hemorragia no trauma Flashcards
pré-carga
todo o volume de sangue que está armazenado nas veias.
pós-carga
todo o volume de sangue que sai do coração.
função das artérias
continuar bombeando sangue até que ele chegue aos capilares sanguíneos -> elas têm parede muscular que bombeia o fluxo sanguíneo.
como parar o sangramento arterial?
por compressão.
o que é choque hemorrágico?
é definido como uma entrega inadequada de oxigênio e nutrientes necessários ao funcionamento normal dos tecidos.
o choque hemorrágico ocorre devido à perda de volume de sangue, levando à hipoperfusão tecidual.
onde encontra-se a maior parte da volemia?
nas veias.
função das veias
trazer o sangue de volta ao coração. elas têm válvulas que impedem o refluxo do sangue e o fluxo nelas ocorre por pressão centrípeda.
sangramento venoso: em lençol e lento e quando as veias são lesadas, suas bocas não se retraem (ao contrário das artérias, onde o sangramento é rápido e pulsátil e as bocas se retraem).
como parar o sangramento venoso
compressão
sinais eferentes no choque hemorrágico
(sinal eferente: leva o estímulo ao SNC)
receptores de dor enviam estímulos ao SNC informando que houve trauma e ruptura tecidual.
substâncias resultantes da morte celular inundam a circulação sanguínea e iniciam a resposta metabólica ao trauma.
barorreceptores nos átrios, na a. aorta e nas aa. carótidas detectam a perda de volume sanguíneo.
quimiorreceptores na a. aorta e nas aa. carótdas percebem a queda de O2 e CO2.
sinais eferentes no choque hemorrágico
(sinais eferentes: garantem que impulsos vindos do SNC cheguem aos órgãos efetores).
estímulos simpáticos aumentam a frequência e a força da contração do miocárdio na tentativa de aumentar a pós carga.
os mesmos estímulos levam a uma vasoconstrição periférica, aumentando PA.
ocorre a perfusão seletiva: diminui a circulação para órgãos como intestinos, rins e peçe, direcionando-a para os órgãos vitais.
ocorre também vasoconstrição no leito venoso, a fim de aumenta o retorno de sangue ao coração (pré-carga).
sinais e sintomas do choque hemorrágico
- hipotensão
- taquicardia
- pulsos débeis
- palidez cutânea
- cianose
- hipotermia periférica
- sudorese
- diminuição do débito urinário
- dispneia
- hipóxia
- alterações neurológicas
- anemia
- déficit de base
- acidose metabólica
15 p’s da hemorragia (locais onde o paciente pode estar sangramento)
- pulso
- perfusão
- pressão
- pele
- pernas
- pelve
- períneo
- pipi
- popô
- prenha
- pança
- pulmão
- pescoço
- pensamento
conduta em relação ao pulso do pct
checar presença, amplitude e natureza
perfusão
determinar tempo de enchimento capilar
pressão
medir PA
determinar PAM
-> níveis normais de PA não excluem choque hemorrágico
pele
verificar: coloração, temperatura e umidade.
o que observar nas pernas do paciente?
procurar por sinais de fratua nos ossos longos: fonte importante de hemorragia e por ferimentos sangrantes nos músculos
verificar também MMSS.
pelve
verificar sinais de fratura da pelve: instabilidade, creptção ou dor ao exame.
solicitar rx de pelve
períneo
verificar sinais de laceração, hematoma ou sangramento
pipi
fazer toque vaginal, examinar pênis. verificar o meato uretral procurando sinais de sangramento e delesão da uretra.
popô
fazer toque retal, procurando sinais de laceração, sangramento anal, perda do tônus, verificar lesões penetrantes nas nádegas.
no toque prostático: uma elevação da próstata pode significar lesão de vias urinárias e fonte de sangramento.
prenha
desloque o útero para a esquerda e mantenha a paciente inclinada para este lado para descomprimir a v. cava inferior e melhorar retorno venoso (pré-carga).
pança
realize o FAST ou considere realizar TC (se pct estável) em busca de sinais de hemorragia.
pulmão
hemotóraces são fontes importantes de sangramento e devem ser drenados.
solicitar rx de tórax.
sinais de hemotórax no rx
imagem de parábola no rx de tórax ortostático ou imagem de velamento pulmonar no rx de tórax em decúbito
pescoço
há muitos vasos calibrosos na região cervical.
embora um sangramento cervical raramente leve a choque hemorrágico -> um hematoma na região pode obstruir a via aérea muito rapidamente, então devemos levar em consideração.
pensamento
embora não causem choque hemorrágico -> hematomas intracranianos podem levar a lesão neurológica grave.
