Tumores do Rim Flashcards

1
Q

Quais são os tumores renais benignos?

A

Quistos renais, angiomiolipomas e oncocitomas

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Q

Quais são as características dos quistos renais?

A

Correspondem a coleções de urina envolvidas por uma membrana, sendo sinal de envelhecimento do rim. Não têm risco de progressão oncológica, por isso não obrigam a nenhum tipo de seguimento. Têm um crescimento médio de 1.9mm/ano, podendo ultrapassar os 15cm

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3
Q

Quais são os fatores de risco para os quistos benignos?

A

Idade, sexo masculino, HTA e DRC

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4
Q

Que sintomas podem surgir dos quistos?

A

Dorso-lombalgias crónicas (não têm indicação para tratamento)

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5
Q

Que tratamento fazemos nos quistos renais?

A

Só se for necessário, fazemos: punção drenagem com esclerose (menos utilizado porque pode tornar um quisto assético num quisto infetado, hemorrágico, etc) ou decorticação laparoscópica (retira-se a urina depois de aberta a membrana)

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6
Q

Como é a classificação de Bosniak?

A

Bosniak I: quisto simples, parede fina, sem septos/calcificações/captação de contraste, classificado por eco, benigno, sem follow-up

Bosniak II: quisto simples, parede fina, pequenas septações, calcificações finas, sem capatação de contraste, classificado por eco, benigno

Bosniak IIF: Quisto simples, parede irregular e espessa, múltiplos septos, calcificações/lesões densas, sem captação de contrate, classificado por TC, seguido por eco durante 5 anos (avaliando o tamanho, espessamento dos septos e da parede)

Bosniak III: Lesões com septos irregulares, espessos, calcificações grosseiras, realce apóscontraste, quistos complexos e possivelmente malignos, caracterizado por TC, recomendado cirurgia para excisão

Bosniak IV: Lesões com septos da paredeou parede com componentes sólidos bem definidos com realce após contraste intravenoso, caracterizado por TC, requer cirurgia para excisão

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7
Q

Quais são as características do angiomiolipoma?

A

Tem origem em célulasitelóides perivasculares, sendo formado por uma parede espessa com vasos mal-organizados, músculo liso e tecido adiposo. Geralmente é assintomático mas pode causar dor ou hematúria. Mais comum em mulheres, na 4a década de vida

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8
Q

Como surge o angiomiolipoma?

A

De forma esporádica ou por causa genética. Estas são mais raras, geralmente associadas a esclerose tuberosa (sendo aqui múltiplos, bilaterais e em idades mais jovens)

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9
Q

Como é que se faz o diagnóstico de angiomiolipoma?

A

Por ecografia, TC (a gordura origina densidades <-10HU) ou RM (imagens hipertensas em T1)

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10
Q

Quando é que há indicação para tratamento de um angiomiolipoma?

A

> 4cm, sintomáticos, mulher que pretendem engravidar, pessoas sem acesso aos cuidados de saúde

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11
Q

Como podem complicar os angiomiolipomas?

A

Podem originar síndrome de Wunderlich em que há hemorgia retroperitoneal espontânea maciça com choque hipovolémico (geralmente se >4cm)

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12
Q

Qual é o tratamento dos angiomiolipomas?

A

Embolização ou nefrectomia parcial

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13
Q

Quais são as características do oncocitoma?

A

É um tumor renal benigno om origem nas células intercaladas do tubo contornado distal. Geralmente assintomático

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14
Q

Como fazemos diagnóstico de oncocitoma?

A

Fazemos TC (em que aparece uma cicatriz estrelada central), sendo difícil de distinguir do CCR, por isso, fazemos biópsia (ainda assim pode ser difícil de distinguir do tipo cromófobo de CCR)

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15
Q

Como tratamos o oncocitoma?

A

Com ablação ou nefrectomia parcial/total

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16
Q

Em que doentes é mais frequente o CCR?

A

Em homens, geralmente entre a 5a-7a década de vida

17
Q

Quais são os fatores de risco para CCR?

A

Tabagismo (diminui após cessação), obesidade (aumento dos estrogénios/IGF), nutrição (++ ásia ou ocidente), exposição ocupacional (ferro, aço, amianto, petróleo e cádmia), HTA/diuréticos, DRC em hemólise e formas familiares (doença de Von Hipplel-Lindau)

18
Q

Qual é a população alvo para rastreio de CCR?

