Ação Penal Flashcards

1
Q

A titularidade da ação penal pública, caso instaurada, é exclusiva do ___________________________

A

Ministério Público.

A titularidade da ação penal pública é exclusiva do Ministério Público.

Isso significa que o Ministério Público, representado pelos promotores de justiça ou pelos Procuradores da República, é o único responsável por promover a ação penal em juízo. Essa ação tem como objetivo a tutela dos interesses sociais e a manutenção da ordem pública.

O Ministério Público exerce esse direito por meio da denúncia, que é a peça inicial da ação penal pública.

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2
Q

Delegacia de polícia do município X recebeu denúncia anônima de possível desvio de verbas públicas por servidores públicos municipais que estariam envolvidos em esquema de corrupção para desviar, para benefício pessoal, fundos destinados a projetos de infraestrutura.
A partir dessa situação hipotética, julgue o item que se segue.

A denúncia anônima é elemento suficiente para o deferimento de mandado de busca e apreensão contra os servidores citados na denúncia anônima.

A

Errado.

INFORMATIVO 976, STF

Para ser decretada a medida de busca e apreensão, é necessário que haja indícios mais robustos que uma simples notícia anônima

A jurisprudência do STF é firme no sentido de que denúncias anônimas não podem embasar, por si sós, medidas invasivas como interceptações telefônicas, buscas e apreensões, e devem ser complementadas por diligências investigativas posteriores.

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3
Q

A respeito das provas, da ação penal e da sentença penal, julgue o item a seguir.

Conforme entendimento do Superior Tribunal de Justiça, se os pedidos deduzidos na ação de improbidade administrativa forem julgados improcedentes em virtude da ausência tanto de dolo quanto de obtenção de vantagem indevida, eventual denúncia relativa aos mesmos fatos, na esfera criminal, deverá ser rejeitada.

A

Certo.

A absolvição na ação de improbidade administrativa em virtude da ausência de dolo e da ausência de obtenção de vantagem indevida esvazia a justa causa para manutenção da ação penal.

STJ. 5ª Turma. RHC 173.448-DF, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 7/3/2023 (Info 766).

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4
Q

Em relação à ação penal, julgue o item:

De acordo com a jurisprudência do STF. a propositura da ação penal por crime contra a honra de servidor público em razão do exercício de suas funções é de legitimidade concorrente do ofendido, mediante queixa, e do Ministério Público, mediante ação penal condicionada à representação do ofendido.

A

Certo.

Perceba que corresponde ao fundamento a seguir. Súmula 714 do STF: É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do ministério público, condicionada à representação do ofendido, para a ação penal por crime contra a honra de servidor público em razão do exercício de suas funções.

Quando um servidor público é ofendido em razão do exercício de suas funções, pode haver um crime contra a honra. Segundo a jurisprudência do STF, existem duas formas de iniciar uma ação penal nesses casos:

  • Pelo próprio ofendido (servidor público): Ele pode apresentar uma queixa diretamente à justiça. Essa é chamada de ação penal privada.
  • Pelo Ministério Público (MP): O MP pode iniciar a ação penal, mas precisa de uma representação do ofendido. Isso significa que o servidor público deve pedir ao MP para agir em seu nome. Essa é chamada de ação penal pública condicionada.

Importante
* O servidor tem o direito de escolher se quer ele mesmo iniciar a ação ou pedir ao MP para fazer isso.
* Em ambos os casos, o objetivo é penalizar quem cometeu o crime contra a honra do servidor público.

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5
Q

Em relação à ação penal, julgue o item:

Segundo o Código de Processo Penal (CPP), nos crimes de ação penal de iniciativa privada, o perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, produzindo efeito, inclusive, em relação ao que o recusar.

A

Errado.

Está quase toda correto, à exceção da inclusão de quem não aceitar. Fundamento: art. 51 do CPP. O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, sem que produza, todavia, efeito em relação ao que o recusar.

O artigo 51 do CPP trata do perdão concedido em casos de crimes processados por queixa, chamados de crimes de ação penal privada.

O que diz o artigo?

  • Perdão concedido a um dos querelados (acusados): Se um dos acusados recebe o perdão, esse perdão se estende a todos os outros acusados no mesmo processo.
  • Exceção: Se um dos acusados recusar o perdão, ele não se beneficia do perdão concedido aos outros.

Exemplo:
* Vários Acusados: Imagine que João, Maria e Pedro são acusados de um crime e processados juntos.
* Perdão ao João: Se o perdão for concedido a João, automaticamente Maria e Pedro também serão perdoados.
* Recusa do Pedro: Se Pedro recusar o perdão, ele não será beneficiado, mas João e Maria ainda estarão perdoados.

