Teste 2 Flashcards
Os ruídos rotatórios são produzidos pela contração do panicuo carnudo
V
O som claro é obtido á percussão de uma víscera oca ou com gás no interior
F (som timpânico ou subtimpanico)
Processos dolorosos do diafragma conduzem a uma respiração do tipo abdominal
F (do tipo costal)
A respiração de Biot e a sincoptica são exemplos de respiração alterada
V
O edema não inflamatório e caracterizado por dor, hiperemia e pode ser devido a estase circulatória
F (inflamatório)
O edema mecânico estase circulatória é indolor e frio
V
A respiração de Cheyne-stokes e a de kussmaul são exemplos de respirações alternadas
V
A tosse de origem extra respiratória pode ter origem mediastínica, neurogénica, gástrica, hepática ou útero-ovárica
V
A tosse pleural carateriza-se por ser seca e pouco intensa
F (seca e dolorosa)
A respiração de Biot caracteriza-se por apresentar intensidade e frequência normal associada a fases de apneia
V
A cianose define-se como a coloração azulada da pele e mucosas, associada a uma diminuição dos níveis de Hgb reduzida no sangue arterial capilar
F (aumento da Hgb reduzida)
A encefalite, a anemia e acidose metabólica podem ser causas de dispneia
V
A polipneia é uma respiração rápida e superficial
V
A ortopneia pode estar associada a situações de derrame pleural e pneumotórax
V
O pneumotórax interno está associado a rutura dos brônquios
V
No enfisema alveolar cronico, observa-se dispneia inspiratória, associada a tórax em tonel e hipertensão pulmonar
F (enfisema pulmonar)
Algumas das características clinicas de um transudado são: cor de âmbar ou incolor, p.e <1020 e proteína >25g/L
F (transudado é pobre em proteína)
Inflamação asséptica, rutura de esófago e peritonite infeciosa felina podem ser causas de piotorax
F
Segundo o mecanismo de produção, o enfisema pulmonar pode classificar-se me obstrutivo e vicariante
V
A presença de febre é característica clinica de todos os derrames pleurais
V
No derrame pleural em gatos os níveis de enzima LDH no liquido pleural, permitem fazer diagnostico diferencial entre transudado e exsudado
F (diferem na proteína)
O espirro e um mecanismo protetor que tem como função a limpeza das vias aéreas inferiores
F (superiores)
A tosse gorda e semi gorda são sempre de origem respiratória
F
Na tosse respiratória alta ou superficial a expetoração é abundante e de fácil eliminação
F (escassa)
Os recetores da tosse estão localizados principalmente nos bronquíolos e pulmões
F
A dispneia inspiratória é obstrutiva e a expiratória é restritiva
V
A dor abdominal crónica pode ser causa de picacismo
V
As alterações bucais de carácter inflamatório causam ptialismo
V
A polidipsia ocorre frequentemente em patologias gastrointestinais onde não existam vómitos nem diarreias
F (existam)
A polidipsia pode ser devida a uma insuficiência renal crónica
V
Sialorreia é a saída de saliva para o exterior da boca
V
O bolo regurgitado pode apresentar forma tubular e muco
F (não tem muco)
A regurgitação é mediada pela inervação intrínseca do esófago
V
A regurgitação é o sintoma mais frequente associado a doença esofágica ou gastro-esofágica
V
As esofagites, a obstrução esofágica, a estenose esofágica e o megaesófago são causas de regurgitação
V
A hipersiália, as deglutições repetidas e taquicardia são sintomas da ânsia do vómito
F (sintomas da náusea, bradicardia)
Um vómito contínuo e profuso pode conduzir a consequências clínicas graves, pelo que se deve dar atenção imediata
V
A diarreia osmótica é devida a um aumento da secreção ao nível do tubo digestivo
F (diarreia secretora)
A diarreia osmótica normalmente é acompanhada de perdas de proteínas
F (diarreia exsudativa)
A diarreia exsudativa produz-se quando a absorção de moléculas hidrossolúveis no intestino é pouco eficaz ou está ausente
F (diarreia osmótica)
Deterioração rápida do estado geral, desidratação grave e dor abdominal à palpação são sintomas duma diarreia crónica
F (aguda)
Numa diarreia do intestino grosso as fezes apresentam mau cheiro, são espumosas e sem muco
F (s/espuma, c/muco)
A dispneia de repouso é mais grave que a dispneia de esforço
V
O murmúrio vesicular é mais intenso durante a expiração
F (mais intenso na inspiração)
O murmúrio vesicular está aumentado de intensidade no enfisema
V
No edema alveolar ouve-se um som timpânico à percussão pulmonar
F (sub-maciço)
Os sibilos quando aparecem no início da respiração podem indicar estenose da laringe ou compressão da traqueia
V
Os estertores crepitantes finos, clinicamente significam aumento do fluido no interior dos brônquios
F
Um aumento da Meta hemoglobina no sangue causa cianose central
V
As enteropatias com perda de proteína podem conduzir a edema alveolar
V
O enfisema obstrutivo é devido a estenose difusa dos brônquios
V
No edema pulmonar agudo o aparecimento é brusco e existe cianose, taquicardia e diminuição do murmúrio vesicular
V
Na síndrome toraco-lombar os reflexos espinhais estão sempre exagerados nos membros pélvicos
F (podem ser normais)
A síndrome de Horner pode ser encontrado num paciente com síndrome cervical
V
Na síndrome miopática o animal pode exibir uma marcha rígida, saltitante
V
Depois de localizada a lesão, é útil a utilização do sistema VITAMIN-D.
V
O nervo oculomotor inerva o musculo obliquo dorsal.
F
A reacção de hemipostura pode ser útil no diagnóstico de um gato com uma neoplasia cerebral
F
O clónus representa em termos topográficos o mesmo que o reflexo exagerado
V
As lesões do nervo troclear no cão, apesar de frequentes, são de difícil diagnóstico clínico.
F (não são frequentes)
As lesões do nervo troclear no cão, apesar de frequentes, são de difícil diagnóstico clínico.
F (não são frequentes)
Quando é utilizado o canto lateral para a realização do reflexo palpebral, é o ramo maxilar do trigémeo que constitui a porção aferente
V
O reflexo de Babinski só pode ser obtido em cães com lesão da medula espinhal a nível da última vértebra sagrada.
F (Estes reflexos não são possíveis de obter em animais adultos considerados normais. A sua existência está relacionada com uma desconexão entre o arco reflexo e os NMS, pela perda da influência de natureza inibitória que é normalmente exercida pelos NMS)
O estado de delírio indica geralmente uma disfunção do tronco cerebral
F (Cerebelar)
O teste de “carro-de-mão” pode ser útil na detecção de problemas craniais ao segmento medular L3.
F (reações posturais não localizam a topograficamente a lesão)
O reflexo gastrocnémio caracteriza-se por extensão do curvilhão, a sua fiabilidade é superior à do reflexo tibial.
F (Inferior)
O reflexo extensor cruzado é considerado normal num animal que se encontre em posição de estação.
V
Dentro das funções atribuídas ao nervo facial está incluída a função simpática dirigida para a glândula lacrimal dorsal.
F (Parassimpática)
Numa lesão da medula espinhal em C3 a atrofia muscular dos membros é rápida a estabelecer-se
F
A monoparesia pode ser observada na síndrome lombo-sagrada.
