2- Colagenoses Flashcards
Lúpus Eritematoso Sistêmico - Epidemiologia
*Doenca autoimune multisistêmica crônica com focos inflamatórios em vários tecidos/órgãos, período de remissão e exacerbação, doença das “ITES” (dermatite, seroriste, artrite, nefrite, cerebrite)
- Protótipo das doenças idiopáticas autoimunes
- A AR tem mecanismo inflamatório celular de linfócitos T e o LES tem participação humoral com produção de vários autoanticorpos
- Mais em mulheres (9:1) jovens na idade fértil (15-45 anos)
- Predomínio na raça negra
Lúpus Eritematoso Sistêmico - Patogêneses
- Hidralazina, Procainamida, isoniazida*
- Interferon-alfa e agentes anti-TNF: síndrome lupus-like durante tto de hepatite C e AR (anti-TNF)
- Produção de vários autoanticorpos que formam imunocomplexos que ativam o Sistema Complemento
- Fatores Genéticos com presença de HLA-DR2 e DR3
- Fatores ambientais: exposição a luz ultravioleta tipo B* por lesão direta do DNA e efeito imunogênico; Estrogênio (imunoestimuladores); medicamentos (lúpus fármaco induzido por indução de demetilação do DNA); tabagismo; exposicao a silica; infeccao viral*
- Deficiência de complemento (C1q*,C2 e C4)
- Receptores de reconhecimento de padrões moleculares anômalos
Lúpus Eritematoso Sistêmico - Manifestações Clínicas da Pele
- Pode ser de forma aguda (fulminante) ou insidiosa
- Doenca cronica, remitente e recidivante
- Locais mais acometidos: Pele (1); Articulações (2); membranas serosas (3); Rins (4) e SNC (5)
- Sintomas constitucionais: mal-estar, fadiga, queda do estado geral, perda ponderal
- Aguda: erupção malar em “asa de borboleta”* dolorosa/pruriginoso, fotossensibilidade (UVB em cervical,face e extremidades)
- Subaguda (associação com Anti-RO): erupção lenticular (=psoríase), eritematoanulares e em dorso das falanges (≠ das de Gottron)
- Crônica: Lúpus discoide (face, pescoço, couro cabeludo e orelha) → aumenta risco de CARCINOMA EPIDERMOIDE na pele nas areas de lesão atrófica
- Crônica: panículo te de Kaposi → lupus profundo
Qual autoanticorpo associado ao Lúpus Subagudo e a fotossensibilidade?
Anti-Ro
Lúpus Eritematoso Sistêmico - Manifestações Clínicas
*Mais frequente: FOTOSSENSIBILIDADE (70%), erupção malar (50%)
- Alopecia nao discoide
- Vasculite cutânea, livedo reticular e teleangiectasias, fenômeno de Raynaud , lúpus bolhoso, ulceras mucosas em boca
- Artropatia do LES: característica da febre reumática (migratória) e da AR (pequenas articulações periféricas)
- Artralgia/mialgia; artrite não erosiva (critério dx); Artropatia de Jaccoud (padrão não erosivo - ocorre também na febre reumática e Sd Sjogren); osteonecrose avascular; mio site
Lúpus Eritematoso Sistêmico - Manifestações RENAIS
- Proteinuria >500mg/24h ou +3 no EAS; cilindros celulares; Sd. Nefritica/nefrótica; nefrite intersticial, IR
- Ataque principalmente GLOMERULAR (deposição de imunocomplexos anti-DNA*)
- Nefrite Lupica: hipocomplementemia c/ deposição de C3*, C4 e C1q
- Hematuria quando: +3 hemácia por campo de grande aumento ou >10.000 hemácias/mm3
- Mesangial mínima: só imunodepositos, s/ proliferação celular
- Mesangial proliferativa
- ProliferativaFocal (<50% dos glomérulos)
- PROLIFERATIVA DIFUSAS* (>50% dos glomérulos) → Sd. Nefritica → GNRP (hematuria c/s/ proteinúria) → é a mais comum no LES e pior prognostico
- MEMBRANOSA*→ só proteinuria/lipiduria (Sd Nefrótica)→ NÃO DIMINUI complemento
- Esclerose avançada
- Tratar com prednisona e ciclofosfamida
Lúpus Eritematoso Sistêmico - Manifestações Clinicas
*LUPUS é fator de risco cardiovascular INDEPENDENTE sendo alto risco de desenvolver DCV (estresse oxidativo)
- Pleurite lupica*; derrame pleural; pneumonite; síndrome do pulmão contraído
- Pericardite; miocardite; endocardite de Libman-sacks (verrucosa nao bacteriana*); coronariopatia
- Disfunção cognitiva leve; alterações de personalidade; depressão; demência lupica (síndrome cerebral orgânica)
- Psicose lupica (critério dx; ocorre no 1o ano c/ delirium, estado confusional, ilusões persecutórias, alucinações auditivas/visuais) → anti-P reagente
Lúpus Eritematoso Sistêmico - Manifestações Clinicas
- Cefaleia, convulsões, AVE isquêmico, meningite asséptica (precipitada por AINE ou azatioprina)
- Anemia de doença crônica (mais frequente), anemia hemolítica(critério Dx), leucopenia, linfopatia, trombocitopenia
- Sindrome de Evans: anemia imuno-hemolítica + trombocitopenia autoimune
- Elevação das enzimas hepaticas, peritonite, Vasculite mesenterica, pancreatite
