ULTIMA PROVA Flashcards
DM - sintoma - poliúria
(aumento da frequência urinária): Devido ao excesso de glicose no sangue, os rins tentam excretá-la através da urina, o que leva a um aumento na frequência urinária.
DM - sintoma - polidipsia
(sede excessiva): A perda de fluidos causada pela poliúria pode resultar em desidratação, levando a uma sede aumentada.
DM - sintoma - perda de peso
Apesar de um aumento no apetite, pode ocorrer perda de peso, já que o corpo começa a queimar gorduras e músculos para obter energia.
DM - sintoma - polifagia
(aumento do apetite): A incapacidade das células de absorver glicose devido à falta ou à ineficiência da insulina pode levar a uma sensação constante de fome.
TESTES PARA DIAGNOSTICAR DM
glicemia em jejum (pelo menos 8h) - mais de 125 mg/dL
Teste de Tolerância à Glicose Oral (TTGO): Após um jejum noturno, é medida a glicemia, e então a pessoa ingere uma solução contendo uma quantidade específica de glicose. A glicemia é medida novamente após 2 horas. Um nível de glicose superior a 200 mg/dL indica diabetes.
Hemoglobina Glicada (A1C): Este teste reflete a média dos níveis de glicose no sangue nos últimos 2 a 3 meses. Um resultado de A1C de 6,5% indica diabetes
consequências prejudiciais da hiperglicemia
glicação de proteínas, desequilíbrio osmótico e acúmulo de frutose, que pdem causar:
- retinopatia e perda de visão
- nefropatia (insuficiencia renal crônica)
- doenças vasculares
- problemas na cicatrização
- neuropatia periférica (formigamento maos e pes)
tripatia diabética = lesões renais, periféricas e catarata
Hemoglobina glicada (HbA1C)
Quando a glicose no sangue se liga de forma não enzimática, covalente, à hemoglobina, o processo é conhecido como glicação. A fração da hemoglobina que se combina com a glicose é chamada de Hemoglobina Glicada ou HbA1C.
Defina os produtos finais da glicação avançada (AGEs, Advanced Glycation End-products).
Interação de Aminocarbonilo: A glicação é um tipo de reação de aminocarbonilo. Isso envolve a reação entre um grupo amino (presente em proteínas, lipídeos, ácidos nucleicos ou aminofosfolipídeos) e um grupo carbonilo (presente em açúcares redutores, como a glicose). O grupo carbonilo do açúcar reage com o grupo amino da proteína ou lipídeo, formando uma ligação covalente.
Natureza Não Enzimática: Esta reação ocorre espontaneamente e não é catalisada por enzimas. Em contraste com as reações enzimáticas, que são reguladas e específicas, as reações não enzimáticas podem ocorrer mais aleatoriamente e sem controle específico, levando à formação de estruturas que podem ser prejudiciais ou disfuncionais.
Reações Químicas Complexas: Ao longo do tempo, esses produtos iniciais passam por rearranjos estruturais e reações adicionais, eventualmente formando os AGEs estáveis e mais complexos.
Ligação a Receptores de AGE (RAGE): Os AGEs podem se ligar a receptores específicos nas células, chamados RAGE, desencadeando uma série de respostas inflamatórias e proliferativas.
Modificação de Proteínas e Tecidos: A ligação dos AGEs a proteínas pode alterar suas funções e contribuir para o envelhecimento e rigidez dos tecidos, como os vasos sanguíneos.
Implicações para a Saúde
Complicações do Diabetes: Os AGEs estão associados a várias complicações do diabetes, como neuropatia, retinopatia, nefropatia e doenças cardiovasculares.
Doenças Cardiovasculares: Eles contribuem para o desenvolvimento de aterosclerose, aumentando o risco de ataques cardíacos e derrames.
Envelhecimento da Pele: Os AGEs desempenham um papel no envelhecimento da pele, contribuindo para a perda de elasticidade e o aparecimento de rugas.
Doenças Neurodegenerativas: Existem evidências que ligam os AGEs a doenças como Alzheimer e Parkinson.
Descreva diferenças entre DM tipo IA, DM tipo 2 e DMG.
DM I- doença autoimune que destrói as células beta
DM II- causada pela dessensibilização dos receptores de insulina→ maior produção de insulina→ falência de células beta
DMG- fatores hormonais e genéticos desencadeiam essa patologia na gestação
Como se da a progressão do DMI
Progressão do Diabetes Mellitus Tipo 1 (DMI)
Início da Doença: O DMI geralmente se inicia com um processo autoimune, no qual o sistema imunológico ataca e destrói as células beta do pâncreas, responsáveis pela produção de insulina.
Fase de Insulite: Este é o período inicial em que ocorre a inflamação das ilhotas pancreáticas devido à infiltração de células imunes.
Perda Progressiva de Células Beta: Com a progressão da doença, há uma perda gradual, mas eventualmente quase total, das células beta. Isso resulta em uma diminuição significativa na produção de insulina.