F (L4-S3)
O aparelho locomotor está dividido em duas partes: axial e subaxial
F (axial e abaxial)
A avaliação neurológica deve ser realizada em andamento e em repouso
V
A avaliação do ligamento cruzado posterior faz-se pelo movimento de gaveta e teste de compressão tibial
F (lig. cruzado anterior)
No exame do animal deitado, o exame do membro posterior tem início na pélvis e termina no pé
F (ao contrario)
A palpação avalia: músculos, tendões e ligamentos, ossos e articulações
V
O pé do cão pode assumir a forma de pé de galinha, ou pé de coelho
F (pé de gato ou pé de coelho)
Os movimentos passivos são aqueles resultantes da contração muscular passiva inerente ao próprio animal
F (resultam de forças externas)
Na escala de avaliação da gravidade do distúrbio locomotor, o grau III corresponde a um distúrbio de locomoção, mas com membros que suportam o peso
F (que não suportam sempre)
A palpação retal pode fazer parte do exame da coluna vertebral (últimas vértebras lombares)
V
O exame neurológico pode ser um exame complementar da avaliação do aparelho locomotor
V
Num gráfico sinais clínicos-tempo os processos degenerativos e infeciosos seguem o mesmo curso
F
Uma lesão neurológica em progressão e lenta, apresenta um pronóstico pior que o de uma lesão que atingiu o seu pico de gravidade e se encontra agora numa fase de resolução
F
Uma desconexão completa sobre a formação reticular e o córtex cerebral pode ser responsável por uma situação de estupor
V
Nas lesões medulares a ultima função que se perde é a sensibilidade profunda
V
A rigidez descerebral é caracterizada pela presença de opistotonos e extensão dos 4 membros
F (opistótonos ocasionalmente)
O aumento do tónus nos membros anteriores com paralisia flácida dos membros posteriores caracteriza o fenómeno de Schiff-Sherrington
V (Postura de Schiff-Sherrington: Surge em lesões agudas, com aumento do tónus muscular nos membros torácicos (movimento e reações posturais são normais), com paralisia dos membros pélvicos; Por lesão lombar (L1-L7))
A diferença entre paresia e paralisia reside apenas no local da lesão
F (paresia: défice nos movimentos voluntários
paralisia: ausência completa de movimentos voluntários)(na gravidade, o local é o mesmo)
Em neurologia veterinária é geralmente mais fácil reconhecer um quadro clinico de hipermetria do que hipometria
V
O reflexo tibial cranial representa o reflexo miotatico mais importante na avaliação no membro posterior
F (patelar)
O reflexo extensor radial do carpo permite avaliar o n.radial e os segmentos medulares L4-L6
F (C7-T2)
A ausência de reflexo patelar pode estar associado a uma lesão do n.femoral
V
Os reflexos flexor perianal e do paniculo cutâneo são considerados reflexos especiais
F (nociocetivos)
A atrofia muscular é lenta e moderada em lesões do NMS
V
A dismetria é geralmente causada por patologia cerebral
V
A reação posternal extensora de contacto com o solo permite avaliar os sintomas propioceptivos
V
Um dos sintomas da constipação pode ser o vómito, devido à ação das toxinas sobre CTZ
V
São causas da constipação a estenose do reto, hipertrofia da próstata, desidratação
V
Se o tenesmo é contínuo sem emissão de fezes indica a presença de uma lesão obstrutiva
V
Tenesmo é a defeção difícil e/ou dolorosa, geralmente associada a lesões junto ao ânus
F (disquesia)
Depressão, desconforto, anorexia e vómito, podem ser sintomas de coprostase (acumulação de fezes no IG)
V
A flatulência e os borborigmos afetam mais os cães do que os gatos
V
A presença de um corpo estranho traumático na porção distal do intestino pode causam melena (sangue digerido)
F (hematoquesia – sangue em natureza)
A melena pode estar associada a um traumatismo do reto
F (hematoquesia)
A contração bifásica é uma característica do retículo
V
A contração primária inicia-se por uma contração bifásica do rúmen
F (retículo)
A taxa de contração secundária depende da pressão de gás no saco ventral do rúmen
F (dorsal)
A ruminação reduz o tamanho das partículas, potenciando a ação microbiana
V
Os produtos da fermentação ruminal são totalmente absorvidos pela mucosa ruminal
F (são absorvidos ou continuam o seu trajeto)
A frequência normal de contrações ruminais na vaca é de 7 a 12/5 min
V
O reflexo da goteira esofágica é desencadeado pelo nervo vago ventral
F (dorsal)
A goteira esofágica permite a passagem do leite do esófago para o abomaso
V
A patologia digestiva, no ruminante, está frequentemente acompanhada de alterações retais e da frequência respiratória
F (inapetência ou anorexia, dificuldades na ruminação/eructação, perfil anómalo do abdómen, consistência anómala do conteúdo abdominal, anomalias na quantidade e aspeto das fezes)
A putrefação da ingesta ruminal apresenta um odor pútrido e amoniacal e baixo nº de protozoários e bactérias a nível ruminal
V
A alcalose ruminal pode apresentar-se como um processo primário ou secundário
F (não é primário, ocorre associado a outras patologias)
A reticulite traumática ocorre com maior predominância em pequenos animais
F (ocorre em bovinos, rara em peq.rum)
O timpanismo caracteriza-se pela distensão anómala, por acumulação de gás, no ruminante associada ao seu excesso de produção
V
A distensão moderada do rúmen é um estímulo excitatório do centro gástrico
V
A distensão grave do rúmen é um estímulo excitatório do centro gástrico
F (inibitório)
A diminuição do pH ruminal é um inibitório do centro gástrico
F
A dor é um poderoso estímulo excitatório do centro gástrico
F (inibitório)
A ruminocentese serve para estimular a contração reticulo-ruminal
F (avaliar o fluído ruminal)
Na anamnese sobre a descrição do vómito que características deve avaliar
-
Duração do vómito:
- agudo
- crónico
-
Frequência:
- esporádico
- repetido
-
Quantidade:
- grande volume (vómito alimentar)
- pequeno volume (vómito repetido, por exagerada sensibilidade da parede gástrica)
-
Momento do vómito:
- precoce (alimento não completamente digerido)
- tardio (alimento digerido ou por digerir);
-
Aspeto:
- precoce (materiais por digerir);
- tardio (digeridos);
- viscoso (c/muco);
- bilioso (c/bílis);
- picacismo (areias, terra);
- sangue vivo (hematémese);
- sangue digerido (erosão, ulcera..)
-
Cheiro:
- carnívoros – ácido;
- sangue – hematémese;
- amoniacal – azotemias;
- fétido – vómitos fecaloides
Diarreia aguda
▪ Desencadeamento rápido;
▪ Rápida deterioração do estado geral;
▪ Dor abdominal à palpação;
▪ Desidratação grave;
▪ Desequilíbrios electrolíticos;
▪ Acidose metabólica;
▪ Pode acompanhar-se de vómitos.
Pode ser do tipo osmótica, exsudativa, secretora e por alterações de motilidade.
Etiologia:
* problemas alimentares,
* problemas idiopáticos,
* pacreatite aguda,
* gastroenterite hemorrágica,
* lesões intestinais estruturais,
* afeções metabólicas.
Diarreia crónica
▪ Processo lento (2/3 semanas);
▪ Lenta deterioração do estado geral;
▪ Dor abdominal pouco marcada;
▪ Desidratação moderada;
▪ Geralmente não apresenta vómitos.
Etiologia:
* má absorção e má digestão intestinal (enteropatia exsudativa, IPE, inflamatory bowel disease)
Tipos de diarreia
- Diarreia osmótica
- Diarreia secretora
- Diarreia exsudativa
- Diarreia por hipermotilidade
- Diarreias mistas
Diarreia osmótica
- absorção de moléculas hidrossolúveis é pouco eficaz – H2O retida nas fezes;
- má absorção,
- má digestão (mudanças na dieta, intolerância à lactose),
- sobrecarga alimentar,
- laxantes;
Diarreia secretora
Aumento da secreção ao nível do intestino.
Em condições normais existe secreção constante de fluidos para o lúmen intestinal e absorção deste para o sangue. Este balanço é, em condições normais, a favor da absorção. Se ocorre aumento da secreção ou diminuição da absorção verifica-se perda de grandes volumes de água nas fezes
Diarreia exsudativa
aumento da permeabilidade epitelial e perda de proteína;
ulceração ou erosão da mucosa, obstrução linfática ou hipertensão venosa da veia porta
Diarreia por hipermotilidade
diminuição dos movimentos de segmentação (mucosa fica menos tempo em contacto com o alimento) e aumento dos movimentos peristálticos
Diarreia do intestino delgado
- Nº de dejeções normal ou ligeiramente ↑;
- Muito volumosas;
- Mau cheiro;
- Espumosas e sem muco;
- Esteatorreia, com restos de alimentos por digerir;
- Melena (se existir sangue);
- Flatulência e borborigmos ↑;
- Sem tenesmo;
- Rápida perda de peso;
- Vómito é comum estar associado;
- Halitose pode estar presente;
- Apetite normal ou diminuído.
Diarreia do intestino grosso
- Nº de dejeções ↑;
- Pouco volumosas;
- Cheiro menos intenso;
- Sem espuma e com muco;
- Sem esteatorreia ou restos por digerir;
- Melena ou hematoquesia;
- Flatulência e borborigmos normais;
- Tenesmo e diquesia frequente;
- Perda de peso pouco frequente;
- Vómito pode estar presente;
- Apetite normal;
- Halitose ausente.
Etiologia da polidipsia
Patológicas:
* desidratação,
* perda de líquidos orgânicos (diarreia, vómitos, ascite),
* diabetes mellitus,
* diabetes insípidús,
* insuf. Renal crónica
Fisiológicas:
* exercício físico,
* aumento da temperatura ambiente,
* ingestão de alimento seco.
Causas de hipodipsia ou adipsia:
* afeções do sistema nervoso,
* afeções GI sem vómito ou diarreia
* processos associados à febre.
Picacismo: causas e efeitos
Apetite anormal, com ingestão de alimentos que não são alimento normal.
Causas:
* deficiências alimentares (vitaminas, minerais e aa.),
* dores abdominais crónicas (peritonites, gastrites, etc),
* stress ambiental
* alterações do SNC (raiva).
