1. Princípios Implícitos ou Reconhecidos Pt. 1 Flashcards

1
Q

O princípio da supremacia do interesse público sobre o privado é um princípio implícito, que tem suas aplicações explicitamente previstas em norma jurídica. CERTO ou ERRADO?

A

CERTO! As aplicações explícitas são as prerrogativas administrativas.

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2
Q

O princípio da supremacia do interesse público sobre o privado é um princípio fundamental do regime jurídico administrativo. CERTO ou ERRADO?

A

CERTO! A essência desse princípio está na própria razão de existir da Administração, ou seja, a Administração atua voltada aos interesses da coletividade.

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3
Q

Que princípio fundamenta, por exemplo, a desapropriação de um imóvel; ou o exercício do poder de polícia do Estado, quando são impostas algumas restrições às atividades individuais para preservar o bem-estar da coletividade?

A

O princípio da supremacia do interesse público sobre o privado

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4
Q

Para Maria Sylvia Zanella Di Pietro, o princípio da supremacia do interesse público está presente tanto no momento de elaboração da lei como no momento de execução em concreto pela Administração Pública. CERTO ou ERRADO?

A

CERTO! Dessa forma, o princípio serve para inspirar o LEGISLADOR, que deve considerar a predominância do interesse público sobre o privado na hora de editar normas de caráter geral e abstrato.

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5
Q

É possível a aplicação do princípio da supremacia do interesse público em diversas ocasiões como, por exemplo:

Nos atributos dos atos administrativos, como a presunção de veracidade, legitimidade e imperatividade;

CERTO ou ERRADO?

A

CERTO!

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6
Q

É possível a aplicação do princípio da supremacia do interesse público em diversas ocasiões como, por exemplo:

Na existência das chamadas cláusulas exorbitantes nos contratos administrativos, que permitem, por exemplo, a alteração ou rescisão unilateral do contrato.

CERTO ou ERRADO?

A

CERTO!

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7
Q

É possível a aplicação do princípio da supremacia do interesse público em diversas ocasiões como, por exemplo:

No exercício do poder de polícia administrativa, que impõe condicionamentos e limitações ao exercício da atividade privada, buscando preservar o interesse geral;

CERTO ou ERRADO?

A

CERTO!

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8
Q

É possível a aplicação do princípio da supremacia do interesse público em diversas ocasiões como, por exemplo:

Nas diversas formas de intervenção do Estado na propriedade privada, como a desapropriação (assegurada a indenização), a servidão administrativa, o tombamento de imóvel de valor histórico, a ocupação temporária, etc.

CERTO ou ERRADO?

A

CERTO!

ATENÇÃO! A imposição de restrições ao particular depende de previsão legal.

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9
Q

Nas situações em que a Administração não atuar diretamente para a consecução do interesse público, como nos contratos de locação, de seguro ou quando agir como Estado empresário, não lhe cabe invocar o princípio da supremacia.

CERTO ou ERRADO?

A

CERTO! Pois esses casos são regidos pelo Direito Privado.

Contudo, Alexandrino e Paulo destacam que, mesmo que indiretamente, ainda nessas situações – quando não são impostas obrigações ou restrições aos administrados –, os atos da Administração Pública revestem-se de aspectos próprios do direito público, a exemplo da presunção de legitimidade.

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10
Q

Enquanto o princípio da supremacia representa as prerrogativas, o princípio da indisponibilidade do interesse público trata das _____ administrativas.

A

Sujeições

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11
Q

As sujeições administrativas são limitações e restrições impostas à Administração com o intuito de evitar que ela atue de forma lesiva aos interesses públicos ou de modo ofensivo aos direitos fundamentais dos administrados. CERTO ou ERRADO?

A

CERTO! Como exemplos de sujeições podemos mencionar a necessidade de licitar – para poder contratar serviços e adquirir bens; e a realização de concursos públicos, para fins de contratação de pessoas.

Percebam que os particulares não se sujeitam a essas limitações.

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12
Q

Em relação aos bens públicos, cabe a Administração apenas geri-los, conservá-los e por eles velar em prol da coletividade, esta sim a verdadeira titular dos direitos e interesses públicos. CERTO ou ERRADO?

