Atenção Flashcards

1
Q

William James (1890)

Quais os dois modos de atenção

A
  • Ativos:A atenção é controlada por mecanismos descendentes porque requer um esforço relacionado com os meus objetivos e expectativas; Voluntariamente presto atenção
  • Passivos:A atenção é controlada por mecanismos ascendente, porque depende unicamente de estímulos externos.
    Controlados maioritariamente pelo estímulo e não pelo indivíduo
    Involuntariamente presto atenção
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2
Q

Colin Cherry (1953)

O que é o fenómeno Cocktail Party Problem

A
  • Como, no meio de múltiplas conversas, conseguimos atender apenas uma?
  • Foi demonstrado que é por causa das diferenças físicas dos estímulos, porque estas diferenças tornam-se salientes e permitem que eu atenda apenas um estímulo
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3
Q

Colin Cherry (1953)

Como foi demonstrado?

Cocktail Party Problem

A
  • A partir doShadowing Task
  • Uma pessoa ouvia duas mensagens com a mesma voz e foi observado o seguinte:
  • Era muito díficil separar as duas mensagens com base no significado
  • Pouca informação é extraída da mensagem não atendida
  • Mas se houver mudanças físicas, as duas mensagens são detetadas
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4
Q

Teoria de Broadbent

A
  • Teoria plausível
  • input paralelo no registo sensorial
  • a filtragem impede a sobrecarga do mecanismo de capacidade limitada (o filtro tem a característica de ser “tudo ou nada”)
  • o filtro deixa passar apenas as características físicas da mensagem irrelevante (não atendida), ou seja, as características físicas passam sempre.
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5
Q

Broadbentt (1958)

Escuta Dicótica

A
  • Descobriu que os participantes reproduziam, em geral, primeiro o que ouviram num ouvido e o que ouviram no outro a seguir
  • A atenção seria lenta a mudar; é preciso tempo parra reorientar a atenção
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6
Q

Broadbent

Limitações

Atenção Auditiva Focalizada

A
  • A habilidade de processar certos estímulos não atendidos
  • A existência de aprendizagem implícita a partir de estímulos não atendidos, apesar de existir consciência explícita
  • Porque é que alguns indivíduos deteam o seu nome na mensagem não atendida
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7
Q

Gray e Wedderburn (1960)

Nova versão da escuta dicótica

A

Ocorreu uma repordução com base no significado (mesmo que alternado entre ouvidos)

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8
Q

Lachter (2004)

Reformulação da teoria de Broadbent

A

Evidências de investigação permitiram provar que as mudanças da atenção rápidas para estímulos não atendidos podem explicar o processamento semântico ocasional de estímulos não atendidos

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9
Q

Teoria de Treisman (1960)

A
  • Teoria mais adequada
  • Mantém a noção de filtro, mas agora chama-se atenuador
  • O atenuador reduz a análise da mensagem irrelevante, no sentido de torná-la menos apta para ativar lexicais
  • A informação não atendida/irrelevante é atenuada depois do registo sensorial, tornando-a menos apta para o processamento
  • A análise do estímulo é hierárquica e, quando a capacidade é antigida a análise hierárquica é impedida
  • Os estímulos não atendidos são processados, mas não o suficiente para os podermos relatar
  • O limiar de ativação de todos os estímulos importantes e apropriados ao contexto/expectativas são mais baixos- ou seja os estímulos não atendidos podem exceder o limiar da consciência
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10
Q

Teoria de Deutsch & Deutsch (1967)

A
  • Teoria menos adequada
  • Todos os estímulos são completamente analisados
  • A seleção ocorre mais tarde, imediatamente antes da resposta
  • Apenas estímulos mais relevantes determinam a resposta dada
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11
Q

Treisman & Riley (1969)

Shadowing task para defender a teoria de Treisman

A

Para a repetição quando se deteta uma determinada palavra-alvo em cada mensagem ouvida número de deteções na mensagem atendida > mensagem não-atendida

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12
Q

Posner (1980)

Quais os 2 sistemas principais atencionais

A
  • Sistema Endógeno
  • Sistema Exógeno
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13
Q

Posner (1980)

Sistema Endógeno

A
  • Voluntário
  • Controlado pelas intenções e expectativas do indivíduo
  • Envolvido quando são apresentadas pistas centrais, simbólicas
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14
Q

Posner (1980)

Sistemas Exógenos

A
  • Involuntário
  • Controlado pelo estímulo
  • Mudanças atencionais automáticas
  • Envolvido quando são apresentadas pistas periféricas, sensoriais
  • Estímulo mais saliente ou qeu diferem de outros estímulos são atendidos com maior probabilidade
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15
Q