Tipos:
* osteofagia (ossos),
* infantofagia (recém-nascidos),
* coprofagia (fezes),
* pterofagia (penas),
* pilofagia (pelo),
* geofagismo (terra)
* canibalismo (partes de animal da mesma espécie)
Melena vs. Hematoquesia
Hematoquesia: presença de sangue em natureza nas fezes, associado a hemorragia na porção distal do intestino, corpos estranhos traumáticos, traumatismo do reto e lesão do cólon.
Melena: presença de sangue digerido nas fezes, surge associado a hemorragia do trato GI anterior, sangue com origem na cavidade oral, faríngea ou trato respiratório (sangue deglutido), problemas de coagulação, fêmeas pós-parto (ingestão da placenta).
Definir tenesmo e disquesia. Quais são as causas?
Tenesmo: adoção de uma postura de defecação contínua/descontínua, com sinal de esforço, com ou sem expulsão de fezes, associado a defecação e/ou micção, surge de problemas do cólon/reto, urogenitais, perianais e alterações da cavidade abdominal caudal.
Disquesia: defecação difícil e/ou dolorosa, geralmente associada a lesões no/ou junto ao ânus.
Etiologia: Constipação, colites, neoplasias, corpos estranhos; cictite, uretrite, vaginite, cálculos uretrais ou císticos, prostatomegália; abcessos do saco anal, neoplasia do saco anal, hérnia perianal, fistula perianal; massas ou fraturas da pélvis.
Fisiopatologia da constipação e obstipação
Constipação: defecação infrequente, ausente ou difícil associada a retenção de fezes no cólon e reto.
Etiologia: qualquer afeção que impeça a passagem das fezes através do cólon por defeitos na função muscular/nervosa, obstrução luminal, supressão da vontade de defecar; exemplos:
* Alimentar e ambiental: ossos, pelos, CE, alterações nos hábitos ou ambiente;
* Defecação dolorosa: fistulas perianais, saculite, dor, traumatismos ou tumores;
* Obstrução mecânica: hipertrofia prostática, diminuição pós-traumatica do canal pélvico, tumor ou massa do colon ou reto ou estenose do reto;
* Doença neurológica: incapacidade de adotar uma posição defecação, deficiente enervação do colon, disfunção do SNC, paraplegia, doença na medula espinhal;
* Doença metabólica ou endócrina: debilidade por fraqueza geral ou desidratação, alterações no ms liso intestinal por hipotiroidismo, hipertiroidismo, hipocalémia;
* Drogas: anticolinérgicos: atropina, anti-histamínicos, sulfato de bário ou opioides.
Obstipação: constipação prolongada, provoca impactação grave do cólon e reto, os animais são incapazes de eliminar a massa fecal
Sintomas e diagnóstico da constipação
Sintomas:
* depressão,
* desconforto,
* inapetência,
* fraqueza
* vómito.
Diagnostico:
* identificação: cães velhos por vezes sofrem disto por sedentarismo, gatos apresentam megacólon idiopático;
* anamnese: quando defecou pela ultima vez, o que come, sofreu algum traumatismo, etc;
* exame físico: massa colónica dura;
* exame retal – reto vazio;
* exame complementar: raio x, endoscopia, biopsia.
Vómito vs. Regurgitação
Regurgitação: expulsão passiva pela boca ou fossas nasais do conteúdo do esófago ou estômago, fisiológico em ruminantes e raro em equinos
Vómito: ato reflexo, caracterizado pela expulsão forçada do conteúdo gástrico e/ou intestinal através da boca exceto em cavalos e bovino
Regurgitação
- Mediada pela enervação intrínseca do esófago e não pelo centro do vómito;
- Sem náusea, sem ânsia de vómito;
- Sem bílis;
- Pode ter sangue (não digerido);
- Pode haver distensão do esófago cervical;
- pH>4;
- Forma +/- tubular;
- Pode ocorrer aquando a ingestão ou horas depois.
Etiologia:
* esofagites (corpo estranho ou refluxo gástrico),
* obstrução esofágica,
* estenose esofágica (após cirurgia, persistência do 4º arco aórtico),
* doenças neuromusculares (megaesófago, hipomotilidade, atonia do esófago, miastenia gravis).
Vómito
- Iniciado e controlado pelo SNC;
- Trata-se de uma síndrome;
- Regulado pelo centro do vómito;
- Com náusea e com ânsia do vómito;
- Pode ter bílis;
- Pode ter sangue (digerido ou não);
- Sem distensão do esófago cervical;
- pH≤4;
- Sem forma;
Vómito. Causas e consequências.
É um ato reflexo, caraterizado pela expulsão forçada do conteúdo gástrico e/ou intestinal pela boca.
Trata-se de um mecanismo fisiológico protetor quando previne a entrada de substancias nocivas para o intestino.
Causas: problemas dietéticos; parasitismo interno; causas infeciosas (esgana, parvovirose, panleucopénia)
Consequências: perda de fluidos (desidratação), eletrólitos (desequilíbrio eletrolítico – Na+, Cl-, K+ diminuídos) e nutrientes (desequilíbrio acido-base), má nutrição
Os 4 estímulos que desencadeiam o vómito
-
Quimiorrecetores:
- Centrais: localizados na QTZ, que está localizada fora da barreira hematoencefálica, logo é sensível a substâncias toxicas no sangue ou LCR; ex: toxinas bacterianas ou urémicas, digitálicos, AB.
- Periféricos: recetores no duodeno, língua, terminações dos nervos olfativos e na mucosa gástrica.
- SNC: o medo, stress, excitação ou estímulos visuais ou olfativos vão estimular um vomito ssicogénico pelo córtex cerebral; traumatismo craniano, hipertensão intracraniana, lesões inflamatórias ou tumores do encéfalo causam vómito por estimulação do sistema límbico.
- Aparelho vestibular: têm origem nos canais semicirculares do ouvido interno e são transmitidos ao centro do vómito pelo par VIII. A estimulação aferente passa para os núcleos vestibulares e pelo cerebelo atingindo o centro do vómito pela CTZ. Ex: enjoo dos transportes, inflamação dos canais semicirculares.
- Influxos viscerais periféricos: estão presentes no TGI, pâncreas, fígado, peritoneu, trato urinário etc. São estimulados por irritação química, inflamação, distensão ou variação da osmolaridade. São associados a dor grave e são conduzidos ao centro do vómito pelo nervo vago e enervação esplânica simpática. Ex: gastroenterite, hepatite, obstrução do trato urinário.
Fases do vómito
É constituído por 3 fases:
* Náusea: precede o vómito; hipersiália, deglutições repetidas, abatimento, bradicardia. Há diminuição do tónus gástrico e iniciam-se contrações anti-perisálticas do jejuno e duodeno (o que explica o conteúdo intestinal proximal para o estômago);
* Ânsia de vómito: movimentos inspiratórios bruscos do diafragma e da parede torácica (com a glote fechada) e contrações dos ms abdominais. O corpo do estomago relaxa e o antro-pilórico contrai-se. O conteúdo gástrico não chega a passar para o estômago porque os ms do hiato esofágico que rodeiam o cárdia estão contraídos.
* Vómito propriamente dito: conteúdo gástrico é expelido quando os ms do hiato esofágico relaxam. Temos contrações dos ms expiratórias e ms abdominais.
Defina flatulência e borborigmos, e as causas
Flatulência: passagem anal dos gases intestinais.
Borborigmos: ruídos causados pela progressão dos gases através do TGI.
Causas: tipo de alimentação, má absorção, má digestão e aerofagia.
O que entende por disfagia e quais são os sintomas?
É a dificuldade ou impossibilidade de deglutir o bolo alimentar.
Pode ser disfagia orofaríngea ou esofágica.
Sintomas: sialorreia (secreção abundante de saliva), movimentos seguidos de deglutição, patas na boca e garganta.
Como método complementar podemos realizar uma endoscopia.
Etiologia:
* Infeciosa: estomatites virícas e bacterianas; raiva (paralisia da laringe); tétano (paralisa dos ms faciais); amigdalite.
* Imunomediada: lupo eritematoso sistémico.
* Neurológica: lesão nervos periféricos.
* Metabólicas: estomatites urémicas.
* Nutricionais: défices de vit C.
* Físicas: fraturas.
* Quimica: queimaduras térmicas.
NOTA: a disfagia pode ser parcial se o animal não deglute sólidos a partir de determinada dimensão ou absoluta, quando o animal não deglute nem sólidos nem líquidos.
Timpanismo gasoso vs. Espumoso
Timpanismo trata-se uma distensão anómala com gás dos pré-estômagos do ruminante. Existem três tipos:
* Espumoso (primário)
* Gasoso (secundário)
* Espontâneo (vitelos)
Espumoso: primário, devido a dietas que levam à formação de espuma estável (leguminosas e pastagens muito verdes), consumo de rações muito concentradas (é produzida uma mucoproteína bacteriana que estabiliza a espuma); a saliva tem função antiespumante.
Gasoso: secundário, por obstrução esofágica (corpos estranhos, tumores, hérnias, decúbito lateral, anestésicos) ou por falha ruminal (acidose, ruminite, indigestão vagal).
