APENDICITE Flashcards

1
Q

Principal grupo acometido na apendicite?

A

Homens entre 15 a 30 anos.

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Q

Causas de apendicite?

A

A causa é obstrução do lúmen apendicular.

Pode ser obstruído por:

  1. Fecalito
  2. Parasitas
  3. Corpo estranho
  4. Tumor
  5. Aumento de tecido linfoide
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3
Q

Classificação da apendicite:

A
  1. Edematosa - edema e eritema (sinais flogísticos) / ou ainda fase catarral –> importante secreção de muco.
  2. Úlcero flegmonosa - fibrina e endurecimento –> intesidade de adesão de alças e omento à região apendicular
  3. Gangrenosa - necrose sem perfuração –> parede está morta, com alta permeabilidade –> risco de translocação, risco de sepse.
  4. Perfurativa - perfuração
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4
Q

O que caracteriza a apendicite complicada?

A
  • Quando o apêndice se encontra nas fases gangrenosa e perfurativa.
  • Quando na cavidade há peritonite difusa ou presença de coleções periapendicular (pus, abcesso).
  • Quando o individuo se encontra séptico.
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5
Q

Fisiopatogênia da apendicite:

A

Há uma obstrução luminal que leva ao acúmulo de secreções no interior do apêndice, hiperproliferação bacteriana local com aumento da pressão intraluminal, levando à isquemia da parede cecal, com posterior necrose e perfuração.

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6
Q

Quadro clínico típico de apendicite?

A
  1. Dor visceral: dor abdominal difusa A/E ou que migrou para FID.
  2. Sintomas constitucionais: anorexia, náuseas, vômitos, febre.
  3. Peritonite –> sinal de complicação (perfuração?)
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7
Q

Sintomas atípicos da apendicite?

A

Vai depender da posição do apêndice e, portanto, proximidade com outras estruturas.

  • Próximo à bexiga: disúria, hematúria, piúria, urgência.
  • Proximo ao delgado: diarreia
  • Próximo ao reto: tenesmo
  • Próximo ao ureter: dor lombar
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8
Q

Sinais de peritonite:

A
  • Dor bem localizada em FID (migração da dor) –> acomete peritonio parietal
  • DB positiva em FID
  • Paciente imóvel –> evita mobilidade do peritonio inflamado.
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9
Q

Sinais de apendicite complicada?

A

Quando há perfuração –> simula um ABD agudo perfurativo:

  • Peritonite difusa
  • Abdome em tábua
  • Sinal de Jobert: perda da macicez hepática –> indica pneumoperitonio.

Quando há formação de abscesso:

  • Presença de plastrão –> perfuração contida do conteúdo, formando uma grande massa inflamatória.
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10
Q

Diagnóstico diferencial de apendicite?

A
  • Colecistite aguda: dor em cólica em HD, febre e Murphy +
  • Adenite mesentérica: é por hipertrofia de gânglios no mesentério –> dor abdominal, prostração e febre. Ocorre geralmente após infecção viral.
  • Abscesso de psoas: febre, dor lombar. Pode apresentar massa palpavel em FID e escoliose.
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11
Q

Sinais clínicos de apendicite ao exame físico:

A
  • Sinal de Blumberg
  • Sinal de Rovsing
  • Sinal de Lenander
  • Sinal de Dunphy
  • Sinal de Jobert.
  • Sinal do psoas
  • Sinal do obturador
  • Sinal da queda sobre os calcanhares
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12
Q

O que é o sinal de Blumberg?

A

Dor à DB, no ponto de McBurney, na FID.

  • Para apêndices em posição usual: anteriorizado e apontando para FID.
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13
Q

O que é o sinal de Rovsing?

A

Dor em FID à palpação profunda de FIE.

  • Ocorre por deslocamento gasoso retrógrado, levando à dilatação do apêndice, gerando a dor.
  • Para apêndices em qualquer posição.
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14
Q

O que é o sinal de Lenander?

A

Temperatura retal 1ºC > Temperatura axilar.

  • Para apêndices pélvicos
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15
Q

Sinal de Dunphy?

A

Dor em FID ao tossir

  • Para apêndices em qualquer posição.
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16
Q

Sinal de Jobert?