- Ceratoconjutivite seca (Sjogren)** é a mais associada
- Cursa com QUEDA do complemento
Lúpus Eritematoso Sistêmico - DIAGNOSTICO
- FAN reagente (≥ 1:80) +NEFRITE LUPICA IV (proliferação difusa) OU
- FAN reagente + 3 critérios
- Critério de Entrada (rastreamento): FAN reagente (≥1:80) +
- Critério aditivo: manifestações clinicas ≥10 pontos
- 1 Constitucional: febre (>38,3)
- 2 Pele/mucosa: alopecia sem cicatriz/queda OU ulcera oral (afta que não incomoda) OU lupus cutâneo subagudo ou discoide (cicatrizes) OU agudo (rash malar ou ASA de borboleta)
- 3 Articulação: ARTRITE ou dor c/ rigidez matinal ≥2 articulacoes
- 4 Serosite: derrame pleural/pericárdico OU pericardite aguda
- 5 Hematológico: leucopenia <4.000 OU plaquetopenia <100mil OU anemia hemolítica Coombs +
- 6 Renal: proteinuria >0,5g/d OU nefrite lupica a biopsia
- 7 Neuropsiquiátrico: delirium OU psicose OU convulsão (s/ justificativa)
- 8 Anticorpo Antifosfolipidio
- 9 Queda do Complemento: C3 e/ou C4
- 10 Anticorpo ESPECIFICO: ANTI-DNA OU ANTI-Sm
Autoanticorpos do LES: FATOR ANTINUCLEAR (FAN)
- Medido por imunofluorescencia
- Teste de triagem/rastreio sendo significativo se ≥1:80
- Nao é muito especifico (ocorre em outras doenças)
- Teste que avalia a presença de 1 ou + autoanticorpos
- Anti-Nucleares: Anti-DNA de dupla hélice (NATIVO); Anti-Histona; Anti-ENA (antígeno núcleo extraído) → Anti-Sm; Anti-RNP; Anti-La; Anti-Ro
- Anti-Citoplasmaticos: Anti-P
- FAN → núcleo, núcleo e citoplasma → identifica 98% e os 2% são o Anti-Ro que é difícil de ser detectado
- VDRL falso-positivo
Autoanticorpos do LES
- 1o mais especifico: Anti-Sm (Smith) - E=99% (presente em 30%)
- 2o mais especifico: Anti-DNA - E=95%
- Anti-La (SS-B): relacionado a Sd Sjogren e não relacionado com nefrite lupica (por geralmente não ter Anti-DNA)
- Anti-RNP: doença mista do tecido conjuntivo (doença das consoantes)
- Anti-P (anti-citoplasmático): relacionado a psicose lupica
- Anti-DNA desnaturado (hélice simple) tem alta frequência mais pouco especifico
- Autoanticorpo mais característico: Anti-DNA nativo (dupla-hélice) → seus níveis aumentam com piora da doença
- Autoanticorpo relacionado a lesão renal (nefrite): Anti-DNA nativo
- Autoanticorpo mais ESPECIFICO: Anti-Sm
- Autoanticorpo relacionado ao lupus farmacoinduzido: Anti-Histonas
Autoanticorpo Anti-Ro (SS-A)
*Relacionado a Síndrome de Sjogren assim como o Anti-La
- Mais relacionado ao lupus neonatal (Ro-Ro-Ro)
- Mais relacionado ao bloqueio cardíaco congênito
- Mais relacionado ao rash por fotossensibilidade
- Mais relacionado ao lupus cutâneo subagudo
- Mais relacionado ao lupus FAN negativo
Autoanticorpos do LES - Padrões relacionados ao FAN
*Pontilhado nuclear fino é mais frequente, inespecífico e pode estar presente em pessoas sem doença autoimune
- Nuclear pontilhado (salpicado):Anti-ENA (Ro/SSA, La/SSB, Sm, RNP) → associado a LES, Sjogren, DMTC, esclerodermia
- Grosso: Anti-Sm e anti0RNP → associado a LES, Sjogren, DMTC, esclerodermia
- Fino: Anti-Ro/SSA, anti-DNA nativo, anti-La/SSB → associado a LES, Sjogren, DMTC, esclerodermia
- Nucleolar: enzimas nucleolares → associado a esclerose sistêmica
- Nuclear homogêneo (difuso): anti-histonas, anti-DNA nativo → associado a LES/ LES induzido por drogas
Autoanticorpos do LES - Não FAN: Anti-Membranosos
- Anti-linfociticos; Anti-neuronio; Anti-plaqueta; Anti-Hemácia
- Anti-fosfolipídico (relacionado a trombose)
- 1 Anticoagulante lupica: trombogenico na pessoa e anticoagulante no laboratorial c/ PTT alargado mas paciente esta trombosando*
- 2 Anti-B2 glicoproteína 1
- 3 Anticardiolipina
Tratamento do LES
- Cloroquina tem alto risco de toxicidade retiniana deve ser avaliado por oftalmologista
- Antimalaricos: antitrombotivos e hipolipimiante e reduz risco CDV
- Pacientes assintomáticos em remissão: manter dose profilática de antimalárico (até na gestação) pois previne recidivas
- Psicose,vasculite e mielite transversa: alta dose de prednisona
- Em todos: Repouso + Protetor Solar FPS 30 + parar de fumar + controle glicemia/lipídios + Hidroxicloroquina OU Cloroquina (antimalaricos de uso crônico → diminuem recaída e melhora atividade)
- Formas level(pele, mucosa, articulacoes): AINE +/- corticoide em dose baixa (evitar AINE por muito tempo e suspender se nefrite)
- Formas moderadas (constitucional, hematológicas): AINE +/- corticoide +/- imunossupressor (azatioprina/MTX)