Referir os estímulos para a motilidade reticulo-ruminal
Excitatórios:
* Ingestão de alimento;
* Distensão moderada;
* Recetores de pH abomasais;
* Ordenha;
* Massagem no útero;
* ↓ temperatura ambiente.
Inibitórios:
* Febre;
* Dor;
* Distensão moderada a grave;
* ↑concentração AGV.
Fases de contração ruminal
Motilidade reticulo-ruminal: Servem para misturar a ingesta, promovendo a normal estratificação, auxiliam a a eructação de gás, conduzem fluidos e alimento fermentado para o omaso. Se a mobilidade cessar surge impactação. Há uma maior frequência durante a ingestão.
Contração primária e secundáaria
Contração primária ou de mistura
- Iniciada pelo centro gástrico da medula oblonga;
- Mediada pelo nervo vago
- Inicia-se por uma contração bifásica de retículo -> ouve-se a contração reticular e em seguida sente-se uma contração ruminal (na palpação).
Contração secundária ou eructação
- SÓ RUMEN
- Ocorre independentemente da primária e são menos frequentes
- Mediada pelo nervo vago dorsal
- A sua taxa depende da pressão do gás no saco dorsal do rumen- recetores de pressão da cárdia
- Há silêncio reticular – sente-se a contração ruminal (na palpação)
Fisiopatologia da cólica gástrica
A cólica é uma dor que reside na cavidade abdominal. Uma cólica verdadeira reside no trato digestivo, enquanto
falsa provem de outras vísceras abdominais; é uma dor com um limiar de excitação bastante alto, que se comporta em ondas. Reflete-se em ciclos e é típica de vísceras com parede muscular oca.
Predisposições fisiológicas:
* Estômago: trânsito curto 30 min e pouca capacidade;
* ID: pouca permanência, cerca de 2h; digestão breve e contrações da parede muito fortes e rápidas;
* IG: transito pode demorar até 50h, acompanhado de absorção de líquidos pode endurecer o alimento e criar dificuldade na sua mobilidade; a mucosa retal também é bastante frágil, sendo predisposta a roturas; a fibra não atua como laxante; IG contém cerca de 1/3 do total de agua do organismo, por isso uma afeção nesta área causaria uma grave desidratação
Tipos de cólicas
Gástricas:
* Dilatações agudas (alimentação, parasitoses massivas, sobrecargas);
* Roturas de estômago;
* Úlceras gástricas;
* Espasmo pilórico ou indigestão estomacal.
Intestino:
* Enterite espasmódica (exercício, frio, etc);
* Enterire anterior;
* Retenção fecal ou sobrecarga (fermentações anómalas ou alimentos flatulentos);
* Tromboembólicas (estrongilose);
* Oclusões intestinais associadas a:
* Obstrução (parasitas, CE, enterólitos);
* Vólvulos;
* Torções;
* Invaginações.
Predisposições anatómicas para a cólica
Cavidade bucal
- Lesões nas peças dentárias;
- Úlceras;
- Má estrutura dos dentes;
- Muda de dentes.
- Fratura da mandíbula, paralisia da língua, glossite, estomatite e raiva causam disfagia oral também
Predisposições anatómicas para a cólica
Esófago:
- parede muito potente;
- inserção oblíqua e penetração profunda (dificulta o vómito);
- luz muito estreita (3cm e só dilata até 5 ou 6 cm).
Predisposições anatómicas para a cólica
Estômago
- Cárdia (ms.helicoidal impossibilita o vómito); quando vencida não há refluxo à boca, devido ao palato mole e faringe;
- Pouca capacidade (15L) enquanto o volume da ingesta pode chegar até 40L.
Predisposições anatómicas para a cólica
ID
- Parede muito potente e flexuosa;
- Mesentério forte e muito vascularizado;
- Tempo de permanência muito curto - movimentos peristálticos muito rápidos e fortes.
Predisposições anatómicas para a cólica
IG
- Grande capacidade (ceco – 30L; total – 190L);
- Verdadeiras cubas de fermentação bacteriana;
- Grande tempo de permanência (50h);
- Estreitamentos (válvulas ileocecal e cecocólica - disposição craneal facilita a entrada mas dificulta a saída);
- Curvatura pélvica e esternal.
Provas de campo para avaliação do fluido ruminal
- Cor, cheiro, pH e viscosidade.
- Presença de bactérias e protozoários.
- Controlo de concentração de cloro.
- Redução do azul-de-metileno.
- Sedimentação/Flutuação.
Quais os sinais que sugerem patologia digestiva nos ruminantes?
- Inapetência ou anorexia.
- Dificuldades na eructação e/ou ruminação.
- Perfil anómalo do abdómen.
- Consistência anómala do conteúdo abdominal.
- Anomalias na quantidade e aspeto das fezes.
Descreva os sinais clínicos do edema pulmonar. Refira as alterações na função pulmonar no período alveolar.
O edema pulmonar é um excesso de líquido extravascular no espaço intersticial e/ou alvéolos pulmonares.
Causa
* um aumento da pressão hidrostática capilar,
* diminuição pressão oncótica do plasma,
* aumento da permeabilidade capilar,
* diminuição da circulação linfática
e tem uma etiologia pouco clara ou frequente.
Edema pulmonar: Alterações da função pulmonar
- Período de edema intersticial:
- Alteração da distribuição: estreitamento das vias que leva a uma ventilação não uniforme;
- Alteração da difusão: espessamento da membrana alvéolo-capilar.
- Período de edema alveolar:
- IR por hipoventilação alveolar generalizada;
- Liquido + ar forma espuma que aumenta a IR;
- Menor distensibilidade do pulmão;
- Alteração da difusão por espessamento da membrana alvéolo-capilar.
Quadro clinico: Edema alveolar crónico:
- lento e progressivo;
- edema intersticial e só algum grau de alveolar;
- tosse noturna e não produtiva;
- taquipneia de exercício que evolui até repouso e causa alterações cardíacas, síndrome urémico e bronquite crónica.
Quadro clinico: Edema alveolar agudo
- rápido e brusco;
- edema alveolar;
- leva à morte do animal em curto espaço de tempo;
- dispneia por IR grave;
- ortopneia e dispneia noturna por ICE;
- respiração de cheyne-stokes com hipoxemia intensa;
- cianose;
- taquicardia;
- tosse com expetoração do liquido do edema;
- som submaciço à percussão;
- diminuição do murmúrio vesicular e estertores húmidas.
Causas da tosse extrarrespiratória
Irritação direta do N.Vago:
* alterações patológicas mediastínicas;
* alterações dos ramos abdominais do N.vago.
Mecanismos da tosse respiratória
A tosse respiratória pode ser anterior/alta/supercial (forte, seca, expetoração escassa e fácil de eliminar) ou posterior/baixa/profunda (suave, húmida, expetoração abundante e difícil de eliminar).
Fatores irritantes:
De origem respiratória - irritação das zonas tussígenas:
* mucosa laríngea;
* árvore traqueal;
* bifurcações bronquiais;
* parênquima pulmonar;
* serosa pleural.
Mecânicos:
* partículas de pó, fumo, carvão;
* secreções do ap.respiratório;
* corpos estranhos;
* compressões externas, tumores;
* broncoconstrição brusca.
Outros:
* inflamação;
* químicos ou térmicos (ar muito frio).
Sons respiratórios
Relacionados diretamente com a velocidade do fluxo de ar e com o lumen das vias respiratórias.
- Sopro Laringo-traqueal: passagem do ar de zonas largas para zonas estreitas (laringe/traqueia)
- Murmúrio vesicular: distensão dos alvéolos pulmonares durante a inspiração, ouve-se no centro da parede torácica (não se ouve no bordo porque os pulmões são delgados)
Sons pulmonares normais variam de acordo com:
* Espessura da parede torácica;
* Idade do animal;
* Padrão dos movimentos respiratórios;
* Local de auscultação.
São gerados por fluxo turbulento nas grandes vias aéreas (>2mm). Pequenas vias (< 2mm) não produzem som audível.
Aumento na intensidade /audibilidade sons respiratórios
- Exercício
- Doença trato respiratório
- Ansiedade
- Elevada temperatura ambiental
- Acidose
- Anemia grave
- Insuficiência Cardíaca
Diminuição na intensidade /audibilidade dos sons cardíacos
- Generalizada
- Obesidade
- Parede torácica espessada
- Regional
- Ar
- Fluido livre
- Intestinos
- A nível da cavidade pleural
Adicionam-se aos sons respiratórios
-
Crepitações: descontínuos, curtos e não musicais;
- Finas (curtas 1-10ms): menos intensas, abertura de bronquíolos e outras pequenas vías aéreas.
- Húmidas/grosseiras (curtas 10-30ms): altas; explosão de borbulhas no muco.
- ex: bronquite, broncopneumonia, congestão pulmonar e edema de pulmão.
