Teste 2 Flashcards

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1
Q

Os ruídos rotatórios são produzidos pela contração do panicuo carnudo

A

V

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2
Q

O som claro é obtido á percussão de uma víscera oca ou com gás no interior

A

F (som timpânico ou subtimpanico)

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3
Q

Processos dolorosos do diafragma conduzem a uma respiração do tipo abdominal

A

F (do tipo costal)

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4
Q

A respiração de Biot e a sincoptica são exemplos de respiração alterada

A

V

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5
Q

O edema não inflamatório e caracterizado por dor, hiperemia e pode ser devido a estase circulatória

A

F (inflamatório)

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6
Q

O edema mecânico estase circulatória é indolor e frio

A

V

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7
Q

A respiração de Cheyne-stokes e a de kussmaul são exemplos de respirações alternadas

A

V

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8
Q

A tosse de origem extra respiratória pode ter origem mediastínica, neurogénica, gástrica, hepática ou útero-ovárica

A

V

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9
Q

A tosse pleural carateriza-se por ser seca e pouco intensa

A

F (seca e dolorosa)

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10
Q

A respiração de Biot caracteriza-se por apresentar intensidade e frequência normal associada a fases de apneia

A

V

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11
Q

A cianose define-se como a coloração azulada da pele e mucosas, associada a uma diminuição dos níveis de Hgb reduzida no sangue arterial capilar

A

F (aumento da Hgb reduzida)

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12
Q

A encefalite, a anemia e acidose metabólica podem ser causas de dispneia

A

V

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13
Q

A polipneia é uma respiração rápida e superficial

A

V

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14
Q

A ortopneia pode estar associada a situações de derrame pleural e pneumotórax

A

V

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15
Q

O pneumotórax interno está associado a rutura dos brônquios

A

V

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16
Q

No enfisema alveolar cronico, observa-se dispneia inspiratória, associada a tórax em tonel e hipertensão pulmonar

A

F (enfisema pulmonar)

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17
Q

Algumas das características clinicas de um transudado são: cor de âmbar ou incolor, p.e <1020 e proteína >25g/L

A

F (transudado é pobre em proteína)

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18
Q

Inflamação asséptica, rutura de esófago e peritonite infeciosa felina podem ser causas de piotorax

A

F

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19
Q

Segundo o mecanismo de produção, o enfisema pulmonar pode classificar-se me obstrutivo e vicariante

A

V

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20
Q

A presença de febre é característica clinica de todos os derrames pleurais

A

V

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21
Q

No derrame pleural em gatos os níveis de enzima LDH no liquido pleural, permitem fazer diagnostico diferencial entre transudado e exsudado

A

F (diferem na proteína)

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22
Q

O espirro e um mecanismo protetor que tem como função a limpeza das vias aéreas inferiores

A

F (superiores)

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23
Q

A tosse gorda e semi gorda são sempre de origem respiratória

A

F

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24
Q

Na tosse respiratória alta ou superficial a expetoração é abundante e de fácil eliminação

A

F (escassa)

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25
Q

Os recetores da tosse estão localizados principalmente nos bronquíolos e pulmões

A

F

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26
Q

A dispneia inspiratória é obstrutiva e a expiratória é restritiva

A

V

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27
Q

A dor abdominal crónica pode ser causa de picacismo

A

V

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28
Q

As alterações bucais de carácter inflamatório causam ptialismo

A

V

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29
Q

A polidipsia ocorre frequentemente em patologias gastrointestinais onde não existam vómitos nem diarreias

A

F (existam)

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30
Q

A polidipsia pode ser devida a uma insuficiência renal crónica

A

V

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31
Q

Sialorreia é a saída de saliva para o exterior da boca

A

V

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32
Q

O bolo regurgitado pode apresentar forma tubular e muco

A

F (não tem muco)

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33
Q

A regurgitação é mediada pela inervação intrínseca do esófago

A

V

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34
Q

A regurgitação é o sintoma mais frequente associado a doença esofágica ou gastro-esofágica

A

V

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35
Q

As esofagites, a obstrução esofágica, a estenose esofágica e o megaesófago são causas de regurgitação

A

V

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36
Q

A hipersiália, as deglutições repetidas e taquicardia são sintomas da ânsia do vómito

A

F (sintomas da náusea, bradicardia)

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37
Q

Um vómito contínuo e profuso pode conduzir a consequências clínicas graves, pelo que se deve dar atenção imediata

A

V

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38
Q

A diarreia osmótica é devida a um aumento da secreção ao nível do tubo digestivo

A

F (diarreia secretora)

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39
Q

A diarreia osmótica normalmente é acompanhada de perdas de proteínas

A

F (diarreia exsudativa)

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40
Q

A diarreia exsudativa produz-se quando a absorção de moléculas hidrossolúveis no intestino é pouco eficaz ou está ausente

A

F (diarreia osmótica)

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41
Q

Deterioração rápida do estado geral, desidratação grave e dor abdominal à palpação são sintomas duma diarreia crónica

A

F (aguda)

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42
Q

Numa diarreia do intestino grosso as fezes apresentam mau cheiro, são espumosas e sem muco

A

F (s/espuma, c/muco)

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43
Q

A dispneia de repouso é mais grave que a dispneia de esforço

A

V

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44
Q

O murmúrio vesicular é mais intenso durante a expiração

A

F (mais intenso na inspiração)

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45
Q

O murmúrio vesicular está aumentado de intensidade no enfisema

A

V

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46
Q

No edema alveolar ouve-se um som timpânico à percussão pulmonar

A

F (sub-maciço)

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47
Q

Os sibilos quando aparecem no início da respiração podem indicar estenose da laringe ou compressão da traqueia

A

V

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48
Q

Os estertores crepitantes finos, clinicamente significam aumento do fluido no interior dos brônquios

A

F

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49
Q

Um aumento da Meta hemoglobina no sangue causa cianose central

A

V

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50
Q

As enteropatias com perda de proteína podem conduzir a edema alveolar

A

V

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51
Q

O enfisema obstrutivo é devido a estenose difusa dos brônquios

A

V

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52
Q

No edema pulmonar agudo o aparecimento é brusco e existe cianose, taquicardia e diminuição do murmúrio vesicular

A

V

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53
Q

Na síndrome toraco-lombar os reflexos espinhais estão sempre exagerados nos membros pélvicos

A

F (podem ser normais)

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54
Q

A síndrome de Horner pode ser encontrado num paciente com síndrome cervical

A

V

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55
Q

Na síndrome miopática o animal pode exibir uma marcha rígida, saltitante

A

V

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56
Q

Depois de localizada a lesão, é útil a utilização do sistema VITAMIN-D.

A

V

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57
Q

O nervo oculomotor inerva o musculo obliquo dorsal.

A

F

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58
Q

A reacção de hemipostura pode ser útil no diagnóstico de um gato com uma neoplasia cerebral

A

F

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59
Q

O clónus representa em termos topográficos o mesmo que o reflexo exagerado

A

V

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60
Q

As lesões do nervo troclear no cão, apesar de frequentes, são de difícil diagnóstico clínico.

A

F (não são frequentes)

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61
Q

As lesões do nervo troclear no cão, apesar de frequentes, são de difícil diagnóstico clínico.

A

F (não são frequentes)

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62
Q

Quando é utilizado o canto lateral para a realização do reflexo palpebral, é o ramo maxilar do trigémeo que constitui a porção aferente

A

V

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63
Q

O reflexo de Babinski só pode ser obtido em cães com lesão da medula espinhal a nível da última vértebra sagrada.

A

F (Estes reflexos não são possíveis de obter em animais adultos considerados normais. A sua existência está relacionada com uma desconexão entre o arco reflexo e os NMS, pela perda da influência de natureza inibitória que é normalmente exercida pelos NMS)

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64
Q

O estado de delírio indica geralmente uma disfunção do tronco cerebral

A

F (Cerebelar)

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65
Q

O teste de “carro-de-mão” pode ser útil na detecção de problemas craniais ao segmento medular L3.

A

F (reações posturais não localizam a topograficamente a lesão)

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66
Q

O reflexo gastrocnémio caracteriza-se por extensão do curvilhão, a sua fiabilidade é superior à do reflexo tibial.

A

F (Inferior)

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67
Q

O reflexo extensor cruzado é considerado normal num animal que se encontre em posição de estação.

A

V

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68
Q

Dentro das funções atribuídas ao nervo facial está incluída a função simpática dirigida para a glândula lacrimal dorsal.

A

F (Parassimpática)

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69
Q

Numa lesão da medula espinhal em C3 a atrofia muscular dos membros é rápida a estabelecer-se

A

F

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70
Q

A monoparesia pode ser observada na síndrome lombo-sagrada.

