7) EFEITOS DA DOSAGEM DE CITRATO DE CLOMIFENE E DA MODALIDADE DE EXERCÍCIO NA QUALIDADE DO ESPERMA EM HOMENS HIPOGONADAIS Flashcards

1
Q

Introdução

A
  • A dosagem do CC foi variada entre grupos (as dosagens exatas não estão detalhadas nesta introdução, mas presumo que variem dentro de intervalos terapêuticos comuns, como 25 mg a 50 mg por dia)
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Q

Resultados

A

Parâmetros do Sêmen:

Melhoria em contagem espermática e motilidade em homens tratados com citrato de clomifeno, em especial quando associado ao exercício aeróbico.
Exercícios anaeróbicos isolados parecem ter menor efeito positivo comparado aos aeróbicos, sugerindo um possível papel na melhora do ambiente hormonal ou vascular que favorece a espermatogênese.
Testosterona Total e Livre:

Houve aumento nos níveis de testosterona, especialmente nos grupos tratados com CC, mostrando o efeito modulador do clomifeno no eixo hipotálamo-hipófise-gonadal.
O exercício físico associado potencializou esse efeito, principalmente com o exercício aeróbico.
Impacto da Dosagem:

Dosagens mais altas de citrato de clomifeno parecem oferecer uma resposta melhorada na qualidade do sêmen e testosterona, mas possivelmente com maior incidência de efeitos adversos, o que precisaria de mais detalhes.

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3
Q

Aplicações Clínicas

A

Tratamento Alternativo para Hipogonadismo: O citrato de clomifeno oferece uma opção viável para homens com hipogonadismo, especialmente aqueles que desejam preservar a fertilidade, ao contrário da terapia com testosterona que pode suprimir a espermatogênese.
Associação com Exercício Aeróbico: Pacientes hipogonadais podem ser incentivados a incorporar exercícios aeróbicos como parte do tratamento, aumentando potencialmente os benefícios espermáticos e hormonais.

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4
Q

risco de trombose na literatura?

A

A evidência do risco de trombose com o uso de citrato de clomifeno (CC) é limitada, especialmente em homens, mas existem dados principalmente derivados de estudos em mulheres e casos clínicos que sugerem uma associação potencial. Aqui está um resumo das principais fontes e do nível de evidência sobre esse risco:

Estudos em Mulheres com Infertilidade: A maior parte da evidência vem de estudos em mulheres que usam CC como parte do tratamento para infertilidade. Esses estudos indicam que o CC pode aumentar a produção de estrogênios, o que, por sua vez, eleva o risco de trombose venosa profunda (TVP) e embolia pulmonar (TEP). Por exemplo, em mulheres com síndrome dos ovários policísticos (SOP) — um grupo com predisposição a alterações no metabolismo de lipídios e coagulação —, o uso de CC foi associado a um risco aumentado de eventos tromboembólicos. Contudo, essa evidência não é diretamente extrapolável para homens.

Relatos de Caso e Séries de Casos em Homens: Em homens, as evidências são mais esparsas e baseiam-se principalmente em relatos de caso. Existem registros na literatura médica de homens que desenvolveram trombose após o uso de CC, particularmente em doses mais altas ou com uso prolongado. Esses casos sugerem que o risco existe, mas são insuficientes para quantificar com precisão a magnitude desse risco.

Mecanismos Fisiológicos Sugeridos: O CC pode causar um leve aumento nos níveis de estrogênio nos homens ao bloquear o feedback negativo no eixo hipotálamo-hipófise-gonadal. Esse aumento hormonal, em teoria, pode criar um ambiente pró-coagulante, semelhante ao que ocorre em terapias com estrogênios em mulheres. Estudos de revisão e artigos de opinião sugerem essa possível via fisiológica para justificar o risco, embora a evidência direta seja fraca.

Meta-Análises e Revisões Sistemáticas: Não há, até o momento, meta-análises ou revisões sistemáticas que forneçam dados robustos sobre o risco trombótico com o uso de CC em homens devido à falta de ensaios clínicos randomizados de grande porte que investiguem esse efeito específico.

Diretrizes e Recomendações Clínicas: Algumas diretrizes de prática clínica, principalmente em endocrinologia reprodutiva, alertam para a possibilidade de trombose com o uso de CC em pacientes com fatores de risco conhecidos para trombose (como história familiar de trombofilia). Isso não se baseia em dados robustos, mas em uma abordagem de precaução, uma vez que o aumento de estrogênios e os efeitos pró-coagulantes já são conhecidos em outros contextos.

Resumo da Evidência
A evidência do risco de trombose associada ao CC em homens é, portanto, limitada e baseada mais em plausibilidade biológica, relatos de caso e extrapolações de estudos em mulheres. Para a prática clínica, isso sugere que o risco, embora baixo, pode existir, especialmente em indivíduos predispostos. Mais estudos em larga escala são necessários para definir com clareza esse risco em homens usando citrato de clomifeno para tratar hipogonadismo.

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