- Formas graves (rim e SNC): Corticoide em altas dose +/- imunossupressor (ciclofosfamida, micofenolato, rituximab)
- Anti-Dna deve ser dosado em toda consulta de acompanhamento
LES FARMACOINDUZIDO (PHD)
- Ocorre em indivíduos geneticamente predisposto quando expostos a certas drogas gerando um QC igual LES
- Mais branda não acomete rim nem o SNC (nao consome complemento)
- Acomete igualmente homens e mulheres
- Alta relação com autoanticorpo Anti-Histona** (e FAN +)
- Demetilacao do DNA estimula de forma generalizada as células do sistema imune (hiperativacao) a alguma droga
- Procainamida(maior risco), Hidralazina(mais frequente) e D-penicilamida (geralmente por tempo >1 mês)
- Outras: minociclina, diltiazen, isoniazida, clorpromazida, metildopa, quinidina, alfa-interferon e drogas anti-TNF alfa
- QC: rash, febre, artralgia, serosite, fadiga, mialgia
- TTO: suspensão da droga e sn AINE ou antimalárico
LES FARMACOINDUZIDO
- Forma clinica branda
- Dx com suspensão da droga
- Procainamida, Hidralazina, D-penicilamida
- Não acomete rim ou SNC
- Não consome complemento
- Não são encontrados autoanticorpos anti-DNA nativo (dupla hélice)
- Os anti-histonas são característicos (95-100% dos casos)
- TTO: suspensão do fármaco, eventualmente AINE, antimalaricos ou CTC em dose baixa
Sindrome do Anticorpo Antifosfolipidio (SAF)
- SAF secundaria (50%): quando associada a outra doença reumatológica
- SAF primaria (50%): ocorre de forma isolada (idiopática)
- Forte associação com LES
- Mais frequente no sexo feminino na 2a e igualmente em homens e mulheres na 1a (PACIENTES JOVENS)
- Caracterizada por eventos tromboembolicos arteriais e venosos, abortamento espontâneo de repetição
- Presenca de anticorpos anticardiolipina, anticoagulante lupica e antibeta-2-glicoproteína I
- Outras manifestações: trombocitopenia, livedo reticular (coloração marmórea), endocardite de Libman-Sacks e alterações neurológicas
Sindrome do Anticorpo Antifosfolipidio (SAF) - Patogênese
*Sistema imune ativa a cascata da coagulação.
- Plaquetas, células endoteliais e células trofoblasticas da placenta quando entram em apoptose expressam Fosfatidilserina (FS) na camada externa (que deveria ser na interna)
- A FS na camada externa se liga a beta-2-glicoproteína I, e se tiver algum anticorpo antifosfolipidios ativa complemento que ativa células endoteliais e plaquetas gerando um estado pro-trombótico
Sindrome do Anticorpo Antifosfolipidio (SAF) - Manifestações clinicas
*Sindrome de Sneddon: AVE isquêmico + livedo reticular + anticorpos antifosfolipidios positivos (mulheres jovens fora da faixa típica de AVE isquêmico)
- Trombose venosa profunda*
- Trombocitopenia
- Livedo reticular
- AVE isquêmico e/ou AIT
- Tromboflebite
- TEP
- Abortamento espontâneo recorrente (oclusão de vasos uteroplacentarios) → HELLP, pre-eclampsia, CIUR, TPP
- Outros: trombose veia renal, Sd Budd-Chiari, endocardite de Libman-Sacks (vegetação com microtrombos de plaquetas-fibrinas circundada por fibroblastos e macrófagos)*
Sindrome do Anticorpo Antifosfolipidio (SAF) - Critérios diagnósticos
*Dx: 1 critério clinico (1 ou 2) + 1 laboratorial (3,4,5) positivo em duas ou mais ocasiões com intervalo ≥ 12 semanas
- Trombose (arterial ou venosa): 1 ou + episódios em qualquer órgão confirmado por Doppler ou histopatologia (exclui vasculite)
- Morbidade gestacional: ≥3 abortos espontâneos antes de 10 semanas (excluido causas cromossômicas/maternas) OU ≥1 aborto com >10 semanas de IG OU ≥1 nascimento prematuro <34 semanas
- Anticoagulante lupico - mais especifico
- Anticorpo anticardiolipina IgG ou IgM (>40 unidades) - mais sensível
- Anticorpo anti beta-2-glicoproteína I IgG ou IgM em títulos altos
Sindrome do Anticorpo Antifosfolipidio (SAF) - TTO
- Suspensão de tabagismo,ACO combinado ou TRH; controle do DM, hiperlipidemia e HAS
- Tromboembolismo Agudo: heparinazação (HBPM - enoxaparina) plena inicial c/ posterior acréscimo de cumarinicos (Varfarina)
- Crônico (se histórico de trombose): anticoagulação por tempo indeterminado com cumarinicos (Varfarina) e controle do INR entre 2-3
- LES + anticorpo antifosfolipidios reagente: AAS 100mg/d + hidroxicloroquina
- Gestante ≥1 perda fetal ou ≥3 abortos: AAS baixa dose + Heparina dose profilática por toda gestação ate 6-12 semanas após puerpério
- Gestante c/ hx trombose: AAS + heparina terapêutica
- Gestante assintomática: AAS dose baixa ou observação
- Trombose recorrente: imunoglobulina ou rituximab
