1- Artropatias Inflamatorias Flashcards

1
Q

Principais Provas de Função Reumática

A
  1. VHS (velocidade de hemossedimentação): avalia a altura da coluna de plasma após 1 hora de decantação (dada em mm); mas altera com outras doenças como anemia.
  2. PCR (Proteína C Reativa): mais fidedigno que o VHS
  3. Auto anticorpos (FR; FAN, Anti-CCP, Anti-RNP)
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2
Q

Arterites Idiopáticas

  • Condicao sistêmica idiopática com MARCO articular
A
  1. Arterite Reumatoide
  2. Artrite Idiopática Juvenil

Espondiloartropatias Soronegativas:

  1. Artrite Psoariatica
  2. Artrite Reativa
  3. Espondilite Anquilosante
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3
Q

Artrite Reumatoide

*Marco principal: sinovite cronica levando a formacao de erosões óssea e a deformidade articular

A
  1. Acomete mais ♀ de meia idade (25-55 anos) e a diferença do sexo diminui após 65 anos. (ROSTO: Marilia Gabriela)
  2. FR: exposição ocupacional a silica, ao asbesto e a madeira, tabagismo, historia familiar
  3. Caracterizada por períodos de remissão e atividade, seguidos de lesão tecidual na membrana sinovial e na cartilagem das articulações diartrodiais (une ossos longo e permite mobilidade)
  4. Forte associacao com o gene HLA-DRB1*** (antigo HLA-DR4) e PTPN 22, levando a um exagero da resposta a imune contra o próprio corpo que contem epitopo compartilhado (alta ligação com artritogenicos)
  5. Presenca de Fator Reumatoide (pouco especifico e valor prognostico) e anti-CCP (altamente especifico)
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4
Q

Artrite Reumatoide - Patogênese

  • Deformidade articular em MÃO, PE, PUNHO e ponto.
  • HLA-DR4 ativa FR e Anti-CCP
  • Anti-CCP mais específico e usado como indicador de progressão e prognóstico da doença
  • FR altamente sensível mais pouco específico
A
  1. Tecido inflamatório em proliferação (Pannus) crônica com ação de linfócitos T CD4+, linfócito B e TNF-alfa (autoperpetuadores)
  2. Presente do autoanticorpo Fator Reumatoide (+ em 70-80% mas BAIXA ESPECIFICIDADE) do tipo IgM que ataca anticorpos IgG “self” → IgM anti-IgG (Marilia Gabriela). → Prova do Látex e Waller-Rose +
  3. Anti-CCP (Autoanticorpos contra peptídeos citrulinados): quando presentes são altamente específicos
  4. Acometimento da sinovia (membrana sinovial) de ossos longos pequenos periféricos preservando ossos axiais →Sinovite Cronica → destruição de ossos e cartilagens → deformidade articular
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5
Q

Artrite Reumatoide - QC:

  • Evolucao insidiosa, aditiva e bilateral
  • Final com poliartrite simétrica periferica
  • Rigidez matinal >1 hora
  • Sacroileite não ocorre
  • DERRAME ARTICULAR é característico da AR, pode ser associada à dor a movimentação tanto passiva com ativa, perda de movimento, eritema e calor
A
  1. ↑ Volume, Dor e rigidez articular c/ calor local
  2. Associada a sintomas constitucionais: fadiga, mal-estar, anorexia e mialgia
  3. Artrite simétrica de pequenas articulações interfalangianas PROXIMAIS das mãos e dos punhos
  4. Febre >38oC é incomum e deve suscitar a pesquisa de infeccao associada
  5. Principal causa de óbito é por DCV* pois processo inflamatório crônico induz um processo acelerado de ATEROSCLEROSE ACELERADA (↑ estresse oxidativo)
  6. ↑ incidência de Osteoporose e Linfoma difuso de grandes células B (Sd de Felty)
  7. Erosões articulares no Rx são manifestações TARDIAS e irreversíveis
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6
Q

