1ª República Temático Flashcards
Principais Sucessões:
1909: campanha civilista
1922: Artur Bernardes (SP, MG) x Nilo Peçanha (Reação Republicana: RS, BA, PE, RJ)
Sucessão Washington Luis: Julio Prestes (PRP) x Vargas (Aliança Liberal: PD, Frente Única Gaúcha, PB, MG)
* Lema
* Composição
* Propostas
* Os Tenentes
* Desenrolar
* Interpretação
Sucessão Washington Luis
- Julio Prestes (PRP) x Vargas (Aliança Liberal: PD, Frente Única Gaúcha, PB, MG)
Aliança Liberal (PD; Gaúchos unidos; PB e MG): heterogeneidade
- Lema: “Representação e Justiça”
- Composição:
- oligarquias dissidentes (não ligadas ao núcleo cafeeiro):
- PD,
- PRM (Olegário Maciel; Bernardes foi contra);
- Partido Libertador (Assis Brasil)
- oligarquias tradicionais: PRR e MG
- oligarquias dissidentes (não ligadas ao núcleo cafeeiro):
- Propostas (sensibilizar classe média)
- contra privilégios do café: pela produção nacional em geral e não apenas café
- proteção aos trabalhadores
- liberdades individuais (PD)
- reforma política (verdade eleitoral) (Assis Brasil: Código eleitoral)
- Anistia para os revoltosos de 20
- Os Tenentes e a Aliança:
- Iglésias: Rev. De 30 => tenentismo + elite política
- Muitos membros da AL eram velhos inimigos do tenentes, mas chegaram a um acordo
- Exceção: Luís Carlos Prestes
- Setores mais jovens da aliança travavam contatos com os tenentes, que já possuíam experiência militar prática
Desenrolar
- Washington Luis recusa financiamento aos cafeicultores na crise
- Congresso de Lavradores 1929/1930 => críticas ao governo
- Mas não rendeu eleitoralmente para oposição (Boris Fausto)
- Vitória de Julio Prestes
- tenentes civis (políticos mais jovens) passam a organizar golpe: RS (geração de 1907: Osvaldo Aranha, Lindolfo Collor, Flores da Cunha), MG (Virgilio de Melo Franco, Francisco Campos)
-
1930: Revolta da Princesa: assassinato de João Pessoa
- Borges de Medeiros enfim aquiesce ao golpe armado
Interpretação
- Boris Fausto: não foi feita em nome de burguesia industrial ou classe media
- Sônia Regina de Mendonça: ainda disputa entre oligarquias pelo controle do Estado
- Nenhuma consegue dominar => permite autonomia da burocracia estatal
Principais Sucessões:
1909: campanha civilista:
* Antecedentes (Afonso Pena x Peçanha)
* Candidatos e Apoios:
* Articulação por Hermes
* Propostas da Campanha Civilista
1922: Artur Bernardes (SP, MG) x Nilo Peçanha (Reação Republicana: RS, BA, PE, RJ)
Sucessão Washington Luis: Julio Prestes (PRP) x Vargas (Aliança Liberal: PD, Frente Única Gaúcha, PB, MG)
- Sucessão de Afonso Pena/Hermes
- Antecedentes
- Afonso Pena indica Campista (jardim de infância) para sucessão
- parte de MG já explicitara seu veto
- RGS considera que Campista/Jardim da Infância trabalham pela marginalização do RGS => oferecem Wencelau Braz a vice => Chapa Hermes/Braz de oposição ao governo central (apoios: RGS, MG, Pinheiro Machado, PE).
