Aula 02 Flashcards

1
Q

De acordo com a concepção clássica, o que são princípios?

A
  • normas com elevado grau de abstração e generalidade;
  • jurista possui um alto grau de subjetividade ao aplicá-la;
  • alicerces, vigas-regras ou valores do ordenamento jurídica.
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2
Q

De acordo com a concepção clássica, o que são regras?

A
  • normas com pouco ou nenhum grau de abstração e generalidade;
  • resta pouca pouca ou nenhuma subjetividade do intérprete na sua interpretação.
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3
Q

De acordo com a concepção de Dworkin e Alexy, como os princípios são aplicados?

A

Mediante ponderação.

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4
Q

Em que consiste a técnica da ponderação?

A

Incidindo mais de um princípio no caso concreto, deve haver a ponderação entre eles para se analisar qual deles vai incidir de forma prevalente na situação.

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5
Q

De acordo com Dworkin w Alexy, por que os princípios possuem graus de otimização?

A

Porque podem ser realizadas em vários graus.

O conflito ocorre apenas no plano concreto, quando é necessário analisar um caso e verificar a aplicação das normas sobre ele.

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6
Q

De acordo com a concepção de Dworking e Alexy, o que estabelecem as regras?

A

Aquilo que é obrigatório, permitido ou proibido.

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7
Q

Como são aplicadas as regras?

A

Mediante subsunção.

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8
Q

Em que consiste a técnica da subsunção?

A
  • encaixe do fato à norma;
  • ou o afto se almoda à norma ou não se amolda;
  • não há meio termo de ponderação;
  • não há graus de incidência da norma;
  • é uma questão de tudo ou nada.
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9
Q

De acordo com a concepção de Dworkin e Alexy, como diferenciam-se princípios e normas?

A
  • pelo plano de conflito;
  • princípios: é concreto;
  • regras: é abstrato.
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10
Q

Quais são os princípios que regrem o direito penal?

A
  • princípio da dignidade da pessoa humana;
  • princípio da humanidade;
  • princípio do devido processo legal;
  • princípio da legalidade;
  • princípio da intervenção mínima (ultima ratio);
  • princípio da fragmentariedade;
  • princípio da subsidiariedade;
  • princípio da adequação social;
  • princípio da culpabilidade;
  • princípio da ofensividade ou lesividade;
  • princípio da autoresponsabilidade;
  • princípio da individualização da pena;
  • princípio da coculpabilidade ou corresponsabilidade;
  • princípio da confiança;
  • princípio da pessoalidade ou transcedentalidade;
  • princípio da exteriorização ou materialização do fato;
  • princípio da proporcionalidade;
  • princípio da presunção de inocência (ou da não culpa);
  • princípio da vedação da dupla punição pelo mesmo fato;
  • princípio da irretroatividade;
  • princípio da insignificância (ou bagatela);
  • princípios do garantismo.
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11
Q

Em que consiste o princípio da dignidade da pessoa humana?

A
  • princípio fundamental;
  • orientam a própria formação do Estado;
  • permeia e orienta todas as demais normas nele presentes;
  • princípio regente do direito penal.
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12
Q

O que preconiza o princípio da dignidade da pessoa humana?

A

Preconiza que haja um tratamento à pessoa que não lhe prive do mínimo necessário para que possa exercer sua capacidade de autodeterminação.

Afasta qualquer tratamento degradante, impondo a um indivíduo uma privação maior que aquela necessária para os fins previstos na norma.

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13
Q

Em qual artigo está previsto constitucionalmente o pricípio da dignidade da pessoa humana?

A
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14
Q

Em que consiste o princípio da humanidade?

A

Consiste na vedação a que o legislador adote sanções penais violadoras da dignidade da pessoa humana, atingindo de forma desnecessária a incolumidade físico-psíquica do agente.

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15
Q

Há efeitos específicos do princípio da humanidade previstos constitucionalmente?

A

Sim, no artigo 5º, inciso XLVII, da Constituição.

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16
Q

Quais são as vedações que se estabelecem no princípio da humanidade?

A
  • pena de morte (salvo em caso de guerra);
  • penas de caráter perpétuo;
  • penas de trabalhos forçados;
  • penas de banimentos;
  • penas cruéis.
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17
Q

Em que consiste o banimento ou desterro?

A

Consiste na expulsão do indivíduo do território nacional, enquanto durar a pena.

