0. Princípios, Tempo/Espaço, Juiz das garantias, Inquérito Policial Flashcards

1
Q

C/E

A persecução penal divide-se em duas fases, administrativa e processual. Aquela, em que prevalece o sistema acusatório, e essa, representada pelo Inquérito Policial.

A

Errada.

Os conceitos foram invertidos. A fase administrativa é representada pelo IP, que visa investigar o crime, já a fase processual, em que prevalece o sistema acusatório, ocorre após o oferecimento da denúncia e é composto por três figuras distintas: acusação, defesa e juiz.

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2
Q

C/E

O Inquérito Policial tem por finalidade informar o titular da ação penal sobre o resultado da investigação, colaborando para apresentação da denúncia.

A

Correta.

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3
Q

C/E

O Inquérito Policial tem por natureza jurídica ser procedimento administrativo inquisitivo.

A

Correta.

  • Procedimento: não é processo, não possui capacidade de julgar/punir, servindo apenas para apurar materialidade e autoria;
  • Administrativo: realizado pela polícia judiciária, órgão do Executivo, logo, o IP é administrativo;
  • Inquisitivo: não há contraditório nem ampla defesa no curso do IP, pois são garantias reservadas apenas aos PROCESSOS judiciais ou administrativos.
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4
Q

C/E

Por se tratar de peça meramente informativa, inexistindo contraditório, o investigado e o ofendido não poderão solicitar a realização de diligências.

A

Errada.

O ofendido ou seu representante legal, além do próprio indiciado, poderão requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade (Art. 14 do CPP).

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5
Q

O Inquérito Policial tem por características ser…

A
  • Inquisitivo - não há acusação ou defesa;
  • Sigiloso - em regra, não se aplica princ. da publicidade;
  • Obrigatório/indisponível - para o delegado, que não pode desistir/arquivar o IP;
  • Dispensável - MP poderá seguir sem o IP, caso tenha indícios de materialidade e autoria por outros meios;
  • Informal/discricionário - não impõe ao delegado um rito a ser seguido;
  • Escrito - Art. 9, tudo deve ser documentado;
  • Oficial - Atribuição de órgão oficial do Estado;
  • Oficioso - órgão responsável pode agir de ofício, independente de requisição do ofendido.
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6
Q

C/E

Juiz não poderá condenar réu baseando-se exclusivamente no Inquérito Policial.

A

Certa.

Por se tratar de procedimento, não tem capacidade de julgar alguém. Porém, nada impede que o juiz absolva/inocente somente com base no IP.

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7
Q

C/E

O sigilo de um IP pode ser do tipo externo ou interno. No sigilo interno temos um rigor maior, alcançando por exemplo a vítima, o investigado e seu advogado.

A

Errada.

O sigilo interno não alcança o juiz, MP e o advogado do suspeito (S.V n°14 STF). O advogado terá acesso aos autos investigatórios JÁ CONCLUSOS do IP.

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8
Q

C/E

Uma das características do inquérito policial é a publicidade, razão pela qual é vedada a instauração de inquérito sigiloso.

A

Errada.

Em regra, o princípio da publicidade não se aplica ao IP, pois este tem caráter sigiloso.

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9
Q

C/E

A autoridade policial, no que diz respeito ao Inquérito Policial, deverá assegurar o sigilo necessário à elucidação do fato.

A

Correta.

Vale ressaltar que o sigilo do IP tem por finalidade a preservação da imagem do suspeito ou da vítima, além de garantir a eficiência das investigações.

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10
Q

C/E

Ao advogado do investigado será garantido acesso aos autos do Inquérito Policial já conclusos, desde que possua procuração específica.

A

Errada.

O advogado precisará de procuração específica caso queira ter acesso a autos do inquérito ainda não documentados, ou seja, os autos que dependam de autorização judicial, como por exemplo escutas telefônicas.

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11
Q

C/E

O Congresso Nacional, cuja função típica é a de legislar, atua de forma atípica ao instaurar Comissão Parlamentar de Inquérito.

A

Errada.

CPI é classificada como controle político-administrativo no CN. Portanto, ao instaurá-la, estará agindo tipicamente. Não se trata de “função atípica de julgar do Poder Legislativo”, uma vez que a CPI possui apenas caráter investigatório.

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12
Q

C/E

A Comissão Parlamentar de Inquérito possui apenas caráter investigatório.

