10. Vascularização do Sistema Nervoso Central e Barreiras Encefálicas Flashcards

1
Q

Qual a importância das estruturas?

A

estruturas nobres e altamente especializadas estão presentes no sistema nervoso e o metabolismo dessas depende de um suprimento permanente e elevado de glicose e oxigênio, pois a atividade funcional do encéfalo depende da oxidação de carboidratos, não podendo ser sustentada por um metabolismo ANAERÓBICO

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2
Q

O que a parada de circulação sanguínea cerebral ocasiona?

A

quedas na concentração normal de oxigênio e glicose no sangue ou suspensão do fluxo sanguíneo ao encéfalo não são toleradas.

por mais de 7 segundos - perda de consciência
por em média 5 minutos - danos irreversíveis

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3
Q

tempo de não oxigenação e abastecimento de glicose gera destruição em quais áreas e por que?

A

é importante saber que as áreas filogeneticamente mais recentes são as primeiras que se alteram com a mudança de glicose. e o oxigênio no sangue ou há influxo de sangue no encéfalo. Portanto, isso implica no tempo de não oxigenação e abastecimento de glicose há destruição
neocórtex
arqueocórtex
paleocórtex

e o SN suprasegmentar é destruído antes do SN segmentar
a área lesada em último lugar é o bulbo (centro respiratório)

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4
Q

Aspectos gerais fluxo cerebral
como calcular?
Qual a relação da fórmula com a hipotensão?

A

somente o fluxo do rim e coração superam o do cérebro
é possível calcular, porém o mais importante é saber que a pressão arterial é diretamente proporcional ao fluxo cerebral o que explica a sintomatologia de certas lesões que diminuem o calibre do vaso (arteriosclerose) serem mais graves em pessoas hipotensas

FSC = PxA/ RCV

(Fluxo sanguíneo cerebral)
(pressão arterial) / (resistência cerebrovascular)

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5
Q

Quais fatores alteram a resistência cerebrovascular?

A

pressão intracraniana - o aumento dessa aumenta a RCV
condição da parede vascular - diminuição da parede vascular (como caso da arteriosclerose) aumenta a RCV
viscosidade do sangue
calibre dos vasos

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6
Q

Há variação do fluxo sanguíneo conforme a área a demanda metabólica e período do dia?

A

aumento do fluxo sanguíneo na substância cinzenta do cérebro do que na substância branca (mais sinapses, mais metabolismo do córtex cerebral)

no próprio córtex há diferença entre as áreas, porém essas tendem a diminuir no período noturno

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7
Q

Qual a peculiaridade da vascularização arterial do encéfalo ?

A

há uma peculiaridade na circulação encefálica pois diferentemente das vísceras, não possui hilo para penetração de vasos, estes penetram no encéfalo a partir de vários pontos de sua superfície

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8
Q

O que torna as artérias cerebrais propensas a hemorragia?

A

a peculiaridade dessas artérias, elas possuem a túnica médias (composta por musculatura lisa) reduzida

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9
Q

O que torna as artérias cerebrais capazes de amortecer a onda sistólica?

A

o espessamento da túnica elastica interna que as artérias possuem, a tortuosidade dessas no encéfalo e a existência de espaços periventriculares contendo líquor

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10
Q

Quais as 2 artérias que penetram no encéfalo ?

A

a vertebral

a carótida interna

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11
Q
Artéria carótida interna
origem?
características do trajeto
elementos importantes
derivações
A

vem da carótida comum e possui curto trajeto no pescoço
penetra no crânio pelo osso temporal atravessa o seio cavernoso e no interior desse descreve um plano vertical de dupla curva formando um S - o sifão carotídeo, perfura a dura máter e aracnoide no início do sulco lateral e próximo a substância perfurada anterior se divide em 2 ramos terminais
aa cerebrais média
aa cerebrais anterior

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12
Q

Qual o trajeto da Artéria carótida interna?

A

pescoço - canal carotídeo do osso temporal - seio cavernoso (realiza o trajeto em S) - início do sulco lateral (se divide em a cerebral média e a cerebral anterior)

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13
Q

Quais os ramos da artéria carótida interna além dos ramos terminais?

A

A oftálmica
irriga o bulbo ocular e formações anexas. dá origem a a nasal que se anastomosa com a angular, irrigando a região orbital.

