Teste 2 - matéria (parte 2) Flashcards
Fármacos com ação no aparelho respiratório Fármacos antineoplásicos Diuréticos
Efeito do sistema nervoso autónomo no aparelho respiratório
- Estimulação simpática (ex do leão que vai atacar → precisa de respirar)
- Dilatação dos bronquíolos
- Diminui a síntese de muco
- Estimulação parassimpática (nervo vago)
- Bronquíolo contraído
- Aumento da secreção de muco
Fármacos expetorantes
Expetorantes reflexos
Expetorantes inalantes
Expetorantes mucolíticos
Expetorantes reflexos
- Fármacos utilizados para liquefazer as secreções e auxiliar a sua expulsão, atuam ao nível das células das glândulas produtoras de muco
- Vias de administração: Oral, parentéricas, inalação
-
Guaifenesina e guaiacol
- Aumenta as secreções, por via reflexa, o volume e a viscosidade não é afetada; eficácia duvidosa
-
Iodeto de potássio e iodeto de sódio
- Expetorantes orais salinos, irritantes para a mucosa gástrica e por ação vagal reflexa aumenta a secreção dos bronquíolos
Expetorantes inalantes
- Cloreto de sódio
- Água estéril
- Benzoína
- Eucalipto
- Espaço confinado ou aparelhos de nebulização, outros compostos associados (em ambiente hospitalar)
Fármacos mucolíticos
- Fisioterapia
- Estimular a tosse
-
Bromexina e dembrexina
- Provocam a hidrólise dos mucopolissacáridos, por libertação de enzimas lisossomais, aumentam a concentração dos AB na árvore respiratória por aumento da permeabilidade capilar
-
Acetilcisteína (N-acetilcisteína, Scarboximetilcisteína)
- Derivado da l-cisteína
- Quebra das ligações enxofre, diminui a viscosidade
- Vómitos e náuseas
- PO ou em aerossóis
- Derivado da l-cisteína
Fármacos antitussícos
- Consequências da tosse persistente
- Tosse recetores centrais/periféricos (não são tosses produtivas)
-
Antitussícos
-
Ação periférica
- não muito utilizados em med vet
- recetores na faringe
- Ex: Strephen
- Ação central - recetores de vómito na zona de trigger
-
Ação periférica
- Tosse produtiva
- Tosse não produtiva
Fármacos antitussicos
* Ação periférica
– Antiinflamatórios
– Mucolíticos
– Broncodilatadores
Fármacos antitussicos
* Ação central
Derivados de opiáceos
-
Tartarato de butorfanol (100x + eficaz do que a codeína)
- Opiáceo sintético; administrado PO ou parentérico (cão e
cavalo)
- Opiáceo sintético; administrado PO ou parentérico (cão e
-
Codeína (cão; em gatos causa hiperexcitação)
- Codeipronto → MSRM ! → pode ser utilizado como droga
- Hidrocodona (cães + potente que a codeína)
- Folcodina - depressão do centro da tosse
- Benzonatato (também é narcótico)
- Dextrometorfano - opiáceo semisintético encontrado em produtos de medicina humana, eficácia não comprovada nos animais de companhia (mas livros têm doses)
Fármacos broncodilatadores
Broncoconstrição:
* Libertação da acetilcolina- atua nos recetores muscarínicos M3
* Libertação da histamina
* Vago
Farmacos:
* Bloqueadores colinérgicos ou anticolinérgicos - Parasimpaticolíticos
* Antihistamínicos H1 - Difenidramina
* Agonistas adrenérgicos simpaticomiméticos
* Metilxantinas
Bloqueadores colinérgicos ou anticolinérgicos- Parasimpaticolíticos
- Atropina (IV)
- Glicopirrolato (IV)
- Ipatrópio
Utilizados quando animais têm asma/alergias
Efeitos secundários – ileo paralítico, midriase, taquicardia, mucosas secas
Provocam broncodilatação e diminuição da secreção de muco
Agonistas adrenérgicos-simpaticomiméticos
- Efredina (α+β1+β2)
- Epinefrina (α+β1+β2)
- Isoproterenol (α+β1+β2)
- Terbutalina (β2)- para gatos com severa broncoconstrição (PO ou I)
- Isoetarina (β2) pequenos animais
- Albuterol (β1+β2) cavalos e pequenos animais
- Clenbuterol (β1+β2) cavalos
- Salbutamol cães
Ligam-se às fibras ms. lisas e relaxam-nas
Estimulantes respiratórios
Procedimento cirurgico quando há uma overdose
cesarianas
- Doxapram - estimulante do SNC animais recém nascidos
- Nalaxona overdose por narcóticos
- Ioimbina overdose por xilazina
Descongestionantes nasais
● Provocam vasoconstrição permitindo uma melhor entrada de ar
* não aplicamos muito em animais de companhia mas funciona bem em cavalos (administram-se na narina)
* não há medicamento verterinário
Farmacos:
* Antihistamínicos H1
* Fármacos simpaticomiméticos
Antihistamínicos H1 como Descongestionantes nasais
No homem utilizam-se os inibidores antihistamínicos H1, a sua eficácia nos animais de companhia como descongestionante?