- Pena falece, sendo substituído por Nilo Peçanha, seu inimigo pessoal
- Nilo Peçanha indica Hermes (que assim vira candidato da situação)
- Afonso Pena indica Campista (jardim de infância) para sucessão
- Campanha Civilista/Ruy Barbosa (SP, BA, parte de MG) vs Hermes (RGS, MG, PE e Pinheiro Machado)
- Sucessão
- Pena apoia Davi Campista
- São Paulo não quer impor candidato paulista pois apoio para café é mais importante à aproxima-se do “Bloco”
- RS (Pinheiro Machado), após não aceitação por Pena de outro nome (Bocaiúva, R. Barbosa), pende para candidatura militar (Campista iria continuar marginalização de RS feita por Jardim de Infância)
- Contexto de crítica da população à fraude e de crescimento do movimento operário à Pinheiro Machado e Hermes se aproximam por meio de agenda de reformas sociais e políticas
- RS, com Pinheiro Machado e releições seguidas de Borges de Madeiros (PRR), insatisfeito com papel secundário na política dos grandes estados à após eleição de Hermes, adquire importância na definição das eleições presidenciais
- Articulação por Hermes (RGS, MG, PE, Pinheiro Machado):
- RS (Pinheiro Machado) e MG (Wenceslau Brás, após oferta de vice-presidência) à candidatura Hermes da Fonseca-Wenceslau Brás
- Morte de Afonso Pena, assume vice Nilo Peçanha, próximo de Pinheiro Machado à candidatura Hermes deixa de ser oposicionista, e a de Campista se perde
- Com Peçanha, Hermes ganha apoio de agrarismo fluminense mas também de importante parte da população urbana (base de Rui Barbosa)
- Corrente hermista em SP (minoritária): Campos Sales, Francisco Glicério
- Campanha civilista: Ruy Barbosa (BA, SP, dissidência do PRM)
- Rui Barbosa (BA), lançara carta criticando candidatura militar
- Albuquerque Lins, presidente de SP (Chapa Rui-Lins)
- Apoio de dissidência do PRM, ligada ao Jardim de Infância
- Também tom reformista e crítica às fraudes
- Ambiguidade: 2 lados eram de alianças oligárquicas e ao mesmo tempo acenavam para parcela mais moderna do eleitorado
- Pena apoia Davi Campista
- A sucessão de Hermes seria mais tranquila, devido ao Pacto de Ouro Fino (1913)
Principais Sucessões:
1909: campanha civilista:
1922: Artur Bernardes (SP, MG) x Nilo Peçanha (Reação Republicana: RS, BA, PE, RJ):
* Candidatos e Base de Apoio
* Plataforma da Reação
* Atração dos Militares
* Motivos (historiografia)
* Vitória de Bernardes + Levantes
Sucessão Washington Luis: Julio Prestes (PRP) x Vargas (Aliança Liberal: PD, Frente Única Gaúcha, PB, MG)
- Bernardes visto como antimilitar (Clube Militar)/medo de reforma constitucional
- Sucessão: Reação Republicana
- SP-MG: Arthur Bernardes-Urbano Santos
- União de BA, PE, RJ e RS na Reação Republicana à candidatura Nilo Peçanha-J.J. Seabra
- Plataforma da Reação Republicana
- critica ao imperialismo dos estados mais fortes, regeneração política, diversificação agrícola,
- ensaio de populismo
- insatisfação c/ Estados mais fortes
- Plataforma Inspirada pelos gaúchos
- Contra inflação
- Conversibilidade da Moeda
- Orçamento Equilibrado
- Atração dos Militares:
- Não podendo atrair coronéis, oposição busca atrair militares (Hermes da Fonseca, presidente do Clube Militar) à “cartas falsas”: ofensas a Hermes e ao Exército, atribuídas a Bernardes
- Militares insatisfeitos com Epitácio: civis nas pastas militares
- Apoio a Nilo dos salvacionistas próximos de Hermes e do Clube Militar
- Motivos (historiografia)
- Tradicional: disputa pela indicação do vice da chapa oficial (BA, PE e RJ, que pleiteavam, frustrados pela indicação de candidato do Maranhão)
- Boris Fausto: insatisfação de setores não cafeicultores com endividamento para política de valorização do café e com desvalorização cambial
- Michael Conniff: primeiro ensaio de populismo (articulação de camadas urbanas cariocas em torno de Nilo Peçanha)