- Plaqueta <50mil, anemia hemolítica: imunoglobulina + corticoide
Síndrome de Sjogren
“ Síndrome que SECA”
*Mais comum em mulheres e entre a 4-5 década de vida
- Infiltração linfócitica das glândulas exócrinas (salivares e lacrimais) e deposição de imunocomplexos levando destruição glandular progressiva
- Sindrome de Mikulicz: aumento bilateral das glândulas parotidas, submaxilares, sublinguais e lacrimais
- Pode ser 1a (isolada) ou 2a (associada a outras doenças, principalmente Artrite Reumatoide*, LES e esclerose sistêmica)
- Pode ser glandular ou extraglandular (mais associada a forma 1a)*
Síndrome de Sjogren - Manifestações Clínicas glandular:
- Geralmente curso lento e benigno
- Manifestações mais comuns: ceratoconjuntivite seca e xerostomia (areia nos olhos e secura na boca)
- Fotofobia, ↓ lacrimejamento, vermelhidão e prurido ocular, acumulo de secreções espessas e ↓ da acuidade visual
- Úlcera cornea
- Disfagia(sólido e secos), cáries*, halitose
- Pseudolinfoma: linfadenopatia generalizada, esplenomegalia, nódulos pulmonares e aumento do volume das parótidas (pode evoluir para linfoma não Hodking)**
Síndrome de Sjogren - Manifestações Clínicas extraglandular:
- Mais comum na Sd de Sjogren PRIMARIA
- Maior risco que a população geral em desenvolver LINFOMA (nao Hodkin com linfoma MALT)
- Acloridria, alteração ritmo intestinal
- Rinite, sinusite, tosse seca, rouquidão, bronquite recorrente
- Nefrite intersticial linfocitaria* e glomerulonefrite por imunocomplexos
- Mialgias, artralgias, artrite não erosiva**
- Fenômeno de Raynaud
- Vasculite cutânea: púrpuras, ulcerações, urticaria recorrente, glomerulonefrite e mononeurite multipla
Síndrome de Sjogren - Diagnostico
*Teste de Schimer: coloca fita por 5’ na pálpebra inferior se medida <10mm (umidade) indica redução lacrimal
- Anti-Ro (SSA) OU Anti-La (SSB)OU Biópsia de Lábio Inferior (escore ≥1)
+ - Clinica com sinais objetivos: Teste de Schimer OU Rosa Bengala (corante) POSITIVO para xeroftalmia/ceratoconjuntivite seca
E
Cintilografia salivar (biopsia) OU fluxo salivar total não estimulado OU sial o grafia das glândulas parótidas
Síndrome de Sjogren - Tratamento
- Medidas gerais: Lágrimas artificiais, saliva artificial, uso de óculos de natação a noite
- Manifestações sistêmicas/extraglandulares: Corticoide + Imunossupressores/Rituximab em pacientes c/ manifestações renais ou pulmonares graves
Colagenoses
- LES: doença das ITEs e PENIAS com surtos e remissões
2. Sd Sjogren: infiltração linfoncitica SECA
Amiloidose
- Disfunção orgânica causada pela deposição tecidual de amiloide
- Conjunto de doenças diferentes que possuem deposito amiloide extracelular
- Há 25 tipos de amiloidose
- Amiloide é a presença obrigatória de 3 componentes: fibrila proteica + glicosaminoglicana + amiloide sérico P
- Fibrila proteica presente em 95% determina o QC específico, são derivadas de proteínas normais que alteram sua estrutura molecular (misfolding)
- Amiloidoses hereditárias:mutações genéticas
- Amiloidoses adquiridas: transformações amiloidose nica por células imunológicas ativadas (macrófagos)
Identificação da Amiloidose
*Amiloide: substância patológica sintetizada pelo organismo e se deposita em vários órgãos/tecido causando disfunção, devido uma proteína alterada
- Agregação das fibras amiloidose: folha beta pregueada
- Não identificado na microscopia óptica, se corada no VERMELHO CONGO mas trocar o microscópio para um que tenha LUZ POLARIZADA o amiloide apresentara brilho VERDE (birrefrigencia verde)
- Imunofluorescencia é o padrão-ouro para identificar a proteína presente na amiloide específica (DEVE SER PEDIDO JUNTO COM VERMELHO DO CONGO PARA DX)
- Como são 25 tipos de amiloidose a 1a letra indica o A (de amiloidose) e a 2a diz a respeito da proteína que origina as fibrilas
Tipos de amiloidose mais frequentes:
- Subtipo AA (amiloidose sérico A): mais comum, ocorre só em estados inflamatórios crônicos, chamada de amiloidose SECUNDÁRIA ou reativa
- Subtipo AL (cadeia leve de imunoglobulina): forma + comum em países ricos, causa o grupo das discrasias plasmocitarias. É chamada de PRIMÁRIA (mesmo se discrasia associada a mieloma múltipla)
- Subtipo ATTR (transtirretina): principal forma FAMILIAR. Endêmica em Portugal (Polineuropatia amiloidotica familiar ou doenca dos pezinhos); Japão e norte da Suécia (vikings c/ gene mutado)
- Subtipo beta-2-Microglobulina: ou artropatia associada à hemodialise a longo tempo.