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18
Q

Qual princípio fundamenta o repúdio ao cumprimento de pena em presídios lotados, em que os condenados e presos provisórios precisam se revezar para dormir, bem como aos projetos de imposição de doação de órgãos post mortem a quem tenha sido condenado pela prática de determinada infração penal?

A

Princípio da humanidade.

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19
Q

O que preconiza o princípio do devido processo legal?

A

É necessário que se respeite todo o procedimento previsto nas leis para que, ao final de um processo condenatório, possa haver a justa punição do acusado.

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20
Q

Quais princípios derivam do devido processo legal?

A
  • contraditório;
  • ampla defesa;
  • juiz natural;
  • da imparcialidade;
  • da vedação das provas ilícitas;
  • da motivação dos atos decisórios;
  • publicidade;
  • duração razoável do processo;
  • etc.
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21
Q

Em que consiste o devido processo legal substancial?

A
  • limitação do exercício do poder;
  • o poder deve se almodaar ao que determina a Constituição;
  • deve-se atender ao princípio da proporcionalidade.
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22
Q

O que o devido processo legal substancial possibilita ao Judiciário?

A
  • exame da constitucionalidade das leis:
    • confronto com as normas constitucionais;
    • atendimento da proporcionalidade.
  • pemite o controle das decisões judiciais.
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23
Q

Em que consiste o devido processo legal formal?

A
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24
Q

Qual a previsão constitucional do devido processo legal?

A

Artigo 5º, LIV.

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25
Q

Como o princípio do devido processo legal também foi consagrado no Pacto de São José da Costa Rica, Convenção de Direitos Humanos, de 1969?

A
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26
Q

Como está previsto constitucionamente o princípio da legalidade?

A

Art. 5º, inciso II.

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27
Q

Como princípio da legalidade é previsto na seara criminal?

A

Art. 5º, inciso XXXIX, da CRFB.

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28
Q

Como o princípio da legalidade é previsto no Código Penal?

A
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29
Q

Pode-se apontar a previsão da legalidade no Pacto de São José da Costa Rica?

A

Sim, o Brasil faz parte do sistema regional de proteção aos direitos humanos.

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30
Q

Quais conteúdos possui o princípio da legalidade?

A
  • jurídico; e
  • político.
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31
Q

Por que o princípio da legalidade possui conteúdo jurídico?

A
  • por determinar que deve haver lei formal e anterior para que um fato seja considerado crime;
  • por impedir a retroatividade da lei penal mais gravosa;
  • por não permitir que um fato típico seja previsto em uma portaria.
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32
Q

Por que o princípio da legalidade possui conteúdo político?

A
  • por representar uma conquista da sociedade;
  • por representar uma garantias do povo de que o poder será exercido segundo a sua vontade;
  • na democracia representativa se expressa na aprovação de uma lei.
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33
Q

Quais princípios decorrem da legaligade?

A
  • princípio da anterioridade;
  • princípio da reserva legal.
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34
Q

O que preocina o princípio da anterioridade?

A
  • a lei penal deve ser anterior para incidir sobre o fato;
  • só pode uma conduta ser considerada infração penal se estiver prevista em uma lei formal anterior.
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35
Q

Qual a exceção ao princípio da anterioridade?

A

É a lei penal mais benéfica, que pode retroagir para beneficiar o réu.

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36
Q

O que determina o princípio da reserva legal?

A
  • deve haver lei formal para a previsão de crimes e contravenções penais;
  • é preciso que haja lei, não bastando um decreto ou uma portaria.
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37
Q

Pode medida provisória prever crimes?

A

Não, a CRFB veda a edição de medidas provisórias sobre matéria em direito penal.

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38
Q

O que são normas não incriminadoras?

A
  • cuidam da matéria de direito penal;
  • não determina que condutas sejam consideradas crimes ou contravenções penais.
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39
Q

Em que circusntância é permitida a edição de medida provisória sobre matéria relativa à direito penal?

A

Quando tratar-se de norma não incriminadora.

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40
Q

Pode lei delegada prever crime?

A
  • não é possível que lei delegada veicule crimes ou contravenções penais;
  • não é possível que lei delegada preveja crimes devido à vedação de delegação de legislação sobre direitos individuais.
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41
Q

Como pode ser a legalidade?

A
  • formal;
  • material.
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42
Q

Em que consiste a legalidade formal?

A
  • devido processo legislativo;
  • não basta que haja lei, é necessário que seja uma lei vigente.
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43
Q

Em que consiste a legalidade material?

