Úlceras vulvares Flashcards

1
Q

Definição:

A

Lesão profunda em que há perda completa da cobertura epidérmica com invasão para a derme subjacente

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2
Q

Etiologia: (quanto infecção)

A

Infecciosa: Herpes simples, treponema pallidum (sífilis), Haemophilus ducreyi (cancroide), clamydia trachomatis (linfogranuloma venéreo), klebsiella granulomatis (donovanose), AIDS, Epstein-Barr;

Não infecciosa:
Erupções fixas por drogas, doença de Behçet, neoplasias e traumas.

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3
Q

Classificação quanto à etiologia do agente:

A

Bacterina:
sífilis, cancro mole, linfogranuloma venéreo e donovanose.

Viral:
herpers vírus, AIDS e mononucleose.

Fúngica:
candidíase

Aftosas:
síndrome de Behçet, doença de Crohn e úlcera de lipschutz.

Dermatoses:
pentifigóide.

Outras:
úlcera de decúbito e neoplasias.

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4
Q

Incidência:

A

As infecções (herpes genitais, sífilis e cancróide) causam a maioria das úlceras genitais nos países em desenvolvimento/EUA

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5
Q

Avaliação clínica:

A

História completa e exame físico para os sinais e sintomas pertinentes, além disso, determinar se lesões primárias ou recorrentes e evolução do mesmo.
Se há sintomas sistêmicos, como febre, mal estar, dor de cabeça, úlceras orais ou lesões de pele.
Co-infecções, histórico familiar de doenças autoimunes
História sexual,, comportamentos de risco, início do aparecimento dos sinais e sintomas
uso de drogas
e se há linfadenopatia

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6
Q

Lesão da sífilis - 1ª fase:

A

Primária: cancro duro/protossifiloma, causa mais frequente de úlcera genital. É típica, única e indolor, sobrelevada, de fundo limpo, arredondada, com margens nítidas e base endurecida. acompanhada de adenopatia inguinal.
Sem tratamento cicatriza em 6 semanas

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7
Q

Lesão da sífilis - 2ª fase:

A

Secundária: de 6 semanas à 6 meses após o cancro, caracterizada por exantema maculopapular em palmas, plantas e mucosas, é uma infecção sistêmica e pode envolver rins, fígado e SNC.

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8
Q

Lesão da sífilis - 3ª fase:

A

Latente: 1 ano após o aparecimento da 2ª sem tratamento, pode surgir sinais e sintomas, mas as lesões não são contagiosas.

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9
Q

Lesão da sífilis - 4ª fase:

A

Terciária: até 20 anos depois da latente, com evidencia de envolvimento cardiovascular, do SNC e sistema musculoesquelético.

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10
Q

Diagnóstico de sífilis:

A

Microscopia em campo escuro do raspado do fundo da úlcera e testes sorológicos, como VDRL (inespecífico) e FTA-ABS (específico, confirma a sífilis)

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11
Q

Tratamento da sífilis:

A

Primária, secundária e latente precoce (< 1 ano) - penicilina g benzatina IM dose única ou doxicilina 100 mg, VO 2X/dia, por 2 semanas (em gestantes e alérgicos).

Latente tardia, terciária e cardiovascular -
penicilina g benzatina IM semanalmente por 3 semanas ou doxicilina 100 mg, VO 2X/dia, por 4 semanas.

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12
Q

Agente etiológico do cancro mole:

A

Haemophillus ducreyi, apresenta período de incubação de 3 a 10 dias.

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13
Q

Sintomas do cancro mole:

A

início com pápula eritematosa, que evolui com ruptura, pústula e ulcera em 48 horas. As lesões podem ser únicas ou múltiplas, dolorosas, amolecidas e com aspecto purulento.
há presença de bulbão (linfonodos supurativos confluentes, que podem supurar, formar fístulas e formar novas úlceras), não apresenta sintomas sistêmicos.

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14
Q

Diagnóstico do cancro mole:

A

é basicamente clínico, mas pode ser confirmado através do esfregaço da lesão corado pelo método de gram (bacilos gram - curtos e bastonetes isolados da úlcera ou bulbão)

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15
Q

Tratamento do cancro mole

A

medidas de higiene local com agua boricada ou permanganato de potássio + ATB (azitromicina 1g, VO, dose única ou ceftriaxone 250 mg, IM dose única ou eritromicina base 500 mg, VO, 3X/dia por 7 dias) .

