Anemias Flashcards
•Anemias
Anemia ferropriva clínica
- Maior prevalência em mulheres na menacme, gestantes e crianças.
- Principais causas:
• Hipermenorréia ou menorréia
• Perdas gastrointestinais - Clínica (pode ser assintomático)
• Fadiga
• Palidez cutaneomucosa
• Pervesão alimentar ou PICA ( Pagofagia-mastigar gelo)
Queilite angular
• Baqueteamento digital
• Coiloníquia (unha em colher)
• Glossite ( atrofia de papilas linguais )
• Estomatite ou queilite angular
• Disfagia
• Síndrome das pernas inquietas
• Síndrome de Plummer Vinson ou Patterson Kelly ( membranas esofágicas que cursam com disfagia)
•Anemias
Ferropriva diagnóstico
- Laboratório
• HB e HT baixo
• HCM baixo (Hipocromia)
• VCM baixo (Microcitose)
• RDW elevado (Anisocitose)
• Reticulócitos baixos
• Plaquetopenia
• Alteração formato das hemácias ( charuto, eliptócitos,poiquilocitose) - Perfil do ferro
• Ferritina sérica ( estoque de ferro )
- Muito reduzida;
- Níveis normais ou levemente reduzidos não excluem ferropriva, visto que inflamação aguda, infecção e malignidade podem elevá-la.
•Ferro sérico ( fração circulante ligada a transferrina)
- Reduzido;
- Porém também pode reduzir em quadros inflamatórios;
• Transferrina
-Elevada
-Também aumenta na gestação, contraceptivo oral
- Reduzido na inflamação, infecção, malignidade, sindrome nefrótica e hepatopatia.
• TIBIC ( Total Iron Biding- Capacidade total ligação ferro)
- Elevada
- Elevada pois estoque de ferritina baixo, aumentando sua avidez por sebligar ao ferro
• IST (índice de saturação da transferrina)
- Razão entre ferro sérico e TIBIC
- Reduzida
•Anemias
Ferropriva, evolução do hemograma
•Anemia normo/normo que evolui para hipocrômica e microcítica
• Possível trombocitose reativa
•Anemias
Ferropriva causas
- Não há via de excreção do ferro, logo, suspeitar de baixa ingestão em crianças ou perdas exageradas no adulto.
2.1Crianças:
-Desmame precoce( ferro do leite tem alta biodisponibilidade), ancilostomíase ( eosinofilia), prematuridade, gemelaridade e outras parasitoses
2.2 Adultos:
- Hipermenorréia
- Perda crônica de sangue pelo trato gastrointestinal
- Má absorção ( doença celíaca )
- Na ausência de justificativa concreta, realizar colonoscopia e endoscopia digestiva alta, especialmente se maiores de 50 anos devido ao risco de neoplasia.
•Anemias
Ferroprivas tratamento e controle de cura
- Reposição de ferro (todos os pacientes) + encontrar causa base
- Ferro elementar 1 cp (300 mg com 60 mg de FE elementar) todo dia ou em dias alternados, de preferência 30 minutos antes das refeições.
- Manter por 3 a 6 meses após normalização do HT para restabelecer o estoque de ferro ( primeiramente o ferro circulante e posteriormente a ferritina)
- Tratamento parenteral apenas se incapacidade de via oral, se não responder ao tratamento oral ou HB muito baixa com depleção do estoque de ferro. - Controle de cura: hemograma
-Reticulócito sobem entre 7 e 10 dias
-HB e HT leva 2 semanas para aumentar e 6-8 semanas (2 meses) para normalizar
•Anemias
Cinética do ferro
•Anemias
De Doença Crônica, fisiopatologia
- Caráter multifatorial, geralmente secundário ao desequilíbrio do metabolismo do ferro, encurtamento da sobrevida eritrocitária, inibição da hematopoiese e deficiência de eritropoetina.
- Durante quadros inflamatórios relacionados a infecção ou neoplasias, o corpo naturalmente inibe absorção intestinal de ferro, diminui concentração sérica e aumenta ferro no sistema reticuloendotelial e estoques.
- Isso se dá pela liberação hepática de Hepcidina, uma proteína que gera essa inibição, além de impedir que macrofagos liberem ferro. Logo, ela está bem aumentada em quadros inflamatórios.
- Também pode ocorrer devido a citocinas inflamatórias e fator de necrose tumoral, que inibem o ferro sérico, assim como estimulam o sistema fagocitário mononuclear, que diminui a sobrevida das hemácias.