A

F (L4-S3)

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71
Q

O aparelho locomotor está dividido em duas partes: axial e subaxial

A

F (axial e abaxial)

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72
Q

A avaliação neurológica deve ser realizada em andamento e em repouso

A

V

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73
Q

A avaliação do ligamento cruzado posterior faz-se pelo movimento de gaveta e teste de compressão tibial

A

F (lig. cruzado anterior)

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74
Q

No exame do animal deitado, o exame do membro posterior tem início na pélvis e termina no pé

A

F (ao contrario)

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75
Q

A palpação avalia: músculos, tendões e ligamentos, ossos e articulações

A

V

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76
Q

O pé do cão pode assumir a forma de pé de galinha, ou pé de coelho

A

F (pé de gato ou pé de coelho)

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77
Q

Os movimentos passivos são aqueles resultantes da contração muscular passiva inerente ao próprio animal

A

F (resultam de forças externas)

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78
Q

Na escala de avaliação da gravidade do distúrbio locomotor, o grau III corresponde a um distúrbio de locomoção, mas com membros que suportam o peso

A

F (que não suportam sempre)

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79
Q

A palpação retal pode fazer parte do exame da coluna vertebral (últimas vértebras lombares)

A

V

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80
Q

O exame neurológico pode ser um exame complementar da avaliação do aparelho locomotor

A

V

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81
Q

Num gráfico sinais clínicos-tempo os processos degenerativos e infeciosos seguem o mesmo curso

A

F

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82
Q

Uma lesão neurológica em progressão e lenta, apresenta um pronóstico pior que o de uma lesão que atingiu o seu pico de gravidade e se encontra agora numa fase de resolução

A

F

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83
Q

Uma desconexão completa sobre a formação reticular e o córtex cerebral pode ser responsável por uma situação de estupor

A

V

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84
Q

Nas lesões medulares a ultima função que se perde é a sensibilidade profunda

A

V

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85
Q

A rigidez descerebral é caracterizada pela presença de opistotonos e extensão dos 4 membros

A

F (opistótonos ocasionalmente)

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86
Q

O aumento do tónus nos membros anteriores com paralisia flácida dos membros posteriores caracteriza o fenómeno de Schiff-Sherrington

A

V (Postura de Schiff-Sherrington: Surge em lesões agudas, com aumento do tónus muscular nos membros torácicos (movimento e reações posturais são normais), com paralisia dos membros pélvicos; Por lesão lombar (L1-L7))

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87
Q

A diferença entre paresia e paralisia reside apenas no local da lesão

A

F (paresia: défice nos movimentos voluntários
paralisia: ausência completa de movimentos voluntários)(na gravidade, o local é o mesmo)

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88
Q

Em neurologia veterinária é geralmente mais fácil reconhecer um quadro clinico de hipermetria do que hipometria

A

V

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89
Q

O reflexo tibial cranial representa o reflexo miotatico mais importante na avaliação no membro posterior

A

F (patelar)

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90
Q

O reflexo extensor radial do carpo permite avaliar o n.radial e os segmentos medulares L4-L6

A

F (C7-T2)

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91
Q

A ausência de reflexo patelar pode estar associado a uma lesão do n.femoral

A

V

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92
Q

Os reflexos flexor perianal e do paniculo cutâneo são considerados reflexos especiais

A

F (nociocetivos)

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93
Q

A atrofia muscular é lenta e moderada em lesões do NMS

A

V

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94
Q

A dismetria é geralmente causada por patologia cerebral

A

V

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95
Q

A reação posternal extensora de contacto com o solo permite avaliar os sintomas propioceptivos

A

V

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96
Q

Um dos sintomas da constipação pode ser o vómito, devido à ação das toxinas sobre CTZ

A

V

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97
Q

São causas da constipação a estenose do reto, hipertrofia da próstata, desidratação

A

V

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98
Q

Se o tenesmo é contínuo sem emissão de fezes indica a presença de uma lesão obstrutiva

A

V

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99
Q

Tenesmo é a defeção difícil e/ou dolorosa, geralmente associada a lesões junto ao ânus

A

F (disquesia)

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100
Q

Depressão, desconforto, anorexia e vómito, podem ser sintomas de coprostase (acumulação de fezes no IG)

A

V

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101
Q

A flatulência e os borborigmos afetam mais os cães do que os gatos

A

V

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102
Q

A presença de um corpo estranho traumático na porção distal do intestino pode causam melena (sangue digerido)

A

F (hematoquesia – sangue em natureza)

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103
Q

A melena pode estar associada a um traumatismo do reto

A

F (hematoquesia)

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104
Q

A contração bifásica é uma característica do retículo

A

V

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105
Q

A contração primária inicia-se por uma contração bifásica do rúmen

A

F (retículo)

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106
Q

A taxa de contração secundária depende da pressão de gás no saco ventral do rúmen

A

F (dorsal)

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107
Q

A ruminação reduz o tamanho das partículas, potenciando a ação microbiana

A

V

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108
Q

Os produtos da fermentação ruminal são totalmente absorvidos pela mucosa ruminal

A

F (são absorvidos ou continuam o seu trajeto)

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109
Q

A frequência normal de contrações ruminais na vaca é de 7 a 12/5 min

A

V

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110
Q

O reflexo da goteira esofágica é desencadeado pelo nervo vago ventral

A

F (dorsal)

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111
Q

A goteira esofágica permite a passagem do leite do esófago para o abomaso

A

V

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112
Q

A patologia digestiva, no ruminante, está frequentemente acompanhada de alterações retais e da frequência respiratória

A

F (inapetência ou anorexia, dificuldades na ruminação/eructação, perfil anómalo do abdómen, consistência anómala do conteúdo abdominal, anomalias na quantidade e aspeto das fezes)

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113
Q

A putrefação da ingesta ruminal apresenta um odor pútrido e amoniacal e baixo nº de protozoários e bactérias a nível ruminal

A

V

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114
Q

A alcalose ruminal pode apresentar-se como um processo primário ou secundário

A

F (não é primário, ocorre associado a outras patologias)

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115
Q

A reticulite traumática ocorre com maior predominância em pequenos animais

A

F (ocorre em bovinos, rara em peq.rum)

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116
Q

O timpanismo caracteriza-se pela distensão anómala, por acumulação de gás, no ruminante associada ao seu excesso de produção

A

V

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117
Q

A distensão moderada do rúmen é um estímulo excitatório do centro gástrico

A

V

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118
Q

A distensão grave do rúmen é um estímulo excitatório do centro gástrico

A

F (inibitório)

119
Q

A diminuição do pH ruminal é um inibitório do centro gástrico

A

F

120
Q

A dor é um poderoso estímulo excitatório do centro gástrico

A

F (inibitório)

121
Q

A ruminocentese serve para estimular a contração reticulo-ruminal

A

F (avaliar o fluído ruminal)

122
Q

Na anamnese sobre a descrição do vómito que características deve avaliar

A
  • Duração do vómito:
    • agudo
    • crónico
  • Frequência:
    • esporádico
    • repetido
  • Quantidade:
    • grande volume (vómito alimentar)
    • pequeno volume (vómito repetido, por exagerada sensibilidade da parede gástrica)
  • Momento do vómito:
    • precoce (alimento não completamente digerido)
    • tardio (alimento digerido ou por digerir);
  • Aspeto:
    • precoce (materiais por digerir);
    • tardio (digeridos);
    • viscoso (c/muco);
    • bilioso (c/bílis);
    • picacismo (areias, terra);
    • sangue vivo (hematémese);
    • sangue digerido (erosão, ulcera..)
  • Cheiro:
    • carnívoros – ácido;
    • sangue – hematémese;
    • amoniacal – azotemias;
    • fétido – vómitos fecaloides
123
Q

Diarreia aguda

A

▪ Desencadeamento rápido;
▪ Rápida deterioração do estado geral;
▪ Dor abdominal à palpação;
▪ Desidratação grave;
▪ Desequilíbrios electrolíticos;
▪ Acidose metabólica;
▪ Pode acompanhar-se de vómitos.

Pode ser do tipo osmótica, exsudativa, secretora e por alterações de motilidade.

Etiologia:
* problemas alimentares,
* problemas idiopáticos,
* pacreatite aguda,
* gastroenterite hemorrágica,
* lesões intestinais estruturais,
* afeções metabólicas.

124
Q

Diarreia crónica

A

▪ Processo lento (2/3 semanas);
▪ Lenta deterioração do estado geral;
▪ Dor abdominal pouco marcada;
▪ Desidratação moderada;
▪ Geralmente não apresenta vómitos.

Etiologia:
* má absorção e má digestão intestinal (enteropatia exsudativa, IPE, inflamatory bowel disease)

125
Q

Tipos de diarreia

A
  • Diarreia osmótica
  • Diarreia secretora
  • Diarreia exsudativa
  • Diarreia por hipermotilidade
  • Diarreias mistas
126
Q

Diarreia osmótica

A
  • absorção de moléculas hidrossolúveis é pouco eficaz – H2O retida nas fezes;
  • má absorção,
  • má digestão (mudanças na dieta, intolerância à lactose),
  • sobrecarga alimentar,
  • laxantes;
127
Q

Diarreia secretora

A

Aumento da secreção ao nível do intestino.

Em condições normais existe secreção constante de fluidos para o lúmen intestinal e absorção deste para o sangue. Este balanço é, em condições normais, a favor da absorção. Se ocorre aumento da secreção ou diminuição da absorção verifica-se perda de grandes volumes de água nas fezes

128
Q

Diarreia exsudativa

A

aumento da permeabilidade epitelial e perda de proteína;
ulceração ou erosão da mucosa, obstrução linfática ou hipertensão venosa da veia porta

129
Q

Diarreia por hipermotilidade

A

diminuição dos movimentos de segmentação (mucosa fica menos tempo em contacto com o alimento) e aumento dos movimentos peristálticos

130
Q

Diarreia do intestino delgado

A
  • Nº de dejeções normal ou ligeiramente ↑;
  • Muito volumosas;
  • Mau cheiro;
  • Espumosas e sem muco;
  • Esteatorreia, com restos de alimentos por digerir;
  • Melena (se existir sangue);
  • Flatulência e borborigmos ↑;
  • Sem tenesmo;
  • Rápida perda de peso;
  • Vómito é comum estar associado;
  • Halitose pode estar presente;
  • Apetite normal ou diminuído.
131
Q

Diarreia do intestino grosso

A
  • Nº de dejeções ↑;
  • Pouco volumosas;
  • Cheiro menos intenso;
  • Sem espuma e com muco;
  • Sem esteatorreia ou restos por digerir;
  • Melena ou hematoquesia;
  • Flatulência e borborigmos normais;
  • Tenesmo e diquesia frequente;
  • Perda de peso pouco frequente;
  • Vómito pode estar presente;
  • Apetite normal;
  • Halitose ausente.
132
Q

Etiologia da polidipsia

A

Patológicas:
* desidratação,
* perda de líquidos orgânicos (diarreia, vómitos, ascite),
* diabetes mellitus,
* diabetes insípidús,
* insuf. Renal crónica

Fisiológicas:
* exercício físico,
* aumento da temperatura ambiente,
* ingestão de alimento seco.