Lembrar de AMILOIDOSE quando encontrar…
*Sinal do guaxinim (raccoon eyes): equimose periorbitaria = fratura de base de crânio sem histórico de trauma (clássico da amiloidose AL)
- Proteinuria nefrótica
- Cardiomiopatia restritiva
- Hepatomegalia sem causa aparente
- Neuropatia periférica idiopática
- Espessamento cutâneo com tendência à formacao de equimoses
- Pseudo-hipertrofia muscular (macroglossia,ombro de jogador de futebol americano)
Amiloidose AA (secundária ou reativa)
- Só ocorre em estados inflamatórios crônicos
- Mais comum no mundo (apesar de ser a 2a mais comum em países ricos atrás da primaria AL)
- A ÚNICA amiloidose vista em crianças é a amiloidose 2a por artrite idiopatica juvenil*
- Proteína alterada: amiloide sérico A (SAA)
- Causas de AA em pobres: TB, hanseniase, osteomielite cronica (doenças infecciosas crônicas)
- Causas de AA em ricos: Artrite Reumatoide***, artrite psoriática, artrite cronica juvenil, D. Crohn, Espondilite Anquilosante, Febre Mediterrâneo (sem relação com LES)
- Maior risco na Artrite Reumatoide
- TTO: controle da doença de base (AR: DARMD e inibidores TNF-alfa)
Amiloidose AA (secundária ou reativa) - QC
*Acometimento RENAL GLOMERULAR (= AL e não ocorre nas formas ATTR e AB2-M), gera um rim de tamanho aumentado e trombose de veia renal
- Síndrome nefrótica com proteinúria
- Hepatoesplenomegalia: aumento discreto de FA sem causa aparente em casos de doenca inflamatória prolongada
- Diferente a forma AL raramente acomete o miocárdio tendo melhor prognostico
- Poupa: coração e SNC
Amiloidose AL (primária)
- Maior incidencia de CARDIOAMILOIDOSE, tendo pior prognostico (espessamento nas valvas, pericárdio e leito coronariano) → dissociação massa-voltagem
- Muito associada a Mieloma Múltiplo
- Países ricos e com inicio em >40 anos
- Paraproteina monoclonal
- Proteína presente: cadeia leve de imunoglobulina
- Principal causa: discrasias plasmocitarias**
- Apresentação clinica típica: perda de peso e fadiga; síndrome nefrótica; ICC de padrão diastólico; neuropatia periferica; hepatomegalia; fragilidade capilar (púrpura)
- Sinais físicos sugestivos: Sinal do guaxinim e a macroglossia
- Dx: demonstrar a discrasia plasmocitaria por encontro de uma paraproteina monoclonal, demonstrar a presença do amiloide e confirmar que o amiloide é formado por cadeias leves
Amiloidose ATTR (transferrina)
- Transthyretin = TRANSport THYroxine RETINol (VITAMINA A)
- Inicio entre >20-40 anos (não é diagnostica em criancas*)
- Forma hereditária MAIS COMUM
- Ocorre em vários contextos, por ser Autossômica Dominante, ocorrem casos dentro da mesma familia
- Formas mais comuns: Neuropática e cardíaca
- QC: manifestações neurológicas, cardíacas, renais e oculares (deficiência de Vit A)
- Paramiloidose familiar ou PAF (polineuropatia amiloidotica familiar) ou doença dos pezinhos deixando pés atrofiados (PORTUGAL)
- Cardiomiopatia amiloidotica familiar
Amiloidose Beta-2-M (associada a dialise)
- Terapia de Substituição Renal por mais de 15 anos com desenvolvimento da Sd Túnel do Carpo e dor crônica nos ombros
- Achados radiografia: cistos nas extremidades ósseas
- MAior risco: fraturas pelos cistos (femur)
- Complexo principal de histocompatibilidade (MHC) não era filtrada pelos filtros de hemodiálise ficando acumulados e possuem poder amiloidogenico*
- Menor risco na dialise peritoneal
- Preferência por ossos e articulações (infiltração na sinovia)
- Principais sintomas: Sindrome do túnel do carpo***, pericardite escapuloumeral, cistos ósseos e fraturas patológicas, derrames articulares dolorosos, espondiloartropatia
- Dx: biopsia
Principais formas de amiloidose gastrointestinal
- Hemorragia: fragilidade da mucosa + ulcerações (angiopatia amiloide)
- Dismotilidade: estase de esôfago, gastroparesia
- Mau absorção
- Enteropatia perdedora de proteína
Esclerodermia ou Esclerose Sistêmica
*Endurecimento/fibrose da pele e de órgãos viscerais de maneira IRREVERSÍVEL de maneira insidiosa e continua
- Acomete mais mulheres entre 30-50 anos
