Abdome Agudo Flashcards

1
Q

Tríade da obstrução intestinal

A
  • Distensão abdominal
  • Parada de eliminação de gases e fezes
  • Dor abdominal em cólica localizada ou difusa
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Q

Rotina de abdome agudo

A

Raio X de tórax AP
RX abdominal em ortostase
RX de abdome em decúbito

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3
Q

Diferença em RX de obstrução de delgado e de cólon

A

Obstrução de delgado:

  • Alças distendidas na região central
  • Sinal do empilhamento de moedas

Obstrução do cólon:

  • Alças distendidas na periferia (moldura)
  • Presença de haustrações colônicas
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4
Q

Principais causas de abdome agudo obstrutivo

A

1° - Bridas / Aderências
2° - Hérnias
3° - Neoplasias

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5
Q

Volvo - Manejo

A

Volvo de sigmoide não complicado:

  • Descompressão endoscópica (colonoscopia ou retossigmoidoscopia)
  • Sigmoidectomia eletiva (risco de recidiva do volvo mesmo após descompressão)

Volvo de sigmoide complicado:

  • Sinais de estrangulamento, isquemia e peritonite
  • Cirurgia imediata - Sigmoidectomia a Hartmann

Volvo de ceco:

  • Cirurgia (baixa taxa de reversão com endoscopia)
  • Opções:
    • Reversão da torção + Cecopexia
    • Cecostomia
    • Ileocectomia + Colectomia direita + Anastamose primária
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6
Q

O que é Íleo Biliar / Síndrome de Bouveret?

A
  • Complicação de colecistite aguda com formação de fístula bileodigestiva (fístula colecistoduodenal em 90% dos casos)
  • Íleo biliar: Cálculo que impacta no íleo distal
  • Sd. de Bouveret: Cálculo que impacta no duodeno ou no piloro
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7
Q

Qual situação ocorre e o que é a Tríade de Rigler?

A

Achados radiológicos do íleo biliar ou da síndrome e Bouveret

Achados da tríade:

  • Pneumobilia
  • Cálculo ectópico
  • Distensão de delgado
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8
Q

Achados clínicos / radiológicos de intussuscepção intestinal

A

Achados clínicos:

  • Dor abdominal
  • Distensão abdominal
  • Massa palpável em salsicha
  • Evacuação de fezes em aspecto de geleia de morango

Achados radiológicos:

  • USG: Aspecto em “alvo”
  • Enema: Imagem em crescentes
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9
Q

Tratamento da intussuscepção

A
  • Criança: Redução com edema (bário ou ar)

- Refratários ou secundário a neoplasia: Cirurgia

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10
Q

Principal causa de AAO

A

Bridas - Principal causa de AAO em delgado

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11
Q

Manejo de AAO por bridas

A
  • Tratamento conservador para obstruções parciais: SNG + Hidratação + Correção de DHE
  • Tratamento para obstruções totais ou refratárias: Lise de bridas
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12
Q

Quando ocorre o Íleo paralítico?

A
  • DHE
  • Pós-operatório de cirurgias abdominais (24 - 72h)
  • Uso de opoides
  • Isquemia mesentérica
  • Doença renal
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13
Q

Quadro clínico de Íleo paralítico

A
  • Náuseas e vômitos
  • Distensão abdominal
  • Desconforto / dor abdominal
  • RHA abolidos ou reduzidos
  • Ausência de sinais de obstrução mecânica ou inflamação peritoneal
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14
Q

Conduta frente a HD de íleo paralítico

A
  • Dosagem de eletrólitos
  • HMG
  • Exames de imagem (diferenciar AAO por obstrução mecânica do por obstrução funcional)
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15
Q

Síndrome de Ogilve

  • O que é?
  • Típico paciente em que ocorre?
A
  • Síndrome de Ogilve é a dilatação do cólon cuja causa NÃO é mecânica
  • Geralmente ocorre em pacientes de UTI
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16
Q

