Aula 01 Flashcards

1
Q

Da onde provém a imunidade diplomática?

A

Provém do Direito Internacional.

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2
Q

O que visa a imunidade diplomática?

A

Garantir a liberdade dos agentes diplomáticos.

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3
Q

Por que a imunidade diplomática visa a garantir a liberdade dos agentes diplomáticos?

A

Porque os representantes dos Estados, ao serem enviados a um território estrangeiro, possuem informações sigilosas do seu país e têm a autoridade que corresponde à sua função.

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4
Q

A imunidade constitui um privilégio?

A

Não. Cosntitui uma prerrogativa funcional.

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5
Q

Por que a imunidade diplomática é uma prerrogativa funcional?

A

É uma garantia para o livre exercício da relevante função de representação internacional.

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6
Q

No que concerne à imunidade diplomática, trata-se de caso de ofensa ao princípio da isonomia ou da igualdade?

A

Não, por se tratar de matéria relacionada à função do sujeito, e não ao indivíduo por si só.

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7
Q

O agente diplomático pode renunciar à imunidade diplomática?

A

Não, já que esta não lhe pertence e tem o escopo de proteger os interesses do Estado que ele representa.

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8
Q

Quem é o verdadeiro titular da prerrogativa funcional - imunidade diplomática?

A

O Estado acreditante.

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9
Q

O Estado titular pode abrir mão da prerrogativa funcional?

A

Sim, se entender conveniente, pois só ao Estado acreditante cabe renunciar à imunidade.

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10
Q

À qual imunidade o Estado acreditante pode optar por renunciar?

A

Apenas à imunidade cognitiva.

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11
Q

Quais os tipos de renúncia à imunidade diplomática?

A
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12
Q

A imunidade diplomática impede que o agente seja processado e punido no seu páis de origem?

A

Não.

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13
Q

Em que consiste a inviolabilidade das sede diplomáticas?

A

As sedes da missão diplomática são invioláveis, assim como a residência do embaixador, como dispõe o artigo 22, 1, e o artigo 30, 1, do Decreto 56.435 de 1965.

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14
Q

Qual a importância da inviolabilidade das sedes diplomáticas para o Direito Penal?

A
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15
Q

Os agentes ddiplomáticos possuem imunidade penal?

A

Sim.

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16
Q

O que significa a imunidade penal dos agentes diplomáticos?

A
  • não podem ser submetidos a qualquer forma de prisão ou detenção;
  • não podem serem processados perante a jurisdição penal;
  • não possuem a obrigação de depor como testemunhas.
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17
Q

Quanto às pessoas, a quem abrage a imunidade diplomática?

A
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18
Q

Os empregados particulares dos agentes diplomáticos são abrangidos pela imunidade de jurisdição?

A

Não, ainda que sejam da mesma nacionalidade do diplomata, eles não terão imunidade à jurisdição penal.

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19
Q

Quais são as imunidades funcionais do cônsules?

A
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20
Q

Quais são as funções consulares previstas no art. 5º do Decreto nº 61.078/1967?

A
  • proteger, no Estado receptor, os interesses do Estado que envia e de seus nacionais, pessoas físicas ou jurídicas, dentro dos limites permitidos pelo direito internacional; e
  • fomentar o desenvolvimento das relações comerciais, econômicas, culturais e científicas entre o Estado que envia o Estado receptor e promover ainda relações amistosas entre eles, de conformidade com as disposições da presente Convenção.
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21
Q

Quais são as imunidades concedidas ao Embaixador?

A
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22
Q

Quais são as imunidades concedidas ao Cônsul?

A
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23
Q

Qual a natureza jurídica das imunidades diplomáticas?

A

Causa pessoal de exclusão d epena.

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24
Q

As imunidades parlamentares são privilégios?

A

Não, prerrogativas funcionais.

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25
Q

No que consiste a imunidade parlamentar?

