2. Tumores do Trato Aerodigestivo Superior Flashcards

1
Q

Qual o principal tipo de tumor maligno de cabeça e pescoço?

A

Carcinoma espinocelular (90%).

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Q

Quais os principais fatores de risco para carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço?

A
  • Tabagismo (25x).
  • Etilismo.
  • Infecções virais (HPV, EBV, etc).
  • Exposição ambiental.
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3
Q

Quais as características da cancerização de campo do carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço?

A
  • Os fatores de risco afetam várias mucosas simultaneamente.
  • Causa 2º tumor primário em 10% dos tabagistas (incluindo CEC de esôfago).
  • Investigação ativa de outros tumores primários em TODOS os pacientes.
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4
Q

Quais os exames na investigação do carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço?

A
  • Oroscopia, laringoscopia e nasofibroscopia.
  • TC de face, pescoço e tórax.
  • Endoscopia digestiva alta.
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5
Q

Como é o diagnóstico do carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço?

A
  • Biópsia incisional com imuno-histoquímica.
  • PAAF (se linfonodo cervical sem tumor primária identificado).
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6
Q

Como é o estadiamento T do carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço?

A
  • T1: lesão < 2cm.
  • T2: lesão 2 a 4cm.
  • T3: lesão > 4cm.
  • T4: invasão de estruturas adjacentes ressecáveis (a) ou irressecáveis (b).

Obs.: estruturas irressecáveis são a carótida comum, fáscia pré-vertebral, espaço mastigatório (trismo), base do crânio e mediastino.

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7
Q

Qual o estadiamento N do carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço?

A
  • N1: único ipsilateral < 3cm.
  • N2: único ipsilateral entre 3 e 6cm (a), múltiplos ipsilaterais entre 3 a 6cm (b) ou contralateral < 6cm (c).
  • N3: linfonodo > 6cm (a) ou extravasamento extracapsular (b).
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8
Q

Qual o tratamento geral do carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço?

A
  • Ressecção com margens livres.
  • Esvaziamento cervical eletivo (II ao IV).
  • Esvaziamento cervical radical (I ao V se N+).

Obs.: as excessões são os CEC de boca e lábio (I ao III) e o de laringe (II ao IV + VI).

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9
Q

Quais as indicações gerais de QT e RT adjuvantes no carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço?

A
  • T3 e T4
  • Margens comprometidas.
  • N+.

Obs.: tumores avançados são tratados preferencialmente com QT e RT em detrimento da cirurgia.

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10
Q

Quais as características do CEC de nasofaringe?

A
  • A maioria é relacionado ao vírus Epstein Barr (melhor prognóstico).
  • O local mais comum de acometimento é o recesso faríngeo.
  • Os sintomas são tardios devido ao espaço abundante para crescimento.
  • 90% dos casos apresentam metástases linfonodais como queixa inicial.
  • Preferir tratar com RT + QT pelo acesso cirúrgico difícil.

Obs.: suspeitar em casos de otite média em adultos.

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11
Q

Quais as características do CEC de orofaringe?

A
  • Relacionado ao hábito sexual (HPV) e ao tabagismo.
  • O local mais acometido são as amigdalas.
  • Alto risco de metástase linfonodal.
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12
Q

Quais as características do CEC de orofaringe HPV positivo?

A
  • Relacionado à infecção pelos subtipos 16 e 18.
  • Mais comum em pacientes < 60 anos.
  • Geralmente evolui com massa cervical assintomática.
  • Marcador tumoral presente (proteína p16).
  • Metástase linfonodal com degeneração cística.
  • Apresenta bom prognóstico (inclusive massas grandes).

Obs.: múltiplos linfonodos acometidos não pioram o prognósito.

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13
Q

Quais as características do CEC de orofaringe HPV negativo?

A
  • Relacionado ao tabagismo e etilismo.
  • Mais comum em pacientes > 60 anos.
  • Evolui com disfagia e odinofagia.
  • Apresenta pior prognóstico.
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14
Q

Qual o tratamento do CEC de orofaringe?

A
  • Cirurgia + RT/QT.
  • N0: esvaziamento cervical eletivo (I a IV).
  • N+: esvaziamento cervical radical (I a V).