A

Doentes com DRC terminal, doença de Von Hippel Lindau (VHL), familiares de doentes com VHL com alterações génicas específicas, familiares de doentes com outras formas familiares de CCR e doentes com eslcerose tuberosa

19
Q

Quais são os subtipos histológicos de CCR?

A

Células claras (mais frequente, pode estar associado a VHL e tem origem no túbulo contornado proximal
Papilar tipo 1/2 (comportamento multifocal, prognóstico intermédio)
Medulares (mais agressivo, origem nos tubos coletores, parecido com carcinoma de células de transição)
Cromófobo (menos agressivo, metastiza com menos frequência, origem em células intercaladas)
Em todos estes podem ocorrer focos sarcomatóides

20
Q

Quais são as manifestações clínis de CCR?

A

Geralmente são assintomáticos mas podem apresentar a tríade clássica (de Guyon) de dor no flanco, massa palpável e hematúria (+ raro pelo diagnóstico precoce). Se houver doença metastática podem ainda aparecer varicocelos (pela obstrução das veias espermáticas), dores ósseas, sintomas pulmonares (tosse, dispneia), adenopatias, cefaleias e convulsões

21
Q

Que síndromes paraneoplásicas podem aparecer no CCR?

A

Perda de peso, febre, anemia, hipercalcémia, aumento da VS e amiloidose, HTA, policitémia, Sínd. Stauffer (disfunção hepática e febre), Sínd Cushing, hiperglicemia, galactorreia, neuromiopatia, distúrbios da coagulação e ataxia

22
Q

Como fazemos o diagnóstico imagiológico de CCR?

A

A primeira avaliação é sempre com eco (avalia quistos simples e diagnostica angiomiolipomas típicos) que se detetar lesões sólidas ou quistos suspeitos obriga a TC (tecido vascularizado aumenta a suspeita de neoplasia). A TC decide a terapêutica e requer contraste (se ganha mais de 15HU deve ser considerada CCR até prova do contrário). A angioRM é cada vez menos frequente. Também podemos fazer biópsia.

23
Q

Quando está indicada a biópsia?

A

Para realizar vigilância ativa
Antes de tratamentos ablativos/sistémicos
Para esclarecer diagnóstico

24
Q

Quais são os diagnósticos diferenciais do CCR?

A

Oncocitoma
Angiomiolipoma
Carcinoma de células de transição
Metástase
Linfoma
Infeção
Enfarte

25
Q

Quais são os fatores de prognóstico no CCR?

A

Anatómicos (classificados TNM), histológicos (tipo, subtipo e grau nuclear de Fuhrman) e clínicos/laboratoriais (status, caquexia, anemia, LDH e calcémia)

26
Q

Qual é o tratamento para doença localizada de CCR?

A

Nefrectomia parcial ou total. (Também podemos pensar em laqueação precoce da artéria renal e disseção por fora da fáscia de Gerota)

27
Q

Quais são as indicações para nefrectomia parcial?

A

Eletiva (rim contralateral saudável)
Relativa (rim contralateral saudável mas com doença que pode originar DRC – DM, por ex.)
Imperativa (rim único)

28
Q

Quando está indicada a ablação (com crioterapia ou radiofrequência) na doença localizada do CCR?

A

Doentes com mau estado geral, tumores pequenos (<3/4cm) e periféricos, sem condições para cirurgia ou com síndromes genéticos que condicionem vários tumores

29
Q

Quando está indicada a vigilância ativa na doença localizada do CCR?

A

Muito mau estado geral, expectativa de vida reduzida, tumor de baixo risco ou com elevada suspeita de ser um oncocitoma

30
Q

Como tratamos a doença localmente avançada?

A

Cirurgia com remoção de trombo da veia cava

31
Q

Como tratamos a doença metastática do CCR?

A

Com cuidados paliativos e, se o doente tiver bom estado, podemos fazer imunoterapia com inibidores da tirosina-cinase ou inibidores da angiogénese. A radioterapia pode ser benéfica em metástases ósseas sintomáticas ou cerebrais