-
Sibilância: Som contínuo, tom agudo e musical.
- Passagem do ar por vías estenosadas: Inflamação, mucosidades;
- Bronquite, bronquiolite, asma bronquial.
-
RONCO - Rhonchi:
- Brônquios grossos;
- Tom grave;
- Frémito peitoral.
-
Sons pleurais:
- Atrito pleural (pleurite seca: Não se modifica com a tosse; com frémito; não são musicais);
- Chapinhamento pleural – derrame pleural.
Insuficiência Respiratória Externa (falha fase pulmonar)
Pode ser por alterações em 4 processos:
* Alteração da ventilação
* Alteração da distribuição
* Alteração da perfusão
* Alteração da difusão
Insuficiência Respiratória Externa (falha fase pulmonar)
Alteração da ventilação
hipoxemia, hipercapnia e acidose metabólica; afeta todos os alvéolos
-
Obstrutiva:
- Intraparietal: CE, secreções bronquiais, produtos aspirados (vómito);
- Parietal: tumores, espessamento da mucosa (inflamação), edema ou espasmo da laringe;
- Extraparietal: compressão da via (tumores mediastínicos).
- Clinicamente: bradipneia, batipneia, dispneia.
-
Restritiva:
- Contração insuficiente dos ms respiratórios: depressão do centro respiratório, afeção dos nervos periféricos, afeção ms respiratórios, dor torácica aguda.
- Aumento da resistência à expansão e retração pulmonar (alterações da pleura, diminuição distensibilidade pulmonar, aumento da pressão intra-abdominal impedindo o funcionamento do diafragma).
- Clinicamente: taquipneia, polipneia, oligopneia, dispneia.
Insuficiência Respiratória Externa (falha fase pulmonar)
Alteração da distribuição
- Hipoventilação de parte do parênquima pulmonar;
- Mecanismos obstrutivos e restritivos;
- Hipoventilação compensatória dos alvéolos saudáveis;
- Hipoxemia acompanhada ou não de hipercapnia;
Insuficiência Respiratória Externa (falha fase pulmonar)
Alteração da perfusão
embolia pulmonar, ventilação normal
- Aumento do espaço morto alveolar e espaço morto fisiológico.
- Como mecanismos de compensação: broncoconstrição e o fluxo sanguíneo dirige-se a áreas bem ventiladas.
Insuficiência Respiratória Externa (falha fase pulmonar)
Alteração da difusão
o ar está separado do sangue por epitélio alveolar, membrana basal do epitélio alveolar, membrana basal do capilar alveolar, endotélio capilar. O O2 funde-se mais lentamente.
- A quantidade de gás que se difunde por min. por cada mm Hg de diferença de pressão parcial de cada lado da membrana está alterada por:
- Aumento da espessura da membrana alvéolo-capilar: edema, pneumonia intersticial; há diminuição do leito capilar do pulmão, diminui área de difusão, diminui o tempo de contacto com o sangue.
- Aceleração excessiva da circulação dos capilares.
Insuficiência Respiratória Interna (falha fase tissular)
- Hipóxia Hipóxica: incompleta saturação de Hgb (respiração em atmosfera pobre em O2, IR externa de qualquer tipo, há sempre hipóxia arterial);
- Hipóxia Anémica: transporte de O2 pelo sangue insuficiente (anemia, ↓ Hgb, alterações tóxicas da Hgb não se dissocia do CO2, metahemoglobina (diminui associação de O2) e sulfohemoglobina (não transporta O2);
- Hipóxia de Estase: circulação capilar lenta, ↓ fluxo capilar (pode afetar todos os capilares ou só alguns);
- Hipóxia Histotóxica: transporte de O2 normal, mas não pode ser usado (intoxicação por produtos bloqueadores da cadeia respiratória, ↓ capacidade de aproveitamento de O2 pelos tecidos).
Comparar Rigidez Descerebral com Rigidez Descerebelar
Rigidez Descerebral: extensão dos 4 membros e opistótonos ocasional, animal está em estupor ou coma, deve-se à perda de informação das estruturas craniais à tenda do cerebelo para os centros do mielencéfalo.
Rigidez Descerebelar: presença de opistótonos associado a extensão dos membros anteriores, flexão dos posteriores e estado mental normal, se houver um envolvimento das porções ventrais do cerebelo ocorre extensão dos 4 membros. Lesão cerebelar aguda.
Definir Síndrome Cerebelar
- Animal marcha com dismetria; s/paresia
- Ataxia do tronco;
- Tremores intencionais da cabeça e globos oculares
- Afastamento dos membros em estação;
- Atraso e exagero nas reações posturais;
- Défice ipsilateral na resposta ao teste de ameaça com visão normal;
- +/- anisocoria (pupila contralateral dilatada);
- +/- opistótonos (raro);
- +/- sinais vestibulares (raro).
Reflexo do Tronco Cutâneo
Reflexo nociceptivo, permite avaliar a integridade dos ms. do tronco subcutâneo, aplicando um estímulo tátil na linha dorsal média da região toraco-lombar, utilizando um instrumento pontiagudo (pinça), de trás para a frente (da região lombo-sagrada até à cervico-torácica), em cada um dos lados da linha média para produzir resposta bilateral.
O ramo aferente (sensitivo) capta estímulo da pele, faz sinapse nos segmentos C8-T2 e os neurónios motores (N.torácico lateral) inervam os músculos.
Resposta: contração muscular e resposta comportamental (vocalização, girar a cabeça).
Defina paresia, hemiparesia e paralisia.
Hemiparesia – paralisia incompleta do nervo ou músculo de um dos lados do corpo do animal que não perde inteiramente a sensibilidade e o movimento.
Paresia – fraqueza neurológica sem paralisia completa; défice nos movimentos voluntários. Os tratos motores facilitadores dos ms flexores e extensores encontram-se lesionados. Lesão abaixo do mesencéfalo caudal.
Paralisia – perda completa dos movimentos voluntários. A diferença entre paresia e paralisia é o grau de gravidade.
Defina Pleurotónus
rotação a cabeça e tronco, realização de círculos ou desvio ocular para o lado afetado – lesão cranial à tenda do cerebelo.
Defina Postura de Schiff-Sherrington
aumento do tónus ms nos membros torácicos com paralisia dos pélvicos. Lesão torácica ou lombar.
Defina epasticidade
aumenta o tónus ms localizado nos membros em repouso ou movimento. Lesões no NMS.
Defina ataxia
incoordenação de movimentos em que os membros se podem cruzar ou estarem afastados. Lesão das vias sensoriais da medula espinhal, cerebelo e sistema vestibular.
Defina dismetria
estimativa incorreta da distância a avaliar durante o movimento (hipo ou hipermetria). Lesões no cerebelo ou vias cerebelares
Síndrome Toracolombar (T3-L3)
- Paresia/paralisia nos membros posteriores;
- Défices nas reações posturais nos membros posteriores (lesão NMS);
- Hiperestesia ao nível da lesão;
- ↓ Sensibilidade causal à lesão;
- Reflexo tronco cutâneo diminuído ou ausente;
- Incontinência urinária (bexiga de NMS);
- +/- Postura de Schiff-Sherrington.
Síndrome Lombossagrada (L4-CD5)
- Paresia/paralisia nos membros posteriores;
- Défices nas reações posturais nos membros posteriores (lesão NMI);
- Esfíncter anal dilatado;
- Alterações do reflexo bulbocavernoso;
- Incontinência urinária (bexiga de NMI);
- Incontinência fecal;
- Sinal de raiz;
- Se afetar as caudais: paralisia ou paresia da cauda.
Síndrome cervical (C1-C5) ou cervicotorácico (C6-T2)
- Apenas dor cevical/rigidez ou espasmos musculares;
- Tetraparesia ou tetraplegia,
- Hemiparesia ou hemiplegia;
- C1-C5: NMS para membros anteriores e pélvicos;
- C6-T2: NMI para os membros torácicos e NMS para os pélvicos;
- Síndrome de Horner: lesão das fibras simpáticas no funículo lateral da medula espinhal →Teste farmacológico realiza-se com a fenilefrina a 10%;
- Dificuldades respiratórias por lesão do n. frénico (C5-C7);
- Alterações do reflexo cutâneo por lesão do n. torácico lateral (C8-T1);
- Bexiga de nms;
- Região cervical caudal (C6-C8): alteração dos movimentos dos 4 membros, com ataxia e paresia mais evidente nos pélvicos;
- Diminuição do reflexo flexor (C6-C8 – n. musculocutâneo) e aumento do tónus extensor (C7-T2 – n. radial).
- Hiperestesia ao nível da lesão
- Diminuição da sensibilidade caudal à lesão
Um animal que apresenta lesão ao nível dos segmentos L4 e S3.
a) Mencione, classificando de 0 a 4+, como se podem encontrar o reflexo extensor radial do carpo e reflexo patelar nessa situação
Extensor radial: 2+ (normal)
Reflexo patelar: 0 (ausente/reduzido ou diminuído)
Um animal que apresenta lesão ao nível dos segmentos L4 e S3.
b) Refira outras alterações que poderia observar durante a realização do exame neurológico ao animal.