- Difenidramina
- Dimenidramina
Descongestionantes nasais
Fármacos simpaticomiméticos
(agonistas dos receptores α), sprays
Provocam constrição das arteríolas pré-capilares
- Efedrina
- Pseudoefredina
- Fenilefrina –utilizada em equinos para aliviar a congestão nasal e edema em cavalos anestesiados
Surfactante exógeno
- Bovinos recém nascidos com dificuldades respiratórias
- Surfactante é uma mistura de fosfolípideos e proteínas que reveste os alveolos e os bronquíolos mais finos
- Surfatante reduz a tensão superficial favorecendo as trocas gasosas
- Células alveolares tipo II produzem surfactante
- Beractant-bovino
- Calfactant-vitelo
Fármacos antineoplásicos
Na veterinária são administrados sob conta e risco → não existe medicamento veterinário → só é permitido sobre o decreto não sei o quê e aplicando a cascata
Fármacos citostáticos vs Fármacos citotóxicos
citostáticos - não permite a multiplicação da célula
citotóxico - tóxico para a célula
Adminstramos fármacos antineplásicos sozinhos ou associados a outras modalidades terapêuticas?
Nunca administrados sozinhos!
Pq têm muitos efeitos secundários (queda de pêlo, indução do vómito…) e detroi células neoplásicas e células saudáveis
Quimioterapia neoadjuvante e adjuvante
Dada antes de 1 cirurgia ou antes de uma radioterapia com o objetivo de diminuir a massa tumoral
Como vem a dose dos antineoplásicos?
em mg por m2
São fármacos muito tóxicos e por isso precisam de 1 dose muito precisa
Fármacos antineoplásicos
quais são
Fármacos convencionais
- Fármacos específicos do ciclo celular
- Fármacos não específicos do ciclo celular
- Outros fármacos
Novos fármacos antineoplásicos
- Fármacos dirigidos contra alvos moleculares
(pouco utilizados em vet)
Fármacos específicos do ciclo celular
► Inibidores da mitose
► Antimetabolitos
► Epipodofilotoxinas
► Antibióticos antitumorais
Fármacos inibidores da mitose
Atuam nas células que se dividem, criam 1 fuso mitótico
- Alcalóides da vinca (Vinca rosea)
- Vincristina, vinblastina, vinorelbina, risoxina e vindesina
- Taxanos (Taxus brevifolia e Taxus baccata)
- Paclitaxel e docetaxel
Alcalóides da vinca
Mecanismo de ação: Ligação à tubulina (dímeros β e α) impedindo a polimerização dos microtúbulos, bloqueio da mitose na fase M
Taxanos
Mecanismo de ação: Ligação ao dímero β da tubulina, formando-se microtúbulos defeituosos, acumulação das células na fase M da mitose
Vincristina e vinblastina
Farmacocinética: Má absorção oral, boa distribuição (excepto SNC - não atravessa a BHE), metabolização hepática (vinblastina -desacetilvinblastina), excreção biliar/fezes
Fármacos antimetabolitos
- Metotrexato,
- 5-fluorouracilo,
- citarabina,
- gemcitabina,
- 6-mercaptopurina,
- 6-tioguanina
Metotrexato
Inibe a redutase do dihidrofolato
(ácido dihidrofílico → ácido tetrahidrofílico)
5-Fluorouracilo
Fosforilado em ácido desoxiuridílico, inibe a sintetase do ácido timidílico, inibe a síntese do ADN; incorporado no ARN.
