Oral Flashcards
Sinais clínicos que podem indicar uma afeção do sistema cardiovascular
- Tosse;
- Dispneia;
- Edema frio;
- Intolerância ao exercício;
- Síncope;
- Alterações de pulso e mucosas
O coração explora-se por:
- Inspeção;
- Palpação;
- Auscultação;
- Percussão;
Localização do coração
Cão
LADO ESQ.: 3ª – 6ª costela;
LADO DRT.: 4ª-5ª costelas
Localização do coração
Cavalo
LADO ESQ e DRT.: 3ª – 6ª espaço intercostal;
CHOQUE DE PONTA CARDÍACA
Elevações rítmicas, entre a 5º-6º espaço intercostal (cão)
Por inspeção avalia-se o CHOQUE DE PONTA CARDÍACA. Observam-se elevações rítmicas na área de projeção cardíaca de carnívoros. Não se observam em grandes animais.
PALPAÇÃO
Por palpação avalia-se o CHOQUE DE PONTA CARDÍACA e se há VIBRAÇÕES ADICIONAIS (FRÉMITOS PRECORDIAIS).
CHOQUE DE PONTA
É a vibração que se produz durante a contração do coração na sístole.
Provocado pelo lig. fibroso.
Em sincronia com o 1º som cardíaco
1 – ÁREA DE PALPAÇÃO
Deslocamento caudal: Processos inflamatórios, neoplásicos;
D. cranial: gestação, ascite, sobrecarga estomacal.
2 – QUALIDADE DO CHOQUE
Aumento: exercício, taquicárdas consecutivas a anemias, hipovolemia, neoplasias;
Diminuição: obesidade, enfisema, cardiopatias avançadas.
FRÉMITOS
Vibração palpável da parede torácica associada a sopros intensos
PERCUSSÃO CARDÍACA
AUMENTO ou DIMINUIÇÃO da área de macicez cardíaca:
-Aumento: Cardiomegalia, derrames de pericárdio, hérnias;
-Diminuição: Enfisema pulmonar, pneumotórax, pneumopericárdio.
SONS CARDÍACOS
S1
* Oclusão das válvulas atrioventriculares;
* Alta frequência;
* Audível em TODOS OS FOCOS;
S2
* Oclusão das válvulas semilunares;
* Alta frequência;
* Audível no FOCO DA VALVA AÓRTICA
S3
* Distensão e vibração dos ventrículos no início da diástole;
* Baixa frequência;
* Audível no FOCO DA MITRAL, FOCO TRICÚSPIDE
* No cão e no gato é GALOPE VENTRICULAR.
S4
* Consequência da contração atrial;
* Baixa frequência;
* Audível no FOCO TRICÚSPIDE, FOCO MITRAL;
* No cão e no gato é GALOPE ATRIAL;
Focos de Auscultação
Lado dir: Tricuspide: 3º EI
Lado esq:
Pulmonar: 2º EI
Aortica: 3º EI
Mitral: 4º EI
ELETROCARDIOGRAMA
Exame complementar não invasivo que regista a atividade elétrica do coração. A principal indicação é para IDENTIFICAR ARRITMIAS.
ELÉTRODOS
cotovelo e joelho ou nas pregas de pele da axila e virilha:
- VERMELHO: membro torácico direito;
- AMARELO: membro torácico esquerdo;
- VERDE: membro pélvico esquerdo;
- PRETO: membro pélvico direito;
DERIVAÇÕES
As DERIVAÇÕES são o registo da diferença de potencial elétrico entre 2 pontos (2 elétrodos). Existem:
* BIPOLARES (I, II, III);
* UNIPOLARES DOS MEMBROS (aVR, aVL, aVF);
* PRÉ-CORDIAIS;
Posição para ECG
DECÚBITO LATERAL DIREITO
Ondas
- P – Desporalização atrial;
- Repolarização atrial;
- QRS – Desporalização ventricular;
- T – Repolarização ventricular
ANÁLISE DO RITMO CARDÍACO
ritmo pode ser:
* REGULAR - Distância entre ondas R consecutivas permanece constante
* IRREGULAR - Distância entre ondas R consecutivas varia; Diferença superior a 0,12s
* IRREGULARMENTE REGULAR
* IRREGULARMENTE IRREGULAR
Arritmia SINUSAL RESPIRATÓRIA
Fisiológico em cães
* FC AUMENTA na INSPIRAÇÃO;
* FC DIMINUI na EXPIRAÇÃO;
* Ritmo irregularmente regular
RITMO SINUSAL
- FC normal;
- Ritmo regular;
MARCA-PASSO MIGRATÓRIO
Alteração normal
* Alterações na morfologia da onda P devido ao desvio da formação do impulso elétrico.