- Marieta de Moraes Ferreira
- Insatisfação dos estados secundários; base na plataforma do movimento: critica ao imperialismo dos estados mais fortes, regeneração política, diversificação agrícola, orçamentos equilibrados, conversibilidade da moeda
- Busca de mobilização das massas (contexto de agitação operária no fim da déc. 1910)
- Nilo: instrução pública para aumentar participação política (apesar de progressista, não apresenta propostas concretas)
- Vitória de Bernardes
- Reação Republicana não reconhece
- Pede Tribunal de Honra para arbitrar
- Procura inflamar ânimo militar, denunciado perseguições à levantes
- Levantes
- Após Vitória de Bernardes: Clube Militar reclama de uso de tropas para intervenção em Pernambuco
- E. Pessoa: Fechamento do Clube Militar e prisão de Hermes da Fonseca => Sublevação do Forte de Copacabana
- Após fechamento do Clube Militar e prisão de Hermes que se insurgiu contra decisão à 1922, sublevação do Forte de Copacabana (“Dezoito do Forte”)
- Estreia do tenentismo
- Participações em Campo Grande, Niterói e no DF, mas sem adesões expressivas
- Epitácio pede estado de sítio no RJ e no DF, e muitos deputados dissidentes (RS, BA, PE) votam a favor à indica desarticulação da Reação Republicana
- Após Vitória de Bernardes: Clube Militar reclama de uso de tropas para intervenção em Pernambuco
III. Divisões Dentro dos Estados
A. 1893 – 1895, Revolução Federalista: RGS
* Divisões
* Divisões Simplificadas:
* Coronelismo
* Junção da 2ª Revolta da Armada
* Combate
* Pacificação
B. 1914, Revolta de Juazeiro (Padre Cícero, Accioly): CE (gov. Hermes)
C. 1920, Insurreição dos Coronéis: BA (gov. Epitácio P.)
D. 1922, Aliança Libertadora / 1923, Pacto de Pedras Altas: RGS
E. 1926, PD de SP (liberal)
A. 1893 – 1895, Revolução Federalista: RGS
- Divisões
- Republicanos liberais (Assis Brasil)
- Republicanos positivistas (Júlio de Castilhos, Pinheiro Machado)
- Liberais parlamentaristas (Silveira Martins) (inclui antigos monarquistas)
- Disputa entre republicanos e antigos monarquistas à guerra civil
- Divisão Simplificada: PRR (Castilhos) x Liberais e Federalistas (Partido Federalista, Silveira Martins)
- PRR/Pica-Paus (republicanos históricos, positivistas, Júlio de Castilhos) x Liberais/Federalistas/Margatos) (Partido Federalista – 1892, Silveira Martins)
- Partido Federalista (1892): Liberais
-
Objetivos
- Revogação da constituição estadual baseada no positivismo (previa concentração dos poderes no Executivo + reeleição infinita)
- instauração de um governo parlamentar
- Bases Sociais: Estancieiros da Campanha (elite política tradicional com raízes no império)
-
Objetivos
- PRR:
- Republicanos Históricos; pica-paus
- Base Social: população do litoral e das serras; muitos imigrantes
- Coronelismo: Júlio de Castilhos, Pinheiro Machado, Silveira Martins usam exércitos particulares
- Junção dos federalistas com Segunda Revolta da Armada (final de 1893)
- 1892, manifesto de oficiais da Marinha contra intervenção federal na guerra
- 1893, Armada se subleva em apoio aos federalistas, exigindo novas eleições
- Participação dos almirantes Custódio de Melo (por frustração em suceder Floriano na presidência) e Saldanha da Gama
- Diziam agir em nome da constituição republicana, mas percebidos nas ruas como monarquistas
- Combate: Floriano do lado de Castilhos
- Floriano, com suporte do PRPaulista, apoia Júlio de Castilhos
- Federalistas + revoltosos da Armada ocupam Desterro (SC), Curitiba (PR)
- Massacres pelo Exército à cel. Moreira César fuzila políticos federalistas em Desterro e renomeia a cidade Florianópolis
- 1895 Pacificação, Prudente de Moraes faz acordo de paz
- Garante supremacia de Júlio de Castilhos
- Jacobinos eram contra negociação à PRF racha entre jacobinos e não jacobinos à Prudente sem unanimidade no Legislativo
