TUT 4 - Infecções Flashcards
- Classifique febre:
Intensidade:
Febrícula: Temperatura entre 37,3°C e 37,8°C.
Febre moderada: Temperatura entre 38°C e 39°C.
Febre alta: Temperatura acima de 39°C.
Hiperpirexia: Febre extremamente alta, geralmente acima de 41°C.
Duração:
Febre aguda: Dura menos de 7 dias.
Febre prolongada: Dura entre 7 e 14 dias.
Febre persistente ou crônica: Dura mais de 14 dias
Padrão:
Febre contínua: A temperatura corporal permanece elevada com variações mínimas
(não excedendo 1°C) durante o dia.
Febre intermitente: A temperatura corporal atinge valores normais ou abaixo do
normal entre episódios de elevação.
Febre remitente: A temperatura varia mais de 1°C durante o dia, mas nunca retorna
ao normal.
Febre recorrente ou ondulante: Períodos de febre alternam com períodos de
temperatura normal que duram dias ou semanas.
Quais exames complementares pedir para investir a febre no lactente?
Hemocultura: Para detectar bacteremia em casos suspeitos.
Punção lombar: Especialmente em lactentes menores de 3 meses ou com sinais de
irritação meníngea, para investigar meningite.
Radiografia de tórax: Indicada se houver sinais respiratórios (taquipneia, estertores)
ou suspeita de pneumonia.
Exames de imagem: Ultrassom abdominal ou outros exames podem ser indicados
em casos específicos.
Quais os critérios de hospitalização do lactente com febre?
Lactentes menores de 3 meses com febre geralmente requerem investigação e
tratamento hospitalar, devido ao risco de sepse, meningite ou outras infecções
graves.
Febre persistente, sinais de gravidade (letargia, cianose, dificuldade respiratória) e
resultados de exames que indicam infecção bacteriana também são critérios para
hospitalização.
Como se chama o termo médico para criança com febre sem sinal
localizado?
Febre sem foco aparente
Como diferenciar febre de caso viral e bacteriano?
- Infecção Viral:
A febre geralmente é menos intensa, variando entre 38°C e 39°C ◦ Sintomas como coriza, tosse, dor de garganta, conjuntivite e erupções cutâneas são mais comuns.
A febre tende a ser de curta duração, com melhora espontânea em cerca de 3 a 5
dias
O estado geral da criança é, geralmente, melhor preservado. - Infecção Bacteriana:
A febre costuma ser mais alta e prolongada, muitas vezes superior a 39°C.
Os sintomas são mais localizados, dependendo da infecção (ex. dor abdominal na apendicite, dor no ouvido na otite, etc.).
A febre pode durar mais de 5 dias sem sinais de melhora, ou melhorar e depois
voltar (padrão bifásico)
A criança pode apresentar letargia, irritabilidade e aspecto mais comprometido.
Diferencie febre de hipertermia
- Febre: É uma resposta controlada pelo corpo a um processo
inflamatório ou infeccioso, com ajuste do ponto de regulação de temperatura. - Hipertermia: Aumento da temperatura sem controle do hipotálamo,
normalmente causado por fatores externos ou falhas nos mecanismos de
resfriamento do corpo.
Quais fatores de risco para meningite?
- Lactentes e crianças menores de 5
anos, devido à imaturidade do sistema imunológico. - A ausência de vacinação contra
bactérias como Haemophilus influenzae tipo B, pneumococo e meningococo - Infecções respiratórias prévias, como otite e sinusite
- Crianças com imunodeficiências, condições crônicas (diabetes, doenças cardíacas, anemia falciforme) ou defeitos anatômicos (fístulas de líquor, implantes cocleares)
- Viver em ambientes superlotados, a exposição a surtos, ou a realização de procedimentos invasivos, como cirurgias neurológicas, aumentam a suscetibilidade à meningite.
Qual o quadro clínico da meningite?
No RN, a clínica não é específica
Alteração da temperatura, como febre ou hipotermia, pode ocorrer em 60% dos casos.
Vômitos, baixa aceitação alimentar, irritabilidade, fraqueza e sonolência são sintomas comuns.
Não é comum rigidez nucal e os sinais de irritação meníngea,
Porém, abaulamento de fontanela pode estar presente.
Convulsões ocorrem em 20 a 50% dos casos.
Ao exame físico, além de se atentar para o estado geral, deve-se sempre procurar por sinais de choque. Não esqueça de palpar as fontanelas e acompanhar perímetro cefálico na evolução do quadro.
Como fazer o diagnóstico de meningite?
O diagnóstico clínico de meningite deve ser seguido imediatamente por
comprovação laboratorial, que será feita mediante punção lombar para colheita e
exame do LCR.
Esse procedimento deverá ser feito imediatamente, exceto quando o paciente
apresentar sinais neurológicos focais e sinais evidentes de hipertensão
intracraniana ou edema cerebral agudo.
Cite 4 diagnósticos diferenciais de meningite
Encefalite
Hemorragia subaracnoide
Trombose venosa cerebral
Doenças autoimunes (vasculites, lúpus)
Qual o tratamento da meningite?
ANTIBIOTICOTERAPIA
De maneira geral, o tratamento antimicrobiano inicial é empírico, pois o agente
etiológico é desconhecido
Quais os patógenos prováveis de causar meningite por idade
< 1 mês
Streptococcus agalactiae, E. coli e outros bacilos Gram-negativos, L. monocytogenes (patógenos neonatais)
1-3 meses
Patógenos neonatais, S. pneumoniae, N. meningitidis, H. influenzae
3 meses-5 anos
S. pneumoniae, N. meningitidis, H. influenzae
6-20 anos
S. pneumoniae, N. meningitidis
Quais os critérios de Rochester?
Epidemiologia em lactente Infecção Urinária
A infecção do trato urinário (ITU) é mais comum em indivíduos caucasianos e tem
maior prevalência em meninas. Cerca de 3% das meninas e 1,5% dos meninos
experimentam pelo menos um episódio de ITU sintomática durante a infância. No
primeiro ano de vida, a incidência é maior em meninos do que em meninas (3,7% e
2%, respectivamente). Após esse período, a frequência de ITU diminui nos meninos,
mas permanece relativamente alta nas meninas, com um pico de ocorrência por
volta dos 3 a 4 anos, coincidindo com a fase de retirada da fralda. A taxa de
recorrência da ITU é alta, especialmente nas meninas, chegando a 30% no primeiro
ano após o episódio inicial e 50% dentro de cinco anos. Nos meninos, as
recorrências variam entre 15 e 20%, sendo raras após o primeiro ano de vida.