A

CERTO! É o que preceitua o princípio da Indisponibilidade do Interesse Público.

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13
Q

Mesmo que os princípios da supremacia e da indisponibilidade do interesse público sejam basilares para o Direito Administrativo, eles podem ser relativizados para preservar a aplicação dos outros princípios, como a moralidade e a eficiência. CERTO ou ERRADO?

A

CERTO! Nenhum princípio é ilimitado e irrestrito (ABSOLUTO)

Com base nisso, o STF já firmou entendimento sobre a possibilidade de a Administração fazer acordos ou transações, relativizando, assim, a aplicação do princípio da indisponibilidade do interesse público (e também da legalidade), sobremaneira quando o acordo seja a maneira mais eficaz de se beneficiar a coletividade

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14
Q

Além da relação com as sujeições administrativas, há outros dois sentidos para o princípio da indisponibilidade:

1- Poder-dever de agir; e
2- Inalienabilidade dos direitos concernentes a interesses públicos.

O que é o poder-dever de agir?

A

Sempre que o ordenamento jurídico conceder uma competência (poder) aos agentes públicos, esse poder representará também um DEVER.

Assim, na situação concreta, a Administração deve agir conforme manda o interesse público, não podendo escolher se deve ou não fazer, mas aplicar o Direito.

Um agente de trânsito, por exemplo, ao mesmo tempo em que tem o poder de aplicar uma multa, é obrigado a fazê-lo quando uma pessoa infringir uma regra de trânsito;

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15
Q

Além da relação com as sujeições administrativas, há outros dois sentidos para o princípio da indisponibilidade:

1- Poder-dever de agir; e
2- Inalienabilidade dos direitos concernentes a interesses públicos.

O que é a inalienabilidade dos direitos concernentes a interesses públicos?

A

Trata-se do IMPEDIMENTO imposto à Administração de TRANSFERIR AOS PARTICULARES os direitos relacionados aos interesses públicos que a lei lhe encarregou de defender.

Assim, quando faz uma concessão, por exemplo, não se transfere o direito (ou a atividade propriamente dita), mas somente o exercício da atividade.

Da mesma forma, não se pode alienar um bem que esteja vinculado à satisfação do interesse público.

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16
Q

Os bens públicos, quando possuírem uma finalidade própria relacionada à satisfação do interesse público, não podem ser alienados. CERTO ou ERRADO?

A

CERTO!

Por exemplo, um prédio utilizado como sede de uma prefeitura municipal não poderá ser alienado enquanto possuir essa destinação.

Dessa forma, o princípio da indisponibilidade do interesse público impõe que os bens públicos, quando relacionados à satisfação do interesse público, são inalienáveis.

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17
Q

A previsão em lei de cláusulas exorbitantes aplicáveis aos contratos administrativos decorre diretamente do princípio da supremacia do interesse público. CERTO ou ERRADO?

A

CERTO! As cláusulas exorbitantes são poderes especiais que a administração dispõe, nos contratos administrativo, para fazer prevalecer o interesse público.

Um exemplo de cláusula exorbitante é a possibilidade de alterar unilateralmente um contrato, independentemente da concordância da outra parte, dentro dos limites permitidos em lei.

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18
Q

O princípio da indisponibilidade do interesse público não impede a administração pública de realizar acordos e transações. CERTO ou ERRADO?

A

CERTO! O STF entende ser possível atenuar o princípio da indisponibilidade do interesse público, em particular na realização da transação, quando o ato não se demonstrar oneroso para a Administração e representar a melhor maneira para ultimar o interesse coletivo.

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19
Q

Quais princípios exigem da administração pública a aplicação de limites e sanções dentro dos limites estritamente necessários para satisfazer o interesse público, sem aplicação de sanções ou restrições exageradas?

A

Os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade.

Esses princípios não estão previstos de forma expressa na Constituição Federal, mas estão previstos na Lei 9.784/1999, que regula o processo administrativo na Administração Pública federal.

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20
Q

Os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade se aplicam na limitação do poder vinculado. CERTO ou ERRADO?