III. Divisões Dentro dos Estados
A. 1893 – 1895, Revolução Federalista: RGS
B. 1914, Revolta de Juazeiro (Padre Cícero, Accioly): CE (gov. Hermes)
C. 1920, Insurreição dos Coronéis: BA (gov. Epitácio P.)
D. 1922, Aliança Libertadora / 1923, Pacto de Pedras Altas: RGS
E. 1926, PD de SP (liberal)
- Conteúdo religioso com carência social + conflito oligárquico
- Padre Cícero: conflitos com a Igreja, integra-se no sistema coronelista
- Principal Causa: Política Salvacionista
- Hermes decide intervir em estados do Norte e Nordeste neutralizando o poder das oligarquias mais poderosas da região, que estavam sob a esfera de influência de Pinheiro Machado
- Intervenção Federal no Ceará: tira do poder família Accioly
- Coronéis ligados a Accioly buscam auxílio de Padre Cícero
- Padre Cícero incentiva sertanejos da região a pegarem em armas e lutar contra o governo
- Governo recua e devolve o estado aos Accioly
III. Divisões Dentro dos Estados
A. 1893 – 1895, Revolução Federalista: RGS
B. 1914, Revolta de Juazeiro (Padre Cícero, Accioly): CE (gov. Hermes)
C. 1920, Insurreição dos Coronéis: BA (gov. Epitácio P.)
D. 1922, Aliança Libertadora / 1923, Pacto de Pedras Altas: RGS
E. 1926, PD de SP (liberal)
- Na Bahia, o governo tinha de se harmonizar com os coronéis do sertão. De outra forma, não seria possível governar. Um desacerto entre os dois setores provocou, em 1920, insurreição dos coronéis. O presidente da República, Epitácio Pessoa, foi obrigado a arbitrar a disputa.
- A arbitragem revelou o poder dos coronéis baianos. O mais famoso deles – Horácio de Matos – obteve o direito de conservar suas armas e munições, bem como o controle de doze municípios sob sua influência.
- Durante os anos 20, o poder estadual se enfraqueceu na Bahia e os coronéis conservaram um grau considerável de autonomia.
III. Divisões Dentro dos Estados
A. 1893 – 1895, Revolução Federalista: RGS
B. 1914, Revolta de Juazeiro (Padre Cícero, Accioly): CE (gov. Hermes)
C. 1920, Insurreição dos Coronéis: BA (gov. Epitácio P.)
D. 1922, Aliança Libertadora / 1923, Pacto de Pedras Altas: RGS
E. 1926, PD de SP (liberal)
- É oposição ao PRR em RGS
- Antigos federalistas + Dissidentes do PRR => Aliança Libertadora (1922)
- 1922, Aliança Libertadora
- Objetivo de impedir mais uma reeleição de Borges de Medeiros ao governo do Estado
- viraria o Partido Libertador em 1928
- 1923, Nova Guerra Civil
- Derrota da Aliança + Denúncias de Fraude Eleitoral
- Após 11 meses de confronto, o Ministro de Guerra de Arthur Bernardes foi enviado, como mediador, ao RGS => Pacto de Pedras Altas (dez. 1923)
- Pacto de Pedras Altas (dez. 1923)
- Borges de Medeiros manteve-se no cargo, mas com poderes limitados e não poderia mais reeleger-se
- Conflitos permanecem até 1927, quando Getúlio elege-se governador => incentiva acordo entre PRR e Libertadores => aumenta a presença gaúcha no plano federal