- Pode ser sistêmica (formas cutânea difusa, limitado ou visceral) ou localizada (não afeta órgãos internos, formas morféia, esclerodermia linear e lesão em golpe de sabre, + comum na infância)
- Teoria Vascular: vasoconstrição intensa c/ disfunção endotelial e espessamento fibrotico da camada intima
- Teoria Imunológica: linfócitos T autorreativos c/ ativação de fibroblastos (TGF-beta) → ataque de autoanticorpos → edema inflamatório (fase precoce)→ fibrose (fase tardia)
Esclerodermia ou Esclerose Sistêmica - Manifestações Sistêmicas
- Órgãos mais acometidos: esôfago, rim, pulmão e pele
- Outras: fibrose tireoide (hipoT), Sjogren, impotencia/infertilidade/amenorreia, neuralgia do trigêmeo
- Fadiga e perda ponderal
- Esôfago (90% nas 3 formas ): refluxo/disfagia (↓ pressão de repouso do EEI)
- Rim: Crise renal c/ HAS (exclusiva da forma DIFUSA associado a anti-RNA polimerase III)
- Pulmão: alveolite com fibrose (forma DIFUSA) e hipertensão pulmonar (vasculopatia da forma cutânea Limitada associado a anti-U3 RNP)
- Musculoesqueléticas: poliartralgia e mialgia → Sd Túnel do carpo (compressão do nervo mediado) → Sinal do Tinel e Phalen
- Intestino: síndrome de mau absorção (esteatorreia), pseudo-obstrução, divertículos com “boca larga”
Fenômeno de Raynaud
- Vasoconstrição transitória de pequenas artérias/arteríolas digitais
- Pode ser primaria/idiopática (Doença de Raynaud) ou secundaria a outras colagenoses
- Primeira manifestação clinica da esclerodermia (90%)
- Precipitadas pelo frio ou por estresse emocional
- Alterações trifásica dos dedos: palidez → cianose → rubor
- Domenica e esfriamento dos dedos seguidos de dor e formigamento, que em casos graves/prolongados pode surgir ulceras dolorosas e evoluir para gangrena
- Aparece na Esclerose sistêmica (>90%); LES (30%); Dermatomiosite/Polimiosite (20-30%) e Sd Sjogren (20-30%)
Esclerodermia Sistêmica
*FAN positivo em 90-95%
- Cutânea Difusa: acomete qualquer região da pele e qualquer tecido ou órgão interno (tronco, abdome) → Antitopoisomerase I (anti-Scl-70)
- Cutânea Limitada: envolve as regiões distais da pele aos cotovelos e joelhos e superiores às clavículas, relacionado à Sindrome de CREST*→ Anticentromero
- Visceral (<5%): não acomete a pele apenas órgãos internos
Esclerodermia Forma Localizada (Esclerodermia localizada)
- Morféia: placas delimitadas de esclerose na pele, isoladas ou múltiplas (podem ser coalescentes) → mais comum*
- Esclerodermia linear: bandas fibroticas longitudinais, mais na infância/adolescência. Geralmente acomete membros de forma assimétrica
- Lesao em golpe de sabre: lesão esclerótica linear em geral na face ou couro cabeludo, envolve a pele e tecidos profundos
Sindrome de CREST
- Presente na Esclerose Sistêmica forma LIMITADA
- Mulheres entre 30-50 anos c/ anticorpos anticentromero (AAC)
- Dx é firmado com pelo menos 3 dos 5 critérios abaixo
- C: calcinose (mãos e cotovelos)
- R: Raynaud
- E: esofagopatia (pirose,refluxo,disfagia)
- S: esclerodactilia
- T: teleangiectasia
Esclerose Sistêmica - Manifestações cutâneas:
*3 fases da ES: edema c/ prurido→ endurecimento → atrofia
- Esclerodactilia: RETRAÇÃO tecidual dos dedos levando a MÃO EM GARRA (pode forma ulceras nas pontas dos dedos)
- Fácies de esclerodermia: MICROSTOMIA (retração) e NARIZ FINO
- Calcinose: deposição de cálcio no SC (visto no Rx) dos dedos
- Telangiectasia: dilatacao vascular dos capilares remanescentes
- Fenômeno de Raynaud
- Despigmentação da pele, sal e pimenta ou leucomelanodermia (dxx vitiligo)
Esclerose Sistêmica - Alveolite com fibrose do parênquima pulmonar:
- Manifestação pulmonar mais comum e de mau prognostico quando fibrosa (MAIOR CAUSA DE MORTE)
- Tosse seca e dispneia de esforço c/ estertores em velcro
- Fase inicial e inflamatória c/ ALVEOLITE apresenta TC em VIDRO FOSCO deve ser tratada antes de evoluir para fibrose com IMUNOSSUPRESSÃO
- Fase tardia c/ FIBROSE com TC em FAVO DE MEL (irreversível)
Esclerose Sistêmica - CRISE RENAL
- Vasoconstrição difusa com aumento da atividade do SRAA
- Insuficiência renal aguda oligúrica (proteinuria e hematuria)