A
  • diz respeito às funções do membro do Poder Legislativo;
  • liga-se umbilicalmente ao cargo;
  • devem se manter apenas enquanto o parlamentar encontra-se no exercício de suas funções, não se postergando para após o término do mandato.
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26
Q

Como se subdividem as imunidades parlamentares?

A
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27
Q

Quais são as imunidades parlamentares formal, processual ou relativa?

A
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28
Q

Em que consiste a imunidade relativa de garantia contra instauração do processo?

A
  • diz respeito aos crimes praticados após a diplomação;
  • a Casa a que pertence o parlamentar pode sustar o andamento do processo, caso em que a prescrição ficará suspensa.
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29
Q

Como é prevista constitucionalmente a imunidade relativa parlamentar da garantia contra instauração do processo?

A
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30
Q

A garantia contra instauração do processo abrange quais crimes?

A

Só abrange os crimes praticados após a diplomação.

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31
Q

O que ocorre se o crime é pratica antes da diplomação?

A

O processo se inicia sem qualquer autorização do Poder Legislativo.

Entretanto, deve ser dada ciência à Casa a que pertencer o deputado ou senador.

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32
Q

Quem pode requerer a sustação do andamento do processo?

A

Qualquer partido polítco com representação na Casa.

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33
Q

Quais os requisitos para que haja requerimento para a sustação do andamento do processo?

A
  • deve ser aprovado pelo voto da maioria dos seus membros;
  • maioria absoluta (qualificada).
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34
Q

A garantia contra instauração do processo impede a instauração do inquérito policial?

A

Não.

Caso haja a prática de um crime supostamente cometido por parlamentar, o inquérito deve ser instaurado para apuração dos fatos.

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35
Q

Em que consiste a imunidade relativa da garantia contra prisão?

A

Desde a expedição do diploma, o parlamentar não pode ser preso, salvo flagrante de crime inafiançável.

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36
Q

Em que consiste a imunidade relativa de foro por prerrogativa de função?

A
  • deputados federais e senadores devem ser julgados no STF;
  • a partir do ato da diplomação até o fim do mandato.
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37
Q

O foro por prerrogativa de função aplica-se a quais crimes?

A

Apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas.

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38
Q

Qual o limite para a modificação da competência, no caso de alteração do cargo ocupado do agente ou fim do exercício da função?

A

É a intimação para apresentação de alegações finais.

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39
Q

Em que consiste a imunidade relativa quanto ao dever de testemunhar?

A
  • desobrigação relacionada ao mandato;
  • diz respeito ao exercício de suas funções;
  • deputados e senadores estão imunes ao dever de testemunhar, podendo se recusar nestes casos.
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40
Q

O que ocorre quando os parlamentares são chamados a testemunhar?

A

Possuem a prerrogativa de designar dia, hora e local.

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41
Q

Em que consiste a imunidade parlamentar material, penal, substancial ou absoluta?

A

Consiste na inviolabilidade, civil e criminal, quanto a manifestações proferidas pelo parlamentar no exercício ou desempenho das funções.

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42
Q

Qual a natura/objetivo da imunidade parlamentar, material, penal, substancial ou absoluta?

A

Proteger o parlamentar para que ele possa se manifestar sobre os interesses do povo que representa, sem medo de represálias.

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43
Q

Como a imunidade parlamentar material, penal, substancial ou absoluta é chamada no exterior?

A

Freedom of Speech (liberdade de fala ou de manifestação).

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44
Q

Como está constitucionalmente prevista a imunidade parlamentar material, penal, substancial ou absoluta?

A
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45
Q

Qual a tipicidade da conduta do parlamentar que se amolda, formalmente, ao crime de difamação?

A

Sua conduta é atípica - atipicidade do fato.

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46
Q

O que exige-se para a incidência da imunidade material?

A

Que a manifestação do parlamentar esteja relacionada com o exercício de suas funções.

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47
Q

Qual é a presunção da manifestação do parlamentar com a sua função?