A comunicante posterior
anastomosa-se com a a. cerebral posterior, ramo da a. basilar auxiliando na formação do polígono de willis

A carióidea anterior
irriga os plexos corióides e parte da capsula interna, penetra no corno inferior do ventrículo lateral para isso

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14
Q

Artéria vertebral
Qual a origem?
Qual o trajeto?

A

vem da a subclávia direita e da a subclávia esquerda

trajeto
pescoço (por meio dos forames transversos das vértebras - cervical sobem) –> membrana atlanto-occipital (perfurada) –> dura-máter (perfura) –> pia-máter (perfura) –> forame magno –> face ventral do bulbo

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15
Q

Quais os ramos da Artéria vertebral ?

A

A espinhal posterior (participam da vascularização da medula)
A espinhal anterior (participam da vascularização da medula)

A cerebelar inferior posterior (existe mais de uma) PICA - irriga a parte inferior e posterior do cerebelo bem como a área lateral posterior

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16
Q

Artéria Basilar
como é formada?
onde é formada?
Qual seu trajeto?

A

formada pela união das duas aa. vertebral
forma-se geralmente no nível do sulco bulbo pontino>

trajeto>
sulco bulbo-pontino - sulco basilar

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17
Q

Artéria Basilar
quais seus ramos terminais?
quais ramos importantes são emitidos?

A

possui 2 ramos terminais

a. cerebral posterior direita
a. cerebral posterior esquerda

ramos importantes emitidos:
A. cerebelar superior
nasce posterior as aa. cerebrais posteriores, vai ao mesencéfalo e parte superior do cerebelo

A. cerebelar inferior anterior (AICA)
irriga a parte anterior e inferior do cerebelo

A. do labirinto
penetra no meato acústico interno juntos aos nn. facial e vestíbulo-coclear vascularizando estruturas do ouvido interno

Ramos pontinos

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18
Q

o círculo arterial do cérebro/polígono de willis
o que é?
o que ele circunda?

A

é uma anastomosa arterial de forma poligonal e está situado na base do cérebro, circunda:
1. quiasma óptico
2. túber cineveo
e ainda se relaciona com a fossa interpeduncular

19
Q

o que forma o polígono de willis?

quais artérias unem o sistema carotídeo interno e o sistema vertebral ?

A

porção proximal das aa. cerebrais anterior (2)

porção proximal das aa. cerebrais médias (2)

porção proximal das aa. cerebrais posteriores (2)

a. comunicante anterior (pequena, realiza a anastomose das aa. cerebrais anteriores) (1)
aa. comunicantes posteriores (direita e esquerda) - realiza a união da a. carótida interna com a a. cerebral posterior, dos dois lado) (2) - anastomose entre o sistema carotídeo interno e o sistema vertebral

20
Q

desenhe o esquema do polígono de willis

A

desennhe

21
Q

o que ocorre com o polígono de willis em caso de obstrução vascular?

A

em condições normais praticamente não existe troca entre as metades direita e esquerda do círculo arterial.
Em caso de obstrução vascular é imprevisível o comportamento desse círculo, pois além da peculiaridade de cada organismo, há fatores que também influenciam, como idade, tempo de instalação do processo obstrutivo e estado da parede arterial

22
Q

Quais os ramos dados pelas aa cerebrais anterior, média e posterior?

A

ramos corticais - vascularização do córtex e substância branca subjacente

ramos centrais - vascularizam o diencéfalo, os núcleos da base e a cápsula interna
- AA estriadas - são ramos centrais da a. cerebral média que penetram na substância perfurada anterior e irrigam a maior parte do corpo estriado - diencéfalo e cápsula interna –> passam quase todas as fibras de projeção do córtex.

quando se retira a pia-máter é possível visualizar onde esses ramos centrais penetram - SUBSTÂNCIA PERFURADA, ANTERIOR E POSTERIOR

23
Q

território cortical das três artérias cerebrais

A

apesar de haver anastomose entre os ramos corticais das aa. cerebrais há insuficiência na circulação colateral, causando um quadro sintomatológico das síndromes das artérias cerebrais anterior, média e posterior

24
Q

O que a obstrução da a. cerebral anterior causa?