Que conceitos desenvolveram Corbetta & Shulman em 2002

conceitos apresentados por Posner em 1980

A
  • Sistema Atencional Top-Down
    1. Endógeno; dorsal
    2. Rede fronto-parietal dorsal
    3. Há pistas sobre a localização ou outra característica de um estímulo ainda não apresentado
    4. influenciado por: expectativas, conhecimento, experiência…
    5. sistema atencional dirigido para um objetivo
  • Sistema atencional Bottom-Up
    1. Exógeno; ventral
    2. Rede frontal-parietal ventral
    3. há detenção de estímulos de bvaixa frequência/ inesperados, potencialmente importantes
    4. Controlado por: estímulos
    5. Sistema atencional dirigido para mudanças repentinas no ambiente
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16
Q

Como é que os dois sistemas (top-down & bottom-up) estão em interaçãoe influenciam-se mutuamente

A
  • As conexões entre a junção temporo-parietal (TPJ) e o sulco intraparietal (IPS) suspendem a atenção dirigida a um determinado objetivo, quando estímulos inesperados são detetados
    sistema bottom-up: ativado → sistema top-down : desativado
  • A informação acerca da importância dos estímulos inesperados passa da junção intraparietal (IPS) para a junção temporo-parietal (TPJ)
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17
Q

O que é a Heminegligência

A
  • É a ausência de consciência do estímulo apresentado no lado do espaço oposto ao da lesão cerebral
  • Fierro et al.(2002) Descobriu que a heminegligência estaria associada a lesões no giro angular através de estudo de pacientes com esta perturbação que tinham défice na tarefa de bisseção de linhas
  • Bartolomeo et al. (2007) Concluiu que a heminegligência se devia a uma desconexão das redes cerebrais de larga escala entre as regiões parietal e frontal
  • Afeta principalmente processos bottom-up
18
Q

Posner (1980)

O que é Attencional Spotlight?

Atenção baseada na localização

A
  • Feixe de atenção ou foco mental interno
  • Atenção implícita
19
Q

Eriksen & St.James (1986)

O que é Zoom-lens?

Atenção baseada na localização

A
  • A “abertura” não é fixa, é variável
  • Feixe estreito ou largo -> mais ou menos detalhe
20
Q

Lavie (2005)

Quais as ideias chaves da Teoria da Carga Percetiva

A
  • Os recursos atencionais são limitados em capacidade
  • Os estímulos relevantes na realização de uma tarefa são processados antes dos estímulos irrelevantes
  • Todos os recursos atencionais são usados
  • A carga percetiva é uma condição necessária para a atenção seletiva. Todos temos uma capacidade atencional limitada
21
Q

A suscetibilidade à distração é maior quando

Teoria da carga percetiva

A
  • A tarefa envolve baixa carga percetiva, porque “há recursos atencionais de sobra”.
    A carga percetiva é medida pelo/a:
  • número de estímulos a percecionar na tarefa
  • exigência de processamento de cada estímulo
  • Existe uma elevada carga sobre as funções cognitivas de controlo executivo (por exemplo, a memória de trabalho), especialmente quando a discriminação alvo-distrator é difícil
22
Q

Quais os dois estádios da teoria de integração de traços de Treisman

A
  • Estádio pré-atentivo
  • Estádio atentivo
23
Q

Treisman

Estádio pré-atentivo

Teoria de integração de traços

A
  • Diferentes partes do cérebro recolhem automaticamente informação sobre as características básicas (cores, forma, movimento) do que se encontra no campo visual
  • Nós não nos apercebemos deste processo, porque ocorre cedo no processamento perceptual antes mesmo de nos tornarmos conscientes do objeto
24
Q

Treisman

Estádio Atentivo

Teoria de integração de traços

A
  • Combinação de características individuais de um objeto de forma a percecioná-lo como um só
  • Esta combinação de características individuais de um objeto requer atenção
  • Selecionar o objeto ocorre com um ‘master plan’ das localizações das características
  • O “master map” das localizações contém todas as localizações nas quais características foram detetadas
  • Se o objeto for familiar, ocorre uma associação entre este e conhecimento anterior que o indivíduo tem sobre ele, o que resulta na sua identificação
25
Q

Quais são as duas procuras visuais distintas

Teoria de integração de traços

A
  • Procura em paralelo: Rápida e pré-atentiva; as características destacam-se durante a procura;
  • Procura de um alvo que se destingue dos distratores por apenas uma característica
  • Tempo de procura do alvo é independente do número de distratores (pop-out effect)
  • Estádio pré-atentivo
  • Procura em série: Identificação de características em série; lenta; requer atenção consciente e esforço
  • Procura de um alvo que se distingue dos distratores por uma combinação de características
  • O tempo de procura aumenta com o número de distratores
26
Q

Quais os dois tipos de mapas

Processamento hierárquico ascendente

A
  • Mapas de traços sensoriais/ características
  • Mapa de localizações
27
Q

Mapas de traços sensoriais/ características

Processamento hierárquico ascendente

A
  • Presença de uma característica algures no campo visual
  • Informação espacial implícita sobre a característica
  • Dizem-nos o que está no campo visual, não nos podem dizer onde está localizado com precisão
28
Q