Causas de hipodipsia ou adipsia:
* afeções do sistema nervoso,
* afeções GI sem vómito ou diarreia
* processos associados à febre.

133
Q

Picacismo: causas e efeitos

A

Apetite anormal, com ingestão de alimentos que não são alimento normal.

Causas:
* deficiências alimentares (vitaminas, minerais e aa.),
* dores abdominais crónicas (peritonites, gastrites, etc),
* stress ambiental
* alterações do SNC (raiva).

Tipos:
* osteofagia (ossos),
* infantofagia (recém-nascidos),
* coprofagia (fezes),
* pterofagia (penas),
* pilofagia (pelo),
* geofagismo (terra)
* canibalismo (partes de animal da mesma espécie)

134
Q

Melena vs. Hematoquesia

A

Hematoquesia: presença de sangue em natureza nas fezes, associado a hemorragia na porção distal do intestino, corpos estranhos traumáticos, traumatismo do reto e lesão do cólon.

Melena: presença de sangue digerido nas fezes, surge associado a hemorragia do trato GI anterior, sangue com origem na cavidade oral, faríngea ou trato respiratório (sangue deglutido), problemas de coagulação, fêmeas pós-parto (ingestão da placenta).

135
Q

Definir tenesmo e disquesia. Quais são as causas?

A

Tenesmo: adoção de uma postura de defecação contínua/descontínua, com sinal de esforço, com ou sem expulsão de fezes, associado a defecação e/ou micção, surge de problemas do cólon/reto, urogenitais, perianais e alterações da cavidade abdominal caudal.

Disquesia: defecação difícil e/ou dolorosa, geralmente associada a lesões no/ou junto ao ânus.

Etiologia: Constipação, colites, neoplasias, corpos estranhos; cictite, uretrite, vaginite, cálculos uretrais ou císticos, prostatomegália; abcessos do saco anal, neoplasia do saco anal, hérnia perianal, fistula perianal; massas ou fraturas da pélvis.

136
Q

Fisiopatologia da constipação e obstipação

A

Constipação: defecação infrequente, ausente ou difícil associada a retenção de fezes no cólon e reto.

Etiologia: qualquer afeção que impeça a passagem das fezes através do cólon por defeitos na função muscular/nervosa, obstrução luminal, supressão da vontade de defecar; exemplos:
* Alimentar e ambiental: ossos, pelos, CE, alterações nos hábitos ou ambiente;
* Defecação dolorosa: fistulas perianais, saculite, dor, traumatismos ou tumores;
* Obstrução mecânica: hipertrofia prostática, diminuição pós-traumatica do canal pélvico, tumor ou massa do colon ou reto ou estenose do reto;
* Doença neurológica: incapacidade de adotar uma posição defecação, deficiente enervação do colon, disfunção do SNC, paraplegia, doença na medula espinhal;
* Doença metabólica ou endócrina: debilidade por fraqueza geral ou desidratação, alterações no ms liso intestinal por hipotiroidismo, hipertiroidismo, hipocalémia;
* Drogas: anticolinérgicos: atropina, anti-histamínicos, sulfato de bário ou opioides.

Obstipação: constipação prolongada, provoca impactação grave do cólon e reto, os animais são incapazes de eliminar a massa fecal

137
Q

Sintomas e diagnóstico da constipação

A

Sintomas:
* depressão,
* desconforto,
* inapetência,
* fraqueza
* vómito.

Diagnostico:
* identificação: cães velhos por vezes sofrem disto por sedentarismo, gatos apresentam megacólon idiopático;
* anamnese: quando defecou pela ultima vez, o que come, sofreu algum traumatismo, etc;
* exame físico: massa colónica dura;
* exame retal – reto vazio;
* exame complementar: raio x, endoscopia, biopsia.

138
Q

Vómito vs. Regurgitação

A

Regurgitação: expulsão passiva pela boca ou fossas nasais do conteúdo do esófago ou estômago, fisiológico em ruminantes e raro em equinos

Vómito: ato reflexo, caracterizado pela expulsão forçada do conteúdo gástrico e/ou intestinal através da boca exceto em cavalos e bovino

139
Q

Regurgitação

A
  • Mediada pela enervação intrínseca do esófago e não pelo centro do vómito;
  • Sem náusea, sem ânsia de vómito;
  • Sem bílis;
  • Pode ter sangue (não digerido);
  • Pode haver distensão do esófago cervical;
  • pH>4;
  • Forma +/- tubular;
  • Pode ocorrer aquando a ingestão ou horas depois.

Etiologia:
* esofagites (corpo estranho ou refluxo gástrico),
* obstrução esofágica,
* estenose esofágica (após cirurgia, persistência do 4º arco aórtico),
* doenças neuromusculares (megaesófago, hipomotilidade, atonia do esófago, miastenia gravis).

140
Q

Vómito

A
  • Iniciado e controlado pelo SNC;
  • Trata-se de uma síndrome;
  • Regulado pelo centro do vómito;
  • Com náusea e com ânsia do vómito;
  • Pode ter bílis;
  • Pode ter sangue (digerido ou não);
  • Sem distensão do esófago cervical;
  • pH≤4;
  • Sem forma;
141
Q

Vómito. Causas e consequências.

A

É um ato reflexo, caraterizado pela expulsão forçada do conteúdo gástrico e/ou intestinal pela boca.
Trata-se de um mecanismo fisiológico protetor quando previne a entrada de substancias nocivas para o intestino.

Causas: problemas dietéticos; parasitismo interno; causas infeciosas (esgana, parvovirose, panleucopénia)

Consequências: perda de fluidos (desidratação), eletrólitos (desequilíbrio eletrolítico – Na+, Cl-, K+ diminuídos) e nutrientes (desequilíbrio acido-base), má nutrição

142
Q

Os 4 estímulos que desencadeiam o vómito

A
  • Quimiorrecetores:
    • Centrais: localizados na QTZ, que está localizada fora da barreira hematoencefálica, logo é sensível a substâncias toxicas no sangue ou LCR; ex: toxinas bacterianas ou urémicas, digitálicos, AB.
    • Periféricos: recetores no duodeno, língua, terminações dos nervos olfativos e na mucosa gástrica.
  • SNC: o medo, stress, excitação ou estímulos visuais ou olfativos vão estimular um vomito ssicogénico pelo córtex cerebral; traumatismo craniano, hipertensão intracraniana, lesões inflamatórias ou tumores do encéfalo causam vómito por estimulação do sistema límbico.
  • Aparelho vestibular: têm origem nos canais semicirculares do ouvido interno e são transmitidos ao centro do vómito pelo par VIII. A estimulação aferente passa para os núcleos vestibulares e pelo cerebelo atingindo o centro do vómito pela CTZ. Ex: enjoo dos transportes, inflamação dos canais semicirculares.
  • Influxos viscerais periféricos: estão presentes no TGI, pâncreas, fígado, peritoneu, trato urinário etc. São estimulados por irritação química, inflamação, distensão ou variação da osmolaridade. São associados a dor grave e são conduzidos ao centro do vómito pelo nervo vago e enervação esplânica simpática. Ex: gastroenterite, hepatite, obstrução do trato urinário.
143
Q

Fases do vómito

A

É constituído por 3 fases:
* Náusea: precede o vómito; hipersiália, deglutições repetidas, abatimento, bradicardia. Há diminuição do tónus gástrico e iniciam-se contrações anti-perisálticas do jejuno e duodeno (o que explica o conteúdo intestinal proximal para o estômago);
* Ânsia de vómito: movimentos inspiratórios bruscos do diafragma e da parede torácica (com a glote fechada) e contrações dos ms abdominais. O corpo do estomago relaxa e o antro-pilórico contrai-se. O conteúdo gástrico não chega a passar para o estômago porque os ms do hiato esofágico que rodeiam o cárdia estão contraídos.
* Vómito propriamente dito: conteúdo gástrico é expelido quando os ms do hiato esofágico relaxam. Temos contrações dos ms expiratórias e ms abdominais.

144
Q

Defina flatulência e borborigmos, e as causas

A

Flatulência: passagem anal dos gases intestinais.
Borborigmos: ruídos causados pela progressão dos gases através do TGI.

Causas: tipo de alimentação, má absorção, má digestão e aerofagia.

145
Q

O que entende por disfagia e quais são os sintomas?

A

É a dificuldade ou impossibilidade de deglutir o bolo alimentar.
Pode ser disfagia orofaríngea ou esofágica.
Sintomas: sialorreia (secreção abundante de saliva), movimentos seguidos de deglutição, patas na boca e garganta.
Como método complementar podemos realizar uma endoscopia.

Etiologia:
* Infeciosa: estomatites virícas e bacterianas; raiva (paralisia da laringe); tétano (paralisa dos ms faciais); amigdalite.
* Imunomediada: lupo eritematoso sistémico.
* Neurológica: lesão nervos periféricos.
* Metabólicas: estomatites urémicas.
* Nutricionais: défices de vit C.
* Físicas: fraturas.
* Quimica: queimaduras térmicas.

NOTA: a disfagia pode ser parcial se o animal não deglute sólidos a partir de determinada dimensão ou absoluta, quando o animal não deglute nem sólidos nem líquidos.