A

ERRADO! Se aplicam na limitação do poder DISCRICIONÁRIO

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21
Q

A Lei 8.112/1990 apresenta, entre as penalidades aplicáveis aos servidores públicos, a advertência, a suspensão e a demissão. No caso concreto, caberá à autoridade responsável decidir, com base em sua discricionariedade, qual das penalidades aplicar.

Qual princípio serve de apoio para essa tomada de decisão?

A

Os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade

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22
Q

O Poder Judiciário pode anular os atos que, pelo seu excesso (ferindo o princípio da razoabilidade e da proporcionalidade), mostrem-se ilegais e ilegítimos. CERTO ou ERRADO?

A

CERTO! Fazendo o controle de legalidade do ato.

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23
Q

Impõe que, ao atuar dentro da discrição administrativa, o agente público deve obedecer a critérios aceitáveis do ponto de vista racional, em sintonia com o senso normal de pessoas equilibradas.

Razoabilidade ou proporcionalidade?

A

Razoabilidade.

Dessa forma, ao fugir desse limite de aceitabilidade, os atos serão ilegítimos e, por conseguinte, serão passíveis de invalidação jurisdicional.

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24
Q

São ilegítimas, segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, “as condutas desarrazoadas, bizarras, incoerentes ou praticadas com desconsideração às situações e circunstâncias que seriam atendidas por quem tivesse atributos normais de prudência, sensatez e disposição de acatamento às finalidades da lei atributiva da discrição manejada”. CERTO ou ERRADO?

A

CERTO!

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25
Q

Exige o equilíbrio entre os meios que a Administração utiliza e os fins que ela deseja alcançar, segundo os padrões comuns da sociedade, analisando cada caso concreto.

Razoabilidade ou proporcionalidade?

A

Proporcionalidade.

Considera, portanto, que as competências administrativas só podem ser exercidas validamente na extensão e intensidade do que seja realmente necessário para alcançar a finalidade de interesse público ao qual se destina.

26
Q

O princípio da proporcionalidade tem por objeto o controle do excesso de poder, pois nenhum cidadão pode sofrer restrições de sua liberdade além do que seja indispensável para o alcance do interesse público. CERTO ou ERRADO?

A

CERTO!

27
Q

Alguns doutrinadores chamam o princípio da razoabilidade de princípio da _____.

A

Proibição de excesso

28
Q

Quando o Judiciário analisa um ato administrativo com fundamento da razoabilidade e proporcionalidade, ele não tomará como base a conveniência e oportunidade, mas a legalidade e legitimidade. CERTO ou ERRADO?

A

CERTO! Dessa forma, não se trata de revogação – que só pode ser realizada pela própria Administração –, mas de anulação do ato desarrazoado ou desproporcional.

29
Q

Os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade não invadem o mérito administrativo, pois analisam a legalidade e legitimidade. CERTO ou ERRADO?

A

CERTO!

30
Q

A proporcionalidade possui três elementos que devem ser analisados no caso concreto, quais são esses elementos?

A

Adequação;
Necessidade; e
Proporcionalidade (em sentido estrito).

31
Q

A proporcionalidade possui três elementos que devem ser analisados no caso concreto, quais são esses elementos:

Adequação;
Necessidade; e
Proporcionalidade (em sentido estrito).

O que é a adequação (pertinência, aptidão)?

A

Significa que o meio empregado deve ser compatível (ADEQUADO) ao fim desejado.

Os meios devem ser efetivos para os resultados que se deseja alcançar.

32
Q

A proporcionalidade possui três elementos que devem ser analisados no caso concreto, quais são esses elementos:

Adequação;
Necessidade; e
Proporcionalidade (em sentido estrito).

O que é a necessidade (exigibilidade)?

A

Não deve existir outro meio menos gravoso ou oneroso para alcançar o fim público, isto é, o meio escolhido deve ser o que causa o MENOR PREJUÍZO possível para os indivíduos;

Ou seja, deve se usar somente o NECESSÁRIO para alcançar o fim público, nada mais que isso.