- Paralisia dos membros pélvicos;
- Reflexos e tónus muscular reduzidos/ausentes nos membros pélvicos;
- Atrofia muscular nos membros pélvicos;
- Defices nas reações posturais nos membros pélvicos;
- Esfincter anal dilatado e com atividade reflexa diminuída/ausente;
- Incontinência urinária e fecal;
- Sinal de raíz;
- Alterações do reflexo bulbocavernoso;
Descreva o estado mental do animal.
Normal: Alerta.
Deprimido: calmo, tende a dormir se não estiver perturbado. Responde a estímulos ambientais.
Delírio: responde a estímulos ambientais, mas as respostas não são normais.
Estupor: Não responde a estímulos ambientais, mas responde a dolorosos.
Coma: Estado de profunda inconsciência, não responde a quaisquer estímulos.
Síndrome neuropática. (neuropatia – doença sistema nervoso)
Divide-se em:
Neuropatia motora:
* Paresia/paralisia flácida das estruturas inervadas.
* Atrofia muscular neurogénica.
* Reflexos e tónus muscular reduzidos ou ausentes.
* Tremores.
Neuropatia sensorial:
* Diminuição da resposta à dor/sensibilidade.
* Parestesia.
* Défice
* Automutilação.
* Reflexos reduzidos/ausentes mas sem atrofia muscular.
Defina quais os objetivos da anamnese e exame físico na avaliação do aparelho locomotor
Deve ser examinado quando:
* Na ausência de anomalia - certificação de saúde para venda ou acasalamento;
* Anomalia na locomoção com sede no aparelho locomotor;
* Anomalia na locomoção com sede fora do aparelho locomotor: doenças endócrinas, doenças autoimunes.
Diagnósticos:
* Funcional – limitação mecânica.
* Anatómico – localização do processo.
* Patológico – ex: inflamação ou neoplasia.
* Etiológico – congénito, , inflamação, progressiva, outro órgão ou sistema.
5 exames complementares do exame do aparelho locomotor.
Exame neurológico,
repetir exame sob sedação,
exame radiográfico,
exames laboratoriais,
exame de líquido sinovial,
biópsia de massas,
biópsia/ citologia óssea,
electromiografia,
cintigrafia óssea,
exploração cirúrgica,
artroscopia,
TAC,
ecografia.
CT
Avaliação do aparelho locomotor em repouso
Observar:
* Postura;
* Sustentação do peso;
* Postura de cabeça, pescoço e coluna vertebral;
A postura de um membro pode variar:
* Espécie;
* deformações de crescimento;
* fraturas;
* contrações musculares.
Técnica:
* postura dos membros;
* posições relativas de membros, cabeça e coluna vertebral,
* sustentação do peso pelos membros.
Alterações de posicionamento mais comuns:
* Exorrotação;
* Endorrotação;
* Abdução;
* Adução.
Alterações no suporte do peso mais comuns
* Hiperextensão;
* Hiperflexão.
Alterações de estrutura e forma:
* Labrador – valgus;
* Dachshund – varus;
* patas traseiras – exorrotação.
Avaliação do aparelho locomotor em andamento
Passo: Movimento completo de um membro, um ponto do ciclo de movimento, através do ciclo até ao mesmo ponto.
Existem mais 2 tipos de andamento: trote, galope.
Avaliação dos andamentos (Deteção de claudicações):
* Permanente/ intermitente;
* Decrescente/ crescente;
* Uso do membro limitado/ impossível;
* Localização.
Avaliação de sons anómalos.
Escala de avaliação da gravidade do distúrbio locomotor:
* Grau I: distúrbio de locomoção suave;
* Grau II: distúrbio de locomoção, mas membros suportam o peso;
* Grau III: claudicação com membros que nem sempre suportam o peso;
* Grau IV: sem suporte de peso pelos membros.
Avaliação do aparelho locomotor em pé
Inspeção:
* contornos musculares;
* ligamentos e tendões visíveis;
* formas ósseas;
* alinhamentos – só abaixo das articulações do cotovelo e joelho;
* unhas: gato raramente visíveis; cão – as dos pés evitam o contato com o chão.
Palpação: efetuada com ambas as mãos do proximal para o distal.
* músculos: contorno, temperatura, consistência, ou tónus; palpação profunda não deverá revelar dor.
* tendões e ligamentos: contornos suaves, sem dor local, espessamentos, interrupções, perda de tensão.
* ossos: contornos suaves, sem crepitação, dor à palpação profunda ou aumento de temperatura.
* articulações: temperatura normal, contornos suaves, sem dor à palpação.
Observação de movimentos passivos (forças externas): dor e crepitação.
Avaliação do aparelho locomotor em pé
Membro anterior
- Escápula: Colocar o indicador no acrómio e polegar na tuberosidade maior do úmero,lados dirt e esq, de modo a comparar as distâncias.
- Perna superior.
- Cotovelo: a mão esq. mostra como avaliar a largura da articulação; a mão dirt. mostra como avaliar as alterações de temperatura, dor e tumefação.
- Perna inferior.
- Pé: tem várias formas; agarrar firmemente o metacarpo de modo a colocar firmemente o pé no chão.
- Dedos
Devemos observar os movimentos do ombro e cotovelo: movimento passivo, hiperextensão e hiperflexão.
Avaliação do aparelho locomotor em pé
Membro posterior
- Pélvis: colocar os polegares de ambos os lados entre o trocânter maior e a tuberosidade isquiática e comparar distâncias; ambos os membros são elevados e distendidos caudalmente. Os polegares mantêm-se no mesmo lugar. O comprimento da perna é comparado com base na posição do calcâneo e/ou almofada plantar.
- Articulação do joelho: seguir proximalmente o tendão patelar, desde a crista tíbia e localizar a rótula. Para pesquisar luxações, empurrar a rótula medialmente com o polegar e sobre extender o joelho.
- Perna inferior e jarrete: colocar os indicadores à frente e os polegares atrás dos ligamentos colaterais da articulação tibiotársica. Serve essencialmente para detetar flutuações associadas à presença de líquido em excesso.
- Pé.
- Dedos.
Devemos observar os movimentos passivos da anca e joelho:
* Anca: a mão dta circunda o joelho, o polegar esq é colocado à altura do trocânter maior. Movimentamos o joelho para a frente e para trás de modo a fletir e extender a anca.
Avaliação do aparelho locomotor deitado
Inspeção de estruturas que não foram antes facilmente observadas.
Palpação do membro sem suportar peso; Palpação profunda das estruturas superficiais.
Observação de movimentos passivos de todas as articulações:
* Fletir, extender, esticar, adução e abdução e rotação repetidos –sempre no sentido natural da articulação;
* Repetição ligeiramente exagerada dos mesmos movimentos;
* Realização de certos movimentos desenvolvidos especificamente para determinada articulação, de modo avaliar certas estruturas anatómicas.
Avaliação do aparelho locomotor deitado
Membro anterior
- Pé.
- Carpo: os ossos sesamóides estão localizados nas junções dos ossos do metacarpo e falanges. São examinados por hiperextensão do dedo e palpação simultânea, seguida de pressão no dedo direito.
- Perna inferior (Palpação do rádio e cúbito): Mão dirt realiza palpação profunda do rádio com as pontas do dedo; polegar na superfície lateral do osso; Mão esq faz palpação proximal do cúbito com o polegar, enquanto os dedos estendidos suportam a perna exterior. Evitar a palpação simultânea da musculatura.
- Articulação do cotovelo: Movimentos passivos - colocação do polegar no mm. ancóneo de modo a detetar crepitação.
- Perna superior.
- Articulação do ombro:
- Deteção de crepitação durante movimentos passivos, por colocação dos dedos no trocânter maior do úmero.
- Hiperextensão: colocar uma mão à frente da escápula; esticar a perna: espinha da escápula, úmero, rádio e cúbito ficam alinhados.
- Hiperflexão: fixar o bordo dorsal da escápula; mover o cotovelo em direção à coluna vertebral.
- Escápula.
Avaliação do aparelho locomotor deitado
Membro posterior
- Pé.
- Jarrete:
- Articulação tibiotársica: um polegar atrás e outro à frente dos ligamentos laterais e colaterais e os correspondentes indicadores são mantidos à frente e atrás do ligamento medial colateral.
- Sentir a presença de crepitação.
- Perna inferior.
- Articulação do joelho:
- Com o joelho em extensão a rótula é pressionada medialmente e o calcâneo rodado para fora pela mão esquerda; a direita empurra lateralmente com o indicador e calcâneo rodado para dentro.