146
Q

Timpanismo gasoso vs. Espumoso

A

Timpanismo trata-se uma distensão anómala com gás dos pré-estômagos do ruminante. Existem três tipos:
* Espumoso (primário)
* Gasoso (secundário)
* Espontâneo (vitelos)

Espumoso: primário, devido a dietas que levam à formação de espuma estável (leguminosas e pastagens muito verdes), consumo de rações muito concentradas (é produzida uma mucoproteína bacteriana que estabiliza a espuma); a saliva tem função antiespumante.

Gasoso: secundário, por obstrução esofágica (corpos estranhos, tumores, hérnias, decúbito lateral, anestésicos) ou por falha ruminal (acidose, ruminite, indigestão vagal).

147
Q

Referir os estímulos para a motilidade reticulo-ruminal

A

Excitatórios:
* Ingestão de alimento;
* Distensão moderada;
* Recetores de pH abomasais;
* Ordenha;
* Massagem no útero;
* ↓ temperatura ambiente.

Inibitórios:
* Febre;
* Dor;
* Distensão moderada a grave;
* ↑concentração AGV.

148
Q

Fases de contração ruminal

A

Motilidade reticulo-ruminal: Servem para misturar a ingesta, promovendo a normal estratificação, auxiliam a a eructação de gás, conduzem fluidos e alimento fermentado para o omaso. Se a mobilidade cessar surge impactação. Há uma maior frequência durante a ingestão.

Contração primária e secundáaria

149
Q

Contração primária ou de mistura

A
  • Iniciada pelo centro gástrico da medula oblonga;
  • Mediada pelo nervo vago
  • Inicia-se por uma contração bifásica de retículo -> ouve-se a contração reticular e em seguida sente-se uma contração ruminal (na palpação).
150
Q

Contração secundária ou eructação

A
  • SÓ RUMEN
  • Ocorre independentemente da primária e são menos frequentes
  • Mediada pelo nervo vago dorsal
  • A sua taxa depende da pressão do gás no saco dorsal do rumen- recetores de pressão da cárdia
  • Há silêncio reticular – sente-se a contração ruminal (na palpação)
151
Q

Fisiopatologia da cólica gástrica

A

A cólica é uma dor que reside na cavidade abdominal. Uma cólica verdadeira reside no trato digestivo, enquanto
falsa provem de outras vísceras abdominais; é uma dor com um limiar de excitação bastante alto, que se comporta em ondas. Reflete-se em ciclos e é típica de vísceras com parede muscular oca.

Predisposições fisiológicas:
* Estômago: trânsito curto 30 min e pouca capacidade;
* ID: pouca permanência, cerca de 2h; digestão breve e contrações da parede muito fortes e rápidas;
* IG: transito pode demorar até 50h, acompanhado de absorção de líquidos pode endurecer o alimento e criar dificuldade na sua mobilidade; a mucosa retal também é bastante frágil, sendo predisposta a roturas; a fibra não atua como laxante; IG contém cerca de 1/3 do total de agua do organismo, por isso uma afeção nesta área causaria uma grave desidratação

152
Q

Tipos de cólicas

A

Gástricas:
* Dilatações agudas (alimentação, parasitoses massivas, sobrecargas);
* Roturas de estômago;
* Úlceras gástricas;
* Espasmo pilórico ou indigestão estomacal.

Intestino:
* Enterite espasmódica (exercício, frio, etc);
* Enterire anterior;
* Retenção fecal ou sobrecarga (fermentações anómalas ou alimentos flatulentos);
* Tromboembólicas (estrongilose);
* Oclusões intestinais associadas a:
* Obstrução (parasitas, CE, enterólitos);
* Vólvulos;
* Torções;
* Invaginações.

153
Q

Predisposições anatómicas para a cólica
Cavidade bucal

A
  • Lesões nas peças dentárias;
  • Úlceras;
  • Má estrutura dos dentes;
  • Muda de dentes.
  • Fratura da mandíbula, paralisia da língua, glossite, estomatite e raiva causam disfagia oral também
154
Q

Predisposições anatómicas para a cólica
Esófago:

A
  • parede muito potente;
  • inserção oblíqua e penetração profunda (dificulta o vómito);
  • luz muito estreita (3cm e só dilata até 5 ou 6 cm).
155
Q

Predisposições anatómicas para a cólica
Estômago

A
  • Cárdia (ms.helicoidal impossibilita o vómito); quando vencida não há refluxo à boca, devido ao palato mole e faringe;
  • Pouca capacidade (15L) enquanto o volume da ingesta pode chegar até 40L.
156
Q

Predisposições anatómicas para a cólica
ID

A
  • Parede muito potente e flexuosa;
  • Mesentério forte e muito vascularizado;
  • Tempo de permanência muito curto - movimentos peristálticos muito rápidos e fortes.
157
Q

Predisposições anatómicas para a cólica
IG

A
  • Grande capacidade (ceco – 30L; total – 190L);
  • Verdadeiras cubas de fermentação bacteriana;
  • Grande tempo de permanência (50h);
  • Estreitamentos (válvulas ileocecal e cecocólica - disposição craneal facilita a entrada mas dificulta a saída);
  • Curvatura pélvica e esternal.
158
Q

Provas de campo para avaliação do fluido ruminal

A
  • Cor, cheiro, pH e viscosidade.
  • Presença de bactérias e protozoários.
  • Controlo de concentração de cloro.
  • Redução do azul-de-metileno.
  • Sedimentação/Flutuação.
159
Q

Quais os sinais que sugerem patologia digestiva nos ruminantes?

A
  • Inapetência ou anorexia.
  • Dificuldades na eructação e/ou ruminação.
  • Perfil anómalo do abdómen.
  • Consistência anómala do conteúdo abdominal.
  • Anomalias na quantidade e aspeto das fezes.
160
Q

Descreva os sinais clínicos do edema pulmonar. Refira as alterações na função pulmonar no período alveolar.

A

O edema pulmonar é um excesso de líquido extravascular no espaço intersticial e/ou alvéolos pulmonares.

Causa
* um aumento da pressão hidrostática capilar,
* diminuição pressão oncótica do plasma,
* aumento da permeabilidade capilar,
* diminuição da circulação linfática
e tem uma etiologia pouco clara ou frequente.

161
Q

Edema pulmonar: Alterações da função pulmonar

A
  • Período de edema intersticial:
    • Alteração da distribuição: estreitamento das vias que leva a uma ventilação não uniforme;
    • Alteração da difusão: espessamento da membrana alvéolo-capilar.
  • Período de edema alveolar:
    • IR por hipoventilação alveolar generalizada;
    • Liquido + ar forma espuma que aumenta a IR;
    • Menor distensibilidade do pulmão;
    • Alteração da difusão por espessamento da membrana alvéolo-capilar.
162
Q

Quadro clinico: Edema alveolar crónico:

A
  • lento e progressivo;
  • edema intersticial e só algum grau de alveolar;
  • tosse noturna e não produtiva;
  • taquipneia de exercício que evolui até repouso e causa alterações cardíacas, síndrome urémico e bronquite crónica.
163
Q

Quadro clinico: Edema alveolar agudo

A
  • rápido e brusco;
  • edema alveolar;
  • leva à morte do animal em curto espaço de tempo;
  • dispneia por IR grave;
  • ortopneia e dispneia noturna por ICE;
  • respiração de cheyne-stokes com hipoxemia intensa;
  • cianose;
  • taquicardia;
  • tosse com expetoração do liquido do edema;
  • som submaciço à percussão;
  • diminuição do murmúrio vesicular e estertores húmidas.
164
Q

Causas da tosse extrarrespiratória

A

Irritação direta do N.Vago:
* alterações patológicas mediastínicas;
* alterações dos ramos abdominais do N.vago.

165
Q

Mecanismos da tosse respiratória

A

A tosse respiratória pode ser anterior/alta/supercial (forte, seca, expetoração escassa e fácil de eliminar) ou posterior/baixa/profunda (suave, húmida, expetoração abundante e difícil de eliminar).

Fatores irritantes:
De origem respiratória - irritação das zonas tussígenas:
* mucosa laríngea;
* árvore traqueal;
* bifurcações bronquiais;
* parênquima pulmonar;
* serosa pleural.

Mecânicos:
* partículas de pó, fumo, carvão;
* secreções do ap.respiratório;
* corpos estranhos;
* compressões externas, tumores;
* broncoconstrição brusca.

Outros:
* inflamação;
* químicos ou térmicos (ar muito frio).

166
Q

Sons respiratórios

A

Relacionados diretamente com a velocidade do fluxo de ar e com o lumen das vias respiratórias.

  • Sopro Laringo-traqueal: passagem do ar de zonas largas para zonas estreitas (laringe/traqueia)
  • Murmúrio vesicular: distensão dos alvéolos pulmonares durante a inspiração, ouve-se no centro da parede torácica (não se ouve no bordo porque os pulmões são delgados)

Sons pulmonares normais variam de acordo com:
* Espessura da parede torácica;
* Idade do animal;
* Padrão dos movimentos respiratórios;
* Local de auscultação.

São gerados por fluxo turbulento nas grandes vias aéreas (>2mm). Pequenas vias (< 2mm) não produzem som audível.