A

paralisia e diminuição da sensibilidade do membro inferior de LADO OPOSTO, devido a lesão de áreas corticais motoras e sensitivas relacionada aos pés e pernas (LOCAL principal de obstrução - LÓBULO PARACENTRAL)

25
Q

O que a obstrução da a. cerebral média causa?

A
  • ramo principal da a. carótida interna
  • percorre todo sulco lateral

quando não fatal causa paralisia e diminuição de sensibilidade do lado oposto menos dos membros inferiores, podendo haver graves distúrbios na linguagem, pois lesa a área cortical motora, somestésica, o centro da palavra falada (área de Brocka)
além disso, a obstrução das artérias estriadas (nomes profundos (ramos profundos cerebrais) fazem com que haja lesão nos núcleos da base e cápsula interna (DIENCÉFALO)

26
Q

O que a obstrução da a. cerebral posterior causa?

A

cegueira em uma parte do campo visual, ja que essa irriga os lábios do sulco calcarino

27
Q

vascularização venosa do encéfalo
qual a diferença?
quais as características morfológicas?
para onde o sangue é drenado e encaminhado?

A

as veias não acompanham as artérias no encéfalo, são maiores e mais calibrosas, embora não possuam musculatura e seja finas em relação as demais veias

drenam para os seios da dura mater e o sangue é encaminhado para a v. jugular interna

28
Q

quais as forças que ativam a circulação venosa?

A
  1. aspiração da cavidade torácica - pressão negativa super evidente no início da inspiração
  2. Força da gravidade
  3. Pulsação das artérias - fator mais eficiente no seio cavernoso

o leito cavernoso é muito maior que o arterial o que faz com que a circulação venosa seja mais lenta

a disposição é feita por dois sistemas: o venoso profundo e o venoso superficial que se unem por diversas anastomoses

29
Q

sistema venoso superficial
o que drena?
quais os tipos?

A

drenam o córtex e substância branca adjacente

dividido em 2 tipos
1. aa. cerebrais superficiais superiores - face medial e metade superior da face dorsolateral –> desembocam no seio sagital

  1. aa. cerebrais superficiais inferiores - face inferior e metade inferior da face dorso lateral de cada hemisfério –> desembocam nos seios de base (petroso superior e cavernoso) e no seio transverso
    - a principal é a v. cerebral média superficial (percorre o sulco lateral)
30
Q

sistema venoso profundo

A

drenam o sangue de regiões localizadas profundamente no cérebro, como corpo estriado, cápsula interna, diencéfalo e grande parte do centro branco medular do cérebro

a mais importante é a veia cerebral magna ou veia de Galeno pois nela converge quase todo o sangue do sistema venoso profundo

31
Q

Qual a veia mais importante do sistema venoso profundo ?

A

veia cerebral magna ou veia de Galeno pois nela converge quase todo o sangue do sistema venoso profundo

é um tronco curto e mediano formado pela confluência das veias cerebrais internas logo abaixo do esplênio do corpo caloso desembocando no seio reto

obs: as paredes da veia cerebral magna são muito finas e portanto facilmente rompidas (o que ocorre com alguns recém-nascidos como resultado de traumatismos durante o parto)

32
Q

O que é a angiografia cerebral?

A

técnica que permite a visualização em tempos sucessivos as veias, artérias e seios, essa é utilizada para diagnóstico e localização de processos patológicos nos vasos cerebrais como:
aneurisma, tromboses, embolias, lesões traumáticas,.

métodos: utilização de contraste ou cateter (punção arterial e
não invasivo> ressonância magnética

33
Q

vascularização da medula

A

feira pelas artérias espinhais posteriores e anteriores (ramos da a. vertebral) e pelas aa. radiculares que penetram na medula com as raízes dos nervos espinhais

34
Q

a espinhal anterior

A

tronco único formado por dois ramos unidos que emergem da a. vertebral direita e esquerda.
Dispõe-se ao longo da fissura mediana anterior até o cone medular. Dá origem aos sulcos que penetram no tecido nervoso pelo fundo da fissura mediana anterior
Irriga as colunas e funículos anterior e medial da medula

35
Q

Aa. espinhais posteriores direita e esquerda

A

emerge das respectivas aa. vertebrais, dirigem-se dorsalmente contornando o bulbo. Irrigam a coluna e o funículo posterior

36
Q

Aa radiculares

A

derivam dos ramos espinhais das aa. segmentares do pescoço e do tórax (tireóidea inferior, intercostal, lombares e sacrais) esses ramos penetram nos forames invertebrais com os nervos espinhais dando origem a aa. radiculares anterior e posterior

a radicular anterior anastomosa-se com a a. espinhal anterior
a radicular posterior anastomosa-se com a a. espinhal posteriores

37
Q

barreiras encefálicas
qual sua importância?
quais os tipos?