A
  • conteúdo da lei;
  • exige que haja respeito à CRFB e aos Tratados Internacionais de Direitos Humanos;
  • não basta uma lei vigente, é preciso que também seja uma lei válida.
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44
Q

O que a lei penal deve ter como atributo?

A

Taxatividade, ou seja, prever extamente aquilo que é considerado infração penal.

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45
Q

Da onde decorre a exigência de que a lei seja taxativa?

A

Decorre da legalidade e do princípio da segurança jurídica, pois os cidadãos, destinatários da norma, devem ter conhecimento prévio de qual conduta configura uma infração penal e qual comportamento não enseja repressão penal.

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46
Q

Em que consiste a analogia?

A

É técnica de integração em caso de lacuna na legislação.

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47
Q

Quais são os tipos de analogia?

A
  • in bonam partem;
  • in malam partem.
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48
Q

É possível, no ordenamento jurídico, a aplicação da analogia in malam partem?

A
  • devido à exigência de taxatividade da norma penal, é vedada a analogia in malam partem;
  • não se pode utilizar uma norma, por analogia, para estender o poder punitivo estatal para além do que a lei efetivamente prevê;
  • só se admite a analogia em favor do réu, ou seja, in bonam partem.
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49
Q

Como devem ser os tipos penais?

A

Claros e certos.

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50
Q

Que tipo penal não respeita a legalidade?

A

Um tipo penal que seja vago, impreciso, ambíguo, em cujo conteúdo se possa incluir conduta não se possa incluir conduta não prevista de forma certa e determinada.

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51
Q

Quais são as modalidades de culpa?

A
  • imprudência;
  • imperícia;
  • negligência.
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52
Q

Quais são os tipos de lei penal incomoleta?

A
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53
Q

Da onde decorre a incompletude da norma?

A

Pode decorrer de se exigir uma outra norma ou um complemento valorativo para sua aplicação.

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54
Q

Qual lei não exige completação (nem normativa nem valorativa)?

A

A lei penal completa.

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55
Q

Em que consiste o tipo aberto?

A

É quando a norma incompleta depende do complemento valorativo.

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56
Q

Em que consiste a norma penal em branco?

A

É quando a norma incompleta depende de complemento normativo, ou seja, da conjugação com outra norma para ser aplicada.

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57
Q

O que é norma penal em branco?

A

É aquela que depende de complementação normativa.

58
Q

Como classificam-se as normas penais em branco?

A
  • própria, em sentido estrito ou heterogênea;
  • imprópria, em sentido amplo ou homogênea;
  • norma penal em branco ao quadrado;
  • invertida ou ao revés.
59
Q

O que é norma penal em branco própria, em sentido estrito ou heterogênea?

A

Quando o seu complemento está em norma de fonte normativa diversa, ou seja, não está prevista em lei em sentido formal.

60
Q

O que é norma penal em branco imprópria, em sentido amplo ou homogênea?

A

É a norma penal incompleta cujo complemento provém da mesma fonte normativa, ou seja, de lei em sentido formal.

61
Q

Como se subdivide a norma penal em branco imprópria, em sentido amplo ou homogênea?

A
  • homovitelina;
  • heterovitelina.
62
Q

Em que consiste a norma penal em brancoo imprópria, em sentido amplo ou homogêne, homovitelina?

A

Caso o complemento normativo esteja no mesmo documento legal.

63
Q

Em que consiste a norma penal em branco imprópria, em sentido amplo ou homogênea, heterovitelina?

A

Caso o complemento normativo da lei penal em branco homogênea esteja situado em documento legal diverso

64
Q

Em que consiste a norma penal em branco ao quadrado?

A

É aquela cujo complemento também necessita de complemento de outra norma.

65
Q

Em que consiste a norma penal em branco invertida ou ao revés?

A
  • é possível encontrar norma penal em branco cujo complemento seja necessário para o preceito secundário da norma;
  • o preceito secundário traz a sanção penal cominada para o delito (exemplo: “Pena – reclusão, de seis a vinte anos”).
66
Q

O que preconiza o princípio da intervenção mínima (ultima ratio)?

A

Preconiza que só se deve criminalizar uma conduta se houver necessidade para a proteção do bem jurídico.

67
Q

Quando o direito penal deve ser invocado?

A

Só deve ser invocado, com a criação de um tipo penal, se os demais ramos do Direito não forem suficientes para coibir a conduta indesejada.