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6
Q

Em relação à ação penal, julgue o item:

Conforme disposto no CPP, ao Ministério Público é facultada a desistência da ação penal em caso de convencimento da inexistência de razões para a condenação do réu.

A

Errado.

Uma vez que o MP não pode desistir da ação. Fundamento: Art. 42 do CPP. O Ministério Público não poderá desistir da ação penal.

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7
Q

Em relação à ação penal, julgue o item:

Nos termos da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência doméstica contra a mulher é pública condicionada.

A

Errado.

Pois é pública incondicionada. Súmula 542 do STJ: A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência doméstica contra a mulher é pública incondicionada.

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8
Q

A respeito da ação penal, julgue o item:

A representação é irretratável somente depois de recebida a denúncia.

A

Errado.

Esse tema costuma ser confundido nas questões. A banca, sabidamente, troca “oferecida” por “recebida, até em consideração à exceção que existe na Lei Maria da Penha.

Art. 25, CPP. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.

  • Irretratável após denúncia: Uma vez que a denúncia é oferecida pelo Ministério Público, a representação feita pela vítima ou seu representante não pode ser retirada.

Diferença entre “Oferecida” e “Recebida”
* Oferecida: Quando o Ministério Público apresenta a denúncia ao juiz.
* Recebida: Quando o juiz aceita a denúncia e inicia o processo penal.

Exceção na Lei Maria da Penha
* Lei Maria da Penha: Em casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, a representação também é irretratável após a denúncia, mas a lei prevê outras especificidades e proteções adicionais para as vítimas.

Exemplo
* Representação por Agressão: Maria representa contra João por agressão.
* Denúncia Oferecida: O Ministério Público oferece a denúncia com base na representação de Maria.
* Irretratável: Após a denúncia ser oferecida, Maria não pode retirar sua representação.

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9
Q

A respeito da ação penal, julgue o item:

A renúncia meramente tácita não impede o exercício do direito de queixa.

A

Errado.

Impede, independentemente se foi tácito ou não.

Art. 104, CP. O direito de queixa não pode ser exercido quando renunciado expressa ou tacitamente.

Detalhamento
* Renúncia expressa: Quando a vítima declara claramente que não deseja apresentar queixa.
* Renúncia tácita: Quando a vítima age de maneira que demonstra claramente a intenção de não apresentar queixa, mesmo sem uma declaração formal.

Exemplo
* Renúncia expressa: A vítima assina um documento dizendo que não deseja processar o agressor.
* Renúncia tácita: A vítima aceita uma compensação ou faz um acordo com o agressor, indicando que não apresentará queixa.

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10
Q

A respeito da ação penal, julgue o item:

É inadmissível o perdão após o recebimento da denúncia.

A

Errado.

Só não cabe após o trânsito em julgado da sentença.

Art. 106, § 2º, CP - Não é admissível o perdão depois que passa em julgado a sentença condenatória.

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11
Q

A respeito da ação penal, julgue o item:

O perdão do ofendido, nos casos em que somente se procede mediante representação, obsta o prosseguimento da ação.

A

Errado.

Apenas quando se procede mediante queixa.

Art. 105, CP - O perdão do ofendido, nos crimes em que somente se procede mediante queixa, obsta ao prosseguimento da ação.

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12
Q

Julgue o item como certo ou errado:

A principal diferença entre queixa e representação reside na forma de iniciar a ação penal e no papel do Ministério Público. Na queixa, a vítima tem controle direto do processo, enquanto na representação, o Ministério Público é o responsável por promover a ação penal após a manifestação da vítima.

A

Certo.

Queixa:

  • Natureza: A queixa é utilizada nos crimes de ação penal privada.
  • Legitimidade: É apresentada diretamente pela vítima (ou seu representante legal) ao juiz.
  • Exclusividade: A iniciativa de processar é exclusivamente da vítima, ou seja, só ela pode dar início ao processo.
  • Prazo: Geralmente, a vítima tem um prazo de seis meses a partir do conhecimento da autoria do crime para apresentar a queixa.

Exemplo: Um crime de injúria entre particulares, onde a vítima decide processar o agressor diretamente.

Representação:

  • Natureza: A representação é necessária em crimes de ação penal pública condicionada à representação.
  • Legitimidade: É apresentada pela vítima (ou seu representante legal) ao Ministério Público, que, por sua vez, decide se apresenta ou não a denúncia ao juiz.
  • Intervenção do MP: O Ministério Público é quem promove a ação penal, mas precisa da representação da vítima para agir.
  • Prazo: O prazo para a vítima oferecer a representação também é de seis meses a partir do conhecimento da autoria do crime.