Mapa de localizações

Processamento hierárquico ascendente

A
  • Codifica a localização exata dos traços, mas não que traços estão localizados num determinado ponto
29
Q

Treisman & Schmidt (1982)

Conjunções ilusórias

A
  • Erros de associação de traços
  • Validam a teoria de integração de traços de treisman, porque as combinações erradas apontam para uma separação de traços, que ocorre no estádio pré-atentivo
  • As conjunções ilusórias são indicativas de processamento analítico inconsciente e precoce
30
Q

Duncan & Humphreys

Teoria do Envolvimento Atencional

A

O tempo para detetar um alvo depende de 2 fatores fundamentais
* Semelhança entre o alvo e os distratores (procura mais lenta quando a semelhança é maior)
* Semelhança entre os distratores (procura mais lenta quando há pouca semelhança)

31
Q

Treisman & Davies (1973)

Modalidade de Estímulos

Atenção dividida - Semelhança das Tarefas

A

Maior interferência quando os estímulos das duas tarefas são da mesma modalidade sensorial

32
Q

McLeod (1977)

Resposta Exigida

Atenção dividida - Semelhança das Tarefas

A

Maior interferência quando a modalidade de respostas é a mesma

33
Q

Spelke, Hirst & Neisser (1976)

Prática

Atenção dividida

A
  • A prática pareceu produzir um aumento importante na capacidade para realizar duas tarefas simultaneamente
  • No entanto:
    - Apenas foram avaliadas medidas de precisão; serão menos sensíveis do que medidas de velocidade?
    - A tarefa de leitura permite uma certa flexibilidade na alternância da atenção entre tarefas
34
Q

Sullivan (1976)

Dificuldade da Tarefa

Atenção dividida

A
  • A tarefa consistia em ouvir a repetição acompanhante de uma mensagem auditiva e ao mesmo tempo detetar as palavras-alvo na mensagem não repetida
  • O aumento do grau de dificuldade da primeira tarefa reduz o número de deteções das palavras-alvo
35
Q

Kahnemann

Teoria da Capacidade Central

A

Capacidade central de atenção - utilizada de um modo flexível numa série de atividades
Capacidade limitada - duas tarefas podem ser realizadas ao mesmo tempo se os graus de exigência combinados não excederem o limite dos recursos totais da capacidade central
Limite de capacidade - varia com o grau de dificuldade da tarefa, de esforço e de motivação

36
Q

Wickens (1984)

Teoria dos Recursos Múltiplos

A
  • Mecanismos de processamento independentes
  • Estádios sucessivos de processamento
    1.Codificação
    2.Processamento central
    3.Resposta
  • A Codificação envolve processamento percetivo, que pode ser modalidade visual ou auditiva
  • A Codificação e o Processamento central envolvem códigos espaciais ou verbais
  • A Resposta pode ser manual ou verbal
  • Este modelo explica o efeito de semelhança de tarefas: Tarefas semelhantes competem pelos mesmos recursos específicos; logo, há interferência
37
Q

Wickens (1984)

Quais as Evidências e as Limitações

Teoria dos recursos múltiplos

A
  • Evidências:-Experimentais: Há mais interferência quando as tarefas partilham a mesma modalidade ou o mesmo tipo de resposta
    -Neuroimagiologia: Tarefas muito diferentes envolvem ativação de áreas cerebrais largamente separadas
  • Limitações:
    -Considera apenas modalidades visual e auditiva
    -Mesmo quando duas tarefas envolvem modalidades diferentes, há muitas vezes algum grau de interferência (Treisman & Davies, 1973)
38
Q

Evidências da Neurociência Cognitiva

Atenção Dividida

A
  • Processar duas tarefas ao mesmo tempo é diferente de as processar isoladamente.
  • Ativação cerebral durante uma dupla tarefa é menor do que a soma da ativação das duas tarefas isoladas
39
Q

Processamento Automático

A

Com a prática, ocorre uma melhoria no desempenho em tarefas duplas porque algumas atividades se tornam automáticas.
Distinção teórica entre processos controlados e processos automáticos:
* Processos Controlados - Requerem atenção, são de capacidade limitada(processamento serial) e podem ser usados com flexibilidade em circunstância de mudança
* Processos Automáticos - Não requerem atenção, são de capacidade ilimitada e são muito difíceis de modificar após serem aprendidos

40
Q

Welford & Pashler

Teoria do Estreitamento Cognitivo (Gargalo)

A
  • O processamento perceptivo em duas tarefas pode ocorrer em paralelo, masa seleção subsequente da resposta ocorre de um modo serial
  • Quando adicionamos uma segunda tarefa, reduzimos a quantidade e a qualidade da informação que é armazenada
  • Quando recuperamos informação que foi processada em multitasking (ou com interrupções significativas de uma tarefa secundária), estamos mais sujeitos a qualquer forma de decremento do desempenho