Artrite Reumatoide - Manifestações Articulares

  • Mantem em flexão (↓ distensão capsular e ↑ volumétrico)
  • Sem envolvimento articular axial e preserva interfalange distal
  • Mao, pé, punho e ponto.
A
  1. Tumefacao das interfalangianas proximais e simétrica
  2. Desvio ulnar dos dedos (mão em Z)
  3. Pescoço de cisne (flexão distal e extensão do proximal) ou abotoadura (contrario)
  4. Punhos em dorso de camelo
  5. Sindrome do túnel do Carpo: hipertrofia sinovial comprime nervo mediano contra o ligamento transverso do carpo → manobra de Tinel e Phalen (dor e parestesia no caminho do nervo)
  6. Sinal da tecla: flutuação patelar indica líquido sinovial em excesso
  7. Cisto de Baker na fossa poplíteo : simula uma TVP quando rompido
  8. SUBLUXACAO ATLANTOAXIAL (C1 sobre C2) < 3mm: compressão medular alta com sinais de tetraplegia e insuf respiratoria (exceção)
  9. Envolvimento da articulacao cricoaritenoidea: rouquidão, disfagia e dor anterior do pescoço
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7
Q

Artrite Reumatoide - Manifestações Extra-articular

               PE guei      NO        JO            DE            VAS-CA
       Pericardite   Nódulos   Sjogren  Derrame Vasculite Caplan 
                                                                    Pleural
A
  1. Ocorre mais em paciente com ↑ valor de FR e anti-CCP
  2. Nódulos reumatoide SC em qualquer lugar (+ extensores): refletem o nível da doença e podem ↑ c/ metotrexate
  3. Vasculite leucocitoclastica e necrosante
  4. Sd Sjogren 2a: manifestação ocular + comum, pode acompanhar xerostomia e ↑ parotidas
  5. Pleurite,derrame pleural, fibrose intersticial difusa (faveolamento), bronquiolite obliterante com organização pneumonia (mau prognostico)
  6. Síndrome de Caplan (NÓDULOS REUMATOIDE + PNEUMOCONIOSE)
  7. Pericardite
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8
Q

Derrame Pleural da Artrite Reumatoide

A
  1. É exsudativo
  2. O complemento esta baixo
  3. Contagem de leucócitos <5000
  4. FR costuma ser encontrado
  5. Níveis de glicose muito reduzido
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9
Q

Artrite Reumatoide - Diagnostico (DIAS)

  • ≥6 pontos
A
D uração: <6 semanas =0 / ≥6semanas =1
I  nflamação(VHS/PCR): ambos normais = 0/ um aumentado = 1
A rticulações: 1 grande =0/ 2-10 grandes=1/ 1-3 pequenas=2/ 4-10    
                            pequenas=3/ >10 sendo 1 pequena =5
S orologia(FR/anti-CCP): ambos negativos=0/ baixo títulos=2/ altos        
                                                 títulos de pelo menos um=3
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10
Q

Artrite Reumatoide - Tratamento

  • Precoce e agressiva
  • DARMDS: ação demorada (6-12 sem) e sempre deve ser usado** sendo o METOTREXATO 10-15 mg/semana o medicamento de 1a escolha*, mas pode causar HEPATOTOXICIDADE e Def. de ácido fólico (an. Megaloblastica) devendo ser associado ao uso de Ácido Fólico 1mg/d.
  • Metotrexato é um análogo estrutural do ácido fólico e inibe por mecanismo competitivo a enzima dihidrofolato redutase.
  • Risco de imunomodulaores/biológicos: reativação de foco latente de TB.
A
  1. Sintomáticas e adjuvantes: AINEs e Corticoide em dose baixa (anti-inflamatória), não alteram a evolução mas podem ser usadas juntos com as DARMDS antes de fazer efeito
  2. DARMDS (drogas anti-reumáticas modificadoras de doença): Metrotrexate; Sulfassalazina (granulocitopenia e an hemolítica); Cloroquina (retinotoxico); Leflunomida (diarreia)
  3. DARMDS biológicas: inibidores de TNF-alfa (infliximab,adalimumab); não-inibidor de TNF-alfa (Rituximab - anti-CD20) → sempre procurar foco latente de TB c/ PPD (tto de TB pode começar junto c/ início de inibidor de TNF-alfa)
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11
Q