Contra-indicado em gatos
Citarabina
Fosforilada no interior da célula em trifosfato de citarabina e
incorporada no ADN, bloqueando a ADN polimerase (α e β)
Gemcitabina
Monofosfato, difosfato e trifosfrato de difluorodeoxicitidina;
o monofosfato inibe a redutase do ribonucleotídeo e o trifosfato inibe a incorporação da deoxicitidina no ADN
6-Mercaptopurina
6-Tioguanina
Fosforiladas na célula, impedem a síntese do ADN e do ARN
Epipodofilotoxinas
Etoposídeo e teniposídeo (Podophyllum peltatum)
Mecanismo de ação:
* Ligação à tubulina impedindo a sua polimerização, inibem a toposiomerase II
* Paragem das células na interfase S-G2
Farmacocinética:
* Absorção oral variável, metabolização hepática (glucoronoconjugação) e cerca de 40% é eliminado em natureza pela urina
Antibióticos antitumorais específicos do ciclo celular
Bleomicina
Mecanismo de ação:
* Antibiótico glicopeptídeo, liga-se ao ADN, as células acumulam-se na fase G2
Farmacocinética:
Má absorção oral, boa distribuição (pele e pulmões), degradada pela hidrolase tecidular e os seus metabolitos são excretados na urina
Fármacos não específicos do ciclo celular
► Alquilantes
► Platinantes
► Camptotecinas
► Antibióticos antitumorais
Fármacos alquilantes
Derivados da mostarda nitrogenada
* Ciclofosfamida, clorambucilo, melfalan, bussulfan
* provoca cistite hemorrágica externa → animais urinam sangue → como evitar? → Mesna (adjuvante da acrolaína), hidratrar muito os animais, passeá-los muito (faz + chichi → - contacto com o urotélio)
Derivados das nitrosureias
* Carmustina e lomustina
Mecanismo de ação:
* Ligações covalentes com o ADN, ARN e proteínas
Fármacos platinantes
Cisplatina e carboplatina
Mecanismo de ação:
Semelhante aos fármacos alquilantes
Farmacocinética:
* Cisplatina
* Má absorção oral, administração intravenosa ou intratumoral, 80% eliminada sob a forma de platina na urina, não pode ser administrada a gatos
* Carboplatina
* Semelhante à cisplatina, mas pode ser administrada a gatos
Camptotecinas
Irinotecan e topotecan (Camptotheca acuminata)
Mecanismo de ação: Inibidores da toposisomerase I (desenrola a cadeia de DNA)
Antibióticos antitumorais não específicos do ciclo celular
- Doxorrubicina,
- actinomicina D,
- mitomicina C
- mitoxantrone
Doxorrubicina
Inibe as enzimas topoisomerase II e ADN helicase, origina radicais livres de oxigénio, mais activa na fase S
→ + perigoso
fármaco de eleição para tratar cancro da mama
Cardiotóxica:
* metabolitos destroem miócitos → provoca cardiomiopatia dilatada
* tem de se controlar as doses pq tem dose cumulativa → ao atingir 1 certo valor não se pode administrar +
* Quando é metabolizada no fígado forma radicais livres e dexorrubicinol → exercício físico ajuda a proteger o coração contra os radicais livres
Actinomicina D
Intercala-se na dupla hélice do ADN impedindo a transcrição feita pela ARN polimerase
Mitomicina C
Funciona como um agente alquilante (estabelece ligações covalentes), mais eficaz em células hipóxicas
Mitoxantrone
Intercala-se entre as bases, inibindo a síntese do ADN e do ARN, inibe a topoisomerase II, acção mais importante na fase S
Outros fármacos neoplásicos
► L-asparaginase, hormonas e imunomodificadores
L-asparaginase
Enzima de origem bacteriana
Aproveitamento das diferenças bioquímicas entre células normais e neoplásicas
Hormonas
Corticosteróides
Estrogénios e antiestrogénios
Antiandrogénios
Imunomodificadores
Bacillus de Calmette-Guérin (BCG) → administrado diretamente no tumor (intratumoral) nos cavalos → chama linfócitos ao tumor
Mecanismos de resistência associados ao animal
- Má absorção
- Metabolismo rápido
- Excreção do fármaco
- Má tolerância aos efeitos do fármaco
- reações adversas após administração do fármaco
Mecanismos de resistência celular à ação dos
fármacos antineoplásicos
Forma como cada fármaco deixa de fazer efeito
- Alteração dos checkpoints do ciclo celular
- Diminuição da entrada (Metotrexato)
- Aumento ou alteração dos alvos (Vincristina e Cisplatina)
- Metabolismo (Bleomicina)
- Ativação (Citarabina)
- Glicoproteína-P (Alcalóides da vinca, Doxorrubicina, Taxanos)
- Compartimentação (célula neoplásica cria 1 espaço que permite que o farmaco não entre)
- Alteração nos fosfolípidos da membrana (Citarabina)
- Indução genes
- Aumento reparação dos danos
- Inibição da apoptose
Efeitos secundários dos fármacos antineoplásicos
Não existem diferenças qualitativas apreciáveis entre a bioquímica das células tumorais e as células normais
► Extravasão no momento da administração
► Pelo, medula óssea, epitélio gastrintestinal e epitélio germinativo das gónadas
► Reações anafiláticas (L-asparaginase, paclitaxel, doxorrubicina)
► Cistite hemorrágica estéril e carcinoma urotelial (ciclofosfamida)
► Cardiomiopatia dilatada (doxorrubicina)
► Toxicidade pulmonar (cisplatina)
►Neurotoxicidade (5-fluorouracilo, alcalóides da vinca)
Manipulação de fármacos antineoplásicos
Fármacos antineoplásicos
* Mutagénicas
* Carcinogénicas
* Teratogénicas
Lixo tipo 4
usar luvas e máscara (quer seja PO ou IV)
Em IV confirmar que cateter está na veia pq fora causa queimadura → fáramco que cai na mão queima e demora muito a cicatrizar
Quando cão defeca, dono tem de recolher com luvas e entregar na clínica para ser descartado como lixo do tipo 4
Preprarar sem em câmara de fluxo laminar vertical com lâmpada UV para esterilizar tudo → para não veincular nenhuma bactéria para o animal (que já está imunodeprimido)
Diuréticos
acção principal: aumentar a excreção de sódio, actuando a nível do rim.