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16
Q

Linfogranuloma venéreo - 1ª fase

A
  1. Vesícula ou pápula pequena
    a. Evolui para pústula ou ulceração no local da penetração da clamydia
    b. Involui espontaneamente sem deixar cicatriz
    c. Fúrcula vulvar e parede vaginal posterior
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17
Q

Linfogranuloma venéreo - 2ª fase

A
  1. Linfadenopatia inguinal ou femoral dolorosa
    a. Após alguns dias da lesão inicial
    b. O gânglio infartado é unilateral em 70% dos casos -> supuração e fistulização por orifícios múltiplos quando não tratada
    c. Infecção sistêmica
18
Q

Linfogranuloma venéreo - 3ª fase

A
  1. Síndrome anogenitorretal
    a. Sequelas da infecção consequente as obstruções linfáticas (elefantíase vulvar, fístula e estenose retal, sangramento retal, dor abdominal, febre).
    b. Peritonite (perfuração intestinal)
19
Q

Diagnóstico do linfogranuloma venéreo:

A

clínico na maioria das vezes, mas pode ser confirmado através da prova intradérmica de Frei.

20
Q

Tratamento do linfogranuloma venéreo:

A

doxicilina 100 mg VO 2X/dia por 21 dias ou eritromicina base 500 mg VO 4X/dia por 21 dias, além de tratar o parceiro

21
Q

Granuloma inguinal:

A

é uma doença crônica progressiva com lesões extensas, indolores e destrutivas. Apresenta lesão nodular subcutânea única ou múltipla, erosão forma ulceração e as úlceras são altamente vascularizadas, avermelhadas, vegetantes e granulosas que sangram com facilidade, caso estejam infectadas, são dolorosas

22
Q

Tratamento do granuloma inguinal:

A

doxicilina 100 mg, 2X/dia por no mínimo 3 semanas e até que as lesões tenham cicatrizado completamente, ou azitromicina 1g, qX/semana, ou ciprofloxacina 750 mg, 2X/dia, ou entromicina base 500 mg, 4X/dia, ou trimetoprima-sulfametoxazol, VO, 2X/dia.

23
Q

Herpes vírus simples:

A

doença ulcerosa genital de maior prevalência, apresenta 2 tipos, o 1 geralmente dá lesões orais, mas também dá 30% das vulvares, e o tipo 2 acomete de 70 a 80% das infecções vulvares. Pacientes infectados podem transmitir, mesmo assintomáticos.

24
Q

Fisiopatologia do herpes vírus simples:

A

o vírus penetra nas terminações nervosas sensoriais, sendo transportado retrogradamente pelo axônio até as raízes dos gânglios dorsais, sendo então latente por toda a vida. O vírus infecta as células da epiderme, forma eritema e pápulas, ocasionando em morte e lise da parede celular, além de bolhas que posteriormente se rompem, forma úlcera, crosta e cicatrização. A carga viral contribui para número, tamanho e distribuição de lesões.

25
Q

Sintomas da herpes:

A

Dor, queimação, disúria, edema local com obstrução uretral, sinais de viremia (febre, cefaleia, mal estar, astenia, mialgia), podem envolver além da vulva, vagina, colo, bexiga, ânus e reto. Os sintomas prodrômicos são parestesias, prurido e formigamento.

26
Q

3 fases da herpes:

A

1 - vesícula, 2 - úlcera, 3 - crosta

27
Q

Diagnóstico da herpes:

A

É clínico, mas deve ser confirmado por exames subsidiários (distinção dos sorotipos para prognóstico e acompanhamento)
- exame citológico da lesão, o padrão outro é cultura tecidual.

28
Q

Tratamento da herpes:

A

O controle clínico se da através da terapia anti-viral; analgesia com AINES ou narcótico leve, como pomada de lidocaína (extremamente dolorosas). A prevenção infecção secundária deve ser feita, principalmente na fase de úlceras. Além disso, a abstinência sexual na fase prodrômica ou lesões aparentes, preservativos reduzem o risco de infecção. O medicamento principal é aciclovir, para diminuir a carga viral.