Manifestação Clínica: Os sintomas do diabetes começam a aparecer quando a maioria das células beta é destruída. Isso leva a níveis elevados de glicose no sangue, resultando em sintomas como sede excessiva, urinação frequente, fadiga e perda de peso.
Dependência de Insulina: Como a capacidade do pâncreas de produzir insulina é severamente comprometida, o tratamento com insulina se torna essencial para a sobrevivência.
Como se da a progressão do DM2
Progressão do Diabetes Mellitus Tipo 2 (DM2)
Início da Doença: O DM2 começa com a resistência à insulina, uma condição onde as células do corpo não respondem adequadamente à insulina. Isso é frequentemente associado à obesidade e ao estilo de vida sedentário.
Compensação do Pâncreas: Inicialmente, o pâncreas compensa a resistência à insulina aumentando a produção de insulina. Durante este período, os níveis de glicose no sangue podem permanecer normais.
Esgotamento das Células Beta: Com o tempo, as células beta do pâncreas podem se tornar incapazes de manter a alta demanda por insulina, levando a uma diminuição na produção de insulina.
Manifestação Clínica: À medida que a produção de insulina diminui e a resistência à insulina persiste ou se agrava, os níveis de glicose no sangue começam a aumentar, resultando em hiperglicemia.
Tratamento e Complicações: O tratamento inicial muitas vezes envolve mudanças no estilo de vida e medicamentos orais para melhorar a sensibilidade à insulina e a secreção de insulina. Com o tempo, alguns pacientes podem necessitar de terapia com insulina.
O que significa que o DMI é autoimune?
Há um infiltrado de leucócitos tipo T no pâncreas que atacam as células beta
O que significa que no DMII há resistência a insulina.
Por mais que haja a produção normal de insulina no pâncreas, os receptores das células não a reconhecem, impedindo a externalização de GLUT 4
Explique a cetoacidose diabética (CAD)?
Fisiopatologia da Cetoacidose Diabética
Deficiência de Insulina: A CAD geralmente ocorre devido a uma deficiência significativa de insulina no corpo. Isso pode ser devido a um diagnóstico não reconhecido de diabetes tipo 1, uma doença ou infecção que aumenta as necessidades de insulina, ou a uma interrupção no tratamento com insulina.
Hiperglicemia: Sem insulina suficiente, as células não conseguem absorver glicose eficientemente, resultando em altos níveis de glicose no sangue.
Cetose: A deficiência de insulina também impede a utilização de glicose pelas células para energia, levando o corpo a quebrar gorduras como fonte alternativa de energia. Isso resulta na produção de ácidos graxos livres, que são convertidos em corpos cetônicos (como acetoacetato, β-hidroxibutirato) no fígado.
Acidose: Os corpos cetônicos são ácidos e seu acúmulo no sangue leva à acidose metabólica, diminuindo o pH sanguíneo e perturbando o equilíbrio ácido-base do corpo.
Como se explica a hiperglicemia no diabético, na ausência de carboidratos da dieta
Gliconeogênese e Glicogenólise: Mesmo na ausência de carboidratos na dieta, o fígado pode produzir glicose a partir de fontes não carboidráticas através de processos como a gliconeogênese (formação de glicose a partir de precursores como lactato, glicerol e aminoácidos) e a glicogenólise (quebra do glicogênio armazenado no fígado). Em pessoas com diabetes, especialmente naquelas com deficiência de insulina, esses processos podem ser exacerbados, levando a um aumento dos níveis de glicose no sangue.
(liberaçao hormonal contrarregulatória) Hormônios como Glucagon, Cortisol, Adrenalina: Esses hormônios podem aumentar a produção de glicose pelo fígado e diminuir a utilização de glicose pelos tecidos, contribuindo para a hiperglicemia. Em pessoas com diabetes, a regulação desses hormônios pode ser alterada.
Quais são as funções dos nucleotídeos?