68
Q

Qual o caráter do direito penal?

A
  • caráter subsidiário;
  • de ultima ratio.
69
Q

Quando o princípio da intervenção mínima (ultima ratio) foi consagrado?

A

Na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, da França, de 1989.

70
Q

Quais são os princípio que decorrem do princípio da intervenção mínima?

A
  • princípio da fragmentariedade;
  • princípio da subsidiariedade.
71
Q

O que preconiza o princípio da fragmentariedade?

A
  • caráter fragmentário;
  • o Direito Penal só deve criminalizar as condutas mias graves que sejam praticadas contra os bens jurídicos importante;
  • só parte dos bens jurídicos são tutelados pelas normas penais incriminadoras;
  • há a exclusiva proteção de bens jurídicos pelo Direito Penal.
72
Q

No crime de manter casa de prostituição, imputado aos Pacientes, os bens jurídicos protegidos são a moralidade sexual e os bons costumes, valores de elevada importância social a serem resguardados pelo Direito Penal, não havendo que se falar em aplicação do princípio da fragmentariedade.

A

Correto.

O STF não reconheceu a incidência do princípio da fragmentariedade para se considerar atípica conduta configuradora do tipo de casa de prostituição.

73
Q

O que preconiza o princípio da subsidiariedade?

A
  • devem ser preferidos os demais ramos do direito (que não o Penal) para coibir condutas consideradas indesejadas pela sociedade;
  • só se deve recorrer à criminalização como forma de coibir determinado comportamento se as demais sanções (cíveis, administrativas, eleitorais etc) não forem suficientes para a salvaguarda do bem juridico,
74
Q

O que determina o princípio da adequação social?

A
  • que o Direito Penal só deve considerar criminoso um fato que contrarie o sentimento de justiça da comunidade;
  • só se punem condutas que tenham certa relevância social.
75
Q

A modernidade, a evolução moral dos costumes sociais e o acesso à informação não podem ser vistos como fatores que se contrapõem à natural tendência civilizatória de proteger certos segmentos da população física, biológica, social ou psiquicamente fragilizados.

A

Correto.

76
Q

Consoante jurisprudência pacificada deste Superior Tribunal de Justiça, não se aplica o princípio da adequação social à conduta de vender cd’s e dvd’s falsificados, sendo, portanto típica, formal e materialmente, nos termos do artigo 184, § 2º, do Código Penal.

A

Correto.

O STJ afasta a aplicação do princípio da adequação social no caso da venda de CDs e DVDs “piratas”, falsificados.

77
Q

O que preconiza o crime da culpabilidade?

A
  • não haver crime sem culpabilidade;
  • não haver responsabilidade penal sem dolo ou culpa.
78
Q

Quais são as caracter´sticas da culpabilidade?

A
  • elemento do crime;
  • elemento de determinação da pena;
  • vedação da responsabilidade objetiva.
79
Q

Por que a culpabilidade pode ser elemento do crime?

A

Porque crime, para a teoria tripartida, é fato típico, ilícito e culpável.

80
Q

Por que a culpabilidade pode ser elemento de determinação da pena?

A

Porque a pena deve ser individualizada na medida da culpabilidade de cada sujeito.

81
Q

Por que a culpabilidade pode ser vedação da responsabilidade objetiva?

A

Por causa da exigência de dolo ou culpa.

82
Q

Em que consiste o Direito Penal do Autor?

A

Julga-se o indivíduo por aquilo que ele é.

83
Q

Em que consiste o Direito Penal do Fato?

A

O que se busca é o julgamento dos fatos que o indivíduo teria cometido.

84
Q

O Direito Penal do Autor é adotado no Brasil?

A

Não se adota no Brasil de forma irrestrita o Direito Penal do Autor, por ser odioso, ao buscar o julgamento do indivíduo por sua personalidade, e não por aquilo que fez.

85
Q

Em que consiste a culpabilidade pelo fato individual?

A

Se volta ao desvalor do fato praticado, analisando-se o modo de execução e as circunstâncias do crime, por exemplo.

86
Q

Em que consiste a culpabilidade do autor?

A

Valora o sujeito ativo do delito, em razão de sua conduta social, personalidade e antecedentes

87
Q

Em que consiste o princípio da ofensividade ou lesividade?

A

Não pode haver crime sem que haja conteúdo ofensivo a bens jurídicos.

88
Q

Quais são os subprincípios que se extraem do princípio da ofensividade?

