Teste ergométrico Flashcards
Importância do TE
(1) Detecção de isquemia miocárdica, arritmias cardíacas e distúrbios hemodinâmicos esforço-induzido;
(2) Mensuração da capacidade funcional;
(3) Avaliação diagnóstica e prognóstica das doenças cardiovasculares;
(4) Prescrição de exercícios;
(5) Avaliação objetiva dos resultados de intervenções terapêuticas;
(6) Dados para perícia médica
Indicações do teste ergométrico (TE)
(1) Doença arterial coronariana
(2) Assintomáticos ou atletas que vão se submeter a esforço excessivo
(3) HAS
(4) Valvulopatas: avaliar alguns tipos de sopro durante os esforços
(5) Insuficiência cardíaca: classe I da NYHA ou classe II em algumas situações, fazendo um teste mais brando
(6) Miocardiopatias e cardiomiopatias
(7) Taquiarritmias: alguns tipos, principalmente em crianças, só se manifestam no esforço.
(8) Avaliar vias anômalas no sistema de condução ou alterações dos canais iônicos (cálcio, sódio, potássio) que só aparecem quando se exige uma ↑freqüencia.
(9) Bradiarritmias e marca-passo
(10) Atletas: avaliar possibilidade de que se desenvolva uma arritmia maligna súbita durante o esforço e evolua para morte súbita.
(11) Algumas cardiopatias congênitas
(12) Doenças não cardíacas: obesidade, DM, doença arterial periférica (com claudicação), pneumopatia
(13) Avaliação da capacidade funcional respiratória e hemodinâmica ao esforço.
(14) Crianças cardiopatas > 14 anos (sopro e/ou alteração do ECG)
Contra-Indicações absolutas do Teste Ergométrico
(1) TEP ou TVP: aguda ou recente
(2) Enfermidade aguda, febril ou grave
(3) Limitação física: diferença de tamanho entre os MMII, labirintite (uma opção é fazer o teste na bicicleta), distúrbio cerebelar de equilíbrio, problemas na marcha, sequelas de AVC, etc.
(4) Limitação psicológica: ansiedade extrema, síndrome do pânico
(5) Sedentarismo exagerado: exemplo, grandes obesos.
(6) Intoxicação medicamentosa
(7) DPOC grave
(8) Obstrução arterial periférica aguda: c/ claudicação intermitente e ↓ de pulsos
Contra-Indicações relativas do Teste Ergométrico
(1) Dor torácica aguda
(2) Estenoses valvares moderadas a severa: numa estenose Ao, c/ o ↑ da necessidade do DC ao esforço, o paciente terá hipotensão.
(3) Insuficiências valvares graves.
(4) Taquiarritmias, bradiarritmias e arritmias ventriculares complexas (ex. extra sístoles aberrantes)
(5) Distúrbios hidro-eletrolíticos e metabólicos: desidratação, DM descompensada
(6) Afecções não cardíacas capazes de agravamento ou impedimento pelo Teste Ergométrico (Infecções; Hipertireoidismo; Insuficiência renal, hepática ou respiratória; Obstrução arterial periférica; Lesões musculares, ósseas ou articulares; Deslocamento da retina; Afecções psiquiátricas)
Critérios para TE no DE para avaliação de dor torácica
Baixo risco CV nos últimos 30 dias e ausências de:
(1) PAS < 90
(2) B3
(3) Estertoração crepitante ou bolhosa de base
(4) Dor torácica com DAC prévia
Indicação para TE caso de dor torácica aguda com DAC prévia
TE 12h após a dor em unidade de dor torácica (1) Sem dor torácica há 12h \+ (2) ECG normal \+ (3) Baixo risco para TE
Condições de “Alto Risco” para o Teste Ergométrico
(1) IAM não complicado
(2) Angina instável estabilizada.
(3) Dor torácica aguda em sala de emergência após seriamento de ECG e enzimas cardíacas.
(4) Lesão conhecida e tratada de tronco de coronária esquerda ou equivalente.
(5) Arritmias ventriculares complexas.
(6) Arritmias com repercussões clínicas e hemodinâmicas sob controle: ex: Fibrilação atrial aguda.
(7) Síncopes por provável etiologia arritmogênica / BAV avançado.
(8) Presença de desfibrilador implantável: depende do grau de dependência do aparelho
(9) Insuficiência cardíaca compensada avançada (classe III NYHA).
(10) Lesões valvares estenóticas moderadas ou insuficiências graves.
(11) Hipertensão pulmonar: o paciente já está fadigado em repouso
(12) Cardiomiopatia hipertrófica.
(13) Insuficiência respiratória, renal ou hepática.
Indicação para encaminhamento para o cateterismo cardíaco
Dor e queda de PA antes da FC sub-máxima
Parâmetros de Exercício associados a prognóstico adverso no TE
(1) Duração de exercício sintoma limitado até 5METs
(2) Incapacidade de ↑PAS ≥120 ou queda sustentada ≥10, ou < níveis de repouso durante o TE.
(3) ↓ de ST ≥2mm, ST descendente, iniciado a 5 METs, envolvendo ≥ 2 derivações, persistindo ≥ 5min na fase de recuperação
(4) Elevação esforço-induzida de ST (aneurisma ventricular excluído)
(5) Angina pectoris a baixas cargas de exercício
(6) TV reprodutível sustentada (>30s) ou sintomática
(7) Doença sistêmica aguda (TEP, dissecção de Ao)
Alterações eletrocardiográficas positivas para isquemia no TE
Fase de exercício ou recuperação:
(1) Infradesnivelamento de ST com morfologia horizontal ou descendente (≥ 1 mm, aferido no ponto J)
(2) Infradesnivelamento de ST com morfologia ascendente ≥ 1,5 mm, em indivíduos de risco moderado ou alto de doença; > 2 mm em indivíduos de baixo risco de doença coronária
Variáveis do Score de Duke
(1) Tempo de esforço (em min)
(2) Desnível do ST (em mm)
(3) Presença de angina (0= sem angina; 1 = angina surgida no teste; 2 = angina limitante que determinou interrupção do esforço)
Orientações ao paciente para fazer um TE
(1) Não fumar 3 horas antes
(2) Utilizar vestimenta adequada e abstenção de esforço físico não habitual por no mínimo 12 horas antes do teste
(3) Suspensão ou não de alguns fármacos: amiodarona, betabloqueadores, bloqueadores dos canais de cálcio, digoxina, antiarrítmicos, nitrato, metildopa e clonidina
Conclusões possíveis de um TE
(1) Teste máximo, submáximo ou inconclusivo
I. Se em uso de beta-bloqueador -> Se manter <85% da FCmax
(2) Teste positivo, negativo para isquemia miocárdica (ou inconclusivo)
(3) Presença ou ausência de arritmias cardíacas
(4) Pressão arterial normal, limítrofe ou anormal