Q

DIRETRIZES DIAGNÓSTICAS - CID10: F40.2

(FOBIAS ESPECÍFICAS): Todos os critérios devem ser preenchidos para um diagnóstico definitivo.

A
  1. Os sintomas psicológicos ou autonômicos devem ser manifestações primárias de ansiedade e não secundários a outros sintomas tais como delírio ou pensamento obsessivo;
  2. A ansiedade deve ser restrita à presença do objeto ou situação fóbica determinada;
  3. A situação fóbica é evitada sempre que possível.
27
Q

TRATAMENTO FOBIA ESPECÍFICA:

A
  • Terapia Cognitivo-Comportamental -> Dessensibilizar o indivíduo do objeto temido, diminuindo comportamentos de fuga/evitação bem como o sofrimento causado pelo enfrentamento.
28
Q

EM QUE SITUAÇÕES É ASSOCIADO USO DE MEDICAÇÃO JUNTO COM A TCC NA FOBIA ESPECÍFICA? QUAL MEDICAÇÃO?

A

 Uso de medicação são em casos graves - ISRS. Mas só é utilizado em casos graves ou com outras psicopatologias associadas, pois não adianta dar medicação diária para um dia em algum momento o paciente ter contato com o que provoca o medo.

29
Q

SINTOMAS DO TRANSTORNO DE PÂNICO

A

o Intensa Sensação de Medo ou Grande Desconforto Mental
+
o Sintomas Físicos (Palpitações, sudorese, tremores, falta de ar, sensação de desmaio, dor torácica, náusea ou desconforto abdominal, tontura, ‘calorões’, formigamento)
+
o Sintomas Cognitivos (Medo de perder o controle ou medo de morrer).

30
Q

DIRETRIZES DIAGNÓSTICAS - CID10: F41.0

TRANSTORNO DE PÂNICO

A

Para um diagnóstico definitivo, vários ataques graves de ansiedade autonômica devem ter ocorrido num período de cerca de 1 mês:

  1. Em circunstâncias onde não há perigo objetivo;
  2. Sem estarem confinados a situações conhecidas ou previsíveis;
  3. Com relativa liberdade de sintomas ansiosos entre os ataques (ainda que ansiedade antecipatória seja comum).
31
Q

Diagnóstico Diferencial TRANSTORNO DE PÂNICO

A

 Quadros Clínicos: tireoidopatias (hipertireoidismo), infarto agudo do miocárdio, etc.
 Uso de fármacos (ex: teofilina).
 Transtornos mentais diversos.

32
Q

TTO MEDICAMENTOSO ATAQUE DE PÂNICO

A
  1. ISRS
  2. IRSN
    - esses dois são a priemira escolha
  3. TRICÍCLICOS
  4. BENZODIAZEPINICOS: mais utilizados são clonazepam e alprazolam. Usar com cautela e por tempo limitado (risco de dependência).
    - Uso em emergência, quando sente que vai ter uma ataque.
    - Quando os ISRS ou IRSN começam a ter efeito vai se parando de usar os BZD.
    - usado geralmente quando o paciente chega na emergência
33
Q

ALGORÍTMO TRANSTORNO DE PÂNICO

A

1)Psicoterapias.
2)Psicofármacos de primeira escolha (ISRS, IRSN, ADT) > avaliar em 4 semanas
3) se responder faz a manutenção por 1 ou dois anos, o que leva a ser assintomático ou ter sintomas residuais (tratar com TCC)
4) pode ter uma recaída (aumenta a dose; se ainda não responder…
5) troca a medicação; Se responder, mantém por 1 a 2 anos)
6) Se não responder direto ou ter resposta parcial aumenta a dose, se ainda não responder troca por outra medicação da mesma classe, ou por de classe diferente, ou começa a usar IMAO
7) em último caso associa medicações.
Obs: se tiver sintomas de ansiedade intensa pode associar BZD a curto prazo.

34
Q

Algorítimo de tratamento do paciente com transtorno de pânico (emergência):

A

 Paciente chega com dores no peito > faz os exames clínicos para avaliação de doença cardiovascular
 Se detectada > tratamento clínico.
 Se não detectada > investigar transtorno de pânico

ENCAMINHAMENTO PARA TTO ESPECÍFICO.