Provocam aumento do volume da urina devido ao aumento da pressão osmótica no lúmen dos túbulos renais e diminuição do volume extracelular (sanguíneo). Aumentam a frequência de micção
São a pedra angular da terapia na gestão de animais com insuficiência cardíaca congestiva (ICC):
* caracterizado por edema pulmonar cardiogénico, efusão pleural, ascites, ou uma combinação destes sinais
3 classes:
* Diuréticos da ansa (+ eficiente e + potentes)
* Diuréticos tiazídicos
* Diuréticos poupadores do potássio
Diuréticos da ansa
- São os mais potentes e têm um tecto alto, permitindo serem utilizados de uma forma dose-dependente para tratar de forma suave a ICC com risco de vida
- Administrados por via oral ou parenteral
- Provocam hipocalémia
- Derivados das sulfonamidas
- A porção ascendente da ansa de Henle contém co-transportadores de sódio, potássio e cloro. Os diuréticos da ansa bloqueiam esse co-transportador fazendo com que os iões se mantenham no lúmen e sejam excretados com a água
Farmacos:
* Furosemida
* Torsemida
Furosemida
- é o diurético mais utilizado para tratar ICC em cães e gatos
- Atuam na porção ascendente da Ansa de Henle
- Pode-e administrar em conjunto com um fármaco anti-ritmico para evitar arritmias
- Inibe a reabsorção do sódio
- PO. IV
- Eliminação em natureza (80%) na urina e o resto glucoronoconjugado (hepático)
- Efeito 2-20min após administração. Duração de duas horas
-
Efeitos adversos:
- Hipocalemia. Desidratação. Fraqueza muscular
- Depressão do SNC. Colapso cardiovascular. Depleção de volume
- Gatos mais sensíveis – diminuir a dose
- Cuidados na administração:
- nas ampolas etm de se administrar logo senão degrada e torna-se tóxica
- não misturar com antibióticos pq precipita
Torsemida
- ++ recente
- Há poucos estudos e não se usa em vet
- é ~10 vezes mais potente e tem uma duração mais longa de acção que a furosemida com um efeito adverso semelhante perfil
Diuréticos tiazídicos
- leves a moderados em potência
- São tipicamente utilizados em conjunto com um diurético da ansa (por exemplo furosemida) em animais com ICC refractário grave
- Hidroclorotiazida e clorotiazida
- Bloqueio do Na+/Cl- cotransportador → sódio não é absorvido
- – potente que furosemida
- são raramente utilizados como diuréticos de primeira linha em cães e gatos. São utilizados principalmente em cães que se desenvolveram resistência furosemida → reduz-se a dose de furosemida e passa-se para este que tem - efeitos
Diuréticos poupadores do potássio
- insuficiência cardíaca direita ou hipocalémicos secundários à utilização de outros diuréticos, ou para aqueles animais refractários a outros agentes
- Espirinolactona
- Bloqueiam o movimento do sódio e do cloro e previnem a saída do potássio
- Hipercalémia
Outros fármacos diuréticos
- Metilxantinas
- Inibidores de anidrase carbónica
- Agentes osmóticos
Inibidores de anidrase carbónica
- anidrase carbónica → enzima que participa em várias reacções que permitem a entrada de água e sódio nas células do túbulo contornado proximal, por trocas iónicas
- Existe na superfície do túbulo contornado proximal e transforma H2CO3 em H20 e CO2 → impede que água seja absorvida → diurese obrigatória
Diuréticos osmóticos
- manitol, dimetil sulfóxido (DMSO), ureia, glicerol, e isosorboneto
- Eliminado em natureza na urina
- tem alta pressão osmótica
Fármacos que alteram o pH da urina
-
Agentes alcalinizantes urinários
- Usado para tornar a urina menos ácida e evitar a formação de de oxalato de cálcio, cistina e pedras de ácido úrico
-
Acidificante de urina
- cloreto de amónio é utilizado para tratar alcalose metabólica, dissolver certos tipos ou pedras urinárias (pedras estruvite), tratar certas toxicidades, ou aumentar a eficácia de certas antimicrobianos