- Avaliar ligamento cruzado anterior:
- Teste de gaveta: segurar firmemente as estruturas ósseas da coxa e perna: indicador esq na rótula e polegar no fémur distal lateral; indicador direito na crista da tíbia e polegar atrás da cabeça do perónio. Puxar firmemente a tíbia para a frente em relação ao fémur.
- Teste de compresão tibial: flexão da articulação tibiotársica com o joelho distendido. Causa um movimento da tíbia para a frente se o lig. cruzado anterior estiver ruturado.~
- Avaliar ligamento lateral colateral:
- Polegar esquerdo próximal à cabeça do perónio; mão dirt realiza adução da tíbia (tensão do lig medial colateral). Palpar caudal ao lig medial colateral: sentir dor e tumefação em caso de lesão do menisco medial.
- Coxa.
- Articulação da anca:
- Mão segura o joelho; dedos da outra mão em contato com o trocânter maior. O grau de movimento, dor, crepitação e movimentos anómalos são detetados por extensão, flexão, abdução, adução e rotação do fémur.
- Colocação da cabeça do fémur no acetábulo: colocar mão de suporte proximal e medial ao fémur, descrever movimentos em arco.
- Abdução simultânea, no plano transverso, de ambos os fémures: Testa a sua mobilidade e tensão dos músculos pectíneos.
- Pélvis.
Exame da coluna vertebral
- Inspeção.
- Palpação.
- Percussão.
- Observação de movimentos passivos de todas as articulações.
Exame neurológico: Palpação retal
realizada com indicação dada pelos sinais clínicos, ou anomalias encontradas.
- Palpar:
- Ossos pélvicos;
- Teto do canal pélvico;
- Em alguns casos é também possível palpar as últimas vértebras lombares.
- podemos detetar anomalias como: presença de dor, alterações de consistência ou configuração.
Ptialismo e hipersiália
Aumento da secreção de saliva. Por motivos de excitação, prómodo do vómito, processos inflamatórios bucais, agentes parassimpáticos, intoxicações.
Distinga inanição de jejum
Ambos são graus de subnutrição.
A inanição é má nutrição, jejum incompleto. Mais comum que o jejum completo. Compatível com a vida.
Jejum é uma completa privação do alimento. É o mais alto grau de desnutrição. Rápida depleção das reservas de glucogénio. Alterações profundas no metabolismo dos lípidos e proteínas. Leva à morte por falência cardíaca.
O jejum é constituído por três fases:
* 1ª fase: perda de peso corporal, fome, esgotamento de reservas de glucogénio, diminuição da glicemiaa,
* 2ª fase: mobilização de lípidos, aumentam os corpos cetónicos, há acidez metabólica.
* 3ª fase: neoglucogénese, aumento do azoto no sague e na urina. Há morte por falência cardíaca.
Explique o que entende por ruminação
Os ruminantes ingerem grandes quantidades de comida um curto período de tempo para os mastigarem mais tarde por um processo designado ruminação.
Este processo implica regurgitação, remastigação, reensalivação e redeglutição.
Permite a redução do tamanho das partículas, potenciar a ação microbiana e facilitar a passagem aos compartimentos seguintes.
NOTA: para que haja ruminação, é necessário que o nervo vagal dorsal ou ventral esteja integro.
Exame de estado geral na síndrome cólica ou diarreica do cavalo
- Posturas anómalas (p.e na micção)
- Mucosas congestivas
- Tempo de repleção capilar aumentado
- Ruídos anómalos na percussão
- Aumento da dor na palpação
- Diarreias: aumentam os borborigmos
- Cólica: borborigmos diminuídos ou nulos
O que deve incluir na anamnese de uma cólica no cavalo?
É importante conhecer o que come habitualmente (composição, quantidade, frequência, disponibilidade de água…), quando comeu e bebeu pela última vez, quando defecou pela última vez e natureza das fezes, quando se iniciou a dor (horas, dias…), natureza da dor (agudo, intermitente, silenciosa), alterações de maneio (trabalho, alimentação, transportes, etc.), controlo parasitário, tratamentos prévios e resposta aos mesmos, outras patologias, etc.
Sinais de dor abdominal num cavalo com cólica
- Escavar no chão;
- Bater com a pata no chão
- Olhar para o flanco
- Morder o flanco
- Mexer na água com o focinho
- Escoicear o abdómen
- Rolar
- Sentar
- Sudorese intensa
- Hiperexcitibilidade
- Depressão
Qual o grau de dor na cólica
- Leve: sem alterações circulações – manifestações discretas
- Moderada: alterações respiratórias – cavar, deitar, rolar
- Grave: sudorese intensa, alterações circulatórias, rolar (atirar-se para o chão).
Fisiopatologia da cólica gástrica
- Dilatações agudas;
- Roturas de estomago:
- Úlceras gástricas;
- Espasmos no pilórico;
- Ingestão estomacal.
Fisiopatologia da cólica intestinal
- Enterite espasmódica
- Enterite anterior
- Retenção fecal
- Tromboembólicas
- Oclusões intestinais.
Espirro
Mecanismo protetor com caracter reflexo que tem por fim a limpeza das vias aéreas superiores (fossas nasais)
Indique as diferentes classificações da tosse
A tosse pode ser classificada quanto à
* frequência (Continua e esporádica)
* ritmo (repetida ou rítmica e espasmódica)
* intensidade (de muito intensa a muito débil)
* duração (de longa a curta)
* timbre (seca, forte, improdutiva OU húmida, branda, produtiva).
Dispneia + causas
Dispneia é uma insuficiência respiratória.
- De repouso - é a MAIS GRAVE
- De esforço
- Inspiratória (obstrutiva, estridor; estertor – ronco)
- Expiratória (restritiva: derrame pleural)
- Paroxística (cardíaca, asma)
- Mista
- De postura
- Contínua (broncopneumonia)
CAUSAS:
* Alteração da composição do ar expirado
* Alteração pulmonar
* Alteração sanguínea (anemia)
* Alteração metabólica (acidose metabólica)
* Alteração neurológica (encefalite)
* Alteração circulatória
Distinga os diferentes tipos de ciclopneia
Ciclopneia é uma respiração alterada que se repete com fases apneicas.
Pode ser de
* Cheyne Stokes (aumenta de intensidade, logo diminui terminando em fases de apneia)
* Biot (Intensidade e frequência normal associada a fases de apneia)
* Kussmaul (respiração intensa com apneias longas, leva à MORTE)
* sincopada (Respiração forte que diminui de intensidade até à apneia)
Refira etiologia do edema pulmonar por alteração da permeabilidade capilar
- Inalação de vapores ou gases irritantes,
- compostos tóxicos no pulmão,
- processos inflamatórios pulmonares bacterianos ou víricos que cursam com congestão ou edema,
- reações anafiláticas.
Refira etiologia do edema pulmonar por diminuição da pressão oncótica
Doenças com perda de proteínas (hipoproteinemia), doença hepática grave, síndrome nefrótica, enteropatias com perda de proteínas.
Edema pulmonar crónico Vs edema pulmonar agudo (alveolar)
Edema pulmonar crónico:
* Lento e progressivo
* Taquipneia de exercício
* Inquietude nocturna
* Tosse não produtiva
Edema pulmonar agudo:
* aparecimento brusco
* há edema alveolar
* morte do animal em pouco tempo
* diminui murmúrio vesicular
Descreva os sinais clínicos do enfisema pulmonar
Enfisema pulmonar é uma dilatação pulmonar excessiva por um grande aumento do conteúdo em ar dos espaços distais ao bronquio terminal acompanhado de destruição dos tabiques interalveolares.
Quadro clínico:
* dispneia (++ expiratória),
* expiração prolongada e reforçada,
* fase expiratória em 2 tempos,
* respiração anal invertida,
* torax em túnel,
* cianose (depende de grau de hipoxemia),
* hipertensão pulmonar,
* taquicardia,
* som claro exagerado à percussão,
* murmúrio vesicular aumentado e estertores secos.
Efisema obstrutivo Vs enfisema compensatório ou vicariante
Enfisema obstrutivo: estenose difusa dos brônquios. Formação de secreção bronquial, tumefação da mucosa, broncoespasmo.
Enfisema compensatório: a distensão produz-se para compensar a redução de volume noutros pontos do pulmão.
Piotórax
- Empiema (exsudado: viscoso, opaco, amarelo)
- Capilares inflamados (saída de proteínas, células e líquidos)
- Engrossamento e inflamação pleural (impedem a drenagem linfática)
Etiologia: inflamação sética, rutura do esófago, pneumonia, pleurte, mediastinite e PIF ( peritonite infeciosa felina)
Hemotórax. Distinguir recente de antigo
Recente: sangue periférico pode coagular
Antigo: células velhas, sem plaquetas, macrófagos com ertitrócitos e não coagula.
Etiologia: fratura costal, traumatismo pulmonar, hemangiossarcoma, hemofilia.