- Hipertensão arterial acelerada maligna RENOVASCULAR (cefaleia, borramento visual, encefalopatia, convulsão e EAPulmonar)
- Anemia hemolítica microangiopatica e Trombocitopenia
- Insuficiência cardíaca congestiva e derrame pericárdico
- Artérias interlobulares e arteríolas aferentes estão estreita das por endarterite proliferativa em BULBO DE CEBOLA (hiperplasica)
- TTO: IECA
Esclerose Sistêmica - Diagnóstico
*Clinico + Autoanticorpos + Capilaroscopia do leito ungueal
- Autoanticorpos: FAN + anticentromero (Limitada) OU antitopoisomerasa/anti-Scl-70 (Difusa)
- 1 Padrão nucleolar (anti-RNA polimerase I, anti-U3-RNP, anti-Scl70) e o nuclear pontilhado centromerico (anticentromero) são sugestivos de ES
- Capilaroscopia: vasos tortuosos e dilatados/ingurgitados e áreas avasculares (praia deserta)
Esclerose Sistêmica - Tratamento
- Sem cura, apenas tratar complicações
- Não possui boa resposta a CORTICOIDES
- D-penicilamina: antifibrotico e imunossupressor (controverso o uso)
- Raynaud: nifedipina, anlodipina e diltiazen
- Alveolite: prednisona + ciclofosfamida
- Hipertensão pulmonar: antagonistas da endoteliais-1 (bosentana) e análogos da prostacyclin amor(epoprostenol)
- Rim: IECA
D- penicilamida - Efeitos adversos
*Antifibrotico e imunossupressor
- Síndrome Nefrótica (MEMBRANOSA)
- Mielotoxicidade - pancitopenia
- Miastenia Gravis
- LES farmacoinduzido
Fasciite Eosinofilica
- Indivíduos entre 30-60 anos
- Desencadeada por atividade física vigorosa
- Mais em braços, coxas e pernas
- Edema → Eritema → Endurecimento cutâneo nas extremidades
- Pele com aspecto de “covinhas” em casca de laranja c/ “sinal do suco” quando elevado o membro
- Epiderme é poupada c/ finas pregas cutâneas
- Contratura articular e pode haver uma poliartrite simétrica distal
- Labs: eosinofilia >1000; hipergamaglobulinemia, ↑ VHS
- Dx: biopsia da area acometida
- TTO: remissão espontânea após alguns meses, prednisona +- hidroxicloroquina para acelerar o processo
Polimiosite e Dermatomiosite - Manifestações Semelhantes
- Miopatias Inflamatórias Idiopáticas (+ miosite por corpúsculos de inclusão)
- Fraqueza e dificuldade para elevar membro (marcante)
- Forma juvenil em <16 anos e associada a calcinose
- Mulheres com pico bimodal entre 7-15 anos e 30-40 anos
- Fraqueza muscular simétrica e proximal em cintura pélvica e escapular que poupa face/olhos** (Ex: pentear cabelo, subir degraus, pega livro na estante)
- Disfagia, disfonia, hipersensibilidade muscular
- Doença Pulmonar Instersticial: ANTI-Jo1 (antisintetase) c/ cansaço, dificuldade para respirar, estertores em velcro
- Artrite c/ rigidez natural
- Raynaud e bloqueio cardíaco
Dermatomiosite - Manifestações Cutâneas
- Não está presente na polimiosite
- Risco 3x de neoplasia na DM: mama, ovário, melanoma, colon, pulmão (fazer rastreamento no dx tanto de DM quanto PM e MCI apesar de terem menor risco)
- Pápulas de Gottron: lesão escamosa, elevada, violeta, simétrica nos nós dos dedos → PATOGNOMÔNICO
- Heliotropo: erupção eritematoviolacea em pálpebras superiores c/ ou s/ edema → PATOGNOMÔNICO
- Mãos de mecânico: fissura/ásperas escuras em lateral da mão (pode aparecer na polimiosite)
- Rash malar (+ nasolabial)e Rash em V (costas superior) c/ sinal do Xale ou Manto (anti-Mi-2)
- Hemorragias das cuticular
Polimiosite e Dermatomiosite - Diferença na biopsia/histopatologia
- PM: lesão MUSCULAR direta com ↑ núcleos aglomerados → imunidade CELULAR
- DM: lesão VASCULAR periférica próximo onde irriga o músculo → imunidade HUMORAL (anticorpos
Miosite por Corpúsculo de Inclusão
- Faz parte do grupo das miopatias inflamatórias idiopáticas
- Dificuldade em abotoar camisa, escrever, desatas nós, virar chave na fechadura
- Homens >50 anos
- Fraqueza DISTAL e ASSIMÉTRICA com comprometimento do quadríceps (quedas frequentes) e dos flexores do antebraço
- Pode ocorre fraqueza facial
- Disfagia e rouquidão
- CPK normal ou pouco alto
- Dx: biopsia
- TTO: baixa resposta ao corticoide (refratário)
Polimiosite e Dermatomiosite - Diagnostico