Exemplo: Um caso de ameaça, onde a vítima comunica o fato ao Ministério Público para que este proponha a ação penal.

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13
Q

Chiquinho Capa Preta foi vítima de crime contra a honra, de ação penal privada, quatro meses antes de seu falecimento. O cônjuge, o filho e a avó, zelosos pela imagem da vítima, tinham a intenção de propor ação penal, todavia tinham diversos interesses conflitantes entre si.

Considerando a situação hipotética apresentada, quem terá preferência na propositura da ação? penal

A

O cônjuge

CADI - nesta ordem de preferência : cônjuge, ascendente, descendente e irmão

Art. 36. Se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, terá preferência o cônjuge, e, em seguida, o parente mais próximo na ordem de enumeração constante do art. 31 podendo, entretanto, qualquer delas prosseguir na ação, caso o querelante desista da instância ou a abandone.

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14
Q

Marizete Patinete foi vítima de um crime de ação penal pública condicionada. Inicialmente, ela foi até a delegacia de polícia e ofereceu representação contra o autor do crime. Iniciada a investigação, Marizete conciliou-se com o autor do fato, percebendo que tudo não passara de um problema já superado.
Considerando a situação hipotética apresentada, julgue o item:

Marizete Patinete pode retratar-se até o recebimento da denúncia, caso não o tenha feito.

A

Errado.

Não se trata de violência doméstica, portanto, é até oferecida a denúncia

Fundamento legal: Art. 25, CPP. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia

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15
Q

Em relação ao processo penal brasileiro, julgue o item seguinte.

A representação do ofendido é imprescindível à propositura da ação penal, em se tratando de crime de ação penal pública condicionada à representação, não o sendo, todavia, para a instauração do respectivo inquérito policial.

A

Errado.

Trata-se de questão cujo enunciado abre exceção que não acontece. Em verdade, o mesmo se aplica ao inquérito. Se depende representação, ele também não pode ser iniciado sem ela.

Fundamentos legais específicos para esta questão, todos do CPP:

Art. 5º Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:
II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.
§ 4o O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser iniciado.

Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.

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16
Q

Klaus, réu primário, está sendo processado pelo crime tipificado no art. 171 do Código Penal (CP), sob a acusação de ter obtido vantagem econômica de uma mulher residente em outro estado, com quem fingia manter relacionamento amoroso pela Internet, ao exigir dela transferências de altas quantias como prova de amor, tendo sido alto o valor do prejuízo financeiro da vítima. A denúncia foi instruída com a transcrição de interceptação telefônica e telemática autorizada pelo juiz, que entendeu ser este o único meio de prova possível. Klaus não foi localizado no endereço que consta nos autos e acabou sendo citado por edital.

Considerando a situação hipotética anterior, julgue o item a seguir.

Nessa situação, a ação penal é pública condicionada à representação, não se admitindo mais a retratação da vítima, e, mesmo que ela perdoe Klaus, o Ministério Público dará seguimento à ação proposta.

A

Certo.

Para acertar a questão era necessário compreender que ele Klaus foi processado, e que o MP já tinha oferecido a denúncia (que é sinônimo de quando o enunciado afirma que ela foi instruída), e que ela já havia sido, inclusive, recebida, em razão de já estar havendo a citação do réu. É por isto que não cabe mais a retratação da vítima, pois se trata da aplicação da Lei Maria de Penha, que estabelece que a pode ocorrer até o recebimento da denúncia.

Ademais, temos que o estelionato, após o Pacote Anticrime, passou a ter seu acionamento mediante representação, a título de regra geral.

Fundamentando os marcos de retratação:

  • Regra geral: CPP: Art. 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.
  • Exceção: Art. 16, Lei Mª da Penha. Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público.

Desse modo, percebe-se que a retratação está atrasada, e, por isso, não é válida, tanto na regra geral quanto na Lei Maria da Penha.

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17
Q

No que se refere ao acordo de não persecução penal, julgue o item:

Se, preenchidos os requisitos legais, o Ministério Público se recusar a oferecer o acordo, tal atribuição será transferida ao juiz.

A

Errado.

Fundamento: “O Poder Judiciário não pode impor ao Ministério Público a obrigação de ofertar acordo de não persecução penal (ANPP). Não cabe ao Poder Judiciário, que não detém atribuição para participar de negociações na seara investigatória, impor ao MP a celebração de acordos”. STF. 2ª Turma. HC 194677/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 11/5/2021 (Info 1017).

