via aérea, coluna cervical e tórax Flashcards

1
Q

importância da VA no atendimento de urgência

A

manter via aérea pérvia: prioridade no atendimento de urgência.
a perda da VA: condição que mata mais rápido um paciente vítima de trauma

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2
Q

O2 em paciente vítima de trauma

A

todos os pacientes vítimas de trauma devem receber: O2 suplementar por máscara não reinalante com reservatório a 10 L/min.

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3
Q

sinais e sintomas visíveis de comprometimento respiratório

A

-batimento da asa do nariz
-respiração bucal
-uso de músculos intercostais
-posição ortopneica
-cianose
-agitação ou letargia

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4
Q

sinais e sintomas mensuráveis de comprometimento respiratório

A

-oximetria de pulso menor que 90%
-gasometria arterial: PPO2 menor que 60 mmHg
-estridor laríngeo
-sibilos
-estertores
-MV diminuído

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5
Q

causas de obstrução da via aérea alta

A

-corpo estranho, sangue e saliva
-trauma de face
-edema de faringe ou glote
-hematoma cervical
-queimadura
-engasgo

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6
Q

causas de obstrução de VA baixa

A

-corpo estranho
-broncoespasmo
-broncoaspiração
-afogamento

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7
Q

manobras de abertura de via aérea

A

Heimlich
Jaw Thrust
Chin Lift

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8
Q

manobras de proteção da VA

A

aspiração orofaríngea
cânula de guedel
sondagem nasogástrica

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9
Q

como é feita a manobra de Heimlich?

A

usada em paciente vítima de engasgo
1.coloque-se atrás da pessoa
2.punho fechado no epigástrio
3. segure o punho com a outra mão
4. puxe forte e rápido para trás e para cima.

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10
Q

como são feitas as manobras de Jaw Thrust e Chin Lift?

A
  1. abrir a boca
  2. proteger coluna cervical
  3. anteriorizar mandíbula
  4. alinhar VA
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11
Q

como é feita a aspiração orofaríngea?

A

vamos usar para retirar sangue, saliva e alimentos acumulados.
verificar funcionamento
introduzir lenta e superficialmente, depois aprofundar
aspirar ao longa das gengivas e garganta
verificar resultado

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12
Q

cânula de guedel

A

usar somente em pct sem reflexo de vômito
meça dos dentes ao ângulo da mandíbula
introduza virada para cima e rode 180 graus

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13
Q

como é feita a sondagem gástrica?

A

objetivo: esvaziar o estômago
meça e marque a sonda
introduzir até epiglote
fazer flexão do pescoço ou pedir ao pct para engolir
aspirar conteúdo gástrico ou confirmar posição por rx.

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14
Q

formas de administrar O2 complementar ao paciente 1

A
  1. não invasiva
  2. invasiva
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15
Q

formas não invasivas de administrar O2 ao paciente

A

passiva: máscara com reservatório (10L)
ativa: ambu (10-15L)

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16
Q

formas invasivas de adm O2 ao paciente

A

IOT e ventilação mecânica.

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17
Q

cuidados em relação a máscara com reservatório

A

verificar se o reservatório está sendo preenchido
ajustar sobre a boca e nariz
verificar funcionamento das válvulas

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18
Q

ambu (uso do dispositivo bolsa-válvula-máscara)

A

1.máscara insuflada e acoplada
2.faça o C e o E
3. abra VA
4.insufle 2/3 devagar
5.observe expansão do tórax
6. deixe desinsuflar

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19
Q

dentadura -> retirar ou deixar

A

deixar na ventilação e retirar na IOT.

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20
Q

quando será indicado fazer IOT?