A

Presunção de forma absoluta no recinto do Parlamento.

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48
Q

Qual a posição do STF sobre as manifestações proferidas no recinto do Poder Legislativo e a presunção de ser nexo com a função parlamentar?

A
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49
Q

Qual a presunção da manifestação feita no recinto da Casa Legislativa com a função do parlamentar?

A

Presunção absoluta.

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50
Q

Qual a presunção da manifestação feita fora da Casa Legislativa com a função parlamentar?

A

O nexo com a função parlamentar deve ser comprovado.

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51
Q

O parlamentar licenciado mantém a imunidade?

A

Não subsistirão suas imunidades parlamentares durante o seu licenciamento.

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52
Q

Os deputados estaduais possuem as mesmas prerrogativas dos deputados federais?

A

Sim.

  • imunidade material;
  • imunidade formal.
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53
Q

Os deputados estadual são julgados pelo STF?

A

Não. Serão processados perante o TJ, TRF ou TRE, conforme o caso.

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54
Q

Onde devem estar previstas as imunidades dos deputados estaduais?

A

Nas Constituições dos Estados, por serem normas de reprodução obrigatória pelos Estados Membros.

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55
Q

Os vereadores tem as mesmas prerrogativas dos deputados federais?

A

Apenas imanudade absoluta (não possuindo imunidade processual, formal ou relativa).

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56
Q

Em que consiste a imunidade absoluta dos vereadores?

A

Protege suas manifestações para que os vereadores possam exercer livremente seu mandato, sentindo-se livres para debater sobre qualquer assunto e exporem qualquer situação, sem temor de consequências cíveis e penais.

57
Q

Os vereadores possuem prerrogativa de foro?

A

Apenas se estiver prevista na Constituição do Estado.

58
Q

Havendo foro por prerrogativa de função fixada pela Constituição do Estado, este não prevalecerá no caso de competência do tribunal do júri.

A

Isto é o que prevê a Súmula Vinculante nº 45 (conversão da antiga Súmula nº 721 do STF).

59
Q

Para que haja imunidade, no caso dos vereadores, onde a manifestação deve ocorrer?

A
60
Q

De acorod com a Constituição, qual a função exercida pelo advogado?

A

Exerce função essencial à Justiça.

61
Q

Qual imunidade do advogado?

A

Inviolabilidade sobre suas manifestações no exercício de sua profssissão.

62
Q

Por que a garantia da inviolabilidade do advogado do advogado é imprescindível?

A

Para que o advogado possa, sem temor, exercer a defesa dos interesses dos seus representados em juízo, podendo, assim, rechaçar argumentos e acusações da outra parte.

63
Q

Qual a fonte constitucional da referida garantia de inviolabilidade do advogado?

A
64
Q

A lei pode limitar a inviolabilidade do advogado?

A

Sim, pode torná-la mais restrita.

65
Q

Qual a aplicabilidade e eficácia da norma que dispõe o art. 133 da CRFB?

A

É uma norma de aplicabilidade imediata e eficácia contida.

66
Q

Por que o desacato deve ser riscado na nossa transcrição do art. 7º, § 2º, do Estatuto da OAB?

A

Pois o STF, no julgamento da ADI nº 1.105/DF, declarou a inconstitucionalidade parcial do referido dispositivo, determinando a exclusão do termo desacato.

O entendimento da Corte foi de que a inclusão do crime desacato implicaria na desigualdade entre juiz e advogado, retirando daquele a autoridade que é necessária para a condução do processo.

67
Q

A que se vincula a inviolabilidade do advogado?

A

Se vincula à atividade funcional, devendo estar vinculada à discussão da pretensão que o advogado defende naquele caso.

68
Q

Quais manifestações a inviolabilidade do advogado abarca?

A

As ofensas irrogadas em juízo na defesa de seu representado.

69
Q

A inviolabilidade do advogado não abarca quais manifestações?