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18
Q

No que se refere ao acordo de não persecução penal, julgue o item:

Uma das condições legalmente previstas para o acordo de não persecução penal é a imposição de prestação de serviços à comunidade pelo tempo correspondente à pena mínima cominada ao delito reduzida de um a dois terços.

A

Certo.

Uma vez que corresponde exatamente à previsão legal:

Fundamento: art. 28-A, CPP. Não sendo caso de arquivamento e tendo o investigado confessado formal e circunstancialmente a prática de infração penal sem violência ou grave ameaça e com pena mínima inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério Público poderá propor acordo de não persecução penal, desde que necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime, mediante as seguintes condições ajustadas cumulativa e alternativamente: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

III - prestar serviço à comunidade ou a entidades públicas por período correspondente à pena mínima cominada ao delito diminuída de um a dois terços, em local a ser indicado pelo juízo da execução, na forma do

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19
Q

Acerca das disposições do Código de Processo Penal, julgue o item como certo ou errado:

O acordo de não persecução penal será formalizado por escrito e será firmado pelo membro do Ministério Público, pelo investigado e por seu defensor.

A

Certo.

Está de acordo com o art. 28-A. § 3º, CPP. O acordo de não persecução penal será formalizado por escrito e será firmado pelo membro do Ministério Público, pelo investigado e por seu defensor.

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20
Q

Acerca das disposições do Código de Processo Penal, julgue o item como certo ou errado:

Não sendo caso de arquivamento e tendo o investigado confessado formal e circunstancialmente a prática de infração penal sem violência ou grave ameaça e com pena mínima inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério Público poderá propor acordo de não persecução penal, desde que necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime, mediante preenchimento de determinadas condições estabelecidas em lei.

A

Certo.

Está de acordo com o art. 28-A, CPP. Não sendo caso de arquivamento e tendo o investigado confessado formal e circunstancialmente a prática de infração penal sem violência ou grave ameaça e com pena mínima inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério Público poderá propor acordo de não persecução penal, desde que necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime, mediante as seguintes condições ajustadas cumulativa e alternativamente.

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21
Q

Acerca das disposições do Código de Processo Penal, julgue o item como certo ou errado:

Na audiência de instrução e julgamento, e, em especial, nas que apurem crimes contra a dignidade sexual, todas as partes e demais sujeitos processuais presentes no ato deverão zelar pela integridade física e psicológica da vítima, sob pena de responsabilização civil, penal e administrativa.

A

Certo.

Está de acordo com o art. 400-A, CPP. Na audiência de instrução e julgamento, e, em especial, nas que apurem crimes contra a dignidade sexual, todas as partes e demais sujeitos processuais presentes no ato deverão zelar pela integridade física e psicológica da vítima, sob pena de responsabilização civil, penal e administrativa, cabendo ao juiz garantir o cumprimento do disposto neste artigo.

22
Q

Acerca das disposições do Código de Processo Penal, julgue o item como certo ou errado:

Nos crimes previstos no art. 171 do Código Penal, quando praticados mediante depósito, mediante emissão de cheques sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado ou com o pagamento frustrado ou mediante transferência de valores, a competência será definida pelo local da praça de pagamento, e, em caso de pluralidade de vítimas, a competência firmar-se-á pela prevenção.

A

Errado.

Não corresponde adequadamente ao que prevê o art. 70 do CPP. Nos crimes previstos no art. 171 (Código Penal), quando praticados mediante depósito, mediante emissão de cheques sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado ou com o pagamento frustrado ou mediante transferência de valores, a competência será definida pelo local do domicílio da vítima, e, em caso de pluralidade de vítimas, a competência firmar-se-á pela prevenção.

23
Q

Referente ao acordo de não persecução penal, julgue o item:

O juiz poderá homologar acordo de não persecução penal se for cabível a transação penal e o agente já tiver sido beneficiado, nos cinco anos anteriores ao cometimento da infração, com a suspensão condicional do processo

A

Errado.

É o inverso: não se aplica nessa hipótese:

Art. 28-A, § 2º, CPP. O disposto no caput deste artigo não se aplica nas seguintes hipóteses:

I - se for cabível transação penal de competência dos Juizados Especiais Criminais, nos termos da lei;

III - ter sido o agente beneficiado nos 5 (cinco) anos anteriores ao cometimento da infração, em acordo de não persecução penal, transação penal ou suspensão condicional do processo;

24
Q

Julgue o item como certo ou errado:

Conforme estabelecido pelo artigo 5º do Código de Processo Penal, nos crimes de ação pública, o inquérito policial será iniciado mediante requerimento do Ministério Público.

