Asma Flashcards
Anatomia das cavidades respiratórias
fossas nasais - conchas nasais - cavum - adenoides - nasofaringe - pregas vocais - traqueia - carina - bronquios
Segmentação brônquica
Os bronquios surgem como principais (direito e esquerdo), seguidos de lobares, segmentares, subsegmentares - bronquíolos - bronquíolos respiratórios - saco alveolar
segmentação pulmonar
o pulmão direito é dotado de 3 lobos (um é chamado de língula), enquanto o esquerdo possui apenas 2 lobos.
muco respiratório
substancia de teor líquido, presente desde as fossas nasais até as vias mais inferiores, com função de proteger, aquecer e umidificar o ar que adentra a cavidade respiratória para efetivar as trocas gasosas, além de evitar danos ao tecido local.
Composição tecidual do sistema respiratório
epitélio cilindrico pseudoestratificado mucociliado - lâminas de tecido conjuntivo frouxo - muscular da mucosa - submucosa - camadas de muscular própria intercaladas com tecido cartilaginoso
Cílios do epitélio respiratório
possuem como função a remoção de particulas indesejadas, movimentando-se das vias respiratórias inferiores em direção às superiores
função de cada camada tecidual respiratória
epitélio - revestimento, proteção, lubrificação
conjuntivo frouxo - função de defesa, pela presença de infiltrado de células imunes
muscular da mucosa - modificações contráteis na arvore respiratória, sendo responsável pelos movimentos passivos expiratórios
submucosa - produção de muco
peculiaridade da vascularização pulmonar
predominantemente venosa, recebendo sangue escasso em O2 para oxigená-lo
Quando os movimentos expiratórios tornam-se ativos?
quando a mecânica passiva torna-se ineficiente, de modo que começa-se a utilizar a musculatura acessória.
definição de asma
síndrome caracterizada por obstrução das vias respiratórias inferiores ocasionada por uma inflamação edemaciativa derivada de uma hipersensibilidade das células da submucosa (produtoras de muco) com evolução de caráter variável
como se desencadeia a reação asmática?
um indivíduo geneticamente predisposto a ter asma interage com fatores externos, como ácaros, poeiras, frio, vapores, fungos e até mesmo odores fortes. A partir daí, é desencadeada uma série de processos fisiopatológicos de carater imune que levam ao edemaciamento das vias aéreas inferiores com proliferação exacerbada de muco. o que gera o quadro sintomatológico próprio da patologia.
quais são as respostas presentes na formação patológica da asma
respostas alérgica e colinérgica
Resposta alérgica da asma
ao entrar em contato com a substância ou meio irritante, macrófagos e células dendríticas se sensibilizam e estimulam linfócitos a gerarem uma resposta Th2. a IL5 é então secretada e induz a ativação de células como mastócitos, os quais secretam histamina. Tal composto, por sua vez, ocasiona a retroalimentação positiva de outros macrófagos, células dendríticas, mastócitos e eosinófilos e então cada vez mais histamina é liberada, gerando uma reação de hipersensibilidade alérgica.
Resposta colinérgica da asma
os estimuladores alérgicos gerados na primeira via de resposta asmática vão sensibilizar terminações nervosas, ativando as vias sensoriais. O organismo, diante disso, ativa mecanismos de defesa cujo agente principal é a acetilcolina. Essa substância, por sua vez, gera reações na parede brônquica, de modo que haverá vasodilatação com consequente exsudação de líquidos e edema, contração das células musculares lisas e estriadas locais e maior produção de muco pelas células da submucosa. Todos esses fatores culminam na broncoconstrição desde a traqueia até os bronquios terminais.
Recorrência de crises asmáticas
a constante exsudação gerada pela recorrência das crises leva a perda de complacência brônquica devido a deposição de colágeno, tendo, portanto, um espessamento da parede brônquica e surgimento de lesões irreversíveis, além de redução de resposta da musculatura local.
Quadro clínico da asma
dispneia
tosse crônica normalmente pouco produtiva
sibilância
desconforto ou opressão torácica
sintomas mais presentes a noite ou pela manhã e desencadeados por alérgenos
melhora com o uso de medicações específicas para asma
exame físico geralmente inespecífico
testes diagnósticos disponíveis para asma
espirometria
teste de broncoprovocação
medidas seriadas de fluxo expiratório máximo
Espirometria
capaz de estabelecer o diagnóstico de asma, a espirometria dá o diagnostico por meio da redução da relação entre o volume expiratório forçado no primeiro segundo e capacidade vital forçada (VEF1/CVF) e define a intensidade da crise pelo percentual da elevação do VEF1 após uso de broncodilatador inalatório.
Resultado de espirometria indicativa de asma
VEF1 com valor inferior a 80% do previsto, de acordo com as referências do paciente (antropometria, idade, sexo, altura, peso)
CVF menor que 75% do previsto para adultos
aumento do VEF1 em 7% ou mais após uso de BD inalatório
Testes de broncoprovocação
consiste na exposição a agentes evidentemente broncoconstritoras - metacolina, carbacol, histamina. É feito por especialista e em casos de espirometrias normais ou sem resposta BD significativa, mas com alterações na qualidade de vida. Se negativo, exclui o diagnóstico de asma, mas se positivo não confirma.
medidas seriadas de PFE - picos de fluxo expiratório
possível de ser feito no esf, porém usando-se de medidas grosseiras e esforço-dependentes, permite o diagnóstico de asma se:
- detectar aumento de pelo menos 15% no PFE após uso de BD inalatório
- variação diurna no PFE > 20% usando comparação entre medidas diurnas e vespertinas, recolhidas durante duas semanas.
Analisa predominantemente vias aéreas superiores.
diagnósticos diferenciais de asma
- rinossinusites
- síndrome de hiperventilacao alveolar e síndrome do pânico
- obstucao de vias aéreas superiores (neoplasias, aspiração de corpo estranho)
- disfunção das pregas vocais
- DPOC e outras doenças obstrutivas das vias aéreas inferiores (bronquiolites, bron-quiectasias e fibrose cística
- doenças difusas do parênquima pulmonar
- insuf cardíaca sistólica e diastólica
- doenças da circulação pulmonar (hipertensão embolia)
Gravidade da asma
relativa ao número e intensidade de medicações no tratamento:
- leve: baixa intensidade de tratamento
- moderada: intensidade intermediária de tratamento
- grave: intensidade alta de tratamento
bases do tratamento de asma
parceria médico-paciente
indentificação e controle dos fatores de risco
tratamento medicamentoso com base em substâncias de ação adrenérgica ou bloqueadores colinérgicos