A

importância: regula a passagem de substâncias úteis no SN e também de substâncias tóxicas

barreira hematoencefálica: dificulta a passagem de substâncias entre o sangue e tecido nervoso (inclusive a medula)

barreira hematoliquórica: dificulta a passagem de substâncias entre o sangue e o líquor

38
Q

Quais as diferenças entre a barreira hematoencefálica e a barreira hematoliquórica?

A

A barreira hematoencefálica é encontrada no endotélio dos capilares, mas também pode ser encontrada na lâmina basal e astrócitos que envolvem esse vaso sanguíneo presente no SNC
Os endotélios dos capilares encefálicos apresentam 3 características únicas
1. células endoteliais unidas por junções oclusivas
2. não há fenestrações (pequenas áreas que ocorre redução do endotélio a uma camada fina e permeável)
3. Rara as vesículas pinocíticas

A barreira hematoliquórica ao contrário da outra localiza-se nos plexos corioides, portanto se injetado uma substância como peroxidase ela atravessa os capilares fenetrados e é barrada no nível da superfície do epitélio ependimário voltado para a cavidade ventricular, esse tipo de epitélio também apresenta junções oclusivas - característica única

39
Q

funções específicas

A

barram toxinas, como veneno e bilirrubina, além disso barram alguns neurotransmissores como adrenalina

permite a entrada de substâncias importantes como glicose e aminoácidos necessários para o funcionamento do SN

o transporte de substâncias é feito por pontões (moléculas transportadoras específicas)

40
Q

correlação icterícia fisiológica, doença de Kennicterus e icterícia comum

A

no início do desenvolvimento dos capilares que penetram no encéfalo é possível observar a presença de fenestrações, com o passar da idade substâncias produzidas pelos astrócitos causam a perda dessas fenestrações.
Por isso a barreira hematoencefálica no RN é mais fraca deixa passar grande numero de subst ate a perda das fenestrações

correlação icterícia fisiológica, doença de Kennicterus e icterícia comum

na vida adulta traumatismo pode causar a perda da barreira hematoencefálica

41
Q

órgãos circoventriculares

A

locais em torno do III e IV ventrículo que não possuem barreira hematoencefálica (ausência de fenestrações e junções oclusivas nas células endoteliais) tem a função de receber de sinais químicos d sangue ou de estar relacionado direta ou indiretamente com a secreção de hormônios

42
Q

qual a divisão dos órgãos circoventriculares no quesito funcional?

A

órgãos circoventriculares

         secretores de hormônios 
                      glândula pineal 
                      eminência média 
                      neurohipófise 
         receptores 
                      órgão subfornicial 
                      órgão vascular da lâmina terminal 
                      área postrema
43
Q

secretores de hormônios
glândula pineal
eminência média
neurohipófise

A

glândula pineal
localiza no epitálamo e produz melatonina

eminência média
pertence ao hipotálamo, envolvida no transporte de hormônios do hipotálamo para adeno-hipófise

neurohipófise
local de liberação de hormônios hipotalâmicos

44
Q

receptores
órgão subfornicial
órgão vascular da lâmina terminal
área postrema

A
  1. órgão subfornicial
    situado abaixo do fórnix, no forame monro possui hormônios sensíveis a baixas concentrações de ANGIOTENSINA II - hormônio peptídico que regula o volume do sangue circulante (VOLEMIA)
    as informações obtidas pelo órgão subfornicial são levadas a área do hipotálamo que regula a volemia.
  2. órgão vascular da lâmina terminal
    neurônios sensíveis ao aumento de pressão osmótica do sangue, que faz com que o hipotálamo secrete hormônios antidiuréticos
  3. área postrema
    área sensível a sinais químicos vinculados no sangue, como colecistocinina (secretado pelo trato gastrointestinal). A informação repassada ao hipotálamo para desencadear o reflexo para o vômito.