*Na DM não é obrigatório fazer biopsia se houver alterações s cutâneas especificas/patognomônicas (heliotropo e Gottron)
- Enzimas musculares elevadas (CK* mais sensível, LDH, AST e ALT)
- Eletromiografia: padrão miopatico
- Biópsia: PM (lesão muscular c/ imunidade celular), DM (lesão vascular c/ imunidade humoral)
- Fator de MAU PROGNÓSTICO: evolução policiclica, crônica e manifestações atípicas como vasculite cutânea*
Diagnósticos Diferencias da Polimiosite
*Fraqueza muscular proximal
- Miastenia Gravis (MG): anticorpos contra receptores Ach placa motora, acometimento de face e ocular
- Síndrome miastênica de Eaton-Lambert: paraneoplasica (oat cells) em homens >40 anos, autoanticorpos/imunoglobulinas reduz canais de cálcio do neurônio motor c/ melhora da forca em uso repetitivo
- Doenca do neurônio motor (ELA): babinski, hiperrreflexia e espasticidade
- Hipotireoidismo: letificacao dos reflexos tendinosos
- Distrofia de Duchenne: enfraquecimento do sarcolema (membrana da célula muscular esquelética) autossômica recessiva ligada ao X
Polimiosite e Dermatomiosite - Tratamento
- Fotoproteção (DM)
- Imunossupressão: Corticoide + Azatioprina ou MTX
- Se pneumopatia intersticial: Ciclofosfamida ou ciclosporina A ou tacrolimus (não fazer azatioprina/MTX)
- Refratários: micofenolato, imunoglobulina huma IV, rituximab
Dermatomiosite Juvenil
- Calcinose é um fator preditivo de gravidade do curso da doença
- Dermatomiosite em menores de 16 anos + Calcinose (não é característica do adulto)
Doença Mista do Tecido Conjuntivo (DMTC)
- Síndrome de superposição (característica de varias colagenoses)
- FAN sempre positivo (padrão salpicado)
- LES + Esclerodermia + Polimiosite + Artrite Reumatoide
- Anticorpo Anti-U1 RNP (anti-RNP)
- QC: Fenômeno de Raynaud*c/ edema das mãos (puffy hands); sem comprometimento GRAVE dos rins e SNC; artrite grave c/ deformidades; inicio insidioso de hipertensao pulmonar s/ fibrose
- Manifestação neurológica mais frequente: Neuropatia do trigêmeo
- Manifestação renal mais frequente: Nefropatia membranosa
- Principal causa de morte: Hipertensão Pulmonar
- LABS: FAN, anti-RNP(>1:1.600), FR (70%), anemia, leucopenia e trombocitopenia, hipergamaglobulinemia, anticorpo antifosfolipidio
- TTO: corticoide, AAS, hidroxicloroquina → melhor prognostico que outras colagenoses isoladas
Hidroxicloroquina, Cloroquina e Quinacrina (ANTIMALARICOS)
- Reduzem dermatite, artrite, fadiga, lesão tecidual renal (ao longo tempo), eventos trombóticos, lesão orgânica e mortalidade
- Usada no tratamento do LES
- O uso por tempo prolongado devem realizar avaliação oftalmológica ANUAL para permitir detecção de alterações retiniana precoces (mais com a cloroquina por toxicidade na pigmentação do olho)
- A suspensão de hidroxicloroquina leva a maior número de episódios de surto
- CAUSAM DANO VISUAL IRREVERSÍVEL
- Se alteração visual a droga de ser SUSPENSA para sempre
- Nefrotóxico, ototoxica e oftalmotoxica
Medicamentos do LES teratogenicos :
*Geralmente é usado hidroxicloroquina e prednisona em doses baixas
- Categoria A (sem evidências): glicocorticoides
- Categoria C (teratogenicos pra animais mas não sabe em humanos): ciclosporina, tacrolimo e rituximabe
- Categoria D (teratogenicos em humanos mas benefícios podem suportar o risco): azatioprina, hidroxicloroquina, micofenolato, mofetila e ciclofosfamida
- Categoria X (riscos ultrapassam benefícios): Metotrexato
LES NA GESTANTE
- Se anti-Ro positivo risco de bebê nascer com BAV devendo ser feito acompanhamento com ecocardiograma fetal com Doppler semanalmente da 10-26a semana (período mais vulnerável ao feto)
- TTO: hidroxicloroquina (Risco D) + corticoide (A) em doses baixas (acrescentar azatioprina se nefrite)
- Pode ocasionar atraso puberal e alterações no ciclo menstrual
- Púrpura trombocitopenica é comum na doença e pode ser a manifestação inicial
LES JUVENIL - Principais causas de morbimortalidade
- Rins: nefrite Lúpica IV (proliferativa difusa)
2. SNC: aterosclerose acelerada, doença inflamatória crônica, SAF, endocardite Libmann-Sacks