2. Doenças do TGI Inferior Flashcards

1
Q

Quais as características da intussuscepção intestinal?

A
  • Penetração de uma alça intestinal em direção a alça adjacente.
  • Afeta mais crianças entre 3 meses e 3 anos de idade.
  • O local mais comum é a válvula ileocecal.
  • Em crianças, a principal causa é primária, mas pode ocorrer por afecções que tracionem o mesentério (ex.: adenite mesentérica, divertículo de Meckel, linfomas ileais, etc).
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2
Q

Qual o quadro clínico da intussuscepção intestinal?

A
  • Sinais de obstrução intestinal (dor em cólica, distensão abdominal, etc).
  • Diarreia mucossanguinolenta (fezes em geleia de morango/framboeza).
  • Massa palpável em salsicha (principalmente em flanco direito).
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3
Q

Quais os achados ultrassonográficos da intussuscepção intestinal?

A

Sinal do alvo ou da casca de cebola (delgado dentro do cólon).

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4
Q

Qual o tratamento da intussuscepção intestinal?

A
  • Redução hidrostática guiada por USG..
  • Cirurgia (falha terapêutica, peritonite ou invaginação de delgado > 3cm).
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5
Q

Quais as características do divertículo de Meckel?

A
  • Malformação mais comum do trato gastrointestinal (remanescente do ducto onfalomesentérico).
  • Localiza-se na borda antimesentérica do íleo distal.
  • Maioria dos casos é assitomática e descoberta de forma acidental.
  • É a principal causa de hemorragia digestiva baixa em crianças.
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6
Q

Qual a regra do 2 do divertículo de Meckel?

A
  • 2% da população.
  • 2x mais comum em homens.
  • 2 pés (60cm) da válvula ileocecal.
  • 2 polegadas (5cm) de diâmetro.
  • 2 mucosas (gástrica e intestinal).
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7
Q

Qual o quadro clínico dos casos sintomáticos do divertículo de Meckel?

A
  • Sangramento intestinal/hematoquezia (principal em crianças).
  • Obstrução intestinal (principal em adutos).
  • Hérnia de Littré.
  • Diverticulite (diagnóstico diferencial de apendicite).

Obs.: o obstrução intestinal pode ocorrer por invaginação do divertículo, hérnia ou por enterólitos.

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8
Q

Como é o diagnóstico do divertículo de Meckel?

A
  • Colonoscopia e EDA (descartar outras causas de sangramento).
  • Angiotomografia.
  • Cintilografia com TC-99 (padrão-ouro se sangramento).
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9
Q

Qual a conduta no divertículo de Meckel?

A
  • Sintomático: enterectomia segmentar com anastomose primária.
  • Assintomático: expectante (se exame de imagem) ou considerar ressecção (se intra-operatório).
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10
Q

Quais as características do íleo meconial?

A
  • Obstrução de delgado por mecônio espessado e viscoso.
  • Mais comum na válvula ileocecal.
  • Associado à fibrose cística.
  • Pode levar a obstrução intestinal.

Obs.: o mecônio deve sair em até 24h no recém nascido a termo e 48h no pré-termo.

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11
Q

Quais as características da fibrose cística?

A
  • Doença autossômica recessíva.
  • Alteração no transporte dos íons cloreto, levado a espessamento das secreções exócrinas.
  • Causa infecções respiratórias recorrentes e insuficiência pancreática.
  • Diagnosticado pelo teste do pezinho (triagem) e teste do suor.
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12
Q

Qual o quadro clínico do íleo meconial?

A
  • Atraso na eliminação de mecônio.
  • Toque retal com ampola retal vazia (obstrução em válvula ileocecal).
  • Distensão abdominal.
  • Vômitos.

Obs.: a ROLHA MECONIAL ocorre a nível do reto, e apresenta evolução mais benigna.

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13
Q

Qual o quadro clínico do íleo meconial?

A
  • Atraso na eliminação de mecônio.
  • Toque retal com ampola retal vazia.
  • Distensão abdominal.
  • Vômitos.
  • Alterações intrauterinas (ex.: polidrâmnio).
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14
Q

Qual o achado radiológico do íleo meconial?

A

Aspecto em vidro moído na fossa ilíaca direira.

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15
Q

Qual o tratamento do íleo meconial?

A
  • Enema com contraste hidrossolúvel (fluidificar o mecônio).
  • Ileostomia para irrigação (se falha).
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16
Q

Quais as características da Doença de Hirschsprung?

A
  • Agangliose intestinal, causando aperistalse dos segmentos afetados.
  • Os segmentos restantes ficam dilatados, numa tentativa de vencer a pseudobstrução (mecacólon congênito).
  • Pode o ocorrer em todo intestino, mas 90% são de reto e simoide.
  • Associado a Síndrome de Down.

Obs.: o acometimento da doença é sempre de distal para proximal e contínuo (não forma “ilhas” de agangliose).

17
Q

Qual o quadro clínico da Doença de Hirschsprung?