Fisiopatologia da Síndrome de Ogilve

A

Excessiva supressão do parassimpático e/ou excessiva estimulação do simpático -> Atonia do cólon

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17
Q

Abdome agudo perfurativo por obstrução colônica em alça fechada:

  • Quando ocorre?
  • Local em que mais ocorre?
  • Indicativo de risco elevado de ruptura?
A

Abdome agudo perfurativo por obstrução colônica em alça fechada:

  • Ocorre em obstrução colônica em alça fechada (válvula ileocecal competente)
  • Ocorre mais no ceco (lei de Laplace)
  • Ceco distendido > 12cm tem maior risco de ruptura!
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18
Q

Manejo de Síndrome de Ogilve:

A

Conduta conservadora:

  • Neostigmina EV (parassimpático mimético)
  • Colonoscopia descomrpessiva se refratário ou se dilatação do ceco > 12cm
# Conduta cirúrgica:
- Cecostomia / Colectomia
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19
Q

Retorno do peristaltismo no TGI no pós-operatório:

A
  • Delgado: 24h
  • Estômago: 48h
  • Cólon: 72h
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20
Q

Lesão intestinal pós-actínica:

  • Forma aguda
  • Forma crônica
A

Lesão intestinal pós-actínica:

  • Forma aguda:
    • Diarreia, dor abdominal, náuseas e má-absorção
  • Tratamento: Sintomáticos
  • NÃO fazer colonoscopia por risco de perfuração
  • Forma crônica:
    • Vasculite e fibrose intestinal
    • Complicação para fístulas, abscessos, supercrescimento bacteriano e obstrução intestinal
    • Tratamento: Mais conservador possível
21
Q

Síndrome de Wilkie:

  • O que é?
  • Quadro clínico típico
A

Síndrome de Wilkie:

  • Também chamada de Síndrome da AMS
  • Compressão do terço distal do duodeno pela AMS
  • Cínica: Paciente jovem com história de importante perda ponderal (pós-bariátrica) - Perda de gordura favorece compressão duodenal
22
Q

Composição da parede anterior e posterior do canal inguinal

A

Parede posterior do canal inguinal:

  • Fáscia transversalis
  • Músculo Transverso do abdome
  • Músculo Oblíquo Interno
# Parede anterior do canal inguinal:
- Aponeurose do Músculo Oblíquo Externo
23
Q

Triângulo de Hesselbach

  • O que é?
  • Limites
A

Triângulo de Hesselbach é uma área de vulnerabilidade na fáscia transversalis

Limites:

  • Inferior: Ligamento inguinal
  • Medial: Borda lateral do Músculo Reto Abdominal
  • Lateral: Vasos epigástricos inferiores
24
Q

Canal Inguinal:

  • Características
  • Formação
A

Canal Inguinal:

  • Início no anel inguinal interno (fáscia transversalis) e término no anel inguinal externo (aponeurose do MOE)
  • Forma-se através da descida dos testículos pelo conduto peritoneovaginal
25
Q

Componentes do canal inguinal

A

Componentes do canal inguinal:

  • Homem: Funículo Espermático
    • M. cremaster e vasos cremastéricos
    • Ducto deferente e vasos deferentes
    • Artéria espermática e veia espermática
    • Reflexo pampiniforme
    • Ramo genital do nervo genitofemoral
    • Conduto peritoneovaginal obliterado
  • Mulher: Ligamento redondo do útero
26
Q

Hérnia Inguinal Interna

A
  • Se anuncia pelo Anel Inguinal INTERNO
  • Ocorre na persistência do conduto peritoniovaginal
  • Mais comum na INfância
  • Maior risco de encarcerar do que a hérnia direta
  • Passa LATERALMENTE aos vasos epigástricos inferiores
27
Q