III. Divisões Dentro dos Estados
A. 1893 – 1895, Revolução Federalista: RGS
B. 1914, Revolta de Juazeiro (Padre Cícero, Accioly): CE (gov. Hermes)
C. 1920, Insurreição dos Coronéis: BA (gov. Epitácio P.)
D. 1922, Aliança Libertadora / 1923, Pacto de Pedras Altas: RGS
E. 1926, PD de SP (liberal)
- Composição (Até 1930): profissionais liberais; jovens filhos de fazendeiros do café, juristas (FDUSP)
- Programa Liberal:
- Reforma Política: voto secreto e obrigatório; representação das minorias; independência dos três poderes; atribuição ao Judiciário da fiscalização eleitoral
- Atacam os imigrantes enriquecidos => Conde Matarazzo era primeiro alvo das investidas
- Não era um partido moderno que controlava as grandes cidades, enquanto o arcaico PRP controlava o campo. O PD também tinha redutos na área rural, onde utilizavam as mesmas práticas coronelistas dos seus adversários
- No plano nacional => contribui para o enfraquecimento da presença paulista, em evolução oposta ao RGS
Colmeia Oligárquica
A. Campos Salles Inaugura Política dos Estados/dos Governadores:
- Condições favoráveis: estados estáveis; militares domesticados; jacobinos derrotados; acordo internacional com credores encaminhado
- Pacto: Não iria intervir na política estadual desde que suas bancadas no Congresso apoiem o governo federal
- Medidas:
- Não intervir em troca de apoio no Congresso
- Mudança na CVP (presidência da CVP seria o Presidente da Câmara)
- Diplomação a nível local
- Distorção do federalismo à hierarquização dos estados à estados de 1ª classe (indicam presidente: SP e MG), 2ª classe (vices e ministros), 3ª classe (autoridades menos importantes), 4ª classe (sem autoridades)
- Exceções na indicação para presidente: Hermes da Fonseca e Vargas (união MG-RS)
- SP e MG: partido único (disputas na Comissão Central Executiva)
- RS: divisão (P. Republicano x P. Libertador), mas constituição que permitia reeleição indefinida possibilitava unificação (domínio de Júlio de Castilhos, depois Borges de Medeiros e Getúlio Vargas) (Pinheiro Machado: controle de oligarquias no Norte e Nordeste)
- Demais: lutas violentas entre facções
- Eleição proporcional à população favorecia Centro-Sul
- Cláudia Maria Ribeiro Viscardi: aliança SP-MG conflituosa e provocou incerteza ao eliminar alternância de poder
- Realismo de C. Sales: reconhece distribuição natural de poder, com necessidade de estados maiores participarem das decisões políticas
- Significados/Interpretações:
- Garante que o Executivo sempre tenha apoio do Congresso
- Sem fazer reforma constitucional, consegue arranjo político que garante estabilidade política para a República
- Esvaziamento do legislativo como espaço de luta política à perde protagonismo para Executivo (contraste com Legislativo protagônico do Império)
- Pacto da concretude às inovações da CF 1891: i) presidencialismo; ii) autonomia dos estados; iii) alargamento das prerrogativas do Legislativo
- Pol. do gov = equivalente funcional do Poder Moderador à resposta republicana aos problemas legados pelo Império
- Controle sobre: i) dinâmica legislativa; ii) eleições; iii) governos estaduais; iv) partidos
- Realismo e utopia
- Realismo: reconhecimento de “distribuição natural de poder”(Faoro)
- Utopia: nova ordem voltada para a “obra administrativa”
- “Teoria do Estado administrador”: “obra de pjura administração”, separada das paixões partidárias e a despeito das queixas dos eleitores
Mudança na CVP
- CVP era responsável pela diplomação do deputado (já que não existia Justiça eleitoral)