A

Correta.

Conforme Art. 58, parágrafo 3, as CPI’s terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais.

Requisitos para instauração de CPI:
- requerimento de 1/3 dos membros da casa;
- fato determinado;
- prazo certo (mesmo podendo ser prorrogado incontáveis vezes, desde que não ultrapassem a legislatura em que foi instaurada).

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13
Q

C/E

Embora a comissão parlamentar de inquérito seja instituída por prazo certo, a prorrogação é admitida, se não se ultrapassar a legislatura em que foi instalada.

A

Correta.

Uma CPI pode ser prorrogada indefinidas vezes, desde que não ultrapasse o prazo da legislatura em que a Comissão foi criada.

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14
Q

C/E

Todos os procedimentos investigatórios criminais instaurados pelo Ministério Público para apurar crimes contra a administração pública têm de ser realizados em sigilo.

A

Errada.

O Inquérito Policial é sim sigiloso, porém as investigações realizadas pelo MP, em regra, são públicas.

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15
Q

C/E

De acordo com a jurisprudência em vigor, a participação de membro do Ministério Público na fase investigatória criminal acarreta o seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da denúncia, por ser parte interessada.

A

Errado.

Conforme súmula n° 234 do STJ, mesmo que o MP realize investigação, não estará impedido de oferecer a denúncia. A simples participação do MP na fase investigatória não gera impedimento, muito menos suspeição para o oferecimento da denúncia.

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16
Q

C/E

Deputado federal, que antes da diplomação cometer crime comum, será julgado pelo supremo tribunal federal.

A

Errada.

  • Crime antes da diplomação - PC ou MP, não precisa de autorização do STF;
  • Crime durante mandato, porém sem relação com as funções - Mesmas regras do caso acima;
  • Crime durante o exercício e relacionados a ele (ex.: corrupção passiva) - PF e PGR, com supervisão judicial do STF
17
Q

C/E

Uma das características do Inquérito Policial é a discricionariedade, ou seja, não possui uma forma pré-estabelecida, sendo facultada ao delegado a decisão de iniciar ou não uma investigação.

A

Errado.

A discricionariedade do delegado é relativa, pois em algumas situações ele estará obrigado a tomar certas diligências. Ex.: Exame de corpo de delito (Art. 158), que não pode ser substituído pela confissão do acusado; diligências requisitadas pelo juiz e MP (Art. 13, II). Além do fato de que o delegado não possui a faculdade de decidir se instaura ou não um IP quando requisitado pelo juiz ou MP. A requisição possui status de “ordem”, ainda que não haja relação hierárquica entre eles.

18
Q

C/E

A Notitia Criminis direta ocorre quando o delegado fica sabendo do cometimento do crime através de pessoas envolvidas ou de terceiros não relacionados ao fato.

A

Errada.

Notitia Criminis direta/de cognição imediata/ espontânea ocorre quando a autoridade policial toma conhecimento por meio de suas atividades.

Ex.: polícia investigando tráfico e se depara com um homicídio. Pode ser na folga também.

19
Q

C/E

O Ministério Público, ao repassar à autoridade policial informações acerca do cometimento de um crime, diz-se que houve notitia criminis indireta.

A

Correta.

Notitia Criminis indireta/de cognição mediata/provocada ocorre quando o delegado fica sabendo através de pessoas envolvidas (juiz, MP ou vítima) ou de terceiros não relacionados ao fato.

20
Q

C/E

Na notitia criminis mediante requerimento, o delegado poderá se recusar a iniciar as investigações.

A

Correta.

Conforme o Art. 5° parágrafo segundo. Nesse caso caberá recurso para o chefe de polícia. Logo, o requerimento não vincula a autoridade policial.

21
Q

C/E

Quando a notitia criminis chega à autoridade policial por meio de requisição, não caberá discricionariedade.

A

Correta.

A notitia criminis ocorre por meio de requisição ocorre quando feita pelo MP ou juiz e tem status de ordem/determinação para o início das investigações. Ainda que não haja relação hierárquica entre eles, a requisição vincula a autoridade policial.

22
Q

C/E

A Delatio Criminis difere da Delatio Apocrifa a medida que naquele a autoridade policial toma conhecimento por um terceiro não identificado enquanto neste é por meio de um terceiro identificado.

A

Errada.

Os conceitos foram invertidos.

