Verbos Flashcards
Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram. Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios. Tudo, tudo por não estarem mais distraídos.
A forma verbal “chegue” está empregada no modo subjuntivo por expressar um desejo.
Errado.
A forma verbal “chegue” realmente está empregada no modo subjuntivo (presente do subjuntivo), mas não expressa um desejo. O subjuntivo é exigido pela construção “para que”, que inicia uma oração subordinada adverbial final. A oração expressa ideia de finalidade, e o uso do subjuntivo revela que a afirmação está no campo das hipóteses.
São três: indicativo, subjuntivo e imperativo.
Em linhas gerais:
O modo indicativo indica um fato certo.
O modo subjuntivo indica uma possibilidade, apresenta dúvida. Também é utilizado para expressar desejo, suposição e condição.
O modo imperativo expressa, basicamente, um pedido, uma ordem, um conselho ou uma orientação.
“Purificado o consulente, dizia em sussurro ao ouvido do ídolo o seu desejo secreto, formulando a súplica angustiada.”
No período acima, a oração “formulando a súplica angustiada” expressa como (modo) o consulente dizia em sussurro ao ouvido do ídolo o seu desejo secreto. O consulente dizia em sussurro ao ouvido do ídolo o seu desejo secreto desse modo: formulando a súplica angustiada.
Correto.
Trata-se de uma oração subordinada adverbial modal reduzida de gerúndio. Oração reduzida é aquela que apresenta verbo em uma das formas nominais (infinitivo, particípio, gerúndio). Além de possuir verbo em uma das formas nominais, a oração reduzida não é introduzida por conectivo.
O consulente entrou no templo, ocupando o primeiro banco.
Está correto o emprego do gerúndio?
Errado.
DICA: Para testar se o gerúndio indica ação cronologicamente simultânea com ação da oração anterior, podemos empregar a conjunção “enquanto” (=durante o tempo em que).
Nesse período, o gerúndio “ocupando” indica que a ação de ocupar o primeiro banco aconteceu depois que o consulente entrou no templo, e não enquanto ele entrava no templo, visto que entrar no templo e ocupar o banco são ações cronologicamente sucessivas, e não ações cronologicamente simultâneas.
Veja como isso funciona:
“Hermes, o Mercúrio de Roma, possuía em Acaia, ao norte do Peloponeso, um templo onde se manifestava, respondendo as consultas dos devotos”.
“Hermes, o Mercúrio de Roma, possuía em Acaia, ao norte do Peloponeso, um templo onde se manifestava, enquanto (ao mesmo tempo em que) respondia as consultas dos devotos”.
Nesse período, o gerúndio “respondendo” indica que a ação de responder as consultas dos devotos era algo que acontecia simultaneamente à ação de manifestar-se. A manifestação de Hermes, o Mercúrio de Roma, acontecia enquanto (ao mesmo tempo em que) ele respondia as consultas dos devotos.
Os sacerdotes discutiam a sentença, comendo no átrio.
Está correto o emprego do gerúndio?
Certo.
Nesse período, o gerúndio “comendo” indica que a ação de comer no átrio acontecia simultaneamente à ação de discutir a sentença. Os sacerdotes discutiam a sentença enquanto (ao mesmo tempo em que) eles comiam no átrio (espaço interior imediato à entrada, local dos altares dos deuses nas casas).
Espera-se que vocês riem um pouco, divulgam diante do seu limitado grupo igualmente ressentido e sintam-se vingados.
Errado!
Os verbos tachados deveriam estar no modo subjuntivo, conforme explicado acima.
A conjunção integrante dá início às orações subordinadas, desse modo os respectivos verbos vão ao subjuntivo.
Reescrita facilitada:
Espera-se que vocês riam, divulguem e sintam-se vingados.
Pres. do Ind. + Pres. do Sub + Pres. do Sub. + Pres do Sub.
Gramática pura:
o verbo da oração principal (Espera-se) está no presente do indicativo; dessa maneira, os demais das orações subordinadas vão ao subjuntivo (por força da conjunção integrante) e permanecem no presente – a fim de perfectibilizar a correlação verbal.
Reescrita facilitada:
Espera-se que nós riamos, divulguemos e sintamo-nos vingados.
(Pres. do Ind. + Pres. do Sub + Pres. do Sub. + Pres do Sub.)
Vamos às correlações mais cobradas:
importava que o casamento não se desgastasse - pret. impef. indic + pret. imp. sub. = certo
importaria que o casamento não se desgastasse - fut. do pret. indic + pret. imp. sub. = certo
importa que o casamento não se desgaste - pres. indic + pres. sub. = certo
importou que o casamento não se desgastou - pret. perf. indic + pret. perf. indic. = certo
importará que o casamento não se desgaste – fut. do prest. do ind + pres. sub. = certo
Essas correlações são as mais cobradas em provas (Vunesp e FCC – principalmente).
“Como houvessem sido dadas várias outras sugestões”
Está correta a frase acima?
Os verbos “TER e HAVER + particípio” formam aquilo que chamamos de TEMPO VERBAL COMPOSTO. Com isso, os dois verbos - nesse caso - flexionam normalmente (pois o verbo HAVER possui valor de “ter” e é verbo auxiliar)
elas tinham/haviam pagado a mensalidade do TEC
eles tinham/haviam imprimido os simulados
Os dois verbos também podem formar voz passiva, e nessa situação também flexionam para concordar com o sujeito.
“Como havia/existiam várias outras sugestões” – frase original
verbo “haver” possui valor existencial, logo é invariável.
“Como houvessem sido dadas várias outras sugestões” – aqui, já temos tempo composto verbal (haver + particípio)
essa reescrita é a única que obedece à concordância;
várias outras sugestões – é o sujeito, assim os verbos devem concordar em número (flexão do verbo haver e dar)
o vocábulo “dadas” flexiona em gênero para concordar com o referente – “várias outras”
Em qualquer época, é preciso que se ofereça ao grande público o melhor que os artistas produzam.
A correlação verbal está correta?
Certo!
Esta é uma combinação clássica de verbos: presente do Indicativo (é) + presente do Subjuntivo (ofereça, produzam). Percebam que existe harmonia semântica entre eles: fato atual (presente do Indicativo) e fato presente (indicado pelo presente do Subjuntivo).
Atenção!
O presente do Subjuntivo pode ser usado para exprimir fato do presente ou do futuro, e não só desejos, probabilidades.
“…precisava saber quantos metros quadrados de praças e áreas verdes devia haver em cada bairro.”
Está correto?
Correto!
Como o verbo principal “haver” é impessoal, essa característica impregna o auxiliar, o qual obrigatoriamente se flexiona na terceira pessoal, exatamente como exposto.