167
Q

Aumento na intensidade /audibilidade sons respiratórios

A
  • Exercício
  • Doença trato respiratório
  • Ansiedade
  • Elevada temperatura ambiental
  • Acidose
  • Anemia grave
  • Insuficiência Cardíaca
168
Q

Diminuição na intensidade /audibilidade dos sons cardíacos

A
  • Generalizada
    • Obesidade
    • Parede torácica espessada
  • Regional
    • Ar
    • Fluido livre
    • Intestinos
  • A nível da cavidade pleural
169
Q

Adicionam-se aos sons respiratórios

A
  • Crepitações: descontínuos, curtos e não musicais;
    • Finas (curtas 1-10ms): menos intensas, abertura de bronquíolos e outras pequenas vías aéreas.
    • Húmidas/grosseiras (curtas 10-30ms): altas; explosão de borbulhas no muco.
    • ex: bronquite, broncopneumonia, congestão pulmonar e edema de pulmão.
  • Sibilância: Som contínuo, tom agudo e musical.
    • Passagem do ar por vías estenosadas: Inflamação, mucosidades;
    • Bronquite, bronquiolite, asma bronquial.
  • RONCO - Rhonchi:
    • Brônquios grossos;
    • Tom grave;
    • Frémito peitoral.
  • Sons pleurais:
    • Atrito pleural (pleurite seca: Não se modifica com a tosse; com frémito; não são musicais);
    • Chapinhamento pleural – derrame pleural.
170
Q

Insuficiência Respiratória Externa (falha fase pulmonar)

A

Pode ser por alterações em 4 processos:
* Alteração da ventilação
* Alteração da distribuição
* Alteração da perfusão
* Alteração da difusão

171
Q

Insuficiência Respiratória Externa (falha fase pulmonar)
Alteração da ventilação

A

hipoxemia, hipercapnia e acidose metabólica; afeta todos os alvéolos

  • Obstrutiva:
    • Intraparietal: CE, secreções bronquiais, produtos aspirados (vómito);
    • Parietal: tumores, espessamento da mucosa (inflamação), edema ou espasmo da laringe;
    • Extraparietal: compressão da via (tumores mediastínicos).
    • Clinicamente: bradipneia, batipneia, dispneia.
  • Restritiva:
    • Contração insuficiente dos ms respiratórios: depressão do centro respiratório, afeção dos nervos periféricos, afeção ms respiratórios, dor torácica aguda.
    • Aumento da resistência à expansão e retração pulmonar (alterações da pleura, diminuição distensibilidade pulmonar, aumento da pressão intra-abdominal impedindo o funcionamento do diafragma).
    • Clinicamente: taquipneia, polipneia, oligopneia, dispneia.
172
Q

Insuficiência Respiratória Externa (falha fase pulmonar)
Alteração da distribuição

A
  • Hipoventilação de parte do parênquima pulmonar;
  • Mecanismos obstrutivos e restritivos;
  • Hipoventilação compensatória dos alvéolos saudáveis;
  • Hipoxemia acompanhada ou não de hipercapnia;
173
Q

Insuficiência Respiratória Externa (falha fase pulmonar)
Alteração da perfusão

A

embolia pulmonar, ventilação normal

  • Aumento do espaço morto alveolar e espaço morto fisiológico.
  • Como mecanismos de compensação: broncoconstrição e o fluxo sanguíneo dirige-se a áreas bem ventiladas.
174
Q

Insuficiência Respiratória Externa (falha fase pulmonar)
Alteração da difusão

A

o ar está separado do sangue por epitélio alveolar, membrana basal do epitélio alveolar, membrana basal do capilar alveolar, endotélio capilar. O O2 funde-se mais lentamente.

  • A quantidade de gás que se difunde por min. por cada mm Hg de diferença de pressão parcial de cada lado da membrana está alterada por:
    • Aumento da espessura da membrana alvéolo-capilar: edema, pneumonia intersticial; há diminuição do leito capilar do pulmão, diminui área de difusão, diminui o tempo de contacto com o sangue.
    • Aceleração excessiva da circulação dos capilares.
175
Q

Insuficiência Respiratória Interna (falha fase tissular)

A
  • Hipóxia Hipóxica: incompleta saturação de Hgb (respiração em atmosfera pobre em O2, IR externa de qualquer tipo, há sempre hipóxia arterial);
  • Hipóxia Anémica: transporte de O2 pelo sangue insuficiente (anemia, ↓ Hgb, alterações tóxicas da Hgb não se dissocia do CO2, metahemoglobina (diminui associação de O2) e sulfohemoglobina (não transporta O2);
  • Hipóxia de Estase: circulação capilar lenta, ↓ fluxo capilar (pode afetar todos os capilares ou só alguns);
  • Hipóxia Histotóxica: transporte de O2 normal, mas não pode ser usado (intoxicação por produtos bloqueadores da cadeia respiratória, ↓ capacidade de aproveitamento de O2 pelos tecidos).
176
Q

Comparar Rigidez Descerebral com Rigidez Descerebelar

A

Rigidez Descerebral: extensão dos 4 membros e opistótonos ocasional, animal está em estupor ou coma, deve-se à perda de informação das estruturas craniais à tenda do cerebelo para os centros do mielencéfalo.

Rigidez Descerebelar: presença de opistótonos associado a extensão dos membros anteriores, flexão dos posteriores e estado mental normal, se houver um envolvimento das porções ventrais do cerebelo ocorre extensão dos 4 membros. Lesão cerebelar aguda.

177
Q

Definir Síndrome Cerebelar

A
  • Animal marcha com dismetria; s/paresia
  • Ataxia do tronco;
  • Tremores intencionais da cabeça e globos oculares
  • Afastamento dos membros em estação;
  • Atraso e exagero nas reações posturais;
  • Défice ipsilateral na resposta ao teste de ameaça com visão normal;
  • +/- anisocoria (pupila contralateral dilatada);
  • +/- opistótonos (raro);
  • +/- sinais vestibulares (raro).
178
Q

Reflexo do Tronco Cutâneo

A

Reflexo nociceptivo, permite avaliar a integridade dos ms. do tronco subcutâneo, aplicando um estímulo tátil na linha dorsal média da região toraco-lombar, utilizando um instrumento pontiagudo (pinça), de trás para a frente (da região lombo-sagrada até à cervico-torácica), em cada um dos lados da linha média para produzir resposta bilateral.

O ramo aferente (sensitivo) capta estímulo da pele, faz sinapse nos segmentos C8-T2 e os neurónios motores (N.torácico lateral) inervam os músculos.

Resposta: contração muscular e resposta comportamental (vocalização, girar a cabeça).

179
Q

Defina paresia, hemiparesia e paralisia.

A

Hemiparesia – paralisia incompleta do nervo ou músculo de um dos lados do corpo do animal que não perde inteiramente a sensibilidade e o movimento.

Paresia – fraqueza neurológica sem paralisia completa; défice nos movimentos voluntários. Os tratos motores facilitadores dos ms flexores e extensores encontram-se lesionados. Lesão abaixo do mesencéfalo caudal.

Paralisia – perda completa dos movimentos voluntários. A diferença entre paresia e paralisia é o grau de gravidade.

180
Q

Defina Pleurotónus

A

rotação a cabeça e tronco, realização de círculos ou desvio ocular para o lado afetado – lesão cranial à tenda do cerebelo.

181
Q

Defina Postura de Schiff-Sherrington

A

aumento do tónus ms nos membros torácicos com paralisia dos pélvicos. Lesão torácica ou lombar.

182
Q

Defina epasticidade

A

aumenta o tónus ms localizado nos membros em repouso ou movimento. Lesões no NMS.

183
Q

Defina ataxia

A

incoordenação de movimentos em que os membros se podem cruzar ou estarem afastados. Lesão das vias sensoriais da medula espinhal, cerebelo e sistema vestibular.

184
Q

Defina dismetria

A

estimativa incorreta da distância a avaliar durante o movimento (hipo ou hipermetria). Lesões no cerebelo ou vias cerebelares

185
Q

Síndrome Toracolombar (T3-L3)

A
  • Paresia/paralisia nos membros posteriores;
  • Défices nas reações posturais nos membros posteriores (lesão NMS);
  • Hiperestesia ao nível da lesão;
  • ↓ Sensibilidade causal à lesão;
  • Reflexo tronco cutâneo diminuído ou ausente;
  • Incontinência urinária (bexiga de NMS);
  • +/- Postura de Schiff-Sherrington.
186
Q

Síndrome Lombossagrada (L4-CD5)

A
  • Paresia/paralisia nos membros posteriores;
  • Défices nas reações posturais nos membros posteriores (lesão NMI);
  • Esfíncter anal dilatado;
  • Alterações do reflexo bulbocavernoso;
  • Incontinência urinária (bexiga de NMI);
  • Incontinência fecal;
  • Sinal de raiz;
  • Se afetar as caudais: paralisia ou paresia da cauda.
187
Q

Síndrome cervical (C1-C5) ou cervicotorácico (C6-T2)

A
  • Apenas dor cevical/rigidez ou espasmos musculares;
  • Tetraparesia ou tetraplegia,
  • Hemiparesia ou hemiplegia;
  • C1-C5: NMS para membros anteriores e pélvicos;
  • C6-T2: NMI para os membros torácicos e NMS para os pélvicos;
  • Síndrome de Horner: lesão das fibras simpáticas no funículo lateral da medula espinhal →Teste farmacológico realiza-se com a fenilefrina a 10%;
  • Dificuldades respiratórias por lesão do n. frénico (C5-C7);
  • Alterações do reflexo cutâneo por lesão do n. torácico lateral (C8-T1);
  • Bexiga de nms;
  • Região cervical caudal (C6-C8): alteração dos movimentos dos 4 membros, com ataxia e paresia mais evidente nos pélvicos;
  • Diminuição do reflexo flexor (C6-C8 – n. musculocutâneo) e aumento do tónus extensor (C7-T2 – n. radial).
  • Hiperestesia ao nível da lesão
  • Diminuição da sensibilidade caudal à lesão
188
Q

Um animal que apresenta lesão ao nível dos segmentos L4 e S3.
a) Mencione, classificando de 0 a 4+, como se podem encontrar o reflexo extensor radial do carpo e reflexo patelar nessa situação

A

Extensor radial: 2+ (normal)
Reflexo patelar: 0 (ausente/reduzido ou diminuído)

189
Q

Um animal que apresenta lesão ao nível dos segmentos L4 e S3.
b) Refira outras alterações que poderia observar durante a realização do exame neurológico ao animal.