A
  1. inalação de fumaça
    2.pct com queimadura em face e pescoço
  2. trauma de face e pescoço, com hematoma ou sangramento ativo, obstruindo VA
  3. sensório rebaixado (GLASGOW 8 OU MENOR)
  4. incapacidade de manter ventilação e oxigenação adequadas mesmo com a máscara de 02 (SATO2 menor que 90% ou PPO2 menor que 60 mmHg)
  5. apneia
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21
Q

indicações de cricotireoidostomia

A

situações extremas em que “não ventilo e não intubo”
1.edema de VA altas
2. hemorragia de VA altas
3. falha na IOT

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22
Q

contraindicações de cricotireoidostomia

A

crianças abaixo de 4 anos

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23
Q

tamanho recomendado do tubo da IOT para mulheres e homens

A

7,5-8: mulheres
8,5-9: homens

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24
Q

drogas de sequência rápida na IOT

A

fentanil
etomidato
succinil

25
Q

conduta pós IOT

A

checar sinais vitais e se o paciente está estável. checar posicionamento do tubo com capnógrafo, a ausculta (sinal da cruz) e RX.

26
Q

quais tipos de trauma podem causar lesão cervical?

A

desaceleração brusca
mergulho em água rasa
queda de altura
trauma penetrante

27
Q

como decidir se o paciente deve ou não continuar com o colar cervical?

A

se a resposta for sim para qualquer uma dessas perguntas:
1. dor na coluna cervical?
2. lesão distrativa?
3. sinais de intoxicação?
4.glasgow menor que 15?
5. déficit neurológico focal?
só devo retirar se a resposta for “não” para todas as perguntas.

28
Q

única maneira de confirmar a integridade ou não da coluna cervical

A

por exame de imagem.
tomografia de coluna -> padrão-ouro
se houver lesão em coluna cervical, tomografar toda a coluna vertebral.
rx de coluna: se não houver TC disponível.

29
Q

como geralmente é feito o tratamento do trauma torácico?

A

são, geralmente, diagnosticadas e tratadas, na atenção primária. a maioria das lesões torácicas potencialmente fatais pode ser tratada com: controle da via aérea e descompressão do tórax com uma agulha, um dedo ou um tubo.

30
Q

definição do pneumotórax simples

A

escape de ar para o espaço pleural através de uma lesão no parênquima pulmonar.

31
Q

sinais e sintomas do pneumotórax simples

A
  1. dor torácica
  2. murmúrio vesicular diminuído ou abolido
  3. expansibilidade torácica diminuída no lado afetado
  4. timpanismo à percussão
  5. dispneia, proporcional ao tamanho do pneumotórax
32
Q

achados no rx de um pneumotórax simples

A

pulmão colabado
cavidade pleural cheia de ar e ausência de trama pulmonar.

33
Q

tratamento do pneumotórax simples

A

-> drenagem torácica em selo dágua
procedimento asséptico.
1. incisar pele.
2. divulsionar o subcutâneo e m. intercostais.
3. perfurar pleura parietal
4. explorar com o dedo
5. introduzir o dreno de tórax postero-superiormente
6. fixar o dreno
7. solicar raio-x de tórax.

34
Q

local onde é feita a drenagem torácica em selo dágua

A

quinto espaço intercostal entre as linhas axilares anterior e média.

35
Q

definição de pneumotórax perfurativo

A

escape de ar para o espaço pleural através de uma lesão no parênquima pulmonar e lesão na parede torácica.

36
Q

sinais e sintomas do pneumotórax perfurativo

A

dor torácica
murmúrio vesicular diminuído ou abolido
exapansibilidade torácica diminuída no lado afetado
timpanismo à percussão
dispnéia, proporcional ao tamanho do pneumotórax
ferimento soprante

37
Q

lesão na parede no pneumotórax perfurativo

A

se tiver 2/3 do diâmetro da traqueia -> o ar passa preferencialmente pela lesão
o paciente não tem ventilação nem oxigenação.

38
Q

como é feito o tratamento do PNTX perfurativo?

A

drenagem + curativo de 3 lados
colocar um curativo impermeável sobre a lesão e prender 3 de seus lados. forma-se um mecanismo de válvula que impede a entrada de ar na inspiração e permite sua saída na expiração.
drenagem -> sempre drenar o tórax em selo d’água após o curativa. ocluir a lesão torácica e drenar no quinto EIC.

39
Q

sinais e sintomas do pneumotórax hipertensivo

A
  1. dor torácica
  2. MV abolido
  3. expansibilidade diminuída no lado afetado
    4.timpanismo à percussão
  4. dispneia grave
    6.choque obstrutivo
  5. turgência jugular
  6. desvio da traqueia
40
Q

rx de tórax no pneumotórax hipertensivo

A

CONTRAINDICADO!
diagnóstico é clínico e deve ser feito o mais rápido possível -> risco iminente de morte.