A

Ofensas gratuitas ou desvinculadas do exercício de suas funções ou da defesa dos interesses apresentados em juízo.

70
Q

A sentença penal estrangeira pode gerar efeitos, inclusive efeitos automáticos, no nosso território nacional?

A

Sim.

71
Q

Em que consistem os efeitos automáticos?

A

São efeitos que independem de qualquer condição.

72
Q

Cite um exemplo de efeito automático.

A

A possibilidade de a condenação no exterior ensejar a reincidência se novo fato delituoso for praticado no Brasil.

73
Q

Em quais casos é imprescindível que haja a homologação da sentença penal estrangeira para sua execução?

A
  • obrigação do condenado de reparar o dano, de restituição e de outros efeitos civis;
  • imposição de medida de segurança.
74
Q

Qual a necessidade de homologação da sentença penal estrangeira?

A

Decorre da necessidade de sua execução, determinando que haja uma delibação.

75
Q

Quais são as hipóteses de homolação da sentença estrangeira?

A
76
Q

Qual o requisito para a homologação da sentença estrangeira na hipótese de reparação do dano, restituição e outros efeitos civis?

A

Provocação do interessado.

77
Q

Qual o requisito para homologação da sentença estrangeira na hipótese de medida de segurança?

A

É necessário que o país tenha tratado de extradição com a República Federativa do Brasil OU, na sua falta, que haja requisição do Ministro da Justiça.

78
Q

De quem é a competência para homologação da sentença estrangeira?

A

Superior Tribunal de Justiça.

79
Q

Não se homologa sentença proferida no estrangeiro sem prova do trânsito em julgado.

A

Correto.

80
Q

O STJ analisa o mérito da sentença penal estrangeira?

A

Não. O STJ analisa os requisitos formais para sua homologação.

81
Q

Existe outra hipótese para sentença estrangeira produzir efeitos no Brasil?

A

Sim, consistente na possibilidade de confisco de bens em caso de lavagem de dinheiro.

82
Q

O que prevê o art. 8º do Código Penal sobre pena tratada no estrangeiro?

A
83
Q

A matéria sobre pena cumprida no estrangeiro se relaciona com qual princípio?

A

Com o princípio chamado de ne bis in idem.

84
Q

Em que consiste o princípio ne bis in idem?

A

Veda:

  • dupla punição pelo mesmo fato;
  • dupla valoração do mesmo fato OU circunstância para dosimetria da pena;
  • dupla execução da mesma pena.
85
Q

Da onde deriva a possibilidade de o agente ser condendado no Brasil e no exterior?

A

Deriva da extraterritorialidade da lei penal.

86
Q

Em que consiste a extraterritorialidade?

A

Se refere à aplicação excepcional da lei nacional a crimes cometidos exclusivamente no estrangeiro.

87
Q

A extraterritorialidade penal é regra?

A

É uma exceção à regra, que é a da territorialidade, ou seja, em regra a lei penal brasileira é aplicada apenas aos crimes cometidos no território brasileiro.

88
Q

Caso haja condenação do agente tanto no Brasil quanto no estrangeiro, qual norma deve ser aplicada?

A

A norma do art. 8º do Código Penal, que estipula as regras conforme a natureza das penas.

89
Q

O que ocorre se as penas forem da mesma qualidade?

A

A pena cumprida no estrangeiro deve ser abatida da pena a que o agente foi condenado no Brasil.

90
Q

O que ocorre se as penas forem de tipos diferentes?

A

Deve haver a atenuação da pena a ser executada no Brasil, em consideração da pena já cumprida no estrangeiro.

91
Q

Qual o regramento de contagem dos prazos no âmbito do Direito Penal?

A
  • possui regramento próprio;
  • não se confude com a contagem do Processo Civil nem do Processo Penal.
92
Q

Para que é utilizada a forma de contagem no direito penal?

A
  • é utilizada para contagem de prescrição;
  • se verifica se um determinado fato delituoso já prescreveu ou se ainda é possível sua punição.
93
Q

No caso dos prazos penais, exemplique o fato de o dia do começo ser incluído no cálculo.

