hemorragia no trauma Flashcards

1
Q

pré-carga

A

todo o volume de sangue que está armazenado nas veias.

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2
Q

pós-carga

A

todo o volume de sangue que sai do coração.

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3
Q

função das artérias

A

continuar bombeando sangue até que ele chegue aos capilares sanguíneos -> elas têm parede muscular que bombeia o fluxo sanguíneo.

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4
Q

como parar o sangramento arterial?

A

por compressão.

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5
Q

o que é choque hemorrágico?

A

é definido como uma entrega inadequada de oxigênio e nutrientes necessários ao funcionamento normal dos tecidos.
o choque hemorrágico ocorre devido à perda de volume de sangue, levando à hipoperfusão tecidual.

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6
Q

onde encontra-se a maior parte da volemia?

A

nas veias.

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7
Q

função das veias

A

trazer o sangue de volta ao coração. elas têm válvulas que impedem o refluxo do sangue e o fluxo nelas ocorre por pressão centrípeda.
sangramento venoso: em lençol e lento e quando as veias são lesadas, suas bocas não se retraem (ao contrário das artérias, onde o sangramento é rápido e pulsátil e as bocas se retraem).

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8
Q

como parar o sangramento venoso

A

compressão

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9
Q

sinais eferentes no choque hemorrágico
(sinal eferente: leva o estímulo ao SNC)

A

receptores de dor enviam estímulos ao SNC informando que houve trauma e ruptura tecidual.
substâncias resultantes da morte celular inundam a circulação sanguínea e iniciam a resposta metabólica ao trauma.
barorreceptores nos átrios, na a. aorta e nas aa. carótidas detectam a perda de volume sanguíneo.
quimiorreceptores na a. aorta e nas aa. carótdas percebem a queda de O2 e CO2.

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10
Q

sinais eferentes no choque hemorrágico
(sinais eferentes: garantem que impulsos vindos do SNC cheguem aos órgãos efetores).

A

estímulos simpáticos aumentam a frequência e a força da contração do miocárdio na tentativa de aumentar a pós carga.
os mesmos estímulos levam a uma vasoconstrição periférica, aumentando PA.
ocorre a perfusão seletiva: diminui a circulação para órgãos como intestinos, rins e peçe, direcionando-a para os órgãos vitais.
ocorre também vasoconstrição no leito venoso, a fim de aumenta o retorno de sangue ao coração (pré-carga).

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11
Q

sinais e sintomas do choque hemorrágico

A
  1. hipotensão
  2. taquicardia
  3. pulsos débeis
  4. palidez cutânea
  5. cianose
  6. hipotermia periférica
  7. sudorese
  8. diminuição do débito urinário
  9. dispneia
  10. hipóxia
  11. alterações neurológicas
  12. anemia
  13. déficit de base
  14. acidose metabólica
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12
Q

15 p’s da hemorragia (locais onde o paciente pode estar sangramento)

A
  1. pulso
  2. perfusão
  3. pressão
  4. pele
  5. pernas
  6. pelve
  7. períneo
  8. pipi
  9. popô
  10. prenha
  11. pança
  12. pulmão
  13. pescoço
  14. pensamento
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13
Q

conduta em relação ao pulso do pct

A

checar presença, amplitude e natureza

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14
Q

perfusão

A

determinar tempo de enchimento capilar

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15
Q

pressão

A

medir PA
determinar PAM
-> níveis normais de PA não excluem choque hemorrágico

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16
Q

pele

A

verificar: coloração, temperatura e umidade.

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17
Q

o que observar nas pernas do paciente?

A

procurar por sinais de fratua nos ossos longos: fonte importante de hemorragia e por ferimentos sangrantes nos músculos
verificar também MMSS.

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18
Q

pelve

A

verificar sinais de fratura da pelve: instabilidade, creptção ou dor ao exame.
solicitar rx de pelve

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19
Q

períneo

A

verificar sinais de laceração, hematoma ou sangramento

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20
Q

pipi

A

fazer toque vaginal, examinar pênis. verificar o meato uretral procurando sinais de sangramento e delesão da uretra.

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21
Q

popô

A

fazer toque retal, procurando sinais de laceração, sangramento anal, perda do tônus, verificar lesões penetrantes nas nádegas.
no toque prostático: uma elevação da próstata pode significar lesão de vias urinárias e fonte de sangramento.

22
Q

prenha

A

desloque o útero para a esquerda e mantenha a paciente inclinada para este lado para descomprimir a v. cava inferior e melhorar retorno venoso (pré-carga).

23
Q

pança

A

realize o FAST ou considere realizar TC (se pct estável) em busca de sinais de hemorragia.

24
Q

pulmão

A

hemotóraces são fontes importantes de sangramento e devem ser drenados.
solicitar rx de tórax.