Síndrome de Felty

  • Ocorre em fases tardia da artrite reumatoide
A
  1. É quando ocorre Artrite Reumatoide + Esplenomegalia + Neutropenia (neutrofilos<2.000)
  2. Outros sintomas: trombocitopenia, febre, hepatomegalia e adenomegalia
  3. Principal complicação: infecções bacterianas recorrentes e sepse se neutropenia <500
  4. Esfregaço de sangue periférico: síndrome dos grandes linfócitos granulares (linfócitos grandes e ausencia de neutrofilos)
  5. TTO: Metotrexato; sais de ouro; esplenectomia (refratário aos medicamentos e com neutropenia grave)
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12
Q

Artrite Idiopática Juvenil (AIJ)

  • Grupo de doenças da infância em <16 anos que tem artrite crônica ≥6 semanas
  • Doenca reumática mais comum da infância
  • Nao tem semelhança com a artrite reumatoide do adulto
  • Se HLADR 8 ou 4 + HLAB27 aumenta o risco de desenvolver de AIJ
  • Gatilhos: Epstein Barr, rubéola, Borrelia Burgdorferi e Mycoplasma pneumoniae
  • FR + indica pior prognostico
A
  1. Forma Pauciarticular ou oligoarticar (≤4 articulações): forma mais comum e acomete mais meninas c/ ≤4 anos; HLA-DR8; FR negativo (100%); se FAN positivo (85%) pensar em uveíte anterior crônica e encaminhar (cegueira em 15%)
  2. Forma Poliarticular (>4 articulações): mais em meninas entre 2-4 anos e 10-14 anos; HLA-DR4 FR variavel; se FAN + uveíte anterior
  3. Doença de Still(forma sistêmica -20%): Febre Diária + Linfonodomegalia + RASH salmão + Artrite em numero variável de articulações
  4. Fatores de risco: hx de psoríase,espondilite, Reiter na familia; menino HLA-B27
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13
Q

Inibidores de TNF-alfa - Contraindicações:

  • Abatacepte; rituximabe e tocilizumabe
  • Mediador de inflamação articular
  • Aumenta o risco de infecções bacterianas grave, fúngicas e reativação de tuberculose latente
A
  1. Infecção ativa
  2. Infecção crônica de hepatite B
  3. Insuficiência cardíaca congestiva de classe III/IV
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14
Q

Artrite Idiopática Juvenil - Manifestações clinicas:

  • Presença de Artrite é obrigatória, sendo que Artrite é derrame sinovial (↑de volume intra-articular) ou presença de pelo menos 2: dor a mobilização articular; limitação ao arco de movimento; ↑ da temperatura local; eritema articular
A
  1. Assimetria no tamanho dos membros (atrite cronica ↑ crescimento linear óssea por ↑ aporte sanguíneo inflamatório) e osso menor que o normal para faixa etária; cifoescoliose adquirida
  2. Articulações edemaciadas, dolorosas e quentes c/ restrição ao movimento e rigidez matinal
  3. Fadiga e sono de mal qualidade
  4. Oligoartrite estendida: se após 6 meses >4 articulações acometidas (indica mal prognostico)
  5. Oligoartrite persistente: prognostico bom e com remissão espontânea ou em resposta ao tratamento
  6. A artrite pode não ser o primeiro sintoma, e sim a febre
  7. Uveíte anterior recorrente (25%)
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15
Q

Doença de Still (Forma sistêmica de AIJ)

  • Pode ocorrer fenômeno de Koebner
  • Febre diária + rash salmão + linfonodomegalia + artrite
  • Pode ocorrer a Doença do Still em adultos (>16 anos)
  • Geralmente FAN está NEGATIVO
  • FR esta NEGATIVO
A
  1. FEBRE DIÁRIA (>2 sem) + LINFONOMEGALIA (c/ ou s/ hepatoesplenomegalia) + ARTRITE (em pelo menos uma articulação) + RASH SALMÃO (evanescente e não pruriginoso)
  2. Outras manifestações: artrite cumulativa, anemia, pericardite, esplenomegalia, hepatoesplenomegalia, serosite, anemia, hiperferritinemia, trombocitose/plaquetose*,uveíte/iridociclite (raramente)
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16
Q

Sindrome de Ativação Macrófagica (SAM)