A
94
Q

No caso dos prazos penais, discorra sobre o fato dos dias, meses e anos serem contados normalmente.

A
95
Q

No que concerne aos prazos penais, quais são as suas características?

A

São fatais e improrrogáveis, mas suscetíveis de suspensão e interrupção.

96
Q

Como conta-se a pena privativa de liberdade de 5 anos de reclusão, com início do cumprimento em 28 de maio de 2018?

A
97
Q

João foi injuriado por Maria no dia 8 de setembro de 2017, que o chamou de corrupto na frente de vários cidadãos. Qual o último dia do prazo para oferecimento da queixa-crime?

A

João foi injuriado verbalmente por Maria, o que leva à conclusão que ele conheceu a autoria no mesmo dia em que a conduta foi praticada. Deste modo, deve-se contar 6 meses a partir de 8 de setembro de 2017. Já sabemos que a inclusão do dia do começo faz com que a data final recaia no dia 7. Ademais, os seis meses devem ser contados mês a mês, iniciando-se em setembro de 2017.

Assim, o prazo final para oferecimento da queixa-crime é o dia 7 de março de 2018.

98
Q

E se o prazo for aplicado para o direito penal e para o direito processual penal?

A

Trata-se de prazo de natureza híbrida, devendo prevalecer sua natureza material, ou seja, de direito penal.

99
Q

Em que consiste a decadência?

A

É a extinção do direito de oferecer:

  • queixa-crime, no caso de ação penal privada;
  • representação, no caso de ação penal pública condicionada à representação;
  • oferta de queixa-crime, no caso de omissão do MP, em exercício do dirieto de ação penal privada subsidiária da pública.
100
Q

A forma de contagem em sua natureza material, ou seja, de direito penal (incluindo-se o dia do começo no cômputo do prazo) dos prazos aplica-se para quais matérias do direito penal?

A

Aplica-se a todos os prazos do direito material.

101
Q

Quais são os prazos doo direito material?

A
  • duração das penas;
  • prescrição;
  • decadência;
  • sursis;
  • suspensão condicional do processo.
102
Q

Em que consistem as frações não computáveis da pena?

A
103
Q

Como as penas são estipuladas no nosso ordenamento jurídico?

A

Em três etapas:

  • das circusntâncias judiciais;
  • das agravantes e atenuantes;
  • das causas de aumento e diminuição de pena.
104
Q

De que forma as frações de dias devem ser desprezadas?

A
105
Q

De que forma as frações de dinheiro não devem ser consideradas?

A
106
Q

Em que consiste o conflito aparente de normas?

A

Consiste na suposta incidência de mais de uma norma, de modo que todas elas seriam aplicáveis a um mesmo fato.

107
Q

Por que o conflito de normas é aparente?

A

É apenas aparente pois, após a solução do (imaginado) conflito, somente uma norma deverá ser efetivamente aplicada.

108
Q

Quais são os requisitos para se configurar o conflito aparente de normas?

A
109
Q

Para solucionar o suposto conflito, o direito penal se vale de quatro princípios. Quais são eles?

A
  • princípio da especialidade;
  • princípio da subsidiariedade;
  • princípio da consumação (ou absorção);
  • princípio da alternatividade.
110
Q

Em que consiste o princípio da especialidade?

A
  • lex specialis derogat legi generali;
  • lei especial derroga a lei geral;
  • havendo a incidência de uma lei geral e uma lei especial, esta última prevalecerá por ser mais adequada ao caso.
111
Q

E o que torna uma lei especial em relação a outra, considerada geral?

A

Lei especial é aquela que contêm todos os elementos da geral, além de um ou mais elementos distintivos, os quais são chamados de especializantes.

112
Q

O princípio da especialidade fundamenta-se em qual artigo do código penal?

A
113
Q

Como é feita a comparação entre norma geral e a norma especial?