Sinais clínicos que podem indicar uma afeção do aparelho respiratório
- Tosse;
- Dispneia;
- Espirro;
- Corrimento nasal;
- Presença de esputo;
- Alterações na coloração das mucosas;
- Presença de ruídos respiratórios;
EXAME DO AR EXPIRADO
Deve avaliar-se:
* TEMPERATURA: com as costas da mão – quente e húmido;
* SIMETRIA DAS COLUNAS DE AR – deve ser simétrico;
* CHEIRO DO AR EXPIRADO – mão em concha desvia o ar para o nariz;
EXAME DAS NARINAS E FOSSAS NASAIS
INSPEÇÃO
* SIMETRIA;
* CORRIMENTOS NASAIS:
* Cor, cheiro, tipo, uni ou bilateral;
Explorar a FALSA NARINA nos equinos.
EXAME DOS SEIOS PARANASAIS
Percursão:
* Maxilar e frontal no cavalo e vaca
* Frontal no cão
* SOM
* Normal: TIMPÂNICO;
* Patológico: MACIÇO
* Feita com os dedos indicador e médio.
* A outra mão fecha a boca do cão ou tapa os olhos do cavalo/vaca;
INSPEÇÃO
* SIMETRIA;
* AUMENTOS DE VOLUME;
PALPAÇÃO
* HIPERESTESIA;
* TEMPERATURA;
* CREPITAÇÕES;
* AUMENTOS DE VOLUME;
* Com as pontas dos dedos palpa-se toda a zona explorável.
EXAME DA OROFARINGE
Comum com o APARELHO DIGESTIVO;
Abrir a boca, fazer a depressão da língua e visualizar as AMÍGDALAS, PALATO DURO e MOLE
EXAME DA LARINGE E DA TRAQUEIA
A LARINGE localiza-se ventralmente à faringe e esófago.
A TRAQUEIA localiza-se ventralmente no pescoço, desde a laringe até ao 4º ou 5º EI onde se bifurca nos brônquios. Só se consegue avaliar a TRAQUEIA CERVICAL.
INSPEÇÃO
* AUMENTOS DE VOLUME;
* Nos carnívoros, o pescoço tem que estar distendido para cima e para a frente
PALPAÇÃO
* TEMPERATURA
* AUMENTOS DE VOLUME
* DOR
* Nos carnívoros com os dedos de uma só mão;
* Com as duas mão, abraçando o animal.
AUSCULTAÇÃO
* SOM NORMAL: SOPRO LARINGO-TRAQUEAL
* RUÍDOS PATOLÓGICOS
ÁREA DE AUSCULTAÇÃO E PERCURSSÃO
Cavalo
Linha paravertebral: 17º EI
Linha ilíaca: 16º EI
Linha isquiática: 14º EI
Linha ombro: 10º EI
Linha esternal: 5º EI
ÁREA DE AUSCULTAÇÃO E PERCURSSÃO
Cão
Linha ilíaca: 11º EI
Meio do tórax: 9º EI
Linha esternal: 6º EI
EXAME PULMÃO
INSPEÇÃO
* AUMENTOS DE VOLUME;
* ALTERAÇÕES DE CONFIGURAÇÃO
* MOV. RESPIRATÓRIOS
PALPAÇÃO
* TEMPERATURA – dorso da mão;
* VIBRAÇÕES (FRÉMITOS) - palma da mão
* HIPERESTESIAS – ponta dos dedos
PERCUSSÃO
*Metódica e simétrica: frente para trás; cima para baixo;
* SOM NORMAL: claro, cheio ou pulmonar;
* SOM PATOLÓGICO: de sub-timpânico a sub-maciço
AUSCULTAÇÃO
* Metódica e simétrica.