Obs.: o tratamento é IGUAL para os casos relacionados ou não ao HPV.

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15
Q

Quais as características do CEC primário oculto?

A
  • Metástase de CEC em 1 ou mais linfonodos SEM primário identificável.
  • Corresponde a 3% dos CEC de cabeça e pescoço.
  • A maioria são de boca (principal), orofaringe (pilar amigdaliano) e nasofaringe (recesso faríngeo).
  • Diagnosticado pela PAAF com imuno-histoquimica para HPV e EBV.

Obs.: se falha em identificar após exame físico e de imagem, solicitar PET-CT.

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16
Q

Quais as características do CEC de boca?

A
  • É o câncer de cabeça e pescoço mais comum (excluindo pele).
  • O local mais comum é a borda lateral da língua.
  • Os principais fatores de risco são tabagismo, etilismo e o uso de prótese dentária.
  • Além do tamanho, a profundidade de invasão é determinante para o estadiamento.

Obs.: as principais lesões pré-malignas são a eritoplasia (mais grave) e leucoplasia (mais comum).

17
Q

Qual o tratamento do CEC de boca?

A
  • Ressecção cirúrgica com margem > 1cm.
  • Linfadenectomia supra-omohioidea/I a III (radical se n+).
  • RT se profundidade de invasão > 4mm.

Obs.: lesões que atravessem a linha média necessitam de linfadenectomia BILATERAL.

18
Q

Quais as características do CEC de lábio de superfície interna?

A
  • Similar aos tumores de boca.
  • Relacionado ao tabagismo e etilismo.
  • Leucoplasia e eritoplasia como lesões pré-malignos.
  • Ressecção com esvaziamento cervical.
19
Q

Quais as características do CEC de lábio de superfície externa (vermelhão)?

A
  • Similar ao câncer de pele.
  • Relacionado à exposição solar.
  • Hiperceratose como lesão pré-maligna.
  • Ressecção SEM esvaziamento cervical.

Obs.: cerca de 80% dos casos ocorre no lábio inferior.

20
Q

Quais as características do CEC de hipofaringe?

A
  • Relacionado ao tabagismo e etilismo.
  • Acomete o seio piriforme (85%), parede posterior e área pós-cricoide.
  • Alta taxa de metástase linfonodal e invasão local ao diagnóstico (sintomas tardios).
21
Q

Qual o tratamento do CEC de hipofaringe?

A
  • RT e QT pela alta morbidade cirúrgica.
  • Faringolaringectomia de resgate.
  • Esvaziamento cervical radical bilateral (se eletivo, II a IV bilateral).
22
Q

Quais as regiões da faringe?

A
  • Supraglote: epiglote, pregas ariepiglotes, aritenoides e falsas pregas vocais, comissura anterior e posterior.
  • Glote: pregas vocais.
  • Infraglote: porção inferior da glote até borda inferior da cricoide.
23
Q

Qual a inervação da laringe?

A
  • Nervo laringeo superior: sensibilidade da supraglote e motricidade do m. cricotireoide.
  • Nervo laringeo recorrente (inferior): motricidade de todos os músculos da faringe (menos o cricotireoide).
24
Q

Quais as características do CEC de laringe?

A
  • A região mais acometida é a glótica, e a de melhor prognóstico (sintomas precoces).
  • As regiões supra e infraglóticas apresentam pior progóstico (sintomas tardios e disseminação linfonodal).
  • Baixa relação com a infecção por HPV.
25
Q

Qual o quadro clínico do CEC de laringe?

A
  • Supraglote: disfagia.
  • Glote: disfonia (paralisia da prega vocal).
  • Infraglote: dispneia.
26
Q

Qual o estadiamento do CEC de glote?

A
  • T1: pregas vocais móveis.
  • T2: paresia de pregas vocais.
  • T3: paralisia de pregas vocais.
  • T4: invasão de estruturas adjacentes.
27
Q

Qual o tratamento do CEC de laringe?

A
  • T1 e T2: cirurgia OU RT (monoterapia).
  • T3 e T4: cirurgia E RT ou QT E RT (terapia combinada).
  • Esvaziamento cervical radical bilateral (se eletivo, II a IV + VI bilateral).