- Essa Comissão era presidida pelo membro mais velho do Parlamento, algo aleatório
- Mudança promovida por Campos Salles: agora quem comanda a CVP era o presidente da Câmara do período legislativo que terminara, desde que ele tivesse sido reeleito => garante maior previsibilidade para o governo federal
Mudança em Relação aos Diplomas/Degola
- O diploma passa a ser a ata geral da apuração da eleição, assinada pela maioria da Câmara Municipal
- A degola, então, era feita já no nível local. A CVP era apenas mais uma garantia
- Teoria da Presunção: caso dois candidatos apresentem diploma, presume-se que o verdadeiro é de quem já era congressista
C. Coronelismo: Executivo Municipal, Executivo Estadual e Eleitor
- Surge com a Constituição de 1891, o voto universal e aberto
- Coronel dá voto para o governador, e o governador dá para o Coronel recursos, obras, cargos nos estados, ou seja, influência política
- Executivo Estadual depende dos votos do Coronel para ser eleito
- Coronelismo teve marcas distintas de acordo com a região do país
- Exemplo extremo são as áreas no interior do Nordeste, em torno do Rio São Francisco, onde surgem verdadeiras nações de coronéis, com suas forças militares próprias
- Insurreição dos Coronéis na BA: Horácio de Matos obteve o direito de conservar armas e munições, bem como o controle de doze municípios sob sua influência
- Em contraste, nos Estados mais importantes, os coronéis dependem de estrutura mais amplas: máqina do governo e Partidos Republicanos
- Exemplo extremo são as áreas no interior do Nordeste, em torno do Rio São Francisco, onde surgem verdadeiras nações de coronéis, com suas forças militares próprias
- Elementos que teriam enfraquecido o poder local dos coronéis
- Urbanização e surgimento de classes intermediárias
- Industrialização
- Crescimento das cidades
- Instituições Políticas
- Lei eleitoral de 1916
- Surgimento do intendente municipal
- Em 1926, temos a inamovibilidade e vitaliciedade para os juízes estaduais
- Burocratização
D. Relações Entre SP e MG (Café com Leite)
- Preponderância Paulista (1894-1902)
- A preponderância paulista na política entre 1894 e 1902 (três presidentes paulistas seguidos) explica-se pela importância econômica bem como pelo fato de que os paulistas se uniram em torno do PRP rapidamente.
- Segunda Fundação do PRM (1897)
- Os mineiros só fariam isso em 1897, com a chamada segunda fundação do PRM, a partir daí, os mineiros começam a ganhar cada vez mais força
- Rachas:
- Sucessão de Nilo Peçanha => Hermes (MG) x Ruy Barbosa (SP)
- Washington Luiz: favorece concentrados (oposição ao PRM)
- Sucessão de Washington Luiz: Júlio Prestes (SP) x Vargas (MG)
Convergência entre SP e MG (1898: eleição de Campos Salles) e Racha (Campanha Civilista – 1909)
- A convergência de opinião entre São Paulo e Minas ocorreu de 1898, com a eleição de Campos Sales, até 1909.
- Nesse momento, abriu-se uma dissidência, o que facilitou a volta provisória dos militares e a volta permanente do Rio Grande do Sul à cena política nacional. Tivemos Rui Barbosa apoiado por São Paulo e parte de Minas e o Hermes da Fonseca apoiado pelo Rio Grande do Sul e maioria de Minas
- Rui Barbosa tinha um projeto progressista, que visava atrair o voto da classe média urbana, defendendo voto secreto, a ausência dos militares na política, etc.
- O presidente Afonso Penna morre antes do mandato e ele tinha indicado um cara que ninguém conhece para a sucessão. Nilo Peçanha, o vice que assume após a morte, indica o Hermes Fonseca, que é militar, e os caras não queriam.