A
  • princípio do fato ou da responsabilidade pelo fato;
  • princípio da exclusiva lesão ao bem jurídico.
89
Q

Em que consiste o princípio do fato ou da responsabilidade do fato?

A
90
Q

Em que consiste o princípio da exclusiva lesão ao bem jurídico?

A
91
Q

Em que consiste o princípio da autorresponsabilidade?

A

Os danos sofridos por alguém em virtude de seu comportamento livre, consciente e responsável só podem ser a ele imputados, e não a quem os tenha motivado.

92
Q

Em que consiste o princípio da individualização da pena?

A
  • exigência de se respeitar a proporção entre a conduta praticada e a pessoa do autor;
  • veda-se a padronização de punições;
  • não pode haver uma pena padrão para todos aqueles que cometem homicídio, mas sim uma consideração das circunstâncias específicas de cada fato e a imposição de uma pena individualizada para cada agente.
93
Q

Onde está constitucionalmente previsto o princípio da individualização da pena?

A
94
Q

O processo de individualização da pena é um caminhar no rumo da personalização da resposta punitiva do Estado, desenvolvendo-se em três momentos individuados e complementares: o legislativo, o judicial e o executivo.

A

Correto.

95
Q

O legislador não pode impedir que o juiz proceda à individualização da pena no caso concreto, atendendo às particularidades de cada fato e de cada processo em julgamento.

A

Correto.

96
Q

Em que consiste o princípio da coculpabilidade ou da corresponsabilidade?

A

É aquele que reconhece a participação da sociedade na responsabilidade pela prática de uma infração penal, em virtude da influência do meio social na formação do indivíduo e da desigualdade de oportunidades a que cada cidadão tem acesso.

97
Q

De qual artigo penal deriva a possibilidade de o juiz atenuar a pena?

A

Deriva de o artigo 66 do Código Penal prever a chamada atenuante genérica.

98
Q

A atenuante genérica prevista no art. 66 do Código Penal pode se valer da teoria da coculpabilidade como embasamento, pois trata-se de previsão genérica, que permite ao magistrado considerar qualquer fato relevante - anterior ou posterior à prática da conduta delitiva - mesmo que não expressamente previsto em lei, para reduzir a sanção imposta ao réu.

A

cORRETO.

99
Q

Em que consiste o princípio da confiança?

A
  • funda-se na legítima expectativa de que os demais indivíduos da sociedade agirão em conformidade com as regras sociais;
  • presume-se que todas as pessoas agirão de forma responsável, em razão do dever objetivo de cuidado que incide sobre todos.
100
Q

Associada à teoria da imputação objetiva, sustenta a doutrina que vigora o princípio da confiança, as pessoas se comportarão em conformidade com o direito.

A

Correto.

101
Q

O que determina o princípio da pessoalidade ou da personalidade?

A
  • a pena não pode passar da pessoa do condenado;
  • ninguém pode ser responsabilizado pela conduta de outra pessoa.
102
Q

Como o princípio da pessoalidade ou da personalidade também é chamado?

A

Princípio da Intranscedência da Pena.

103
Q

O que preconiza o princípio da intranscendência da pena?

A

A pena não pode passar da pessoa do agente.

104
Q

Onde está constitucionalemente previsto o princípio da intranscendência da pena?

A
105
Q

O que preconiza o princípio da alteralidade ou da transcendentalidade?

A
  • o Direito Penal não deve se ocupar de atitudes meramente internas, que não apresentem potencial de lesionar o bem jurídico;
  • não se pode punir as condutas humanas que não saem da esfera da disponibilidade do agente.
106
Q

Qual a diferença entre o princípio da transcendentalidade (alteridade) para o princípio da intranscedência da pena (pessoalidade, personalidade)?

A
107
Q

Em que consiste o princípio da exteriorização ou materialização do fato?

A

O Estado só pode criminalizar condutas humanas voluntárias que se exteriorizem por meio de conduta, seja comissiva (ação), seja omissiva (omissão).

108
Q

Em que consiste o princípio da proporcionalidade?

A

Consiste na limitação da ação estatal, com base nos critérios da necessidade e da adequação, ponderando-se os meios utilizados e os fins pretendidos.

109
Q

Em qual artigo o princípio da proporcionalidade está constitucionalmente previsto?

A
110
Q

Em quais elementos o princípio da proporcionalidade pode se desdobrar?