A
  • Paralisia dos membros pélvicos;
  • Reflexos e tónus muscular reduzidos/ausentes nos membros pélvicos;
  • Atrofia muscular nos membros pélvicos;
  • Defices nas reações posturais nos membros pélvicos;
  • Esfincter anal dilatado e com atividade reflexa diminuída/ausente;
  • Incontinência urinária e fecal;
  • Sinal de raíz;
  • Alterações do reflexo bulbocavernoso;
190
Q

Descreva o estado mental do animal.

A

Normal: Alerta.
Deprimido: calmo, tende a dormir se não estiver perturbado. Responde a estímulos ambientais.
Delírio: responde a estímulos ambientais, mas as respostas não são normais.
Estupor: Não responde a estímulos ambientais, mas responde a dolorosos.
Coma: Estado de profunda inconsciência, não responde a quaisquer estímulos.

191
Q

Síndrome neuropática. (neuropatia – doença sistema nervoso)

A

Divide-se em:

Neuropatia motora:
* Paresia/paralisia flácida das estruturas inervadas.
* Atrofia muscular neurogénica.
* Reflexos e tónus muscular reduzidos ou ausentes.
* Tremores.

Neuropatia sensorial:
* Diminuição da resposta à dor/sensibilidade.
* Parestesia.
* Défice
* Automutilação.
* Reflexos reduzidos/ausentes mas sem atrofia muscular.

192
Q

Defina quais os objetivos da anamnese e exame físico na avaliação do aparelho locomotor

A

Deve ser examinado quando:
* Na ausência de anomalia - certificação de saúde para venda ou acasalamento;
* Anomalia na locomoção com sede no aparelho locomotor;
* Anomalia na locomoção com sede fora do aparelho locomotor: doenças endócrinas, doenças autoimunes.

Diagnósticos:
* Funcional – limitação mecânica.
* Anatómico – localização do processo.
* Patológico – ex: inflamação ou neoplasia.
* Etiológico – congénito, , inflamação, progressiva, outro órgão ou sistema.

193
Q

5 exames complementares do exame do aparelho locomotor.

A

Exame neurológico,
repetir exame sob sedação,
exame radiográfico,
exames laboratoriais,
exame de líquido sinovial,
biópsia de massas,
biópsia/ citologia óssea,
electromiografia,
cintigrafia óssea,
exploração cirúrgica,
artroscopia,
TAC,
ecografia.
CT

194
Q

Avaliação do aparelho locomotor em repouso

A

Observar:
* Postura;
* Sustentação do peso;
* Postura de cabeça, pescoço e coluna vertebral;

A postura de um membro pode variar:
* Espécie;
* deformações de crescimento;
* fraturas;
* contrações musculares.

Técnica:
* postura dos membros;
* posições relativas de membros, cabeça e coluna vertebral,
* sustentação do peso pelos membros.

Alterações de posicionamento mais comuns:
* Exorrotação;
* Endorrotação;
* Abdução;
* Adução.

Alterações no suporte do peso mais comuns
* Hiperextensão;
* Hiperflexão.

Alterações de estrutura e forma:
* Labrador – valgus;
* Dachshund – varus;
* patas traseiras – exorrotação.

195
Q

Avaliação do aparelho locomotor em andamento

A

Passo: Movimento completo de um membro, um ponto do ciclo de movimento, através do ciclo até ao mesmo ponto.

Existem mais 2 tipos de andamento: trote, galope.

Avaliação dos andamentos (Deteção de claudicações):
* Permanente/ intermitente;
* Decrescente/ crescente;
* Uso do membro limitado/ impossível;
* Localização.

Avaliação de sons anómalos.

Escala de avaliação da gravidade do distúrbio locomotor:
* Grau I: distúrbio de locomoção suave;
* Grau II: distúrbio de locomoção, mas membros suportam o peso;
* Grau III: claudicação com membros que nem sempre suportam o peso;
* Grau IV: sem suporte de peso pelos membros.

196
Q

Avaliação do aparelho locomotor em pé

A

Inspeção:
* contornos musculares;
* ligamentos e tendões visíveis;
* formas ósseas;
* alinhamentos – só abaixo das articulações do cotovelo e joelho;
* unhas: gato raramente visíveis; cão – as dos pés evitam o contato com o chão.

Palpação: efetuada com ambas as mãos do proximal para o distal.
* músculos: contorno, temperatura, consistência, ou tónus; palpação profunda não deverá revelar dor.
* tendões e ligamentos: contornos suaves, sem dor local, espessamentos, interrupções, perda de tensão.
* ossos: contornos suaves, sem crepitação, dor à palpação profunda ou aumento de temperatura.
* articulações: temperatura normal, contornos suaves, sem dor à palpação.

Observação de movimentos passivos (forças externas): dor e crepitação.

197
Q

Avaliação do aparelho locomotor em pé
Membro anterior

A
  • Escápula: Colocar o indicador no acrómio e polegar na tuberosidade maior do úmero,lados dirt e esq, de modo a comparar as distâncias.
  • Perna superior.
  • Cotovelo: a mão esq. mostra como avaliar a largura da articulação; a mão dirt. mostra como avaliar as alterações de temperatura, dor e tumefação.
  • Perna inferior.
  • Pé: tem várias formas; agarrar firmemente o metacarpo de modo a colocar firmemente o pé no chão.
  • Dedos

Devemos observar os movimentos do ombro e cotovelo: movimento passivo, hiperextensão e hiperflexão.

198
Q

Avaliação do aparelho locomotor em pé
Membro posterior

A
  • Pélvis: colocar os polegares de ambos os lados entre o trocânter maior e a tuberosidade isquiática e comparar distâncias; ambos os membros são elevados e distendidos caudalmente. Os polegares mantêm-se no mesmo lugar. O comprimento da perna é comparado com base na posição do calcâneo e/ou almofada plantar.
  • Articulação do joelho: seguir proximalmente o tendão patelar, desde a crista tíbia e localizar a rótula. Para pesquisar luxações, empurrar a rótula medialmente com o polegar e sobre extender o joelho.
  • Perna inferior e jarrete: colocar os indicadores à frente e os polegares atrás dos ligamentos colaterais da articulação tibiotársica. Serve essencialmente para detetar flutuações associadas à presença de líquido em excesso.
  • Pé.
  • Dedos.

Devemos observar os movimentos passivos da anca e joelho:
* Anca: a mão dta circunda o joelho, o polegar esq é colocado à altura do trocânter maior. Movimentamos o joelho para a frente e para trás de modo a fletir e extender a anca.

199
Q

Avaliação do aparelho locomotor deitado

A

Inspeção de estruturas que não foram antes facilmente observadas.

Palpação do membro sem suportar peso; Palpação profunda das estruturas superficiais.

Observação de movimentos passivos de todas as articulações:
* Fletir, extender, esticar, adução e abdução e rotação repetidos –sempre no sentido natural da articulação;
* Repetição ligeiramente exagerada dos mesmos movimentos;
* Realização de certos movimentos desenvolvidos especificamente para determinada articulação, de modo avaliar certas estruturas anatómicas.

200
Q

Avaliação do aparelho locomotor deitado
Membro anterior

A
  • Pé.
  • Carpo: os ossos sesamóides estão localizados nas junções dos ossos do metacarpo e falanges. São examinados por hiperextensão do dedo e palpação simultânea, seguida de pressão no dedo direito.
  • Perna inferior (Palpação do rádio e cúbito): Mão dirt realiza palpação profunda do rádio com as pontas do dedo; polegar na superfície lateral do osso; Mão esq faz palpação proximal do cúbito com o polegar, enquanto os dedos estendidos suportam a perna exterior. Evitar a palpação simultânea da musculatura.
  • Articulação do cotovelo: Movimentos passivos - colocação do polegar no mm. ancóneo de modo a detetar crepitação.
  • Perna superior.
  • Articulação do ombro:
    • Deteção de crepitação durante movimentos passivos, por colocação dos dedos no trocânter maior do úmero.
    • Hiperextensão: colocar uma mão à frente da escápula; esticar a perna: espinha da escápula, úmero, rádio e cúbito ficam alinhados.
    • Hiperflexão: fixar o bordo dorsal da escápula; mover o cotovelo em direção à coluna vertebral.
  • Escápula.
201
Q

Avaliação do aparelho locomotor deitado
Membro posterior

A
  • Pé.
  • Jarrete:
    • Articulação tibiotársica: um polegar atrás e outro à frente dos ligamentos laterais e colaterais e os correspondentes indicadores são mantidos à frente e atrás do ligamento medial colateral.
    • Sentir a presença de crepitação.
  • Perna inferior.
  • Articulação do joelho:
    • Com o joelho em extensão a rótula é pressionada medialmente e o calcâneo rodado para fora pela mão esquerda; a direita empurra lateralmente com o indicador e calcâneo rodado para dentro.
    • Avaliar ligamento cruzado anterior:
      • Teste de gaveta: segurar firmemente as estruturas ósseas da coxa e perna: indicador esq na rótula e polegar no fémur distal lateral; indicador direito na crista da tíbia e polegar atrás da cabeça do perónio. Puxar firmemente a tíbia para a frente em relação ao fémur.
      • Teste de compresão tibial: flexão da articulação tibiotársica com o joelho distendido. Causa um movimento da tíbia para a frente se o lig. cruzado anterior estiver ruturado.~
    • Avaliar ligamento lateral colateral:
      • Polegar esquerdo próximal à cabeça do perónio; mão dirt realiza adução da tíbia (tensão do lig medial colateral). Palpar caudal ao lig medial colateral: sentir dor e tumefação em caso de lesão do menisco medial.
  • Coxa.
  • Articulação da anca:
    • Mão segura o joelho; dedos da outra mão em contato com o trocânter maior. O grau de movimento, dor, crepitação e movimentos anómalos são detetados por extensão, flexão, abdução, adução e rotação do fémur.
    • Colocação da cabeça do fémur no acetábulo: colocar mão de suporte proximal e medial ao fémur, descrever movimentos em arco.
    • Abdução simultânea, no plano transverso, de ambos os fémures: Testa a sua mobilidade e tensão dos músculos pectíneos.
  • Pélvis.
202
Q

Exame da coluna vertebral

A
  • Inspeção.
  • Palpação.
  • Percussão.
  • Observação de movimentos passivos de todas as articulações.
203
Q

Exame neurológico: Palpação retal

A

realizada com indicação dada pelos sinais clínicos, ou anomalias encontradas.