A
  • Atraso na eliminação de mecônio.
  • Saída explosiva de fezes ao toque retal.
  • Constipação grave desde o nascimento.
  • Dificultade em ganhar peso.
  • Soilling (diarreia paradoxal).
  • Distensão abdominal.
18
Q

Quais os achados do enema opaco na Doença de Hirschsprung?

A

Presença de CONE DE TRANSIÇÃO (intestino espástico distal com megacólon proximal).

19
Q

Como é o diagnóstico da Doença de Hirschsprung?

A
  • Biópsia retal (ausência de células ganglionares, hipertrofia nervosa e aumento da atividade da colinesterase).
  • Se quadro duvidoso, realizar manometria anorretal antes da biópsia (ausência de reflexo reto-anal e relaxamento esfincteriano).

Obs.: a manometria NÃO fecha diagnóstico para Hirschsprung, apenas a BIÓPSIA!

20
Q

Quais as características da enterocolite de estase da Doença de Hirschsprung?

A
  • Complicação mais grave da Doença de Hirschsprung.
  • Translocação bacteriana pelo acúmulo de fezes.
  • Causa dor e distensão abdominal, febre e fezes pútridas.
  • Tratar com lavagem intestinal e antibioticoterapia de amplo espectro.
21
Q

Qual o tratamento da Doença de Hirschsprung?

A
  • Cirurgia de Swenson: retossignoidectomia com anastomose termino-terminal colorretal.
  • Cirurgia de Duhamel: retossignoidectomia com anastomose termino-lateral e dissecção de submucosa.
  • Cirurgia de Soave: retossigmoidectomia com anastomose termino-terminal e dissecção de submucosa.
22
Q

Quais as características da constipação funcional?

A
  • Principal diagnóstico diferencial da Doença de Hirschsprung.
  • A constipação inicia com a INTRODUÇÃO ALIMENTAR, com hábito intestinal previamente normal.
  • Enema com MEGARRETO.
  • Sintomas melhoram com a dieta e uso de laxativos.
23
Q

Quais as características das anomalias anorretais?

A
  • Associadas à sindrome VACTERL.
  • Podem ocorrem em ambos os sexos, com apresentações clínicas distintas.
24
Q

Quais as anomalias anorretais presentes em ambos os sexos?

A
  • Fístula retoperineal: abertura em qualquer local que não o complexo esfincteriano.
  • Ânus imperfurado sem fístula: associado à síndrome de Down.

Obs.: não são as anomalias anorretais mais comuns em nenhum dos sexos.

25
Q

Quais as anomalias anorretais presentes apenas no sexo masculino?

A
  • Fístula retouretral bulbar (mais comum).
  • Fístula retouretral prostática.
  • Fístula retovesical.

Obs.: quanto mais alta a fístula, pior o prognóstico de continência, pois à maior agenesia na musculatura e inervação perianal.

26
Q

Quais as anomalias anorretais presentes apenas no sexo feminino?

A
  • Fístula retovestibular (mais comum).
  • Cloaca (canal comum entre bexiga, vagina e reto).

Obs.: as meninas NÃO possuem fístulas para o trato urinário.

27
Q

Como é o diagnóstico das anomalias anorretais?

A
  • Meninas: exame físico.
  • Meninos: exame físico e de imagem (não é possível determinar o tipo de fístula só pelo exame do períneo).
28
Q

Qual o manejo incial das anomalias anorretais (ambos os sexos)?

A
  • Aguardar 24-48h para avaliar surgimento de fístulas perineais.
  • Dieta zero.
  • Suporte clínico (hidratação, SNG, etc).
  • Pesquisar outras má formações da síndrome VACTERL.
  • Se cloaca, realizar USG de abdome (descartar hidrocolpo).

Obs.: se exame físico inalterado, realizar invertograma para investigar altura da fístula (radiografia com criança em decúbito ventral).

29
Q

Qual a conduta nas anomalias anorretais do sexo masculino?

A
  • Fístula perineal: anoplastia.
  • Ânus imperfurado abaixo do coccix: cirurgia de Peña (anorretoplastia sagital posterior).
  • Ânus imperfurado acima do cóccix OU fístulas urinárias: colostomia em duas bocas.

Obs.: a colostomia é feita para resolver o quadro obstrutivo enquanto se estuda a altura da ma formação para planejar a cirurgia de Peña.

30
Q

Qual a conduta nas anomalias anorretais do sexo feminino?

A
  • Fístula perianal: anoplastia.
  • Fístula vestibular: cirurgia de Peña.
  • Cloaca: colostomia em duas bocas.
  • Sem fístula visível: radiografia horizontal (Peña se abaixo do coccix, colostomia em duas bocas se acima).

Obs.: na presença de hidrocolpo, realizar a drenagem.

31
Q

Quais os fatores de pior prognóstico de continência fecal nas anomalias anorretais?

A
  • Altura da fístula (principal).
  • Deformidades sacrais.
32
Q

Quais as características da persistência do ducto onfalomesentérico?

A
  • Não obliteração do ducto que conecta o intestino médio ao saco amniótico.
  • Pode formar o divertículo de Meckel (mais comum), cisto ou fístula vitelínica.
  • O cisto pode infectar, gerando onfalite.
  • A fístula evolui com saída de fezes e mecônio pelo umbigo.