Possuem fosfato e a maioria das suas ações se deve a perda ou aquisição de grupos fosfato
Estrutura de DNA e RNA; Estrutura de coenzimas; Carreadores de grupamentos; Segundos mensageiros; Moeda energética; Reguladores alostéricos; Neurotransmissores
síntese de novo de purinas
Ocorre no fígado e em menor extensão
no cérebro, neutrófilos e outras células do sistema imune
- Purinas: Formados a partir de moléculas simples, os
aminoácidos, dadores de carbono e bicarbonato
- Gasta mais energia
- Processo de multirreação que começa com a conversão da
ribose-5-fosfato em 5-fosforribosil-1-pirofosfato
- A rubose-5-fosfato é gerada através da via das pentoses
fosfato (desvio da glicólise)
- O IMP é um nucleotídeo central aqui, é um substrato das
enzimas imp desidrogenase e da adneilsuccinato sintetase
- Regulada por feedback negativo
síntese de novo de pirimidinas
Ocorre no fígado e em menor extensão
no cérebro, neutrófilos e outras células do sistema imune
- Pirimidinas: A base da pirimidina é sintetizada primeiro e
depois incorporada no nucleotídeo
- Para a síntese de DNA é necessário dNucleotídeos (feitos
pela remoção do oxigênio da hidroxila do C2)
- A glutamina e o bicarbonato contribuem com o N3 e C2, que
se combinam para formar carbamoil fosfato
- O aspartato contribui com o N1, C6, C5 e C4
via de salvamento de purinas
Mais importante, porque o anel não é quebrado
- As principais enzimas envolvidas são: adenina
fosforibosiltransferase (APRT) e hipoxantinaguanina
fosforribosiltransferase (HGPRT)
- Utiliza bases e nucleosídeos para produzir nucleotídeos
- O PRPP (vem da ribose-5-fosfato) é essencial nesta via
via de salvamento de pirimidinas
Um número pequeno é recuperado em células
humanas, por ação das nucleosídeos quinases
- OMP descarboxilase
Qual a origem da ribose-5-fosfato? Qual a importância da ribose-5-fosfato para a origem dos nucleotídeos?
Ela provem da via das pentoses e constitui estruturalmente tanto purinas quanto pirimidinas
Via das Pentoses Fosfato (ou Ciclo de Pentose Fosfato): A principal via para a formação de ribose-5-fosfato é a Via das Pentoses Fosfato (VPF), um caminho metabólico paralelo à glicólise. Neste processo, a glicose-6-fosfato é convertida em ribose-5-fosfato por meio de uma série de reações bioquímicas. Esta via não só produz ribose-5-fosfato, mas também NADPH, que é crucial para processos antioxidantes e biossintéticos.
Rota Não Oxidativa da Via das Pentoses Fosfato: Quando as células precisam de mais ribose-5-fosfato do que NADPH, a rota não oxidativa da VPF pode rearranjar as moléculas de açúcar, convertendo intermediários da glicólise em ribose-5-fosfato.
Quais as etapas da síntese de novo de purinas?
- Início com Ribose-5-Fosfato
A síntese começa com a ribose-5-fosfato, um produto da via das pentoses fosfato. Esta molécula serve como esqueleto de açúcar para o qual o anel de purina será construído. - Formação de 5-Fosforribosil-1-Pirofosfato (PRPP)
A ribose-5-fosfato é convertida em 5-fosforribosil-1-pirofosfato (PRPP) pela enzima PRPP sintetase. - Liberação de Fosfato e Incorporação do N da Glutamina → PRA
Formação de 5-fosforribosilamina (PRA): A enzima glutamina-fosforribosil-pirofosfato amidotransferase catalisa a remoção de um grupo fosfato do PRPP e a adição de um grupo amino da glutamina, formando PRA. - Gasta ATP e Incorpora a Glicina → GAR
Formação de glicina-amida ribonucleotídeo (GAR): Nesta etapa, um grupo glicina é adicionado ao PRA com o consumo de ATP. - GAR → FGAR: N-Formil Doa CHO
Conversão de GAR em formil-glicina-amida ribonucleotídeo (FGAR): Uma unidade formil (CHO) é transferida para o GAR, formando FGAR. A fonte de formil é normalmente o N10-formil-tetrahidrofolato. - Glutamina + ATP → Conversão em Ribonucleotídeo → FGAM
Formação de formil-glicinamidina ribonucleotídeo (FGAM): FGAR é convertido em FGAM com a adição de um grupo amida da glutamina, utilizando ATP. - Formação de Anel Imidazol com Mais Gasto de ATP → AIR
Conversão de FGAM em aminoimidazol ribonucleotídeo (AIR): Nesta fase, ocorre a formação do anel imidazol, um componente fundamental da estrutura de purina. - Carboxilação com CO2 → CAIR
Formação de carboxiaminoimidazol ribonucleotídeo (CAIR): AIR é carboxilado com CO2, formando CAIR. - Incorpora Aspartato e Forma Amida → SAICAR
Conversão de CAIR em SAICAR (succinil-aminoimidazol carboxiamida ribonucleotídeo): Nesta etapa, o aspartato é adicionado, formando SAICAR. - Elimina Fumarato → AICAR
Formação de AICAR (aminoimidazol carboxiamida ribonucleotídeo): A reação libera fumarato e converte SAICAR em AICAR. - Formilação - Adição de CHO → FAICAR
Conversão de AICAR em FAICAR (formil-aminoimidazol carboxiamida ribonucleotídeo): Uma segunda unidade formil é adicionada a AICAR para formar FAICAR. - Ciclização, Libera Água → IMP
Formação de IMP: A última etapa envolve a ciclização de FAICAR para formar o inosina monofosfato (IMP), o primeiro nucleotídeo de purina formado na síntese de novo.
Qual o papel do IMP para a síntese de novo de purinas? O IMP é substrato de quais enzimas?
É a partir do IMP que o AMP e o GTP são sintetizados
IMP desidrogenase
Adenilosuccinato sintetase