hipotensao Flashcards
Recomenda-se mensurar a PA em ambos os braços. Caso haja variação
de uma medida para outra, deve-se considerar o maior valor encontrado,
Pseudo-hipertensão:
é um artefato decorrente do endurecimento da
paredes das artérias periféricas e resulta em falsa estimação da PA à esfig-
momanometria. Esse diagnóstico é sugerido em indivíduos com níveis
pressóricos elevados e ausência de lesão em órgãos-alvo. Eles geralmente
são idosos e apresentam artérias dos braços calcificadas, que podem ser
identificadas à palpação e/ou ao exame radiológico.
- Sinal de Osler:
consiste na detecção de artérias palpáveis quando o es-
figmomanômetro estiver insuflado a nível superior ao da PAS. Auxilia na
identificação da pseudo- hipertensão.
Hipertensão do jaleco-branco:
consiste na elevação da PA no consultório
do médico, contrastando com verificações domiciliares normais. É frequen-
temente verificada nos idosos.
- Hipertensão ortostática (HO):
é definida como uma queda de 20 mmHg
na pressão sistólica e/ou 10 mmHg na pressão diastólica, dentro de 3 mi-
nutos, quando se muda o paciente da posição supina para a ortostática.
Verificação da pressão arterial em idosos – particularidades:
Em razão da frequência de hipotensão postural nessa faixa etária, é re-
comendado que sempre se faça a medida em duas posições diferentes
(sentada ou deitada e de pé).
A palpação de pulsações na artéria radial mesmo com o manguito insu-
flado a ponto de ocluir a braquial indica endurecimento da artéria (sinal de
Osler).
- Esclerose, calcificação e endurecimento da artéria braquial podem levar
ao aparecimento de “pseudo-hipertensão”, condição em que os valores re-
ais da pressão arterial são menores que o obtido pelo esfigmomanômetro.
Classificação da HA:
Hipotensão arterial essencial ou primária: assim chamada quando
não se consegue caracterizar sua etiologia, sendo dependente de di-
versos fatores, tais como traço hereditário, ingestão excessiva de sal,
obesidade, estresse e alcoolismo. Corresponde a 95% dos casos de hi-
pertensão arterial.
- Hipertensão arterial secundária: representa cerca de 5% dos casos de
HA e pode estar relacionada com diferentes afecções: renais; endócri-
nas; vasculares; distúrbios do SNC; toxemia gravídica; medicamentos
e outras causas.
HIPOTENSÃO ARTERIAL
A hipotensão arterial só caracteriza um problema clínico quando indica
diminuição do débito cardíaco, da volemia e/ou da resistência periférica.
Essas alterações ocorrem em várias circunstâncias, como insuficiência car-
díaca, síndrome de baixo débito, tamponamento cardíaco, desidratação,
hemorragias, septicemias. Nestas condições o paciente apresenta-se com
níveis pressóricos baixos acompanhados de diminuição da amplitude
(pulso filiforme) ou desaparecimento dos pulsos periféricos, taquicardia e
sinais de má perfusão tecidual.
HIPOTENSÃO ORTOSTÁTICA OU HIPOTENSÃO POSTURAL
(HO): é definida como uma queda de 20 mmHg
na pressão sistólica e/ou 10 mmHg na pressão diastólica, dentro de 3 mi-
nutos, quando se muda o paciente da posição supina para a ortostática.
Sinais e sintomas: HO é relativamente comum em idosos e assume im-
portância clínica quando se manifesta com tontura postural, sobretudo na
vigência de uso de fármacos hipotensores.
Fatores de risco para HO em idosos:
- Diminuição da sensibilidade dos barorreceptores.
- Diminuição da capacidade renal de conservar sal.
- Baixos níveis de renina e aldosterona.
- Aumento do peptídeo natriurético atrial.
- Diminuição da resposta de elevação da freqüência cardíaca com queda
da pressão arterial. - Diminuição do enchimento ventricular.
Diagnóstico:
queda de 20 mmHg na pressão sistólica e/ou 10 mmHg na pres-
são diastólica, dentro de 3 minutos, quando se muda o paciente da posição
supina para a ortostática.
Como detectar HO – teste de hipotensão:
Considera-se como PA supina a terceira medida, no 30o minuto. Em se-
guida, o paciente é colocado de pé, e a medida da PA em ortostatismo deve
prosseguir até, pelo menos, 4 min quando necessário.
Uma queda de 20 mmHg na PAS, com ou sem sintomas, é suficiente para
o diagnóstico de HO em idosos.
- Obs.: em ortostatismo, se o braço do paciente for deixado pendente, o
manguito estará abaixo do nível do coração, o que artificialmente aumen-
tará a PA em relação à posição supina, subestimando a queda postural real.
Aconselha-se colocar o braço do paciente sobre o ombro do examinador,
mantendo-o ao nível do coração.
Causas:
Comuns: anemia, perda de sangue, repouso prolongado, desidratação,
desnutrição, hipopotassemia, medicamentos (diuréticos, antidepressivos
tricíclicos, benzodiazepínicos, narcóticos, relaxantes musculares)
Neurológicos: AVE, doença de Parkinson, tumor cerebral
Cardiovasculares: estenose aórtica, cardiomiopatia hipertrófica, insufici-
ência cardíaca, infarto agudo do miocárdio,veias varicosas volumosas.
Endócrinas: insuficiência suprarrenal, diabetes insípido, hipoaldostero-
nismo.
- Incomuns: destruição dos barorreceptores por radiação ou cirurgia.
- Quando o clima está muito quente, aumenta a probabilidade de ocorrer
hipotensão postural, principalmente nos idosos, pois ocorre maior repre-
samento de sangue no sistema venoso dos membros inferiores.
Hipotensão pós-prandial:
É uma importante causa de hipotensão entre os idosos, mesmo sadios.
Assim como a hipotensão ortostática, é definida quando ocorre queda de
20 mmHg ou mais na pressão sistólica, só que até 2 h após o início de uma
refeição. Também pode causar hipoperfusão cerebral e síncope. Seu me-
canismo ainda não é bem explicado; porém, a hipótese mais aceita é uma
grande vasodilatação com represamento de sangue na área esplâncnica
durante a refeição, ocasionando redução da resistência periférica e do re-
torno venoso.