Anomalias Congênitas Flashcards
O que é e como ocorre a hidronefrose?
Hidronefrose: atrofia isquêmica do parênquima renal. Dá-se por conta da ativação do sistema renina-angiotensiva-aldosterona, com vasoconstrição da A. Aferente, e consequente isquemia do parênquima após um período longo.
Obs: utiliza-se, usualmente, o termo “hidronefrose” para tratar diversos outros tipos de dilatação.
Quais dilatações são mais preocupantes?
Diâmetro piélico >10mm após 24 semanas costumam ser dilatações mais importantes e muito provavelmente com diagnóstico de obstrução pós-natal; Acima de 15mm na 26 semana, também.
Como é a classificação da SFU (Society for Fetal Urology) para dilatação da pelve renal?
Grau 0: sem dilatação.
Grau I: somente a pelve é visualizada.
Grau II: hidronefrose está presente e alguns cálices são visualizados.
Grau III: hidronefrose está presente e todos os cálices são visualizados);
Grau IV: a aparência da hidronefrose pode ser similar ao grau 3, mas o parênquima renal está atrofiado.
Quais são as anomalias congênitas mais comuns?
Fisiológica/Transitória (50-70%) Estenose de JUP (10 a 30%) RVU (Refluxo vesico-ureteral) (10-40%) Megaureter (5-15%) Displasia Cística (2-5%) VUP (Vávula de Uretra Posterior) (1-5%) Outros (mais raros): Ureterocele, ectopia ureteral, duplicidade, atresia uretral, prune belly, cistos renais, etc.
Quando é a indicada a antecipação do parto?
Quando há presença de hidronefrose bilateral, com oligo-hidrâmnio progressivo, sendo necessário um período maior que 32 semanas com maturidade pulmonar comprovada.
Como é realizada a avaliação pós-natal?
Quando é identificada uma hidronefrose antenatal, após o parto deve-se verificar a urina, uréia, creatinina e exame físico (a fim de identificar anomalias associadas) e realizar uma ultrassonografia 48h após o parto. Se não houver presença da hidronefrose, deve-se realizar acompanhamento, com USG após 1 mês. Se a hidronefrose se mantiver após as 48h, deve-se realizar outros exames mais específicos como UCM (Uretrocistografia Miccional) e UGE (Urografia Excretora). Se houver refluxo, realiza-se DMSA e DTPA.
Quais as principais causas de Hidronefrose e Ureterohidronefrose?
Hidronefrose: Transitória ou JUP, e tem menos riscos de complicações graves.
Ureterohidronefrose: são potencialmente graves do pontos de vista de insuficiência renal ou sepse. São comumente causadas por Válvula de uretra posterior (VUP), megaureter obstrutivo ou refluxivo, refluxo de alto grau (IV ou V).
Obs: O primeiro exame a ser realizado difere de acordo com o caso, sendo a uretrocistografia no caso de ureterohidronefrose, pois precisa ser tratado mais rapidamente; enquanto é utilizada a cintilografia renal para casos de hidronefrose.
Qual deve ser a conduta em casos de Estenose de JUP?
Deve-se levar em conta a função renal, sendo:
Função >40%: Observar (repetir USG em 3 meses).
Função <40%: Observação cuidadosa a cada 3 meses.
Função <35%: indicação de pieloplastia desmembrada.
Função <10%: derivação externa (pielostomia).
A qual anomalia se associa a Lei de Weigert Meyer e o que diz?
Duplicidade pieloureteral.
Lei Weigert Meyer: o ureter ectópico é o que drena o polo superior, e que se insere na bexiga inferior e medialmente e está relacionado com malformações obstrutivas. O ureter que drena o polo inferior tem uma inserção mais superior, sendo mais curto, e tendo como maior problema o refluxo vesico-ureteral.
O que é ureterocele?
É uma dilatação cística do ureter terminal na bexiga.
A que anomalia está mais associado o ureter ectópico e quais suas possível complicações?
Mais comum no sexo feminino (80%) associado a duplicidade ureteral.
Quadro: ITU de repetição, incontinência urinária.