41
Q

tratamento do pneumotórax hipertensivo

A

descompressão + drenagem
descompressão: introduzir um jelco calibroso no quinto EIC ou incisar, divulsionar e fazer descompressão digital no quinto EIC
drenagem: sempre drenar o tórax em selo dágua imediatamente após a descompressão.

42
Q

sinais e sintomas do hemotórax

A

acúmulo de sangue na cavidade pleural
1.dispneia
2.MV diminuído
3. expansibilidade torácica diminuída no lado afetado
3. macicez à percussão
4.choque hemorrágico
5. não há turgência jugular

43
Q

achados no rx de tórax do hemitórax

A

em ortostatismo: sinal da parábola de demoiseau ou sinal do menisco.
em decúbito: o sangue escorre no fundo da pleura, aparentando velamento do hemitórax.

44
Q

tratamento do hemitórax

A

drenagem torácica em selo dágua

45
Q

tratamento do hemitórax maciço

A

drenagem imediata de 1500 ML de sangue pelo dreno ou 200 L/hora nas primeiras 24h.
hemitórax maciço = toracotomia

46
Q

fraturas de arcabouço frequentes - tratamento.

A

fraturas de arcos costais são frequentes no trauma torácico.
o tratamento é sintomático e suportivo em casos não complicados.
atenção com idosos e crianças.

47
Q

fraturas de arcabouço de alta energia

A

fraturas de esterno, escápulas e dos arcos costais 1 e 2 denotam grande impacto.
podem estar relacionadas a lesões de grandes vasos e parênquima pulmonar.

48
Q

definição de tórax instável

A

-> fratura grave de arcos costais
pelo menos 2 sítios de fratura em 2 arcos costais consecutivos. o segmento fraturado perde a conexão com o arcabouço do tórax.
todo tórax instável está associado a uma contusão pulmonar.
a gravidade dessa contusão é que determina a gravidade do tórax instável.

49
Q

sinal clínico de tórax instável

A

respiração paradoxal.

50
Q

contusão pulmonar (definição)

A

lesão do parênquima pulmonar
hematoma do parênquima pulmonar, geralmente causado por um trauma de grande impacto.
há edema do parênquima, com exudato e sangramento para a luz dos alvéolos e bronquíolos.

51
Q

sinais e sintomas da contusão pulmonar

A

dispneia e hipóxia
diminuição da expansibilidade da caixa torácica
piora clínica progressiva

52
Q

tratamento da contusão pulmonar

A

-> analgesia: administrar analgésicos potentes (opióides). bloqueio dos nervos intercostais.
->suporte ventilatório: oxigenoterapia, fisioterapia respiratória precoce, VNI. considerar IOT se a saturação for menor que 60% ou PPO2 menor que 60 mmHg.
->evitar hiper-hidratação: administrar parcimoniosa de volume para evitar o aumento do edema e da exudação nos alvéolos.

53
Q

definição de tamponamento cardíaco

A

acúmulo de sangue no saco pericárdico devido a trauma cardíaco. causa choque obstrutivo por impedimento do retorno venoso (pré-carga) -> causado por traumas penetrantes no precórdio.

54
Q

diagnóstico de imagem do tamponamento cardíaco

A

FAST para confirmar achados clínicos.

55
Q

sinais e sintomas no tamponamento cardíaco

A
  1. hipofoneses de bulhas
  2. hipotensão
  3. turgência jugular
  4. tríade de beck-> os 3 elementos estão presentes em apenas 30% dos casos
56
Q

tríade de beck no tamponamento cardíaco

A

hipotensão arterial, hiperfonese das bulhas e pulso paradoxal.

57
Q

tratamento de escolha do tamponamento cardíaco

A

precisamos retirar sangue e coágulos do pericárdio.
->de escolha: toracotomia antero-lateral esquerda ou esternotomia

58
Q

tratamento de exceção do tamponamento cardíaco

A

pericardiocentese.
->manobra de alívio: para os pacientes que não tem acessso imediato a toracotomia.