33
Q

A proporcionalidade possui três elementos que devem ser analisados no caso concreto, quais são esses elementos:

Adequação;
Necessidade; e
Proporcionalidade (em sentido estrito).

O que é a necessidade Proporcionalidade (em sentido estrito)?

A

As vantagens a serem conquistadas devem superar as desvantagens.

34
Q

Quando o legislador for elaborar uma lei, deverá elaborá-la dentro dos limites da razoabilidade e da proporcionalidade. CERTO ou ERRADO?

A

CERTO! Os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade não servem apenas para o controle dos atos administrativos, mas de qualquer outra função do Estado.

35
Q

O princípio da proporcionalidade, que determina a adequação entre os meios e os fins, deve ser obrigatoriamente observado no processo administrativo, sendo vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público. CERTO ou ERRADO?

A

CERTO!

36
Q

O princípio do controle ou da tutela foi elaborado para assegurar que as entidades da Administração Direta observem o princípio da especialidade. CERTO ou ERRADO?

A

ERRADO! Quem deve obedecer o princípio da especialidade e se subordina ao princípio da tutela é a Administração Indireta!

37
Q

Qual princípio é representado pelo controle da Administração Direta sobre as atividades das entidades administrativas, com o objetivo de garantir a observância de suas finalidades institucionais?

A

Princípio do controle ou da tutela

38
Q

Qual princípio coloca em confronto a independência da entidade, que possui autonomia administrativa e financeira; e a necessidade de controle, uma vez que a entidade política (União, estados, Distrito Federal e municípios) precisa se assegurar que a entidade administrativa atue em conformidade com os fins que justificaram a sua criação?

A

Princípio do controle ou da tutela

39
Q

Segundo o Princípio do controle ou da tutela há subordinação entre a Administração Direta e a Indireta. CERTO ou ERRADO?

A

ERRADO! Não há subordinação entre a Administração Direta e a Indireta, mas tão somente VINCULAÇÃO.

A regra será a autonomia; sendo o controle a exceção, que não poderá ser presumido, isto é, só poderá ser exercido nos limites definidos em lei.

40
Q

Qual princípio estabelece que a Administração Pública possui o poder de controlar os seus próprios atos, anulando-os quando ilegais ou revogando-os quando inconvenientes ou inoportunos, não precisando recorrer ao Poder Judiciário para corrigir os seus atos,
podendo fazê-lo diretamente?

A

O princípio da AUTOTUTELA

41
Q

A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os _____, e ressalvada, em todos os casos, a _____.

A

direitos adquiridos / apreciação judicial

42
Q

A Administração deve anular seus próprios atos em quais casos?

A

Quando eivados de vício de LEGALIDADE

43
Q

A Administração deve revogar seus próprios atos em quais casos?

A

Por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.

44
Q

A autotutela envolve dois aspectos da atuação administrativa:

A legalidade e o mérito.

O que seria a autotutela em relação à legalidade?

A

Nesse caso a Administração procede, de ofício ou por provocação, a anulação de atos ilegais;

45
Q

A autotutela envolve dois aspectos da atuação administrativa:

A legalidade e o mérito.

O que seria a autotutela em relação ao mérito?

A

Nesse caso a Administração reexamina atos anteriores quanto à conveniência e oportunidade de sua manutenção ou desfazimento (revogação)

46
Q

A Administração deve anular seus próprios atos, quando possuírem alguma ilegalidade. Trata-se, portanto, de um poder-dever, ou seja, uma obrigação. CERTO ou ERRADO?

A

CERTO!

47
Q

O controle de legalidade, em decorrência da autotutela, pode ser realizado independentemente de provocação, pois se trata de um poder-dever de ofício da Administração. CERTO ou ERRADO?

A

CERTO!

48
Q

O controle de legalidade (autotutela) realizado pela própria Administração Pública não afasta a competência do Poder Judiciário de controlar a legalidade dos atos públicos. CERTO ou ERRADO?

A

CERTO! Isso por conta do princípio da inafastabilidade de tutela jurisdicional, segundo o qual a lei não afastará do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.

A diferença, no entanto, é que a Administração pode agir de ofício, enquanto o Poder Judiciário só atuará mediante provocação.