A

Errado.

De acordo com o artigo 5º do Código de Processo Penal (CPP), nos crimes de ação pública, o inquérito policial será iniciado:

  • De ofício pela autoridade policial;
  • Mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público;
  • Mediante requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.
25
Q

Julgue o item como certo ou errado:

Segundo a classificação da ação penal pelo critério da titularidade, considera-se ação penal pública condicionada aquela que somente pode ser exercitada mediante o requerimento do ofendido.

A

Errado.

A ação penal pública condicionada é aquela que somente pode ser exercida mediante representação do ofendido ou de seu representante legal ou requisição do Ministro da Justiça (Art. 24, caput, CPP c/c Art. 100, §1º, CP);

26
Q

Julgue o item como certo ou errado:

Segundo a classificação da ação penal pelo critério da titularidade, considera-se ação penal privada subsidiária da ação penal pública aquela que pode ser exercitada pelo ofendido somente após a decisão de arquivamento do inquérito policial pelo Ministério Público.

A

Errado.

A ação penal privada subsidiária da pública é aquela que pode ser exercida pelo ofendido ou seu representante legal quando o Ministério Público não oferece a denúncia no prazo legal. Não é cabível nos casos de arquivamento do inquérito policial pelo Ministério Público e acolhido pelo juiz

27
Q

Segundo a classificação da ação penal pelo critério da titularidade, considera-se ação penal privada aquela que somente pode ser exercitada mediante representação do ofendido.

A

Errado.

A ação penal privada é aquela que somente pode ser exercitada mediante requerimento do ofendido, formulado através de queixa-crime do ofendido ou de quem tenha qualidade para representá-lo (Art. 100, §2º, CP);

28
Q

Segundo a classificação da ação penal pelo critério da titularidade, considera-se ação penal pública incondicionada aquela que compete ao Ministério Público exercitar privativamente.

A

Certo.

Promover a ação penal pública, nos termos da lei, é uma das funções institucionais do Ministério Público (Art. 129, inciso I, CRFB).

O Parquet exerce esse direito através da denúncia, que deverá ser apresentada no prazo de 05 (cinco) dias, caso o acusado esteja preso; ou, no prazo de 15 (quinze) dias, caso ele esteja solto ou afiançado (Art. 46, CPP).

29
Q

O artigo 28-A do Código de Processo Penal contempla o Acordo de Não Persecução Penal, um dos institutos que compõem a denominada Justiça Penal Negocial e constitui um dever de propositura do Ministério Público quando presentes os requisitos objetivos previstos pela lei.

A

Errado.

Ainda que cumpridos os requisitos objetivos, não existe por parte do MP um dever, a obrigação de oferecer ANP. Caso assim fosse, inclusive, existiria como consectário lógico o direito subjetivo do acusado de receber a proposta, que não é o caso. Não é o caso, o MP de forma final deve analisar se oferecendo o ANP há suficiente reprovação e prevenção ao crime. Não há impeditivo que a partir da análise, mesmo cumprido os requisitos não entenda ser adequada a solução.

Existe inclusive precedente neste sentido, no caso da operação “a carne é fraca” “o MPF deixou de oferecer o acordo por entender que a solução não seria suficiente para a reprovação e a prevenção do crime, destacando que o delito foi praticado no contexto de uma rede criminosa com a participação de vários empresários do ramo alimentício e de servidores do Ministério da Agricultura.”.

Por fim, tanto STF quanto STJ também entendem que é de competência exclusiva do MP o oferecimento de ANP, não podendo o judiciário intervir obrigando o parquet a oferecer o ANP.

30
Q

O artigo 28-A do Código de Processo Penal contempla o Acordo de Não Persecução Penal, um dos institutos que compõem a denominada Justiça Penal Negocial e constitui um direito subjetivo do investigado, não podendo ser negado pelo Ministério Público

A

Errado.

O acordo de não persecução penal não constitui direito subjetivo do investigado, podendo ser proposto pelo Ministério Público conforme as peculiaridades do caso concreto e quando considerado necessário e suficiente para a reprovação e a prevenção da infração penal. […]

31
Q

Felipinho Roda Presa conduzia veículo automotor imprimindo a velocidade de 95 km/h numa via cuja sinalização indicava o limite máximo de 40 km/h.

Ao pegar o celular para enviar uma mensagem sexual, atropelou Juquinha, causando-lhe lesões leves. A ação penal será condicionada à representação, salvo se Felipinho estivesse embriagado.