-> lacerações de couro cabeludo podem ser sítios importantes de sangramento (principalmente idosos).
compressão externa (pressão direta)
com uma compressa ou um monte de gazes, aplique compressão direta e continua sobre o ferimento superficial, até que o sangramento cesse.
após parar o sangramento, não retirar as gazes e enfaixar o curativo.
compressão interna
em casos de sangramento profundo, arterial ou venoso.
introduzir a faixa/compressa no ferimento enquanto pressiona eficazmente.
torniquete
deve ser posicionado 3 dedos acima do ferimento sangrante.
->anotar hora de colocação
->não colocar sobre articulação
caso 1 não seja suficiente, pode-se colocar outro acima do primeiro.
como é feita a estabilização da pelve?
utilizando uma cinta pélvica apropriada ou lençol, passando pelos troncantres dos fêmures e fixando na frente.
importância de fazer a estabilização da pelve
porque assim iremos comprimir o plexo sanguíneo sangrante, diminuindo conteúdo e evitando os movimentos de espículas ósseas.
como é feita a estabilização dos membros?
por meio de talas maleáveis.
ossos longos: importantes fontes de sangramento.
realizar o alinhamento e estabilização de fraturas.
a estabilização deve conter: articulações proximal e distal à fratura, para evitar movimentos.
checar pulsos distais antes e após estabilização.
conduta diante de hemotóraces de pequeno volume?
drenagem torácica em selo dágua.
conduta diante de paciente com hemotórax maciço ou persistente
toracotomia
tratamento definitivo para hemorragia intra-torácica
toracotomia
tratamento definitivo para hemorragia intra-abdominal
laparotomia.
quais pacientes deverão ser submetidos a lapartomia?
pacientes com trauma abdominal aberto ou instáveis com FAST positivo.
conduta diante de pacientes muito instáveis com trauma abdominal
pode ser necessparua a cirurgia de controle de danos, em que se realiza o empacotamento interno do abdome e da pelve, e posterior rebordagem.
como será feita a reposição volêmica inicial?
iniciar administração em bolus de cristaloide aquecido.
avaliar resposta do paciente a infusão para adequar reposição subsequente.
cristaloides
soro fisiológico 0,9 % ou ringer lactato podem ser usados
dose inicial: até 1000 mL em adultos e até 20mL/kg em crianças.
aquecer a 38 graus
o excesso pode ser prejudicial ao paciente, por hemodiluição e perda de líquido para o terceiro espaço.
hemotransfusão em distúrbios de coagulação e discrasia sanguínea
utilizar concentrado de plaquetas e plasma fresco congelado.
-> aquecer a 38 graus antes de infundir
-> não aquecer no microondas
hemotransfusão -> melhor cenário
no melhor cenário: fazer tipagem sanguínea e prova cruzada antes
em casos de emergência: infundir concentrado de hemácias do tipo O-.
como avaliar a resposta do paciente diante da hemotransfusão e reposição volêmica?
avaliar:
1.FC
2.PA
3.amplitude dos pulsos
4.perfusão da pele
5.FR
6.saturação de O2
7. escala de glasgow
melhor parâmetro para avaliar resposta à reposição volêmica
débito urinário (ele reflete a perfusão dos rins)
melhor acesso para infusão de volume
acesso periférico.
melhor local para infusão de volume em paciente com choque hemorrágico e como é feito o acesso periférico
fossa antecubital
utilize cateteres de calibre grosso e de tamanho curto (infusão mais rápida e efetiva)
melhor acesso para infusão de vasopressores e monitoramento
acesso central
melhores locais para acesso central
v.subclávia direita, vv.jugulares internas e vv. femorais.
o que fazer quando houver impossibilidade de acesso venoso?
acesso intraósseo.
pode-se infundir tudo que se infundiria no a. venoso.
-> não infundir em ossos fraturados
locais mais seguros para o acesso intraósseo
abaixo da tuberosidade do úmero, acima do platô do fêmur, abaixo da tuberosidade da tíbia e acima do maléolo.