A

É feita em abstrato, não se analisa a gravidade em concreto do fato praticado.

114
Q

Em que consiste o princípio da subsidiariedade?

A
  • norma primária prevalece sobre a norma chamada subsidiária;
  • lex primaria derogat legi subsidiariae;
  • lei primária derroga a lei subsidiária.
115
Q

Quando a lei é subsidiária em relação a outra?

A

Quando descreve um grau menor de violação do bem jurídico.

116
Q

Como é feita a comparação de uma norma subsidiária à outra?

A

É feita em concreto, relação de minus e de plus, ou seja, de maior ou menor intensidade.

Então, a solução oferecida para o conflito aparente de normas leva em conta a análise do fato.

117
Q

O que preconiza o princípio da subsidiariedade?

A
  • a norma primária tem prevalência sobre a norma subsidiária, em análise da maior ou menor gravidade da conduta praticado pelo agente;
  • a norma subsidiária somente vai ser utilizada quando a mais grave não se aplicável ao caso concreto.
118
Q

Como Nelson Hungria denominou a norma subsidiária?

A

Soldado de reserva.

119
Q

Exemplifique a relação de subsidiariedade, onde uma norma contém a outra.

A
120
Q

Como a subsidiariedade pode ser classificada?

A
121
Q

Em que consiste a subsidiariedade expressa ou explícita?

A
122
Q

Em que consiste a subsidiariedade tácita ou implicíta?

A
123
Q

Em que consiste o princípio da consunção ou absorção?

A

O crime (fato) previsto por uma norma (consunta) constitui meio necessário ou fase normal de preparação ou realização de outro crime (previsto na norma consuntiva).

124
Q

Qual a determinação do princípio da consunção ou absorção?

A
  • a norma consuntiva derroga a norma consunta;
  • lex consumens derogat consumptae;
  • a norma que prevê uma fase normal ou necessária para execução de um crime prevista em outra restará por ela absorvida;
  • o fato mais grave é absorvido pelo menos grave.
125
Q

Cite exemplos em que o princípio da consunção é aplicado.

A
  • crime consumado absorve o tentado;
  • homicídio absorve as lesões corporais;
  • crime de perigo é absorvido pelo crime de dano, etc.
126
Q

Quais são as quatro possíveis espécies da consunção?

A
  • o crime progressivo;
  • a progressão criminosa em sentido estrito;
  • o fato anterior não punível;
  • o fato posterior não punível.
127
Q

Em que consiste o crime punível?

A
128
Q

Em que consiste a progressão criminosa em sentido estrito?

A
129
Q

Em que consiste o fato anterior (ante factum) não punível?

A
130
Q

Em que consiste o fato posterior (post factum) não punível?

A
131
Q

Exemplificação do crime progressivo com a progressão criminosa.

A
132
Q

O Superior Tribunal de Justiça entende que um crime mais grave pode ser absorvido por outro menos grave. O critério adotado na jurisprudência do STJ é a de que o crime-fim absorve o crime meio.

A

Correto.

133
Q

Conforme a lição de Guilherme de Souza Nucci, “quando a infração prevista na primeira norma constituir simples fase de realização da segunda infração, prevista em dispositivo diverso, deve-se aplicar apenas a última”.

A

Correto.

134
Q

Quando ocorre a aplicação do princípio da alternatividade?

A
135
Q

O que são tipos penais alternativos?

A

São aqueles que possuem mais de um núcleo do tipo, ou seja, mais de um verbo que defina a conduta configuradora da infração penal.

136
Q

Cite um exemplo do tipo penal alternativo.

A
137
Q

É firme o entendimento desta Corte Superior de que “o crime de tráfico de drogas é tipo misto alternativo restando consumado quando o agente pratica um dos vários verbos nucleares inserido no artigo 33, caput, da Lei n. 11.343/2006, sendo a venda prescindível ao seu reconhecimento”.

A

Correto.

138
Q
A