23
Q

C/E

É vedada a instauração de Inquérito Policial com base unicamente em denúncia anônima.

A

Correta.

Com base na vedação do anonimato. A autoridade policial precisa saber se as informações são verdadeiras ou não, para então instaurar o IP.

24
Q

Um dos objetivos do Direito Processual Penal é disciplinar a persecução penal.

A

Correto.

Além de garantir que as penalidades previstas no CP sejam aplicadas e estabelecer princípios e normas para garantia dos direitos fundamentais do réu, o Dir. P. Penal também disciplina a persecução penal (Investigação + processo).

25
Q

É de competência exclusiva da União legislar matéria de Direito Processual Penal.

A

Errado.

A competência é PRIVATIVA da União (regra), porém não exclusiva. Lei complementar poderá autorizar os Estados (por delegação) a legislarem sobre a matéria, mas somente sobre questões específicas de interesse local.

O tema em questão trata-se da Fonte Material/de produção do Dir. P. Penal, ou seja, quem o CRIA.

26
Q

O Código de Processo Penal, a jurisprudência e os princípios gerais do direito são considerados fontes formais diretas do direito processual penal.

A

Errado.

Jurisprudências são fontes formais indiretas/mediatas, assim como a doutrina, princípios, costumes e analogias.

27
Q

É considerada como principal fonte formal imediata, a Lei.

A

Correto.

A Lei é a principal fonte formal imediata do direito processual penal. Além da própria CF, tratados e Súmulas vinculantes.

28
Q

É característico do Sistema Processual Penal Inquisitivo a prerrogativa de direitos ao réu.

A

Errado.

Sistema Inquisitivo tem por características a PARCIALIDADE, a ausência de direitos por parte do réu e a concentração de funções (investigar, acusar, processar e punir) em uma pessoa só.

29
Q

O Sistema Processual Penal Acusatório é, conforme a doutrina majoritária, o adotado pelo Brasil.

A

Correto.

Embora não esteja expressamente na legislação brasileira.
- É característico por ser IMPARCIAL e haver separação de funções entre pessoas distintas. Acusação (MP ou ofendido), réu (sujeito de direitos). Baseia-se na “verdade real”: mesmo havendo confissão, o juiz tem que considerar as demais provas e chegar ao veredicto.

30
Q

No Sistema Processual Penal Misto existe a fase investigativa, com características do Sistema Acusatório, e a fase processual, em que predominam as características do Sistema Inquisitivo.

A

Errado.

Trata-se do contrário: Fase investigativa com características do Inquisitivo e fase processual, com características do Acusatório.

31
Q

De acordo com o princípio “Locus Regit Actum”, tanto infrações cometidas em território nacional próprio como aquelas cometidas conforme regras da extraterritorialidade, terão seus processos regidos no Brasil.

A

Correto.

“O lugar do ato”. Todas as infrações relacionadas ao Estado Brasileiro serão processadas aqui, ou seja, crimes cometidos fora do Brasil, seguindo os critérios da extraterritorialidade (Art. 7 CP), também serão processados no Brasil. Trata-se da Lei Processual Penal no Espaço.

32
Q

De acordo com o princípio “Tempus Regit Actum”, para fins de aplicação do Direito Processual Penal no tempo, leva-se em consideração a data do ato processual, e não da infração penal.

A

Correto.

De acordo com o princípio da imediata aplicação da Lei Processual Penal (imediatidade), os novos dispositivos processuais incidem
IMEDIATAMENTE no processo, ainda que mais gravosos.

33
Q

Em decorrência do princípio da Imediatidade, é correto afirmar que a irretroatividade de lei penal mais gravosa não se aplica à lei processual penal.

A

Correta.

Na aplicação do princípio da imediatidade, não importa se a nova lei é favorável ou prejudicial ao acusado. Nova lei poderá tanto beneficiar quanto agravar a situação do réu.

34
Q

A aplicação imediata de nova lei processual penal deve respeitar os atos já praticados sob vigência da lei anterior.

A

Correto.

Ex.: um prazo recursal de 10 dias já iniciado foi alterado para 5 na nova lei. Deverá portanto obedecer aos 10 dias.
Ex.2: o prazo recursal era de 10 dias e caiu para 5, mas não foi iniciado ainda. Será portanto alterado para 5 conforme nova lei, mesmo que mais gravosa.