49
Q

A Administração pode agir de ofício na anulação de ato eivado de vício, enquanto o Poder Judiciário só atuará mediante provocação. CERTO ou ERRADO?

A

CERTO!

50
Q

A Administração não se limita ao controle de atos ilegais, pois poderá retirar do mundo jurídico atos válidos, porém que se mostraram inconvenientes ou inoportunos. CERTO ou ERRADO?

A

CERTO! Nesse caso, não estamos mais falando de

controle de legalidade, mas de controle de MÉRITO.

51
Q

Após o juízo de valor sobre a conveniência e oportunidade, a Administração poderá anular o ato. CERTO ou ERRADO?

A

ERRADO! No caso da análise do mérito (conveniência e oportunidade) não cabe anulação, mas REVOGAÇÃO

52
Q

Após o juízo de valor sobre a conveniência e oportunidade, a Administração poderá revogar o ato. CERTO ou ERRADO?

A

CERTO! É o controle de MÉRITO.

53
Q

O Poder Judiciário pode anular um ato válido, porém inconveniente de outro Poder. CERTO ou ERRADO?

A

ERRADO! O Poder Judiciário poderá anular um ato ilegal de outro Poder, porém não poderá revogar um ato válido.

Isso ocorre porque o controle judicial analisa os aspectos de legalidade e legitimidade, mas não pode se imiscuir no mérito administrativo.

54
Q

Quando estiver exercendo a sua função atípica de administrar (função administrativa), o Poder Judiciário também poderá revogar os seus próprios atos. CERTO ou ERRADO?

A

CERTO! Isso porque, nesse caso, estará atuando como um órgão administrativo e não como “Poder Judiciário”.

55
Q

A despeito de ser um poder-dever, nem sempre a anulação será a melhor alternativa.

Em regra, o administrador deverá anular os atos ilegais.

Salvo em quais situação isso não acontecerá?

A

Quando a sua retirada causar DANOS GRAVES ao interesse público, motivo que, considerando a sua supremacia, justifica a manutenção do ato, desde que não se perca de vista a proporcionalidade entre o benefício e o prejuízo causados, além do princípio da segurança jurídica.

56
Q

A autotutela também encontra limites no princípio da segurança jurídica e da estabilidade das relações jurídicas.

Assim, o direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em _____ anos, contados da data em que foram praticados, salvo _____.

A

5 (cinco) / comprovada má-fé

57
Q

Para exercício da autotutela é necessário oportunizar o contraditório e a ampla defesa, por meio de processo administrativo, às pessoas cujos interesses serão afetados negativamente em decorrência do desfazimento do ato. CERTO ou ERRADO?

A

CERTO! Mas somente às pessoas cujos interesses serão afetados NEGATIVAMENTE em decorrência do desfazimento do ato.

58
Q

A necessidade de direito de defesa, na anulação de um ato, ocorre nas hipóteses de atos gerais?

A

NÃO!

Conforme ensina Lucas Rocha Furtado, a necessidade de direito de defesa só ocorre nas hipóteses de atos INDIVIDUAIS (definidos estes como os atos que afetam pessoa ou pessoas determinadas
–, como a anulação da nomeação de uma pessoa aprovada em concurso.)

Quando os atos forem gerais, como a anulação de um concurso público por motivo de vazamento de gabarito, não se fala em direito de defesa.

59
Q

A professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro apresenta um segundo significado do princípio da autotutela (além da possibilidade de anulação e revogação de atos).

Qual é esse significado?

A

De acordo com a doutrinadora, a autotutela também se refere ao poder que a Administração Pública possui para ZELAR PELOS BENS que integram o seu patrimônio, sem necessitar de título fornecido pelo Poder Judiciário.

Assim, ela pode, por meio de medidas de polícia administrativa, impedir quaisquer atos que coloquem em risco a conservação desses bens.

60
Q

É através da tutela que a Administração direta exerce o controle finalístico sobre entidades da Administração indireta, enquanto pela autotutela exerce controle sobre seus próprios atos. CERTO ou ERRADO?

A

CERTO!