trauma do idoso Flashcards
MOV
monitoramento
oximetro de pulso
v: acesso venoso
ABCDE primário
É o atendimento inicial para retirar o risco de morte do paciente.
A – Airway – Vias aéreas e restrição da coluna cervical
B – Breathing – Respiração
C – Circulation – Circulação
D – Disability – Déficit neurológico
E – Exposure – Exposição
A – Airway – Vias aéreas e restrição da coluna cervical
avaliar as vias aéreas e evitar complicações por fratura na
coluna
Sinais de obstrução: inspeção de corpos estranhos, fraturas ou outras
causas de impermeabilidade das vias aéreas:
* Colocar o colar cervical.
* Avaliar permeabilidade das vias aéreas.
Manobra de Jaw Thrust ou tração mandibular: 1o certifica-se da
estabilidade da coluna cervical e depois deve-se colocar os polegares
em cima do osso zigomático em ambos os lados da face e os dedos
indicadores e médio no ângulo da mandíbula, tracionando-a para
frente.
Manobra de Chin Lift ou elevação do mento: posiciona-se ao lado do
paciente e coloca a palma de uma mão sobre a região frontal, empur-
rando suavemente para realizar uma hipertensão da cabeça. Os de-
dos da outra mão, sob a mandíbula, levantam o queixo para frente -
contraindicada em suspeita de lesão cervical.
Obs.: tamanho do colar cervical – distância entre o ângulo da mandíbu-
la ao início do trapézio - primeiro coloca a parte posterior e depois a
anterior.
bolsa-máscara: caso seja necessário,
B – Breathing – Respiração:
- Inspecionar o tórax.
- Observar sinais de assimetria, desconforto ou qualquer outra alteração.
- Realizar ausculta pulmonar.
- Frequência respiratória.
C – Circulation – Circulação:
- Hemorragia é a causa predominante de mortes evitáveis no trauma.
Rápida identificação e controle hemorrágico são essenciais para preven-
ção de mortes.
- Perfusão cutânea: tempo de enchimento capilar (normal < 3 segun-
dos). - Pulso: avaliar bilateralmente em sua qualidade, tempo e regularida-
de: rápido e filiforme é sinal de hipovolemia; ausência dos pulsos
centrais = ação de ressuscitação imediata. - Pressão arterial.
- Frequência cardíaca.
- Ausculta cardíaca.
D – Disability – Déficit neurológico:
- Estabelece nível de consciência do paciente, estabelece a reação pupilar
e identifica nível da lesão medular, se presente. - Escala de Glasgow: avalia a resposta ocular, verbal e motora do pacien-
te. Seu mínimo é 3 e o máximo 15. Glasgow ≤ 8 = intubação.
escala de glasgow:
13-15: leve
9-12: moderado
<8: grave
E – Exposure – Exposição:
deve-se despir o paciente e analisá-lo tanto anterior quanto
posteriormente - deve-se virar o paciente em bloco para manter a imobi-
lização e evitar movimentos (necessário no mínimo 3 pessoas).
* Despir o paciente.
* Avaliar e cobrir o paciente após avaliação →evitar hipotermia.
- Avalia-se:
- Temperatura.
- Hematoma.
- Hemorragia.
- Escoriações.
ABCDE – SECUNDÁRIO
é feito depois que já se realizou o atendimento
inicial e estabilizou-se o paciente. É composto por uma anamnese mais
direcionada (SAMPLE), exames laboratoriais, exames de imagem e exame
físico (sentido craniocaudal).
Sinais e sintomas
Alergias
Medicamentos
Passado medico
Liquidos ingeridos nas ultimas horas
Eventos e ambientes relacionados ao trauma
TRAUMA NO IDOSO - fatores de risco
a senescência dos sistemas de órgãos, estados de
doença preexistente fragilidade, todos desempenham papel em colocar o
idoso em maior risco de trauma. Depressão, abuso de substâncias e
maus-tratos são fatores adicionais.
EFEITOS DO ENVELHECIMENTO E IMPACO DE CONDIÇÕES PREEXISTEN-
TES
O envelhecimento é caracterizado por mecanismos adaptativos e ho-
meostáticos prejudicados que causam uma maior suscetibilidade ao
estresse da lesão. Esta condição é chamada de diminuição da reserva
fisiológica.