- Elege-se o Hermes, mas a coisa não funcionou, ele faz a política das salvações, o parlamento não dá apoio a ele.
Pacto de Ouro-Fino (1913): a união
- Contra Hermes da Fonseca e eventual candidatura de Pinheiro Machado, une MG e SP
- MG e SP iriam conciliar-se para indicar presidente conjuntamenteO Pacto do Ouro Fino surge em 1913, é um acordo entre MG e SP, eles pensam que o Hermes da Fonseca indicaria outra pessoa do RS, e para evitar isso, eles fazem um acordo para que eles fiquem juntos. O PRP, quando da eleição do Hermes, apoiou o Rui Barbosa e o PRM rachou, a maioria votou no Hermes e outra parte no Rui. O acordo era que eles, a partir de então, sempre tivessem um candidato único. Até 1922, não tinha revezamento entre MG e SP na presidência, só ocorreu após 1922.Outro problema do termo Café com Leite é que o principal produto de Minas também é Café.
Partidos Nacionais na 1ª República
A. Partidos Nacionais na 1ª República
- Até aqui, os partidos eram provinciais. Em alguns momentos, tenta-se criar partidos nacionais. Semelhança é que eles durariam pouco.
Partido Republicano Federal/Francisco Glicério (1893 – 1897)
- Primeiro partido republicano em nível federal
- Surge no governo Floriano
- Dar apoio a Floriano
- Elege Prudente de Moraes e divide-se neste período
- A) 1ª. Divisão: No início da nova legislatura, 1895, era composto por: radicais (florianistas); reacionários (inimigos dos jacobinos) e moderados.
- B) 2ª Divisão: cinde-se após a manobra seabra. O que sobre é dividido em republicanos (maioria apoia Prudente) e concentrados/gliceristas (oposição, minoria no congresso)
Partido Republicano Conservador/Pinheiro Machado (1913 – 1914)
- Dar apoio a Hermes da Fonseca
- Pinheiro Machado é enfraquecido com as políticas salvacionistas, mas aparentemente consegue sobreviver
Partido Republicano Liberal/Ruy Barbosa (dura dois anos)
- Oposição a Hermes da Fonseca
- Ia lançar Ruy Barbosa à sucessão de Hermes, mas desiste e o partido desaparece logo depois
PCB (1922)
- Valorizam papel do Estado, ganhar posições dentro dele, período de transição indefinido/ditadura do proletariado, organização sindical centralizada (diferenças em relação aos anarquistas)
- Até 1930, partido predominantemente operário
- Subordina-se à III Internacional
- pregava para os países coloniais e subsdesenvolvidos a revolução democrátic-burgeusa, que abriria caminho para a revolução socialista
- Ilegalidade durante quase todo o período de existência, exceto:
- março-julho 1922
- jan. – ago. de 1927
- Repressão:
- Grande repressão por Arthur Bernardes a partir de 1922
- Lei Celerada de 1927: dá fim aos meses de legalidade em 1927
- Grande repressão por Arthur Bernardes a partir de 1922
- Bloco Operário: frente legal do partido
PD Nacional (1926)
- Articular as oligarquias das oposições estaduais
Revoltas Sociais
VI. Movimentos Sociais
A. Rurais
1893-1897: Canudos
- Conteúdo Religioso com carência social
1911-1915: Contestado (Irmão José)
- Trabalhadores rurais expulsos para ferrovia (PR/SC)
1913: Greve fazendas de SP (Ribeirão Preto) - Greve por melhores salários e condições de trabalho, nas Fazendas Schmidt e Dumont
- Queriam revisão de contratos e paralisaram as fazendas => não conseguem o que queriam
B. Movimentos Urbanos
1904: Revolta da Vacina (varíola – Osvaldo Cruz)
- Governo Rodrigues Alves
- Participação de cadetes da Escola Militar e altos oficiais
- Contra a introdução da vacina contra a febre amarela//Vacina obrigatória contra varíola (reedição de leis que não haviam pegado)