25
Q

sinais de hemotórax no rx

A

imagem de parábola no rx de tórax ortostático ou imagem de velamento pulmonar no rx de tórax em decúbito

26
Q

pescoço

A

há muitos vasos calibrosos na região cervical.
embora um sangramento cervical raramente leve a choque hemorrágico -> um hematoma na região pode obstruir a via aérea muito rapidamente, então devemos levar em consideração.

27
Q

pensamento

A

embora não causem choque hemorrágico -> hematomas intracranianos podem levar a lesão neurológica grave.
-> lacerações de couro cabeludo podem ser sítios importantes de sangramento (principalmente idosos).

28
Q

compressão externa (pressão direta)

A

com uma compressa ou um monte de gazes, aplique compressão direta e continua sobre o ferimento superficial, até que o sangramento cesse.
após parar o sangramento, não retirar as gazes e enfaixar o curativo.

29
Q

compressão interna

A

em casos de sangramento profundo, arterial ou venoso.
introduzir a faixa/compressa no ferimento enquanto pressiona eficazmente.

30
Q

torniquete

A

deve ser posicionado 3 dedos acima do ferimento sangrante.
->anotar hora de colocação
->não colocar sobre articulação
caso 1 não seja suficiente, pode-se colocar outro acima do primeiro.

31
Q

como é feita a estabilização da pelve?

A

utilizando uma cinta pélvica apropriada ou lençol, passando pelos troncantres dos fêmures e fixando na frente.

32
Q

importância de fazer a estabilização da pelve

A

porque assim iremos comprimir o plexo sanguíneo sangrante, diminuindo conteúdo e evitando os movimentos de espículas ósseas.

33
Q

como é feita a estabilização dos membros?

A

por meio de talas maleáveis.
ossos longos: importantes fontes de sangramento.
realizar o alinhamento e estabilização de fraturas.
a estabilização deve conter: articulações proximal e distal à fratura, para evitar movimentos.
checar pulsos distais antes e após estabilização.

34
Q

conduta diante de hemotóraces de pequeno volume?

A

drenagem torácica em selo dágua.

35
Q

conduta diante de paciente com hemotórax maciço ou persistente

A

toracotomia

36
Q

tratamento definitivo para hemorragia intra-torácica

A

toracotomia

37
Q

tratamento definitivo para hemorragia intra-abdominal

A

laparotomia.

38
Q

quais pacientes deverão ser submetidos a lapartomia?

A

pacientes com trauma abdominal aberto ou instáveis com FAST positivo.

39
Q

conduta diante de pacientes muito instáveis com trauma abdominal

A

pode ser necessparua a cirurgia de controle de danos, em que se realiza o empacotamento interno do abdome e da pelve, e posterior rebordagem.

40
Q

como será feita a reposição volêmica inicial?

A

iniciar administração em bolus de cristaloide aquecido.
avaliar resposta do paciente a infusão para adequar reposição subsequente.

41
Q

cristaloides

A

soro fisiológico 0,9 % ou ringer lactato podem ser usados
dose inicial: até 1000 mL em adultos e até 20mL/kg em crianças.
aquecer a 38 graus
o excesso pode ser prejudicial ao paciente, por hemodiluição e perda de líquido para o terceiro espaço.

42
Q

hemotransfusão em distúrbios de coagulação e discrasia sanguínea

A

utilizar concentrado de plaquetas e plasma fresco congelado.
-> aquecer a 38 graus antes de infundir
-> não aquecer no microondas

43
Q

hemotransfusão -> melhor cenário

A

no melhor cenário: fazer tipagem sanguínea e prova cruzada antes
em casos de emergência: infundir concentrado de hemácias do tipo O-.

44
Q

como avaliar a resposta do paciente diante da hemotransfusão e reposição volêmica?

A

avaliar:
1.FC
2.PA
3.amplitude dos pulsos
4.perfusão da pele
5.FR
6.saturação de O2
7. escala de glasgow

45
Q

melhor parâmetro para avaliar resposta à reposição volêmica

A

débito urinário (ele reflete a perfusão dos rins)

46
Q

melhor acesso para infusão de volume

A

acesso periférico.

47
Q

melhor local para infusão de volume em paciente com choque hemorrágico e como é feito o acesso periférico

A

fossa antecubital
utilize cateteres de calibre grosso e de tamanho curto (infusão mais rápida e efetiva)

48
Q

melhor acesso para infusão de vasopressores e monitoramento

A

acesso central

49
Q

melhores locais para acesso central

A

v.subclávia direita, vv.jugulares internas e vv. femorais.

50
Q

o que fazer quando houver impossibilidade de acesso venoso?

A

acesso intraósseo.
pode-se infundir tudo que se infundiria no a. venoso.
-> não infundir em ossos fraturados

51
Q

locais mais seguros para o acesso intraósseo

A

abaixo da tuberosidade do úmero, acima do platô do fêmur, abaixo da tuberosidade da tíbia e acima do maléolo.