- Condições preexistentes (PECs) que afetam a morbidade e mortalida-
de:
cirrose, coagulopatia, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC),
doença cardíaca isquêmica e diabetes mellitus.
MECANISMOS DE LESÃO
Queda:
* É o mecanismo mais comum de lesão fatal.
* Quedas não fatais e fraturas são mais comuns em mulheres.
* Quedas são a causa mais comum de traumatismo cranioencefálico (TEC)
Acidente automobilístico:
Fatores de risco: tempo de reação mais lento, ponto cego maior, mobi-
lidade cervical limitada, diminuição da audição e comprometimento
cognitivo. Além disso, problemas médicos como infarto do miocárdio,
acidente vascular cerebral e arritmias podem resultar em condições que
precipitam uma colisão.
Queimaduras:
Fatores de risco para queimaduras: diminuição do tempo de reação,
deficiência auditiva, deficiência visual e incapacidade de escapar da
estrutura em chamas.
Lesões penetrantes:
* Trauma contuso é o mecanismo predominante de lesão em idosos.
Abcde no idoso, A:
A- airways:
Idosos tem perda significativa dos reflexos protetores das vias aéreas.
Pacientes podem ter dentaduras que podem afrouxar e obstruir as vias
aéreas. Se as dentaduras não estivem obstruindo as vias, deixe-as no
lugar
Alguns idosos são edêntulos (sem dentes), o que torna a intubação mais
fácil e a ventilação com bolsa-máscara mais difícil.
Alterações artríticas podem dificultar a abertura da boca e o manejo da
coluna cervical.
Ao realizar sequência rápida de intubação, deve-se reduzir as doses de
barbitúricos, benzodiazepínicos e outros sedativos entre 20% 4 40% para
minimizar o risco de depressão cardiovascular.
B – Respiração:
Respiração: alterações na complacência dos pulmões e da parede
torácica resultam em aumento do trabalho respiratório com o envelheci-
mento. Essa alteração coloca o paciente idoso traumatizado em alto risco
de insuficiência respiratória.
Interpretação de informações clínicas e laboratoriais: pode ser difícil
diante de doenças respiratórias pré-existentes ou alterações não patoló-
gicas na ventilação associadas à idade.
- Frequentemente, as decisões para proteger as vias aéreas de um paci-
ente e fornecer ventilação mecânica podem ser tomadas antes de avaliar
completamente as condições respiratórias pré-mórbidas subjacentes.
Alterações fisiológicas com o envelhe-
cimento:
Aumento da cifoescoliose.
Diminuição da capacidade residual
funcional (FRC).
Troca gasosa diminuída.
Reflexo de tosse diminuído.
Diminuição da depuração mucociliar
das vias aéreas.
Considerações de gestão
Reserva respiratória limitada; identifi-
car IR precocemente.
Gerencie fraturas de costelas rapida-
mente.
Garanta a aplicação adequada de
ventilação mecânica.
C- circulacao
a resposta à hipovolemia envolverá o aumento da resistência
vascular sistêmica. Além disso, como muitos idosos apresentam HAS
preexistente, uma pressão arterial aparentemente aceitável pode real-
mente refletir um estado hipotensivo relativo.
Limiar para hipotensão em adultos com mais de 65 anos: PAS = 110
mmHg.
Sangramento: paciente idosos traumatizado com evidências de insufici-
ência circulatória deve ser considerado como sangramento. Considere o
uso precoce do monitoramento avançado (pressão venosa central, eco-
cardiografia e ultrassonografia) para orientar a ressuscitação ideal, dado o
potencial de doença cardiovascular pré-existente.
Deve-se reconhecer eventos fisiológicos como AVC, infarto do miocár-
dio e arritmia que pode ter desencadeado o incidente que levou à lesão.
Alterações fisiológicas com o envelhe-
cimento:
Doença cardíaca ou hipertensão
preexistente.
Falta de uma “resposta clássica” à
hipovolemia.
Probabilidade de medicamentos
cardíacos.
Considerações de gestão:
Procure evidências de hipoperfusão
tecidual.
Administre ressuscitação balanceada e
transfusão de sangue precocemente
para choque óbvio.
Use monitoramento avançado confor-
me necessário e em tempo hábil.