A

Errado.

O crime de lesão corporal culposa decorrente de acidente de trânsito em regra é de ação penal pública condicionada à representação. Será de ação penal pública incondicionada e não haverá a aplicação da Lei n. 9.099/1995, quando:

  • O condutor estiver embriagado ou sob efeito de substâncias entorpecentes;
  • O condutor estiver participando de competição ou exibição não autorizadas;
  • O condutor transitar em velocidade superior à máxima permitida para a via em 50 km.
    (art. 291, CTB)
32
Q

Sobre as condições da ação penal nos delitos patrimoniais, julgue o item como certo ou errado:

Por ser cometido sem violência ou grave ameaça, o delito de furto se procede mediante ação penal pública condicionada à representação da vítima, o que deve ser feito no prazo prescricional de seis meses.

A

Errado.

Em regra, o furto é de ação penal pública incondicionada. Excepcionalmente, existe o caso do crime de furto de coisa comum, que ocorre mediante ação penal pública condicionada a representação;

Art. 156, CP. Subtrair o condômino, co-herdeiro ou sócio, para si ou para outrem, a quem legitimamente a detém, a coisa comum:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
§ 1º - Somente se procede mediante representação.

Quanto ao prazo, é decadencial de 6 meses:
Art. 38, CPP. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia.

33
Q

Sobre o Acordo de Não Persecução Penal, julgue o item:

Pode ser feito mesmo em caso de arquivamento.

A

Errado.

Art. 28-A, CPP. Não sendo caso de arquivamento e tendo o investigado confessado formal e circunstancialmente a prática de infração penal sem violência ou grave ameaça e com pena mínima inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério Público poderá propor acordo de não persecução penal, desde que necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime, mediante as seguintes condições ajustadas cumulativa e alternativamente.

34
Q

Sobre o Acordo de Não Persecução Penal, julgue o item:

A pena mínima da infração deve ser maior que 4 anos.

A

Errado.

Art. 28-A, CPP. Não sendo caso de arquivamento e tendo o investigado confessado formal e circunstancialmente a prática de infração penal sem violência ou grave ameaça e com pena mínima inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério Público poderá propor acordo de não persecução penal, desde que necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime, mediante as seguintes condições ajustadas cumulativa e alternativamente.

35
Q

Relativamente aos institutos consensuais da transação penal, da suspensão condicional do processo e do acordo de não persecução penal, julgue o item:

Poderá o Ministério Público oferecer transação penal para as infrações penais praticadas sem violência ou grave ameaça, cuja pena mínima seja igual a quatro anos.

A

Errado.

A transação penal é para infrações penais de menor potencial ofensivo, cuja pena máxima cominada não seja superior a dois anos.

Art. 61, L. 9.099. Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa

36
Q

Relativamente aos institutos consensuais da transação penal, da suspensão condicional do processo e do acordo de não persecução penal, julgue o item:

Poderá o juiz oferecer de ofício a suspensão condicional do processo ao acusado, se não o fizer o Ministério Público de maneira fundamentada

A

Errado.

O sursis processual é poder-dever do MP, não do juiz.

Súmula 696 do STF: Reunidos os pressupostos legais permissivos da suspensão condicional do processo, mas se recusando o promotor de justiça a propô-la, o juiz, dissentindo, remeterá a questão ao Procurador-Geral, aplicando-se por analogia o art. 28 do Código de Processo Penal.

Art. 89, L. 9099. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do Código Penal).

37
Q

Relativamente aos institutos consensuais da transação penal, da suspensão condicional do processo e do acordo de não persecução penal, julgue o item:

Poderá o juiz oferecer de ofício a transação penal ao autor do fato, se não o fizer o Ministério Público de maneira fundamentada

A

Errado.

A transação penal é uma faculdade do MP. Ele é quem oferece a transação penal ao autor do fato.

38
Q

Relativamente aos institutos consensuais da transação penal, da suspensão condicional do processo e do acordo de não persecução penal, julgue o item:

Poderá o Ministério Público utilizar como justificativa para o não oferecimento de suspensão condicional do processo o descumprimento do acordo de não persecução penal.

A

Certo.

Espelha adequadamente o exposto no fundamento a seguir:
Art. 28-A, §11, do CPP: O descumprimento do acordo de não persecução penal pelo investigado também poderá ser utilizado pelo Ministério Público como justificativa para o eventual não oferecimento de suspensão condicional do processo.”.

39
Q

Relativamente aos institutos consensuais da transação penal, da suspensão condicional do processo e do acordo de não persecução penal, julgue o item:

Poderá o Ministério Público oferecer acordo de não persecução penal, em favor do agressor, nos crimes praticados com violência contra a mulher por razões da condição do sexo feminino.