•Anemias
De Doença Crônica, diagnóstico
- Hemograma
- Anemia leve a moderada normo/normo ou
- Anemia leve a moderada hipo/hipo
- Avaliação medular se suspeita clínica de neoplasia - Perfil do ferro:
•Anemias
De Doença Crônica, tratamento e diagnóstico diferencial
- Avaliar necessidade de tratamento,caso não sejaa nemia discreta e leve;
- Tratar causas bases;
- Eritropoetina
- Diagnóstico diferencial:
•Anemia megaloblástica
Fisiopatologia
- A cianocobalamina ( B12 ) age como ativadora do folato ( B9 ), portanto a deficiência deles reduz síntese de DNA, produzindo células de tamanho aumentado.
▪︎Anemia macrocítica(VCM alto), ▪︎Megaloblastos na medula óssea, ▪︎Reticulócutos normais ou baixos, ▪︎Plaquetopenia e neutrófilos
•Anemia megaloblástica
-Causas
-
Metabolismo de B12
•Dieta: B12 está presente em alimentos de origem animal e precisamos apenas de pequenas doses diárias, portanto, Deficiência por dieta é raro.
•Absorção: mucosa gástrica produz a glicoproteína Fator Intríseco que cria um complexo com B12 e é absorvida no íleo terminal. -
Deficiência B12
•Anemia perniciosa(autoimune): gera gastrite atrófica que impede formação de FI e ácido cloridrico. Para diagnosticar, fazer EDA com biópsia, que apresentará comprometimento de fundo e corpo gástrico, poupando antro, além da presença de anticorpos contra células
parietais e fator intríseco
•H.pylori(não-imune)
•Prot.transporte: deficiência de transcobalamina I diminui níveis séricos, mas sem manifestar sintomas, e na transcobalamina II ocorre o contrário: sintomas graves, níveis séricos normais.
•Gastrectomia total ou parcial.
•Doenças do íleo terminal: Crohn, enterite regional e ressecção ileal. -
Deficiência de folato (B9)
•Dieta: encontrado em vegetais frescos, frutas e fígado( cozimento excessivo leva a perda nutricional). Logo, pobres, desnutridos, alcolatras e idosos.
•Absorção: pode ocorrer deficiência se houver distúrbios da circulação entero-hepática, como enterite regional, álcool, diarréia e anticonvulsivantes.
•Drogas: Metotrexato, fenitoína, pirimetamina e trimetoprim.
•Aumento da demanda (proliferação celular): gestantes, anemia hemolítica crônica, neonatos.
•Anemia megaloblástica
Quadro clínico
- Trato gastrointestinal:
•Diarréia, glossite, queilite,esplenomegalia e perda de apetite. -
Sintomas neurológicos ( exclusivos de def. de VITB12)
• Degeneração da medula espinhal
• Parestesias MMII e tronco,distúrbios motores, ataxias, red. Sensib.vibratória, postural, termolábil e dolorosa e Romberg positivo.
• Depressão, esquecimento, demência, alucinações, paranoias, esquizofrenia. - Manifestação dos sintomas:
•Def.B12: > 3 anos
•Def.B9: > 5 meses
•Anemia megaloblástica
Diagnóstico
- Hemograma:
• Macrocitose (VCM aumentado)
• Leucopenia
• Plaquetopenia
• Aumento de DHL e bilirrubina indireta ( eritropoiese ineficaz)
• Poiquilocitose ( hemácias de formato anormal)
• Neutrofilos hipersegmentados ( 5 ou mais lobos nos neutrofilos)
• Neutropenia
• Reticulopenia (hipoproliferativa)
• Hipoproliferativa
• Ferro medular aumentado por eritropoiese ineficaz - Diferenciar anemia por B12 e B9
• Homocisteína e Ácido Metilmalônico elevados: deficiência de B12
• Apenas homocisteína elevada: deficiência de B9 - Deficiência B12
• Solicitar EDA com biópsia e dosagem de anti-fator intríseco e anti-célula parietal para descartar anemia perniciosa.
•Anemia megaloblástica
Tratamento e controle de cura
-
Reposição B12
• Via IM -
Reposição B9
• Via oral
• Pode piorar sintomas de def. B12, sempre dosar B12 antes e se houver deficiência, repor ambos. - Controle de cura
• Anemia, leucopenia e plaquetopenia passam em 2-4 semanas
• Sintomas neurológicos podem deixar sequelas
▪︎ Talassemia
Definição e Classificação
■ Definição:
▪︎ Doença genética mais comum do mundo
▪︎ Produção reduzida de cadeias alfa e beta da hemoglobina
▪︎ Normal: Hemoglobina A (alfa 2 beta 2)=97%, A2 (alfa 2 delta 2)=2%,F (alfa 2 gama 2)= 1%
■ Classificação:
▪︎ beta-talassemia: falta da globina beta. Aumento de A2 acima de 4%
▪︎ alfa-talassemia: falta sa globina alfa.