A

Perda da macicez hepática à percussão.

  • Sinal de pneumoperitonio.
  • Presente em apendices perfurados
17
Q

Sinal do Psoas?

A

Dor à extensão da coxa direita.

  • Apêndice posteriorizado/ retroperitoneal/ retrocecal
  • Posição: paciente em DLE, com extensão da perna direita.
18
Q

Sinal do Obturador?

A

Dor hipogástrica à rotação interna do quadril.

  • Posição: paciente e DDH, flexão de joelho direito com rotação interna da coxa/ quadril.
  • Apêndice pélvico (fica apoiado sobre o obturador)
19
Q

Sinal da queda sobre os calcanhares?

A

Ao movimento, dor em FID (para qualquer posição de apêndice).

20
Q

O que é o escore de Alvarado?

A

O escore nos auxilia quando houver dúvida sobre o diagnóstico da apendicite, principalmente nos casos de apresentação clínica atípica.

É um escore que se pauta na apresentação clínica e exames laboratoriais.

21
Q

Diagnóstico de apendicite?

A

Para apresentação típica –> diagnóstico clínico!

  1. Dor visceral + sintomas constitucionais
  2. Migração da dor para FID
  3. Peritonite
22
Q

Escore de Alvarado:

A

Varia de 0 - 10:

  • 0-3: exclui apendicite –> pensar nos diferenciais.
  • 4-6: realizar exame de imagem
  • 7-10: confirma apendicite!
23
Q

Sequência de exames de imagem pedidos na investigação da apendicite:

A
  1. USG - mais barato, sem radiação
  2. TC - padrão ouro - nem sempre disponível, radiação ionizante, contraste EV.
  3. Ressonância - evitar TC em grávidas

Ainda, paciente atípico com sinais de necessidade cirúrgica, pode ser realizada uma laparoscopia diagnóstica.

24
Q

Quais os achados no USG?

A
  • Fecalito
  • Dilatação > 6mm e/ou espessamento > 2mm (sinal do alvo)
  • Gordura periapendicular hiperecogênica
  • Líquido livre ao redor do apêndice
25
Q

USG negativo afasta apendicite?

A

Não.

O USG apresenta acurácia intermediária.

  • USG + = apendicite! –> alto VPP
  • USG - = não afasta apendicite, nova investigação –> baixo VPN.
26
Q

Quais os achados na TC?

A

Os mesmos da USG: fecalito, gordura hiperecogênica, dilatação > 6mm, espessura > 2mm, líquido livre.

+

presença de gás no lúmen do apêndice = ausência de obstrução.

27
Q

Um TC negativa afasta apendicite?

A

Sim!!

A TC tem acurácia elevada.

  • TC + = apendicite –> alto VPP
  • TC - = afasta apendicite –> alto VPN.
28
Q

Tratamento da apendicite?

A

Cirúrgico –> apendicectomia!

29
Q

Vias cirúrgicas da apendicectomia:

A

Videolaparoscopia –> preferencial!

  • Complementa diagnóstico clínico
  • Menor morbidez
  • Identifica diag diferenciais
  • TTO de todos as formas de apendice.

Via aberta

  • Incisão de McBurney: oblíqua em FID
  • Apendicite inicial –> não trata complicações
  • Não vê diferenciais
  • Quando for abd agudo perfurativo: laparotomia
  • Maior morbidez
30
Q

Quando não fazer a incisão de McBurney para o TTO de apendicite?

A

Quando houver um quadro com repercussão cavitária.

Presença de peritonite difusa pode ser indicativa de complicações extra-apendiculares. A incisão de McBurney limitaria a exploração cavitária e, consequentemente, o tratamento.

31
Q

O que é o tratamento minimamente invasivo, em 2 tempos?

A

Perfil de paciente:

  • Apendicite arrastada (> 1semana) –> “subaguda”
  • Presença de complicação local
  • Ausência de peritonite difusa
  • Paciente estável

1º tempo: clínico –> atb + drenagem percutânea do abscesso

2º tempo: após 6 semanas –> videolaparoscópica ou via aberta por McBurney (abscesso já tratado)

32
Q
A