A

Errado.

Pois, em verdade, não se aplica.

Art. 28-A, §2º, CPP: O disposto no caput deste artigo não se aplica nas seguintes hipóteses:

IV – nos crimes praticados no âmbito de violência doméstica ou familiar, ou praticados contra a mulher por razões da condição de sexo feminino, em favor do agressor.

40
Q

Julgue o item como certo ou errado:

Paolo ajuizou ação penal de iniciativa privada em face de Franco. Após regular instrução criminal, em suas alegações finais, Paolo deixou de formular o pedido de condenação em face de Franco, fazendo apenas um breve relato dos fatos.

Na hipótese, é correto afirmar que ocorreu a perempção, com a consequente extinção da punibilidade de Franco.

A

Certo.

É fundamental compreender que a perempção ocorre no âmbito das ações penais de iniciativa privada, quando o querelante falha em manter o interesse processual ativo. Esse conceito está delineado no artigo 60 do Código de Processo Penal e significa que o querelante perde o direito de ação devido a sua própria negligência processual.

No caso em questão, ao não pedir a condenação de Franco após a instrução criminal, Paolo demonstrou desinteresse em prosseguir com a ação, configurando a perempção. Isso resulta na extinção da punibilidade, pois é como se o querelante desistisse implicitamente da causa.

41
Q

Referente ao acordo de não persecução penal, julgue o item:

O Ministério Público poderá oferecer acordo de não persecução penal, em favor do agressor, nos crimes praticados com violência contra a mulher por razões da condição do sexo feminino

A

Errado.

Não se aplica nessa hipótese:

Art. 28-A, § 2º, CPP. O disposto no caput deste artigo não se aplica nas seguintes hipóteses:
IV - nos crimes praticados no âmbito de violência doméstica ou familiar, ou praticados contra a mulher por razões da condição de sexo feminino, em favor do agressor.

42
Q

Julgue o item como certo ou errado:

O acordo de não persecução penal, por se tratar de direito público subjetivo do investigado, pode ser concedido de ofício pelo Juiz de Direito

A

Errado.

Não se trata de direito subjetivo do investigado.

Fundamento jurisprudencial: “(…) Não constitui direito subjetivo do investigado, podendo ser proposto pelo MPF conforme as peculiaridades do caso concreto e quando considerado necessário e suficiente para a reprovação e a prevenção da infração penal, não podendo prevalecer neste caso a interpretação dada a outras benesses legais que, satisfeitas as exigências legais, constitui direito subjetivo do réu, tanto que a redação do art. 28-A do CPP preceitua que o Ministério Público poderá e não deverá propor ou não o referido acordo, na medida em que é o titular absoluto da ação penal pública, ex vi do art. 129, inc. I, da Carta Magna” (AgRg no RHC 152.756/SP, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 14/09/2021, DJe 20/09/2021).

43
Q

Julgue o item como certo ou errado:

A confissão qualificada, que tenha por objeto a excludente da ilicitude, não impede o acordo de não persecução penal.

A

Errado.

A confissão qualificada é justamente quando o réu admite a prática do fato, mas alegando, em sua defesa, teses defensivas descriminantes ou exculpantes.

Então, ela, objetivando a exclusão da ilicitude, não se enquadra no conceito legal de confissão formal para fins de ANPP.

44
Q

Referente ao acordo de não persecução penal, julgue o item:

O Ministério Público poderá utilizar como justificativa para o não oferecimento de suspensão condicional do processo o descumprimento do acordo de não persecução penal.

A

Certo.

Art. 28-A, § 11º, CPP. O descumprimento do acordo de não persecução penal pelo investigado também poderá ser utilizado pelo Ministério Público como justificativa para o eventual não oferecimento de suspensão condicional do processo.

45
Q

Referente ao acordo de não persecução penal, julgue o item:

O Ministério Público poderá oferecer acordo de não persecução penal para as infrações penais praticadas sem violência ou grave ameaça, cuja pena mínima seja igual ou inferior a quatro anos

A

Errado.

Em razão de uma única palavra: “igual”, pois será, necessariamente, inferior a 4 anos.

Art. 28-A, CPP. Não sendo caso de arquivamento e tendo o investigado confessado formal e circunstancialmente a prática de infração penal sem violência ou grave ameaça e com pena mínima inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério Público poderá propor acordo de não persecução penal, desde que necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime, mediante as seguintes condições ajustadas cumulativa e alternativamente:

46
Q

Referente ao acordo de não persecução penal, julgue o item:

O juiz poderá oferecer, de ofício, o acordo de não persecução penal ao acusado, se não o fizer o promotor de justiça

A

Errado.