* SONS NORMAIS:
* Murmúrio vesicular – vibração da parede dos brônquios, durante a inspiração. 2/3 posteriores do tórax.
* Ruído bronquial – passagem de ar pelos brônquios e traqueia. 1/3 anterior do tórax.
* Sopro laringo-traqueal – vibração da traqueia e laringe. Região da traqueia cervical.
TESTE DE SCHIRMER
Mede a quantidade de produção da fase aquosa da LÁGRIMA.
Utiliza-se no diagnóstico da QUERATOCONJUNTIVITE SECA
Deve ser realizado antes de qualquer outro procedimento.
É utilizado um PAPEL DE FILTRO PADRÃO, com coloração ou sem coloração.
Coloca-se o papel no SACO CONJUNTIVAL, a 1/3 de distância do CANTO MEDIAL e espera-se 1 min.
EXAME DA PERMEABILIDADE DAS VIAS EXCRETORAS – TESTE DE JONES
Coloca-se FLUORESCEÍNA no SACO CONJUNTIVAL ou sobre a CONJUNTIVA BULBAR. Após 3-5 min, observa-se o aparecimento de uma cor verde na NARINA. Pode utilizar-se uma LUZ AZUL-COBALTO para facilitar a visualização do corante.
Segurar o focinho do animal para evitar a deglutição do corante.
AVALIAÇÃO DA INTEGRIDADE DA CÓRNEA COM FLUORESCEÍNA
Utiliza-se FLUORESCEÍNA para avaliar a existência de ÚLCERAS na CÓRNEA. A fluoresceína é um pigmento hidrofílico cor de laranja, que se torna verde ao contactar com as lágrimas; e que apenas de fixa ao ESTROMA.
Após a colocação da fluoresceína, espera-se 1 min e irriga-se o globo ocular e saco conjuntival com soro fisiológico.
Utiliza-se uma LÂMPADA DE WOOD ou uma LUZ AZUL-COBALTO (Oftalmoscópio) para evidenciar a florescência em lesões pequenas.
TONOMETRIA DE EDENTAÇÃO
Mede a RESISTÊNCIA que a CAPA EXTERNA DO OLHO oferece ao se deixar deformar por uma FORÇA ESTRANHA.
Só se faz no CÃO e GATO.
Utiliza-se um TONÓMETRO DE SCHIOTZ, que utiliza vários PESOS e um SISTEMA AMPLIFICADOR. Utiliza uma escala de 0 a 20.
REQUERER ANESTESIA TÓPICA
Apresenta uma GRANDE VARIAÇÃO DE RESULTADOS NORMAIS → Dificuldade em estabelecer um intervalo de referência (PIO normal entre 15-25mm de Hg, com variações não superiores a 5mm de Hg entre olhos). Os resultados são influenciados pela RIGIDEZ DA ESCLERA e CURVATURA DA CÓRNEA.
É MENOS DISPENDIOSO que o tonómetro de aplanação.
TONOMETRIA DE EDENTAÇÃO - montagem
Para montar o aparelho, coloca-se o PISTÃO e enrosca-se com um PESO FIXO DE 5,5g.
O aparelho vem com PESOS de 7,5g e 10,0g que podem se adicionar ou retirar conforme a necessidade:
(A leitura na escala deve estar entre os 5 e os 15)
* Por DEFAULT utiliza-se o peso de 7,5g;
* Se a PIO for muito baixa, retira-se o peso de 7,5g;
* Se a PIO for muito elevada, substitui-se pelo peso de 10g
Antes de utilizar o aparelho no animal, deve-se VERIFICAR A CALIBRAÇÃO numa CÓRNEA ARTIFICIAL, sem peso extra, e deve dar 0 NA ESCALA.
O animal em ESTAÇÃO, com o PESCOÇO NA VERTICAL.
FATORES FISIOLÓGICOS QUE INFLUÊNCIAM A PIO
AUMENTO DO TÓNUS DOS MM. EXTRAOCULARES → + PIO
PÁLPEBRAS previamente FECHADAS → - PIO
RETRAÇÃO do GLOBO OCULAR → - PIO
PRESSÃO SANGÚINEA → + ou - PIO
FASE DO DIA → + PIO de manhã
IDADE → + PIO nos jovens