Hérnia Inguinal Direta

A
  • Se anuncia DIRETAMENTE pelo Anel Inguinal EXTERNO
  • Ocorre por defeito adquirido de fragilidade na parede posterior do canal inguinal
  • Passa MEDIALMENTE aos vasos epigástricos inferiores
28
Q

Hérnia Femoral (Crural)

A
  • Se anuncia abaixo do ligamento inguinal (ordem: Nervo > Artéria > Veia > Canal femoral)
  • Mais comum em mulheres (Fêmea = Femoral)
29
Q

Componentes da bainha femoral

A
  • Compartimento lateral: Artéria femoral
  • Compartimento intermediário: Veia femoral
  • Compartimento medial: Canal femoral (vasos linfáticos e linfonodos)
30
Q

Diagnósticos diferenciais de massas na região da virilha e do escroto:

A
  • Hérnia femoral
  • Hidrocele
  • Varicocele
  • Criptorquidia
  • Linfadenopatia inguinal
  • Aneurisma de artéria femoral
31
Q

Classificação de Nyhus

A

I - Hérnia Inguinal Indireta com anel inguinal interno normal
II - Hérnia Inguinal Indireta com anel inguinal interno dilatado (> 2 cm) e com parede posterior normal
III - Defeito de parede posterior (posTRÊSrior)
- IIIA: Direta
- IIIB: Indireta
- IIIC: Crural
IV: Hérnia recidivante
- IVA: Direta
- IVB: Indireta
- IVC: Crural
-IVD: Mista

32
Q

Complicações das hérnias

A
  • Encarceramento

- Estrangulamento

33
Q

Tratamento de hérnias

A

Hérnia Redutível: Cirurgia Eletiva

Hérnia Encarcerada:

  • Inguinotomia + Técnica de Lichtenstein
  • Redução manual é conduta de exceção e sempre fazer analgesia + posição de Trendelenburg + manobra de Taxe

Hérnia Estrangulada:

  • Cirurgia de Emergência!
  • Inguinotomia + Avaliação da viabilidade das alças
  • Se redução espontânea durante indução anestésica, realizar laparotomia!
34
Q

Técnicas cirúrgicas para correção de hérnias

A

Técnicas anteriores ou pré-aponeuróticas: Herniorrafia anterior + Reforço Posterior

  • Shouldice
  • Bassini
  • McVay
  • *Lichtenstein (uso de tela livre de tensão)
  • *Rives (uso para hérnia femoral)

Técnicas posteriores / p’re-peritoneais:

  • Stoppa (*Stoppa modificado por VLP em hérnias bilaterais e recidivadas)
  • TEP / TAAP
35
Q

Complicações do uso de telas em hérnias de parede abdominal

A
# Telas pré-aponeuróticas:
- Seroma e infecção
# Telas pré-peritoneais:
- Sepse e peritonite
36
Q

Complicações do tratamento cirúrgico de hérnias de parede abdominal

A

Orquite isquêmica:

  • Principal complicação no pós-operatório
  • Trombose do plexo pampiniforme
  • Aumento doloroso do testículo 2 a 5 dias após cirurgia
  • Após 6 - 12 semanas há resolução ou atrofia testicular
  • Tratamento conservador

Dor crônica:

  • Principal complicação a longo prazo
  • Dor que se mantém após 3 meses do procedimento
  • Ocorre por cicatrização, reação à prótese ou envolvimento do nervo genitofemoral
  • Tratamento conservador
37
Q

Hérnia umbilical - Crianças e Adultos

A
# Hérnia umbilical em crianças:
- Defeitos congênitos da parede e na maioria dos casos há fechamento do anel umbilical até 4 - 6 anos
# Hérnia umbilical em adultos:
- Hérnias adquiridas e secundárias ao aumento de PIA
38
Q

Indicações de tratamento cirúrgico de hérnias umbilicais

A

Crianças:

  • Sem fechamento após 4 - 6 anos
  • Grandes hérnias (> 2 cm)
  • Associação com DVP
  • Concomitância com hérnia inguinal

Adultos:

  • Hérnia sintomática
  • Grande anel herniário
  • Encarceramento
  • Ascite volumosa
39
Q

Diagnóstico diferencial de hérnia umbilical

A
  • Circulação venosa colateral
  • Nódulo de Maria e José
  • Endometriose em parede abdominal
  • Síndrome do “umbigo fedido”
    • Patência do úraco
    • Fístula onfolamesentérica
    • Falta de limpeza ou limpeza demais
40
Q

Qual o componente das seguintes hérnias?

  • Hérnia de Littré
  • Hérnia de Amyland
  • Hérnia de Richter
  • Hérnia de Grangeot
A
  • Hérnia de Littré: Divertículo de Meckel (L é do lado do M)
  • Hérnia de Amyland: Apêndice vermiforme
  • Hérnia de Richter: Borda antimesentérica da alça intestinal
  • Hérnia de Grangeot: Hérnia femoral cujo conteúdo é o apêndice vermiforme
41
Q

Quais são as hérnias lombares?

A
  • Hérnia de Grynfelt (trígono lombar superior)

- Hérnia de Petit (trígono lombar inferior)

42
Q

Definição de hérnia gigante

A

Hérnia com tamanho > 15 cm

43
Q

Frente a hérnia gigante, qual principal exame a ser solicitado?

A

Tomografia para avaliar volume do conteúdo herniário e volume abdominal

44
Q

Qual o objetivo do tratamento da hérnia gigante?

A

Evitar Síndrome Compartimental Abdominal (PIA > 20 mmHg + Falência Orgânica)

45
Q

Situações que aumentam Pressão Intra-abdominal (PIA)

A
  • Choque: Edema intersticial secundário a hipóxia tecidual
  • Trauma: Hemorragia intracavitária ou reanimação volêmica intensa
  • Cirurgias abdominais: Edema de alça por manipulação cirúrgica
46
Q

Manejo para evitar síndrome compartimental:

A
# Pré-operatório:
- Se volume herniário >= 1/4 do volume da cavidade abdominal deve-se realizar pneumoperitônio progressivo (aumentar complacência da parede)

Intra-operatório:

  • Necessário que todas as vísceras intra-abdominais estejam nos volumes mínimos, assim:
    • SNG e SVD
    • Curarização para reduzir tônus
    • Viscerorredução
    • Incisões relaxadoras
47
Q

Hipertensão Intra-Abdominal (HIA) e Síndrome Compartimental Abdominal (SCA) - Diferenças e Classificação:

A

Hipertensão Intra-Abdominal (HIA):

  • I: PIA 12 - 15 mmHg
  • II: PIA 16 - 20 mmHg
  • III: PIA 21 - 25 mmHg
  • IV: PIA > 25 mmHg

Síndrome Compartimental Abdominal (SCA):

  • PIA > 20 mmHg + Falência Orgânica
  • Primária (ocorre após cirurgias abdominais ou por aumento do volume por hemorragias / hematomas) ou Secundária (ocorre por edema intersticial após expansão volêmica intensa)
48
Q

Tratamento da Hipertensão Intra-Abdominal (HIA) e da Síndrome Compartimental Abdominal (SCA)

A

Hipertensão Intra-Abdominal (HIA):

  • Graus I e II:
    • Medidas clínicas (descompressão gástrica com SNG, sedação, curarização)
  • Grau III:
    • Medidas clínicas
    • Cirurgia descompressiva, se refratário
  • Grau III:
    • Cirurgia descompressiva

Síndrome Compartimental Abdominal (SCA):

  • SCA primária:
    • Laparotomia descompressiva + Fechamento provisório com Bolsa de Bogotá
  • SCA secundária:
    • Tratamento clínico
    • Tratamento cirúrgico com laparotomia descompressiva se HIA grau IV