  • Palpar:
    • Ossos pélvicos;
    • Teto do canal pélvico;
    • Em alguns casos é também possível palpar as últimas vértebras lombares.
  • podemos detetar anomalias como: presença de dor, alterações de consistência ou configuração.
204
Q

Ptialismo e hipersiália

A

Aumento da secreção de saliva. Por motivos de excitação, prómodo do vómito, processos inflamatórios bucais, agentes parassimpáticos, intoxicações.

205
Q

Distinga inanição de jejum

A

Ambos são graus de subnutrição.
A inanição é má nutrição, jejum incompleto. Mais comum que o jejum completo. Compatível com a vida.

Jejum é uma completa privação do alimento. É o mais alto grau de desnutrição. Rápida depleção das reservas de glucogénio. Alterações profundas no metabolismo dos lípidos e proteínas. Leva à morte por falência cardíaca.

O jejum é constituído por três fases:
* 1ª fase: perda de peso corporal, fome, esgotamento de reservas de glucogénio, diminuição da glicemiaa,
* 2ª fase: mobilização de lípidos, aumentam os corpos cetónicos, há acidez metabólica.
* 3ª fase: neoglucogénese, aumento do azoto no sague e na urina. Há morte por falência cardíaca.

206
Q

Explique o que entende por ruminação

A

Os ruminantes ingerem grandes quantidades de comida um curto período de tempo para os mastigarem mais tarde por um processo designado ruminação.
Este processo implica regurgitação, remastigação, reensalivação e redeglutição.
Permite a redução do tamanho das partículas, potenciar a ação microbiana e facilitar a passagem aos compartimentos seguintes.

NOTA: para que haja ruminação, é necessário que o nervo vagal dorsal ou ventral esteja integro.

207
Q

Exame de estado geral na síndrome cólica ou diarreica do cavalo

A
  • Posturas anómalas (p.e na micção)
  • Mucosas congestivas
  • Tempo de repleção capilar aumentado
  • Ruídos anómalos na percussão
  • Aumento da dor na palpação
  • Diarreias: aumentam os borborigmos
  • Cólica: borborigmos diminuídos ou nulos
208
Q

O que deve incluir na anamnese de uma cólica no cavalo?

A

É importante conhecer o que come habitualmente (composição, quantidade, frequência, disponibilidade de água…), quando comeu e bebeu pela última vez, quando defecou pela última vez e natureza das fezes, quando se iniciou a dor (horas, dias…), natureza da dor (agudo, intermitente, silenciosa), alterações de maneio (trabalho, alimentação, transportes, etc.), controlo parasitário, tratamentos prévios e resposta aos mesmos, outras patologias, etc.

209
Q

Sinais de dor abdominal num cavalo com cólica

A
  • Escavar no chão;
  • Bater com a pata no chão
  • Olhar para o flanco
  • Morder o flanco
  • Mexer na água com o focinho
  • Escoicear o abdómen
  • Rolar
  • Sentar
  • Sudorese intensa
  • Hiperexcitibilidade
  • Depressão
210
Q

Qual o grau de dor na cólica

A
  • Leve: sem alterações circulações – manifestações discretas
  • Moderada: alterações respiratórias – cavar, deitar, rolar
  • Grave: sudorese intensa, alterações circulatórias, rolar (atirar-se para o chão).
211
Q

Fisiopatologia da cólica gástrica

A
  • Dilatações agudas;
  • Roturas de estomago:
  • Úlceras gástricas;
  • Espasmos no pilórico;
  • Ingestão estomacal.
212
Q

Fisiopatologia da cólica intestinal

A
  • Enterite espasmódica
  • Enterite anterior
  • Retenção fecal
  • Tromboembólicas
  • Oclusões intestinais.
213
Q

Espirro

A

Mecanismo protetor com caracter reflexo que tem por fim a limpeza das vias aéreas superiores (fossas nasais)

214
Q

Indique as diferentes classificações da tosse

A

A tosse pode ser classificada quanto à
* frequência (Continua e esporádica)
* ritmo (repetida ou rítmica e espasmódica)
* intensidade (de muito intensa a muito débil)
* duração (de longa a curta)
* timbre (seca, forte, improdutiva OU húmida, branda, produtiva).

215
Q

Dispneia + causas

A

Dispneia é uma insuficiência respiratória.

  • De repouso - é a MAIS GRAVE
  • De esforço
  • Inspiratória (obstrutiva, estridor; estertor – ronco)
  • Expiratória (restritiva: derrame pleural)
  • Paroxística (cardíaca, asma)
  • Mista
  • De postura
  • Contínua (broncopneumonia)

CAUSAS:
* Alteração da composição do ar expirado
* Alteração pulmonar
* Alteração sanguínea (anemia)
* Alteração metabólica (acidose metabólica)
* Alteração neurológica (encefalite)
* Alteração circulatória

216
Q

Distinga os diferentes tipos de ciclopneia

A

Ciclopneia é uma respiração alterada que se repete com fases apneicas.

Pode ser de
* Cheyne Stokes (aumenta de intensidade, logo diminui terminando em fases de apneia)
* Biot (Intensidade e frequência normal associada a fases de apneia)
* Kussmaul (respiração intensa com apneias longas, leva à MORTE)
* sincopada (Respiração forte que diminui de intensidade até à apneia)

217
Q

Refira etiologia do edema pulmonar por alteração da permeabilidade capilar

A
  • Inalação de vapores ou gases irritantes,
  • compostos tóxicos no pulmão,
  • processos inflamatórios pulmonares bacterianos ou víricos que cursam com congestão ou edema,
  • reações anafiláticas.
218
Q

Refira etiologia do edema pulmonar por diminuição da pressão oncótica

A

Doenças com perda de proteínas (hipoproteinemia), doença hepática grave, síndrome nefrótica, enteropatias com perda de proteínas.

219
Q

Edema pulmonar crónico Vs edema pulmonar agudo (alveolar)

A

Edema pulmonar crónico:
* Lento e progressivo
* Taquipneia de exercício
* Inquietude nocturna
* Tosse não produtiva

Edema pulmonar agudo:
* aparecimento brusco
* há edema alveolar
* morte do animal em pouco tempo
* diminui murmúrio vesicular

220
Q

Descreva os sinais clínicos do enfisema pulmonar

A

Enfisema pulmonar é uma dilatação pulmonar excessiva por um grande aumento do conteúdo em ar dos espaços distais ao bronquio terminal acompanhado de destruição dos tabiques interalveolares.

Quadro clínico:
* dispneia (++ expiratória),
* expiração prolongada e reforçada,
* fase expiratória em 2 tempos,
* respiração anal invertida,
* torax em túnel,
* cianose (depende de grau de hipoxemia),
* hipertensão pulmonar,
* taquicardia,
* som claro exagerado à percussão,
* murmúrio vesicular aumentado e estertores secos.

221
Q

Efisema obstrutivo Vs enfisema compensatório ou vicariante

A

Enfisema obstrutivo: estenose difusa dos brônquios. Formação de secreção bronquial, tumefação da mucosa, broncoespasmo.

Enfisema compensatório: a distensão produz-se para compensar a redução de volume noutros pontos do pulmão.

222
Q

Piotórax

A
  • Empiema (exsudado: viscoso, opaco, amarelo)
  • Capilares inflamados (saída de proteínas, células e líquidos)
  • Engrossamento e inflamação pleural (impedem a drenagem linfática)

Etiologia: inflamação sética, rutura do esófago, pneumonia, pleurte, mediastinite e PIF ( peritonite infeciosa felina)

223
Q

Hemotórax. Distinguir recente de antigo

A

Recente: sangue periférico pode coagular
Antigo: células velhas, sem plaquetas, macrófagos com ertitrócitos e não coagula.

Etiologia: fratura costal, traumatismo pulmonar, hemangiossarcoma, hemofilia.

224
Q

Sistema motor sinais de NMS E NMI

A

Função motora:
* NMS: paresia/paralesia
* NMI:paresia/paralesia

Reflexos espinhais
* NMS: exagerados/normais
* NMI: ausentes/diminuídos

Atrofia muscular
* NMS: ardia/moderada
* NMI:precoce e grave

Tónus muscular:
* NMS:normal/exagerado
* NMI: diminuído

225
Q

Os sons respiratórios são produzidos pela contração do diafragma

A

F (são produzidos pelo fluxo de ar turbulento na traqueia e brônquios)

226
Q

O sopro laringo-traqueal produz-se pela distensão dos alvéolos pulmonares

A

F

227
Q

Pleurite conduz a uma respiração do tipo abdominal

A

V (tipo abdominal ou diafragmático)

228
Q

Uma das consequências nefastas da taquifagia pode ser a obstrução do trago GI

A

V ?