Sistema motor sinais de NMS E NMI
Função motora:
* NMS: paresia/paralesia
* NMI:paresia/paralesia
Reflexos espinhais
* NMS: exagerados/normais
* NMI: ausentes/diminuídos
Atrofia muscular
* NMS: ardia/moderada
* NMI:precoce e grave
Tónus muscular:
* NMS:normal/exagerado
* NMI: diminuído
Os sons respiratórios são produzidos pela contração do diafragma
F (são produzidos pelo fluxo de ar turbulento na traqueia e brônquios)
O sopro laringo-traqueal produz-se pela distensão dos alvéolos pulmonares
F
Pleurite conduz a uma respiração do tipo abdominal
V (tipo abdominal ou diafragmático)
Uma das consequências nefastas da taquifagia pode ser a obstrução do trago GI
V ?
O vómito pode apresentar forma tubular e muco
F (não tem forma definida; pode apresentar muco)
A paralisia dos lábios e a luxação temporo-mandibular podem ser responsáveis por sialorreia
V
A náusea é caracterizada por hipersália, bradicardia e expulsão do conteúdo gástrico
F (não há expulsão do conteúdo, só no vomito)
A diarreia por sobrecarga alimentar é devida a um aumento da ingestão de hidratos de carbono
V
A diarreia secretora produz-se quando a absorção de moléculas hidrossolúveis no intestino é pouco eficaz ou está ausente conduzindo a uma retenção de água
F (osmótica)
Numa diarreia aguda do intestino grosso, as fezes apresentam muco
V
Um dos sintomas da constipação pode ser o vómito, devido a ação das toxinas sobre CTZ
V
Denomina-se disquesia à adoção de uma postura de defecação contínua ou discontínua, com sinal de esforço, com ou sem expulsão de fezes
F (tenesmo)
A hematoquesia pode estar associada a uma lesão do cólon
V
São causas de melena a estenose do reto e a hipertrofia da próstata
F (causas de constipação e disquesia)
O rúmen fornece condições ideais de temperatura, humidade e aerobiose
F (anaerobiose)
No omaso ocorre a absorção de AGV e bicarbonato
V
A integridade do nervo vago dorsal é necessária à manutenção da ruminação
V
A frequência da contração secundária é controlada pela pressão de gás no retículo
F (rúmen)
A indigestão simples é sempre uma patologia primária do trato digestivo do ruminante
V
Uma alimentação demasiado rica em proteína pode estar na etologia da putrefação da ingesta ruminal
V
A etiologia da acidose ruminal aguda está associada a exposição aguda a carbohidratos estruturais
V
A fisiopatologia do deslocamento do abomaso está associada a um aumento da produção de gás
V
As cólicas tromboembólicas são causadas por estrôngilos
V
Numa bronquite crónica no cão poder-se-à observar um edema alveolar crónico
V
A tosse baixa ou profunda tem origem pulmonar, bronquial ou pleural
V
A tosse superficial é seca ou acompanhada de expetoração escassa e fácil de eliminar
V
A expetoração é por norma deglutida
V
A dispneia expiratória pode ter como origem a restrição respiratória e o derrame pleural
V
A respiração de Cheyne Stokes caracteriza-se por intensidade e frequência normal associada a fases de apneia
F (respiração de Biot)
A presença de taquipneia/polipneia pode ter origem na hipoxemia e hipercapnia
V
A insuficiência respiratória externa e as cardiopatias fazem parte da etiologia da cianose
V
O edema alvéolar crónico caracteriza-se por ser lento e progressivo.
V
O derrame pleural no cão define-se como um acúmulo anormal de líquido no espaço pleural superior a 2,5 mL
F (superior a 3 mL)
O quilotórax possui um quociente Col/Trig > 2.
F (Col/Trig < 1)
Um transudado modificado tem um teor em proteína superior a 200 U/L.
V
A pneumonia, pleurite e PIF são causas de piotórax
V
As reações anafiláticas são causa de edema pulmonar por aumento da permeabilidade capilar
V
A insuficiência ventilatória obstrutiva tem causa parietal, intraparietal ou extraparietal
V
A insuficiência respiratória externa caracteriza-se por alteração da ventilação, da distribuição, da perfusão e da difusão pulmonar
V
O exame neurológico não permite avaliar a gravidade de uma lesão medular
F
Para a classificação etiológica das doenças pode ser utilizado o sistema DAMNITV
V (VITAMIN-D disfarçada)
O estado de coma pode estar associado a uma lesão do tronco cerebral ou lesão cerebelar grave e difusa
V
As reações posturais não permitem localizar topograficamente uma lesão
V
O teste do “carro de mão” pode ser útil na deteção de problemas no tronco cerebral
F
O reflexo exagerado com clónus tem a classificação de (+3)
F (é (+4))
O reflexo patelar é um reflexo miotático
V
A percussão do musculo tibial cranial, surge como resposta a uma extensão da articulação do tarso
F (flexão da articulação)
O reflexo do tronco cutâneo tem como ramo eferente o nervo torácico lateral com origem nos segmentos C6-T2.
F (a frase nem faz sentido.. o reflexo do tronco cutâneo faz se para ver a integridade da medula espinhal)
O reflexo de Babinski só pode ser obtido em animais considerados normais
F
O reflexo extensor cruzado é considerado normal num animal que se encontre em estação.
V
Numa fase inicial de paralisia unilateral do hipoglosso, a língua apresenta-se desviada para o lado contrário à lesão
F (Uma lesão unilateral deste nervo resulta no lamber unilateral do nariz, estando o desvio presente do lado da lesão)
O nervo oculomotor para além da sua ação motora, possui uma componente de natureza simpática
F (parassimpática)
As contraturas musculares podem fazer variar a postura de um membro em repouso
V
A adução e abdução são alterações de posicionamento do membro comuns
V
Na avaliação do aparelho locomotor o grau II corresponde a um distúrbio de locomoção, com membros que suportam o peso
V
No exame do animal em pé, a palpação é efetuada com ambas as mãos
V (ambas as mãos e do proximal para o distal)
Na avaliação da articulação do ombro usamos movimentos passivos
V
Na avaliação da articulação da anca e joelho não recorremos ao uso de movimentos passivos
V (em pé sim)
O exame do animal deitado permite a inspeção de estruturas que não foram antes facilmente observadas
V
O teste de compressão tibial e o movimento de gaveta são manobras de avaliar a articulação da anca
V
Na avaliação do aparelho locomotor, a palpação retal deteta anomalias na configuração, consistência, ou presença de dor
V
A abdução simultânea, no plano transverso, de ambos os fémures, testa a sua mobilidade e tensão dos músculos pectíneos
V
Tipos de tosse
- Respiratória
- Extrarrespiratória
- Mediastínica
- Neurogénica
- Gástrica
- Hepática
- Útero-ovárica
Efeitos prejudiciais da tosse
- A tosse excessiva leva a esgotamento e anorexia
- A tosse Crónica leva enfisema pulmonar e bronquietasias
- Provoca o vómito
- Pode provocar síncope tussígena
- Propagação de infeções a zonas + profundas (inspiração profunda forçada)
- Irritação de estruturas laríngeas e traqueobronquiais
Sindrome miopatica
- Fraqueza generalizada;
- Intolerância ao exercício;
- Marcha rígida, saltitante;
- Atrofia muscular localizada/generalizada;
- Hipertrofia muscular localizada/generalizada;
- Formação de pequenas depressões na massa muscular após a sua percussão;
- Dor à palpação muscular;
- Alteração da mobilidade articular;
- Regurgitação ou alteração da motilidade esofágica.
Doença neuropática
Divide-se em:
Neuropatia motora:
- Paresia/paralisia flácida das estruturas inervadas.
- Atrofia muscular neurogénica.
- Reflexos e tónus muscular reduzidos ou ausentes.
- Tremores.
Neuropatia sensorial:
- Diminuição da resposta à dor/sensibilidade.
- Parestesia.
- Défice
- Automutilação.
- Reflexos reduzidos/ausentes mas sem atrofia muscular.
Hematemese
Hematemese - presença de sangue no vómito.
Diferenciar Hematemese de hemoptise (tosse com sangue)
Causas: gastrite aguda, gastrenterite hemorrágica, neoplasias, farmacosanti-infamatórios não esteróides, corpos estranhos.
Aspecto: sangue vivo/ borras de café
Causas e consequências da acidose ruminal
Causas: Exposição aguda a carboidratos, ingestão de grãos, frutas, hidratos de carbono não estruturais e aumento do consumo de fibras com alta digestibilidade.
Consequências: Alteração da microflora, aumento de bactérias gram-positivas, aumento de ácido acético, aumento da flora normal
Razão pela qual o vómito é improvável de ocorrer em equinos
Ausência de centro de vómito;
inserção oblíqua e muito profunda do esófago,
região cárdia do estômago com musculo helicoidal (funil invertido).
Distinguir cólica verdadeira de cólica falsa
Verdadeira: dor que reside no trato digestivo (disfunções no trato gastrointestinal)
Falsa: procede de vísceras abdominais que não pertencem ao trato digestivo.