A
  1. Rara complicação da AIJ sistêmica
  2. Hemofagocitose espontanea (macrófagos e monocitos “comem” componentes do sangue)
  3. Instalação de PANCITOPENIA PROFUNDA: fadiga, infecções, sangramento
  4. Alargamento de TAP/PTT; queda da VHS; ↑PDF; hiperferritinemia >10.000*
  5. Dx: aspirado de medula
  6. TTO: imunossupressão agressiva (pulsoterapia de corticoide, ciclosporina, inib de IL-1/Anakinra)
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17
Q

Tratamento da Artrite Idiopática Juvenil

  • Pode haver remissão espontânea do quadro no oligoarticular
  • Curso mais prolongado e agressivo no poliarticular (e fator de mau prognostico se semelhança com AR)
  • Pior prognostico é a Doença de Still Sistêmica
A
  1. Oligoarticular: droga de escolha é AINEs que levam a remissão do quadro; se não houver resposta em 4-6 semanas fazer glucocorticoids intra-articulares e se refratário DARMD
  2. Poliarticular: iniciar com DARMD (Metotrexato) se refratários antagonista de TNF-alfa (inflixi ou adalimumab)
  3. Sistêmico/Still: AINEs → DARMDS (Metotrexato) ou bloqueador de TNF-alfa se grave/refratário → agentes anti-interleucinas de IL-1 (Anakinra) ou canaquinumabe ou tocilizumabe (IL-6)
  4. Uveíte anterior: agente midriatico + glicocorticoide → DARMDS (Metotrexato) ou bloqueador de TNF-alfa
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18
Q

Espondiloartropatias Soronegativas

*Semelhanças: acomete articulações axiais; lesão das enteses (ponto de junção de ligamento, tendões, aponeurose e capsulas); associação com lesões sistêmicas; superposição entre suas formas clinicas; tendência hereditária; AUSÊNCIA DE FATOR REUMATOIDE (FR); associação com HLA-B27

A
  1. Espondilite Anquilosante
  2. Artrite Reativa
  3. Atrite psoriática
  4. Ar tropa tia enteropatica
  5. Enpondiloartrite de inicio na juventude
  6. Espondiloartrite indiferenciada
19
Q

Espondilite Anquilosante ou Doença de Marie-Strumpell ou Doença de Becterew

  • Espondilo= vertebra
  • Anquilose = fusão
  • Inflamacao + fusão veretebral
A
  1. Predomínio em HOMENS no inicio da vida adulta (23 anos) <40 anos.
  2. Idiopática com participação genética do HLA-B27
  3. Acomete as enteses com processo inflamatório crônico que leva a neoformação óssea e evolução para anquiloses (ossificação das enteses*)
  4. Acomete mais articulações de natureza ligamentar: quadril e coluna (discos intervertebrais), a mais acometida é a SACROILIACA, outras sãos a sínfise púbica, calcâneo*, patela e manúbrio-esternal
20
Q

Espondilite Anquilosante - Alterações na Coluna

*Rosto da doença: Cauã Raymond ou Xalana

A
  1. Protuberância óssea em sindesmofitos formando pontes entre os corpos vertebrais ; Rígida coluna “em bambu”; ↓ lordose e ↑ cifose (POSTURA DO ESQUIADOR); osteoporose difusa com aspecto “quadrado” levando a fratura
  2. Erosoes cartilaginosas centrais causa das pela proliferação de tecido de granulação subcondral
  3. Acometimento de forma ASCENDENTE (inicia na sacroiliaca e posteriormente toracica e cervical)
  4. Teste de SHOBER: flexão da coluna com diferença das marcas na 5a vertebra lombar e outra a 10 cm acima, fica <4 cm indicando comprometimento funcional da coluna (deferia ficar >5cm)
21
Q

Diferença entre a Artrite Reumatoide (AR) e a Espondilite Anquilosante (EA)