29
Q

AIDS:

A

Ulceração mucocutânea, causada por alterações dermatológicas da infecção primária.

30
Q

Sinais e sintomas da AIDS:

A

lesões ulceradas múltiplas em vulva, vagina e região perineal, dolorosas, podem apresentar infecção secundária.

31
Q

“Tratamento” da AIDS:

A

higiene local, zidovudina e prednisona.

32
Q

Monocucleose/Epstein -Barr:

A

é transmitida por secreções da orofaringe, genitais e transfusão de sangue.

33
Q

Sinais e sintomas da mononucleose:

A

Febre, dor de gargante, lindafenopatia, raramente ocasiona úlcera vulvar

34
Q

Tratamento da mononucleose:

A

higiene local e sintomáticos

35
Q

Candidíase:

A

infecção fungica de manifestação vulvar, comum em pacientes aidéticos, imunossuprimidos, diabéticos, e gestantes após uso de ATB. Os sinais e sintomas são prurido, que favorece o aparecimento de fissuras e erosões. O tratamento se dá através do uso de antifúngico local/sistêmico + betametasona + higiene local

36
Q

Síndrome de Behçet:

A

Doença autoimune sem causa conhecida e com acometimento vascular, associada ao alelo HLA-B5. Tem como manifestações ulceras orais e genitais recorrentes, uveíte, lesões articulares, gastrointestinais, neurológicas, pulmonares, renais, cardíacas, vasculares. O diagnóstico é clínico e se dá pela presença de mais de 2 critérios - ulceração genital frequente, lesões oculares, lesões cutâneas e teste de patergia positivo.
O diagnóstico diferencial pode ser síndrome de Steve-Johnson, pênfigo vulvar e cancro mole. O tratamento é feito pelo uso de corticoides tópicos + colchicina, e em casos mais graves, é indicado o uso de talidomida e imunossupressores.

37
Q

Doença de Crohn:

A

Moléstia inflamatória-granulomatosa intestinal idiopática que pode comprometer todo o trato gastrointestinal desde a cavidade oral a borda anal. Pode acometer vulva (grandes lábios) e vagina (úlceras múltiplas, bordos profundos, fístulas). Acomete qualquer idade, sendo mais frequente entre 15- 35 anos. Os sinais são fístulas ou ulcerações genitais. O diagnóstico se dá através da biópsia com presença de granulomas não caseosos e o tratamento é feito com o uso de corticoides e ATB.

38
Q

Úlcera aguda de Lipschutz:

A

São úlceras agudas únicas ou múltiplas, de fundo sujo, arredondadas, com eritema multiforme e nodoso, apresenta evolução curta e bacilus crassus, além disso, ocasiona dor à micção e causa lesões genitais e cutâneas em adolescentes , o tratamento é semelhante ao de Behçet (corticoides tópicos ou intralesionais e tracolimo tópico, além de 0,5 mg de colchicina isolada ou associada a dapsona, em casos mais graves é indicado o uso de talidomida e imunossupressores, como azatiprina ou metotrexano).

39
Q

Pênfigo:

A

Doença autoimune caracterizada pela formação de vesículas, raramente em região vulvar, as lesões podem imitar líquen escleroso com cicatrizes extensas. Há dois tipos - cicatricial que acomete vulva, vagina e leva cicatrizes, além de acometer esôfago, conjuntiva ocular e laringe, já o tipo bolhoso acomete a pele. O diagnóstico é clínico e o tratamento se dá através do uso de corticoides locais pra lesões ulceradas e sistêmicos para lesões extensas.

40
Q

Úlcera de decúbito:

A

Comum em pacientes acamados e paralisados, se dá pela pressão óssea que causa necrose tecidual; o diagnóstico é clínico e o tratamento é higiene local, reparação e restauração do tecido perdido, a profilaxia se dá pela mudança de posição do paciente.

41
Q

Úlceras neoplásicas:

A

A neoplasia maligna de vulva pode ser ulcerada, exofítica e hiperqueatótica, a fase inicial se dá pela presença de CEC com lesão pequena ulcerada, margens infiltradas e elevadas, fundo sanguinolento com crosta ou infecção bacteriana secundária, já o carcinoma basocelular é caracterizado por lesão ulcerada com bordos elevados localizados nos grandes lábios.