A
  • necessidade;
  • adequação;
  • legitimidade do meio;
  • legitimidade do fim;
  • proporcionalidade em sentido estrito ou ponderação.
111
Q

Quis são os elemtnos do princípio da proporcionalidade?

A
112
Q

Quais são as balizas do princípio da proporcionalidade?

A

A proibição do excesso e a vedação daproteção deficiente.

113
Q

O que preceitua o princípio da presunção da inocência (ou da não culpa)?

A

Nenhuma pessoa deve ser considerada culpada, senão após o trânsito em julgado da sentença penal condenatória.

114
Q

Em qual artigo está constitucionalmente previsto o princípio da presunção de inocência (ou da não culpa)?

A
115
Q

O que preconiza o princípio da vedação da dupla punição pelo mesmo fato?

A
  • veda a dupla punição pelo mesmo fato, bem como a dupla valoração de um mesmo fato para agravamento da pena;
  • proíbe a execução em dobro de uma pena, bem como que o indivíduo seja processado duas vezes pelo mesmo crime.
116
Q

Como também é denominado o princípio da vedação da dupla punição pelo mesmo fato?

A

Proibição do Bis in Idem.

117
Q

Qual a exceção penal para a regra da proibição do bis in idem?

A
118
Q

Como o Estatuto de Roma, que insittuiu o Tribunal Penal Internacional, prevê o princípio do ne bis in idem?

A
119
Q

O que preconiza o princípio da irretroatividade?

A

A lei penal não pode retroagir, atingindo fatos anteriores a ela, salvo se para beneficiar o réu.

120
Q

Em qual artigo está constitucionalmente previsto o princípio da irretroatividade?

A
121
Q

O que configura abolitio criminis?

A
  • quando lei posterior deixa de considerar a conduta como criminosa;
  • faza cessar todos os efeitos penais, ainda que de sentençap enal já transitada em julgado.
122
Q

No que consiste a novatio legis in mellius ou lex mitior?

A

A lei penal mais recente que seja mais benigna sempre favorece o réu, ainda que seja para determinar a redução da pena de quem já a está cumprindo.

123
Q

O que preconiza o princípio da insignificância (ou bagatela)?

A
  • o Direito Penal não deve se preocupar com bagatelas;
  • a configuração de uma infração penal exige que haja uma ofensa de alguma gravidade ao bem jurídico protegido.
124
Q

A insignificância afasta a tipicidade da conduta. Com a incidência do princípio da insignificância, como a tipicidade passa a ser vista?

A
  • tipicidade formal;
  • tipicidade material.
125
Q

O que analisa-se na tipicidade formal?

A
126
Q

O que exige-se na tipicidade material?

A
127
Q

Em que consiste a tipicidade formal?

A

Subsunção do fato à norma.

128
Q

Em que consiste a tipicidade material?

A

Relevância da lesão ou ameaça de lesão ao bem jurídico.

129
Q

Quais são os requisitos exigidos pelo STF para incidência do princípio da insignificância?

A
130
Q

A reincidência afasta a plicação do princípio da insignificância?

A

Depende

131
Q

Em que consiste a bagatela própria?

A
132
Q

No que consiste a bagatela própria?

A
133
Q

Qual o teor da súmula 589 do STJ, no âmbito do tema da insiginificância?

A
134
Q

Como o STF tem entendido, sobre a incidência ou não da insignificância, em relação a crimes ambientais?

A
135
Q

Como o STF tem entendido, sobre a incidência ou não da insignificância, em relação a rádio clandestina?

A
136
Q

Como o STF tem entendido, sobre a incidência ou não da insignificância, em relação a descaminho?

A
137
Q

Como o STF tem entendido, sobre a incidência ou não da insignificância, em relação a moeda falsa?

A
138
Q

Como o STF tem entendido, sobre a incidência ou não da insignificância, em relação a posse de drogas para consumo próprio?

A
139
Q

Qual o teor da Súmula 599 do STJ, tratando do princípio da insignificância?

A
140
Q

Para crimes de descaminho, considera-se, para a avaliação da insignificância, o patamar previsto no art. 20 da Lei 10.522/2002, com a atualização das Portarias 75 e 130/2012 do Ministério da Fazenda.

A

Correto.

141
Q

Em que consiste o garantismo?

A

Consiste em um conjunto de princípios que visam a garantir os direitos do acusado no curso do processo penal.

142
Q

Quais são as três acepções do garantismo?

A