A
  1. A infecção avançada pelo HIV pode desencadear a uma forma grave de EA (na AR a depleção de linfócitos TCD4 associados a SIDA ameniza a artrite)
  2. AR ocorrem tipicamente erosões do osso articular, na EA ocorre estimulo para neoformação óssea nas areas afetadas (sidesmofitos)
  3. A histopatologia da membrana sinovial na EA mostra predomínio de neutrofilos, macrofagos e hipervascularizacao na AR há agregado linfoides, células dendríticos e hiperplasia das células de revestimento da membrana sinovial (lining cells)
  4. Não se observa aumento da citrulinizacao proteica no tecido articular de portadores de EA
22
Q

Espondilite Anquilosante - Manifestações Clinicas:

*Primeiro sintoma costuma ser: DOR LOMBAR (pela sacroileite) unilateral, insidiosa e profunda, acompanhada de rigidez matinal ou após longos períodos de inatividade ou exposição ao frio

A
  1. Rigidez que melhora com exercício físico e “banho quente” e piora com repouso e com o frio
  2. Evolui para dor bilateral, com caráter PERSISTENTE quê acorda ao repouso noturno com melhora a levantar
  3. Redução na amplitude de movimento da coluna lombar
  4. Reducao da expansibilidade toracica (pode levar a uma síndrome respiratória restritiva)
  5. Hipersensibilidade óssea
  6. Sintomas constitucionais Inespecíficos (fadiga, anorexia,perda de peso, febre baixa)
  7. Episódios repetitivos de torcicolo
  8. Manobra de Patrick-Fabere: doença da sacroiliaca contralateral
23
Q

Espondilite Anquilosante - Manifestações Clinicas Extra-articular:

*Principais: uveíte anterior e recorrente e insuficiência aortica

A
  1. Uveíte Anterior: manifestação + comum e muito relaciona ao HLA-B27; maioria unilateral e s/ relação com a gravidade da doença. Sintomas de dor, lacrimejamento excesssivo, fotofobia e turvação da visão. Autolimitados e recorrentes.
  2. Insuficiência Aortica: valva espessa da c/ fibrose
  3. Fibrose bolhosa dos lobos superiores
  4. Distúrbios da condução BAVT
  5. Amiloidose e Nefropatia por IgA
  6. Descolamentos e fx de coluna cervical
  7. Síndrome da Causa esquina: anestesia perineal em sela
  8. Doença Inflamatória Intestinal
24
Q

Espondilite Anquilosante - Diagnostico:

  • Criterios para pctes com dor lombar ≥3 meses e idade de inicio <45 anos
  • Pedir VHS, PCR e RM de sacroiliacas
A
  1. Sacroileite em exame de imagem + um comemorativo de espondiloartrite axial (dor lombar inflamatória; artrite; entesite; uveíte anterior; dactilite; psoríase; Crohn/retocolite; HLA-B27; PCR alto; hx familiar e boa resposta a AINEs) OU
  2. HLA-27 + 2 comemorativos
  3. Sacroileite é uma inflamação da sacroiliaca vista por RM* (identifica edema da medula óssea justarticular antes de surgir esclerose óssea) e/ou Rx(ruim p/ dx inicial que vê borramento) incidencia mais apropriada é a de Ferguson (inclinação cefálica de 30o)
  4. Sacroileite é BILATERAL (inicia unilateral) ascendente c/ sibdesmofitos simétricos (= artrite enteropatica mas ≠ da Reite/Reativa que é assimétrico)
25
Q

Espondilite Anquilosante - Tratamento:

*AINEs e se refratário Inibidores de TNF-alfa

A
  1. Exercício Físico + Fisioterapia (manter coluna ereta e respiratoria)
  2. AINEs: TERAPIA DE 1a LINHA para sintomáticos c/ Indometacina
  3. Glicocorticoides NAO devem ser prescritos por não melhorar sintomas e causar osteoporose (exceto intra-articulares)
  4. Sulfassalazina: atrite periferica*
  5. Refratários a AINEs: Inibidores de TNF-alfa (risco de reativação de foco latente de TB)
26
Q

Artrite Reativa

  • Pode ser persistente e recidiva te (30-60%)
  • Prognostico geralmente bom
A
  1. Processo infeccioso a distância, não sendo o foco primário a articulação, ou seja, artrite estéril, soronegativa, crônica*, relacionada a fatores geneticos (HLA-B27 - pior prognostico)
  2. Uma das principais causas de artrite aguda em adultos jovens entre 18-40 anos (3a década de vida)
  3. HLA-B27 prolonga a sobrevida de bactérias dentro dos leucócitos atingindo as articulações que desenvolvera resposta imune e artrite
  4. Para casos que não se encontram indícios de infecção usa o termo espondiloartrite indiferenciada
27
Q