Não compete a ele. Para tanto, veja dois fundamentos jurisprudenciais:

“O controle do Poder Judiciário quanto à oferta de acordo de não persecução penal (ANPP) deve se limitar a questões relacionadas aos requisitos objetivos para seu cabimento. No caso de o Ministério Público se recusar a oferecer o acordo, não é legítimo que o magistrado analise o mérito para decidir se deve haver remessa do caso ao órgão superior do parquet”. (STJ, HC 668.520)

INFO 739 do STJ - A possibilidade de oferecimento do acordo de não persecução penal é conferida exclusivamente ao Ministério Público, não cabendo ao Poder Judiciário determinar ao Parquet que o oferte.

47
Q

João é investigado pela suposta prática do crime de furto qualificado pelo rompimento de obstáculo, persequível mediante ação penal pública incondicionada. Preenchidos os requisitos legais, o Ministério Público celebrou, com João, Acordo de Não Persecução Penal, devidamente homologado pelo juízo competente, na persecução penal pré-processual.

Nesse cenário, se caracteriza exceção ao seguinte princípio da ação penal pública:
Alternativas
A) intranscendência;
B) indisponibilidade;
C) obrigatoriedade;
D) indivisibilidade;
E) oficialidade.

A

Gabarito: C

A) Incorreta. O princípio da intranscendência significa que a ação penal não pode ultrapassar o agente, ou seja, só será proposta contra o autor do delito. Este princípio está relacionado à responsabilidade pessoal e à culpabilidade em direito penal.

B) Incorreta. O princípio da indisponibilidade estabelece que o Ministério Público (MP) não pode desistir da ação penal nem dos recursos que tenha proposto. Uma vez iniciada a ação penal, o MP deve prosseguir até o final.

C) Correta. O princípio da obrigatoriedade da ação penal significa que o MP é obrigado a oferecer denúncia se houver justa causa e as condições necessárias da ação. O MP deve promover a ação penal sempre que presentes os elementos que a justifiquem.

D) Incorreta. O princípio da indivisibilidade aplica-se às ações penais privadas, exigindo que o querelante inclua todos os envolvidos no fato criminoso na queixa. Não se aplica às ações penais públicas, nas quais o MP pode denunciar apenas os agentes contra os quais existam indícios suficientes.

E) Incorreta. O princípio da oficialidade estabelece que a persecução penal é uma função primordial e obrigatória do Estado. A investigação, o processamento e a punição dos crimes são responsabilidades dos órgãos oficiais do Estado.

48
Q

Nos delitos de ação penal pública condicionada a denúncia poderá ser oferecida pelo Ministério Público sem a instauração do inquérito policial, se a representação trouxer elementos suficientes à ação penal.

A

Certo.

Umas das características do inquérito policial é ser dispensável

Art. 39. […] § 5 O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se com a representação forem oferecidos elementos que o habilitem a promover a ação penal, e, neste caso, oferecerá a denúncia no prazo de quinze dias.

49
Q

Julgue o item como certo ou errado:

Considera-se ação penal privada aquela que somente pode ser exercitada mediante representação do ofendido.

A

Errado.

A ação penal privada é aquela que somente pode ser exercitada mediante REQUERIMENTO do ofendido, formulado através de queixa-crime, ou de quem tenha qualidade para representá-lo (Art. 100, §2º, CP);

50
Q

Julgue o item como certo ou errado:

Considera-se ação penal pública incondicionada aquela que compete ao Ministério Público exercitar privativamente.

A

Certo.

Promover a ação penal pública, nos termos da lei, é uma das funções institucionais do Ministério Público (Art. 129, inciso I, CRFB).

O Parquet exerce esse direito através da denúncia, que deverá ser apresentada no prazo de 05 (cinco) dias, caso o acusado esteja preso; ou, no prazo de 15 (quinze) dias, caso ele esteja solto ou afiançado (Art. 46, CPP), havendo outros prazos para tanto na legislação penal especial.

51
Q

Julgue o item como certo ou errado:

Considera-se ação penal pública condicionada aquela que somente pode ser exercitada mediante o requerimento do ofendido.

A

Errado.

A ação penal pública condicionada é aquela que somente pode ser exercida mediante REPRESENTAÇÃO do ofendido ou de seu representante legal ou requisição do Ministro da Justiça (Art. 24, caput, CPP c/c Art. 100, §1º, CP);