229
Q

O vómito pode apresentar forma tubular e muco

A

F (não tem forma definida; pode apresentar muco)

230
Q

A paralisia dos lábios e a luxação temporo-mandibular podem ser responsáveis por sialorreia

A

V

231
Q

A náusea é caracterizada por hipersália, bradicardia e expulsão do conteúdo gástrico

A

F (não há expulsão do conteúdo, só no vomito)

232
Q

A diarreia por sobrecarga alimentar é devida a um aumento da ingestão de hidratos de carbono

A

V

233
Q

A diarreia secretora produz-se quando a absorção de moléculas hidrossolúveis no intestino é pouco eficaz ou está ausente conduzindo a uma retenção de água

A

F (osmótica)

234
Q

Numa diarreia aguda do intestino grosso, as fezes apresentam muco

A

V

235
Q

Um dos sintomas da constipação pode ser o vómito, devido a ação das toxinas sobre CTZ

A

V

236
Q

Denomina-se disquesia à adoção de uma postura de defecação contínua ou discontínua, com sinal de esforço, com ou sem expulsão de fezes

A

F (tenesmo)

237
Q

A hematoquesia pode estar associada a uma lesão do cólon

A

V

238
Q

São causas de melena a estenose do reto e a hipertrofia da próstata

A

F (causas de constipação e disquesia)

239
Q

O rúmen fornece condições ideais de temperatura, humidade e aerobiose

A

F (anaerobiose)

240
Q

No omaso ocorre a absorção de AGV e bicarbonato

A

V

241
Q

A integridade do nervo vago dorsal é necessária à manutenção da ruminação

A

V

242
Q

A frequência da contração secundária é controlada pela pressão de gás no retículo

A

F (rúmen)

243
Q

A indigestão simples é sempre uma patologia primária do trato digestivo do ruminante

A

V

244
Q

Uma alimentação demasiado rica em proteína pode estar na etologia da putrefação da ingesta ruminal

A

V

245
Q

A etiologia da acidose ruminal aguda está associada a exposição aguda a carbohidratos estruturais

A

V

246
Q

A fisiopatologia do deslocamento do abomaso está associada a um aumento da produção de gás

A

V

247
Q

As cólicas tromboembólicas são causadas por estrôngilos

A

V

248
Q

Numa bronquite crónica no cão poder-se-à observar um edema alveolar crónico

A

V

249
Q

A tosse baixa ou profunda tem origem pulmonar, bronquial ou pleural

A

V

250
Q

A tosse superficial é seca ou acompanhada de expetoração escassa e fácil de eliminar

A

V

251
Q

A expetoração é por norma deglutida

A

V

252
Q

A dispneia expiratória pode ter como origem a restrição respiratória e o derrame pleural

A

V

253
Q

A respiração de Cheyne Stokes caracteriza-se por intensidade e frequência normal associada a fases de apneia

A

F (respiração de Biot)

254
Q

A presença de taquipneia/polipneia pode ter origem na hipoxemia e hipercapnia

A

V

255
Q

A insuficiência respiratória externa e as cardiopatias fazem parte da etiologia da cianose

A

V

256
Q

O edema alvéolar crónico caracteriza-se por ser lento e progressivo.

A

V

257
Q

O derrame pleural no cão define-se como um acúmulo anormal de líquido no espaço pleural superior a 2,5 mL

A

F (superior a 3 mL)

258
Q

O quilotórax possui um quociente Col/Trig > 2.

A

F (Col/Trig < 1)

259
Q

Um transudado modificado tem um teor em proteína superior a 200 U/L.

A

V

260
Q

A pneumonia, pleurite e PIF são causas de piotórax

A

V

261
Q

As reações anafiláticas são causa de edema pulmonar por aumento da permeabilidade capilar

A

V

262
Q

A insuficiência ventilatória obstrutiva tem causa parietal, intraparietal ou extraparietal

A

V

263
Q

A insuficiência respiratória externa caracteriza-se por alteração da ventilação, da distribuição, da perfusão e da difusão pulmonar

A

V

264
Q

O exame neurológico não permite avaliar a gravidade de uma lesão medular

A

F

265
Q

Para a classificação etiológica das doenças pode ser utilizado o sistema DAMNITV

A

V (VITAMIN-D disfarçada)

266
Q

O estado de coma pode estar associado a uma lesão do tronco cerebral ou lesão cerebelar grave e difusa

A

V

267
Q

As reações posturais não permitem localizar topograficamente uma lesão

A

V

268
Q

O teste do “carro de mão” pode ser útil na deteção de problemas no tronco cerebral

A

F

269
Q

O reflexo exagerado com clónus tem a classificação de (+3)

A

F (é (+4))

270
Q

O reflexo patelar é um reflexo miotático

A

V

271
Q

A percussão do musculo tibial cranial, surge como resposta a uma extensão da articulação do tarso

A

F (flexão da articulação)

272
Q

O reflexo do tronco cutâneo tem como ramo eferente o nervo torácico lateral com origem nos segmentos C6-T2.

A

F (a frase nem faz sentido.. o reflexo do tronco cutâneo faz se para ver a integridade da medula espinhal)

273
Q

O reflexo de Babinski só pode ser obtido em animais considerados normais

A

F

274
Q

O reflexo extensor cruzado é considerado normal num animal que se encontre em estação.

A

V

275
Q

Numa fase inicial de paralisia unilateral do hipoglosso, a língua apresenta-se desviada para o lado contrário à lesão

A

F (Uma lesão unilateral deste nervo resulta no lamber unilateral do nariz, estando o desvio presente do lado da lesão)

276
Q

O nervo oculomotor para além da sua ação motora, possui uma componente de natureza simpática

A

F (parassimpática)

277
Q

As contraturas musculares podem fazer variar a postura de um membro em repouso

A

V

278
Q

A adução e abdução são alterações de posicionamento do membro comuns

A

V

279
Q

Na avaliação do aparelho locomotor o grau II corresponde a um distúrbio de locomoção, com membros que suportam o peso

A

V

280
Q

No exame do animal em pé, a palpação é efetuada com ambas as mãos

A

V (ambas as mãos e do proximal para o distal)

281
Q

Na avaliação da articulação do ombro usamos movimentos passivos

A

V

282
Q

Na avaliação da articulação da anca e joelho não recorremos ao uso de movimentos passivos

A

V (em pé sim)

283
Q

O exame do animal deitado permite a inspeção de estruturas que não foram antes facilmente observadas

A

V

284
Q

O teste de compressão tibial e o movimento de gaveta são manobras de avaliar a articulação da anca

A

V

285
Q

Na avaliação do aparelho locomotor, a palpação retal deteta anomalias na configuração, consistência, ou presença de dor

A

V

286
Q

A abdução simultânea, no plano transverso, de ambos os fémures, testa a sua mobilidade e tensão dos músculos pectíneos

A

V

287
Q

Tipos de tosse

A
  • Respiratória
  • Extrarrespiratória
    • Mediastínica
    • Neurogénica
    • Gástrica
    • Hepática
    • Útero-ovárica
288
Q

Efeitos prejudiciais da tosse

A
  • A tosse excessiva leva a esgotamento e anorexia
  • A tosse Crónica leva enfisema pulmonar e bronquietasias
  • Provoca o vómito
  • Pode provocar síncope tussígena
  • Propagação de infeções a zonas + profundas (inspiração profunda forçada)
  • Irritação de estruturas laríngeas e traqueobronquiais
289
Q

Sindrome miopatica

A
  • Fraqueza generalizada;
  • Intolerância ao exercício;
  • Marcha rígida, saltitante;
  • Atrofia muscular localizada/generalizada;
  • Hipertrofia muscular localizada/generalizada;
  • Formação de pequenas depressões na massa muscular após a sua percussão;
  • Dor à palpação muscular;
  • Alteração da mobilidade articular;
  • Regurgitação ou alteração da motilidade esofágica.
290
Q

Doença neuropática

A

Divide-se em:

Neuropatia motora:
- Paresia/paralisia flácida das estruturas inervadas.
- Atrofia muscular neurogénica.
- Reflexos e tónus muscular reduzidos ou ausentes.
- Tremores.

Neuropatia sensorial:
- Diminuição da resposta à dor/sensibilidade.
- Parestesia.
- Défice
- Automutilação.
- Reflexos reduzidos/ausentes mas sem atrofia muscular.

291
Q

Hematemese

A

Hematemese - presença de sangue no vómito.

Diferenciar Hematemese de hemoptise (tosse com sangue)

Causas: gastrite aguda, gastrenterite hemorrágica, neoplasias, farmacosanti-infamatórios não esteróides, corpos estranhos.

Aspecto: sangue vivo/ borras de café

292
Q

Causas e consequências da acidose ruminal

A

Causas: Exposição aguda a carboidratos, ingestão de grãos, frutas, hidratos de carbono não estruturais e aumento do consumo de fibras com alta digestibilidade.

Consequências: Alteração da microflora, aumento de bactérias gram-positivas, aumento de ácido acético, aumento da flora normal

293
Q

Razão pela qual o vómito é improvável de ocorrer em equinos

A

Ausência de centro de vómito;
inserção oblíqua e muito profunda do esófago,
região cárdia do estômago com musculo helicoidal (funil invertido).

294
Q

Distinguir cólica verdadeira de cólica falsa

A

Verdadeira: dor que reside no trato digestivo (disfunções no trato gastrointestinal)

Falsa: procede de vísceras abdominais que não pertencem ao trato digestivo.