Sindrome de Reiter: Tríade Clínica

Uretrite + Conjuntivite + Artrite

A
  1. Agentes: Shigella e Chlamydia (DST)
  2. Uretrite e conjuntivite geralmente são leves (raramente evolui para uveíte anterior)
  3. Outras: balanite circinada; ceratoderma blenorrágico (em pé); uveíte anterior unilateral; ulcera oral; dactilite
28
Q

Artrite Reativa - Causas Iniciais:

*Quando ocorre uretrite é chamada de Sindrome de Reiter

A
  1. Intestinal (diarreia infecciosa com sangue, muco e pus nas fezes): Shigella, Salmonela, Campulobacter e Yersinia
  2. Genital (uretrite/cervicite/salpingite): Chlamydia trachomatis
  3. Pós-disentérica ou epidêmica: crianças, após surtos disentéricos
  4. Pós-venérea ou endêmica: adultos jovens apósuretrite ou cervicite por DST
29
Q

Artrite Reativa- Quadro Clinico:

  • Pode ser desde um mono artrite até um grado multisistêmico grave
  • Manobra de Patrick-Fabere: paciente em decúbito dorsal com uma perna em flexão,abdução e rotação lateral (calcanha no joelho em 4) examinador estabiliza a crista ilíaca e a outra mão no joelho relatando dor nos casos de SACROILEITE
A
  1. Padrão articular: oligoartrite periférica de grandes articulações muito dolorosa, assimétrica, aditiva e em membros inferiores (JOELHOS*)
  2. Artrite aparece 1-4 semanas após relato de infecção (diarreia ou doença venérea/IST)
  3. Outras manifestações: artralgias; dactilite (dedo em salsicha solitário); tendinite no tendão de Aquiles; fasciite plantar; dor na coluna lombar c/ sacroileite assimétrica
  4. Sequelas tardias: sacroileite e espondilite assimetricas*
30
Q

Artrite Reativa- Diagnostico e TTO:

A
  1. Clinico e com liquido sinovial estéril
  2. Diferenciar da gonococcemia: poliartralgia, febre, oligoartrite em mmss e mmii, tenossinovite, rash eritematopustuloso em extremidades, sem sintomas lombares*
  3. TTO agudo: AINE (idometacina ou inibidores da COX-2) + ATB (sinais de infeccao ativa e tratar parceiro de Chlamydia) se refratário→ glicocorticoide intra-articular → Sulfassalazina → Inibidor de TNF-alfa
31
Q

Artrite Psoriática

  • Mesmos linfócitos TCD8 envolvidos nas lesões cutâneas lesam também as enteses/articulacoes
  • Fator Reumatoide NEGATIVO
  • Poliartrite simétrica e cumulativa
A
  1. Artropatia inflamatória crônica que afeta 4-30% dos portadores de psoríase, cerca de 20% das manifestações articulares precedem as manifestações cutâneas
  2. Psoríase GRAVE e forte relação com pitting ungueal
  3. Geralmente entre 30-55 anos
  4. Positividade de HLA-B27 se associa a ocorrência de sacroileite e envolvimento axial
32
Q

Artrite Psoriática - Formas Clinicas: podem ser mistas

  1. Poliartrite Periferica Simétrica (= Artrite Reumatoide): poliartrite simétrica de pequenas articulacoes das mãos e punhos (sem pegar as IFD) com característica cumulativa → forma mais frequente*
A
  1. Oligoartrite Periferica Assimétrica (= A. Reativa): acomete mais joelho* e metatarsofalanges/interfalangianas dos pés ; c/ dactilite
  2. Artrite das Interfalanges DISTAIS (padrão clássico da artrite psoriática): assimétricas com lesões nas unhas adjacentes (depressão puntiforme,unha em dedal/pitting ungueal, onicólise/unha quebradiça, amareladas nas borda, hiperceratose distrófico)
  3. Artrite Mutilante: poliartrite periférica destrutiva (em mãos e pés) com intensa osteólise (Rx c/ deformidade em ponta de lapis), dedo em telescópio ou em binóculo de teatro (engavetamento dos dedos*)
  4. Artrite Axial (=EA): assimétricas e aleatoriamente
33
Q