- Jacobinos, florianistas, positivistas aproveitam a revolta popular para avançar suas pautas
- Oposição
- (políticos: positivistas e florianistas)
- Senador tenente-coronel Lauro Sodré, deputado major Barbosa Lima, deputado Alfredo Varela
- Jornais: Correio da Manhã e Commercio do Brasil
- Positivistas ortodoxos do Apostolado
- Militares: Levante da Escola Militar da PV
- Operários:
- Centro de Classes Operárias (direção de Vicente de Souza): maioria de marítimos à petições, Liga contra a Vacina Obrigatória, comícios
- (políticos: positivistas e florianistas)
- Estopim
- Jornal A Notícia publica projeto de regulamento: vacina exigida para matrícula em escolas, casamento, emprego, voto
- Atuação dos Operários
- Levante da Escola Militar da Praia Vermelha (articulação de Lauro Sodré, gen. Travassos, major Gomes de Castro, dep. Varela, Vicente de Souza)
- Levante frustrado da Escola Preparatória e de Tática do Realengo
- “Porto Arthur” (cidadela com barricadas)
- Depredações
- Revoltosos
- Estopim: operários, comerciantes, estudantes, militares à após: operários e classes perigosas
- Operários: contexto de greves
- Fragmentação (falta de tradição política, subempregos)
- Inexistência de chefe único
- Plano de golpe pelo jacobinismo florianista (Lauro Sodré, Barbosa Lima, Barata Ribeiro, Escolas Militares) à contrários à república dos fazendeiros
- Bandeira abstrata à aproveitam-se da questão da Vacina para obter apoio popular
- Motivos
- Questão econômica não foi central: retomada do crescimento, queda de preços e empregos (obras públicas)
- Reforma urbana não foi alvo
- Motivos centrais: ideológico e moral (obrigatoriedade da vacina) à povo: motivos moralistas (honra das mulheres) / elite: intervencionismo (contra princípio liberal da liberdade individual) à República descumpria promessas
- Revoltas dentro da revolta: conspiração militar, contra serviços públicos, operários, insatisfação com governo
- Consequências: importante para formação da cidadania (orgulho, autoestima)
C. Revoltas Militares:
Revolta da Chibata (governo Hermes)
- Estopim: Castigos físicos na Marinha suprimidos com República, mas reintroduzidos em decreto de 1890 à até 25 chibatadas à uso de pena de 250 chibatadas desencadeia revolta, já programada a 2 anos
- Liderança de João Cândido: 2,4 mil marinheiros tomam 4 embarcações de guerra
- Morte de 5 oficiais no levante
- Demandas: fim dos castigos físicos e anistia
- Ameaçam bombardear RJ
- Opinião pública e jornais consideravam justo
- Desfecho
- Hermes da Fonseca e opositor nas eleições Rui Barbosa favoráveis à aprovação pelo congresso do fim dos castigos físicos e de anistia
- Marinha não se conforma devido às mortes de oficiais à novo decreto permite afastar marinheiros considerados ‘inconvenientes à disciplina’ (não se cumpre anistia, com marinheiros expulsos e mortos)
- Segunda revolta, de fuzileiros navais, sem adesão de João Cândido:
- estado de sítio e violenta repressão (João Cândido preso, quase morto e expulso da Marinha; “Navio da Morte”(Satélite) leva revoltosos, ladrões e prostituras para a Amazônia, matando vários; integrantes da primeira revolta julgados por participação na dos fuzileiros; absolvidos, mas depois de 18 meses presos)
- Chibata não seria reestabelecida
- João Cândido, o Marinheiro Negro, e outros marinheiros anistiados post-mortem por lei federal de 2008
- Interpretações
- JMC: interna, problema central relação oficiais-praças
- Hebe Mattos: predomina leitura racializada da revolta