Artrite Psoriática - Dx e TTO:

A
  1. VHS elevado; hiperuricemia (↑ turnover das células cute as)
  2. Rx: erosões ósseas marginais (lesões em ponta de lapis); reação periostal de neo proliferação óssea “felpuda”
  3. Dx: clinico e exclusivo
  4. TTO: AINE (leve) → DARMDS c/ Metotrexato (graves) → Mtx + Anti-TNF-alfa → inibidores de citocinas (ustekinumab)
  5. Corticoides não são indicados
34
Q

Artropatias Enteropaticas

  • Doenca articular inflamatória com causa intestinal de origem
  • Doencas com manifestações extraintestinais se manifestam mais na Doença de Crohn
  • Poliartrite não erosiva de grandes articulações com correlação da atividade intestinal da doença
A
  1. Causas: doenças intestinais inflamatórias (Crohn e retocolite); enterites infecciosa; doença celíaca
  2. Artropatia periférica: Quadro agudo de poliartrite de grandes artículos de m. inferiores (joelho e tornozelo → IFG proximais, cotovelos, ombros e punhos) assimétrica. Desaparece após algumas semanas.
  3. Espondiloartropatia: sacroileite crônica,simétrica* e ascendente
  4. Enterocolites Infecciosas (Shigella, Salmonella, Yesinia, Campylobacter)
  5. Doença de Whipple (Lipodistrofia intestinal): artrite, sério site, diarreia, perda pondera, hiperpigmentação cutânea, linfadenopatia
  6. Doença Celiaca: coluna lombar, ombros e joelhos mais acometidas
35
Q

Alterações radiológicas as Artropatias

A
  1. Erosões marginais: Artrite Reumatoide

2.

36
Q

ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINE)

  • São anti-inflamatórios,analgésicos e antipiréticos
  • Todos inibem a síntese de Prostaglandinas (PG), através do bloqueio à enzima Ciclo-Oxigenase (COC)
A
  1. Prostaglandinas são mediadores de inflamação derivados do Ácidos Araquidônico (AA) que pode originar leucotrienos ou Prostaglandinas (PGE2,PGF2)
  2. COX 2 principal responsável pelo processo inflamatório e alvo terapêutico;
  3. COX 1 é expressa nas plaquetas e mucosa gastroduodenal vida adequada homeostasia com tampão plaquetário e defesa contra ácido gástrico (efeitos colaterais do AINE tendência a sangramento e úlcera proteica)
  4. COX 3 variante da COX1 mais inibida pelo paracetamol e dipirona que não inibem as outras COX não sendo classificados como AINE
37
Q

Inibidores da COX 2 ou COXIBS

A
  1. Tendência inibitória maior em COX2 do que em COX1
  2. Impede os efeitos colaterais de COX1: úlcera peptica e toxicidade plaquetário
  3. Efeitos colaterais pela inibição indesejada da COX2 endotelial CONSTITUTIVA (fatores protetores vasculares): aumento o risco cardiovascular (maior incidência de IAM, AVC e TEP)
  4. Tanto AINE quanto COXIBS aumenta risco CDV (exceto o AAS)
  5. Podem causar úlcera peptica mas em menor quantidade que AINE
38
Q

AINE

  1. Inibição REVERSÍVEL das COX (34-48h)
  2. Exceto o AAS que bloqueia as COX IRREVERSIVELMENTE por acetilação, o efeito só passa quando as plaquetas inibidas são substituídas por novas em 7-10 dias
A
  1. Colchicina: inibe micro túbulos intracelulares indicada na crise de gota e febre familiar do Mediterrâneo, impede que menos neutrófilo chegam à região inflamada
  2. Nimesulida, etodolaco e meloxicam: inibição mais da COX2 com menos efeito gastrotoxico
  3. Diclofenaco: AINE que mais aumenta as aminotransferases
  4. Indometacina: escolha para fecha canal arterial patente de RN
  5. Ácidos propiônicos: são que possuem sufixos ENO
  6. Feno pro feno: AINE que mais causa nefropatia idiossincrática (glomerulopatia)
  7. Celecoxib: contraindicado na alergia à sulfonamidas
39
Q

Efeitos colaterais dos AINES

  • Usa IBP junto com AINES para prevenir úlcera (não usar inibidores de H2)
  • Evitar usar em pacientes com alto risco cardiovascular
A
  1. Gástrico por perda das PG que reduziria secreção ácida, vasodilatação, aumenta secreção muco e de bicarbonado: DISPEPSIA, úlcera gástrica (com fatores de risco associados)
  2. Nefrotóxicos : retenção de Na, edema e ganho de peso, ATR IV(hipercalemia), IRA/IRC, necrose de papila, NIA
  3. Nos portadores de colagenose aumentam o risco de meningite asséptica
  4. Asma exarcebada por AAS: rinite vaso motora + polipose n Crasal + asma
40
Q

Risco DCV no uso de AINE Ee COXIBS

  • Evitar usar os dois grupos juntos e associar anticoagulantes e antiagregantes plaquetarios
A
  1. Plaquetas possuem COX 1 que sintetiza tromboxane A2 (pro-trombótico e vasoconstritora)
  2. O endotélio possui COX 2 que sintetiza PGI2, resolvinas e lipoxinas que são anti-inflamatórias, vasodilatadora e pro-trombogenica
  3. Os COXIBS como inibe só COX 2 endotelial modifica fatores trombogenicos favorecendo
  4. AINE e COXIBS retém sódio aumentando a PÁ em 5 mmHg
  5. AAS em doses baixas REDUZEM o risco DCV pois modifica COX 2 endotelial e aumenta síntese resolvinas e lipoxinas
41
Q

Anti-inflamatórios ESTEROIDAIS - Corticoides

  • São seguros na gestação quando em doses baixas ou intermediárias (exceto a dexametaosna) e recomenda amamentação 4h após ingerir corticoide
  • Diminui todas as células imunológicas sendo que apenas os NEUTROFILOS aumentam
  • Queda de macrófago/monócito predispõe a infecções
  • Inibição da síntese de citocinas Th1
A
  1. Ação rápida: cortisol/hidrocortisona e cortisona
  2. Ação intermediária: metilprednisolona , prednisolona, prednisona (necessita de metabolização hepática sendo contraindicada em hepatopatas crônicos)
  3. Ação prolongada: dexa e betametasona(ação mineralocorticoide)
42
Q

Corticoesteroides ou Corticoides

A
  1. Glicocorticoides: metabolismo intermediário e em resposta ao estresse
  2. Mineralocorticoides: balanço corporal de sódio, potássio e prótons
  3. Esteroides sexuais: geram carácteres sexuais secundários (mais produzido nas gonadas)
43
Q

Anti-inflamatórios ESTEROIDAIS - Corticoides

A
  1. Não se deve fazer o desmame e interromper abruptamente: psicose induzida por GC e úlcera da córnea por herpes vírus
  2. Em uso crônico preferir fazer dose única e no período de manhã
  3. Pulsoterapia: dose alta de GC por via IV por 1- 5 com intuito de fazer remissão da doença
44
Q

Anti-inflamatórios ESTEROIDAIS - Corticoides - EFEITOS COLATERAIS

  1. Osteoporose: inibe osteoblasto e aumenta osteoclastos
  2. Osteonecrose (necrose asséptica)
  3. Miopatia: atrofia das fibras musculares
  4. Úlcera gástrica
  5. Candidíase
A
  1. Infecções
  2. Aterosclerose acelerada
  3. Intolerância à glicose: ↑ gliconeogenese hepática e resistência à insulina
  4. Acúmulo de gordura central
  5. Dislipidemia
  6. Inibição do eixo HAA
  7. Glaucoma/catarata
  8. Pele fina, acne e púrpura
  9. Psicose (pctes com LES)
  10. Distúrbios de humor
  11. Distúrbios eletrolíticos: efeito mineralocorticoide (retém Na - edema)