TCE Flashcards

1
Q

Qual o valor da PIC normal?

A

10 mmHg (acima de 20: piores resultados)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Explique a doutrina de Monro-Kellie

A

O crânio é uma caixa inexpansível cujo volume é composto por sangue venoso, sangue arterial, líquor e cérebro. Quando algo começa a aumentar o volume dentro do crânio, temos como mecanismo compensatório de comprimir sangue venoso e líquor para fora, até que essa compensação não se torna mais possível (estado descompensado) e a PIC começa a aumentar vertiginosamente.
OBS: sangue no líquor prejudica sua reabsorção e pode aumentar a PIC

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Sinais/sintomas de hipertensão intracraniana

A

Papiledema, cefaleia, vômitos em jato e a Tríade de Cushing (bradicardia, hipertensão arterial e alteração do ritmo respiratório)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Qual a fórmula da pressão arterial média?

A

PPC = PAM - PIC

PPC: Pressão de Perfusão Cerebral

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

A pressão arterial média se autorregula em que faixa?

A

50 a 150mmHg

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Classificação do TCE quanto ao Glasgow

A

Leve: 13 a 15
Moderado 9 a 12
Grave 3 a 8

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Sinais/sintomas de fratura de base de crânio

A

Fístula liquórica pelo nariz (rinorreia) ou ouvido (otorreia), disfunção do VII e VIII (paralisia facial e surdez), Equimose periorbital (guaxinim) e equimose retroauricular (battle)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Descreva a TC de uma possível LAD

A

As lesões por cisalhamento, mencionadas como lesão axonal difusa, podem produzir hemorragias pontilhadas por todos os hemisférios cerebrais, concentrando-se nos limites entre as substâncias branca e cinzenta.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Hematoma epi vs subdural: qual mais frequente, e qual o mais grave??

A

O hematoma subdural é mais frequente (30% dos pacientes com TCE grave, enquanto que o epidural acomete 9% dos pacientes com TCE associado a coma), além de ser o mais grave (pela presença de lesão parenquimatosa concomitante)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Principal causa de hematoma epidural? Região mais comum?

A

Lesão de A. Meníngea Média

Região temporal ou temporoparietal (OBS: Zona descolável de Gerard Marchand -> durá-máter menos aderida ao crânio

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Paciente com qual tipo hematoma geralmente apresenta um intervalo lúcido?

A

Hematoma epidural

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Principal causa de hematoma subdural?

A

Ruptura de vasos superficiais ou vasos pontes do córtex cerebral

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Qual região mais acometida por contusão/hematoma intracraniano?

A

Acomete principalmente os lobos frontal e temporal

OBS: 20 a 30% dos pacientes com TCE grave

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Condutas no A e B em paciente com TCE

A

Providenciar intubação endotraqueal, com oxigênio a 100%, monitoramento com oxímetro de pulso ( ideal > 98%) e capnófrago (ideal em torno de 35mmHg)
OBS: Hiperventilação feita com cautela

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Até que ponto a hiperventilação não é indicada em pacientes com TCE?

A

PCO2 < 25mmHg não é indicada
Na maioria, o preferível é manter a normocapnia (35mmHg), mas podemos fazer pequenos intervalos de hiperventilação (25 a 30 mmHg), enquanto outro tratamento é providenciado

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Quais cuidados precisamos ter com relação à administração de sedativos ou relaxantes?

A

Uso dessas drogas pode comprometer o exame neurológico, e seu resultado não será tão confiável. Por isso, não devemos administrá-las no atendimento primário, a menos que a condição do paciente impeça a realização das próximas etapas. Quando precisamos intubar o paciente, por exemplo, precisamos sedá-lo, mas nos atentamos para fazer uma avaliação neurológica rápida antes.

17
Q

Anestesia, analgesia e sedação de pacientes com TCE

A

Por retardarem o reconhecimento de uma lesão cerebral (e poderem comprometer a respiração do paciente), a adoção dessa medidas deve ser cautelosa, sendo indicado drogas de efeito curto que possa ser facilmente revertido
Narcóticos -> antagonista: naloxona
Benzodiazepínicos -> antagonista: flumazenil

18
Q

Quais os sinais de herniação de úncus?

A

Hemiparesia contralateral, midríase ipsilateral, rebaixamento do nível de consciência

19
Q

Quais as indicações para TC de crânio?

A
Glasgow menor que 15 após 2h
Suspeita de fratura exposta ou com afundamento
Mais que 2 episódios de vômito
Sinal de fratura de base de crânio
Idade acima de 65 anos
Uso de anticoagulante
Inconsciência por mais de 5 minutos
Amnésia retrógrada por mais de 30 minutos
Mecanismo de trauma perigoso
20
Q

Em paciente com TCE, a TC deve ser repetida nas primeiras 24 horas após a inicial SEMPRE que houver as indicações:

A

Contusão cerebral, terapia anticoagulante, HIC com > 10ml, idade acima de 65 anos

21
Q

Quando um desvio de linha média na TC indica intervenção cirúrgica?

A

Desvio maior ou igual a 5mm

22
Q

Manejo geral do paciente com TCE leve

A

Colher história (consciência, mecanismo e hora do trauma, amnésia, cefaleia)
Exame geral (excluir lesões sistêmicas)
Exame neurológico sumário
Rx cervical (e outras indicadas)
Nível de álcool no sangue e perfil toxicológico da urina
TC de crânio (se houver indicação)

23
Q

Após o manejo do paciente com TCE, quais critérios indicam observação/internação?

A

TC com alteração, TCE penetrante, perda de consciência prolongada, piora do nível de consciência, cefaleia moderada/grave, intoxicação significativa por álcool/drogas, fratura de crânio, perda de LCR, traumatismo significativo associado, GCS<15, déficit neurológico focal, falta de acompanhante confiável

24
Q

Manejo geral do paciente com TCE moderado

A

Exame Inicial (história + exame físico)
Admitir/transferir para hospital com neurocirurgião
TC de crânio
Reavaliação neurológica frequente
Se melhorar -> alta e seguimento ambulatorial
Se piorar -> repete TC e trata como TCE grave

25
Q

Manejo geral do paciente com TCE grave

A

ABCDE, avaliações primárias e secundárias, história AMPLA, admitir/transferir para hospital com neurocirurgião, administrar agentes terapêuticos (manitol, solução salina hipertônica, hiperventilação moderada), reavaliação neurológica, glasgow, reação pupilar, exame neurológico focal, TC de crânio

26
Q

Em paciente com TCE moderado ou grave, quais exames preciso pedir além da TC de crânio?

A

Tipagem sanguínea, provas cruzadas e coagulograma

27
Q

Quais observações para administração de fluido intravenoso em paciente com TCE?

A

Não usar fluidos hipotônicos ou com glicose, repor com ringer lactato e se atentar para hiponatremia

28
Q

Observações pro uso de manitol em paciente com TCE, e como é a admnistração

A

Só é indicado em pacientes euvolêmicos, por ter efeito diurético
Preparação mais comum é de 20% (20g a cada 100ml de solução), administrar em bolus (1g/kl) de forma rápida (5min)

29
Q

Qual o fluido preferível em pacientes com TCE hipotensos?

A

Solução salina hipertônica pois, embora não diminua adequadamente a PIC de pacientes hipovolêmicos, não tem efeito diurético, e pois isso não possui contraindicação

30
Q

Pra que é utilizado barbitúricos em pacientes com TCE, e quando seu uso não é indicado?

A

São utilizados para reduzir a PIC em pacientes refratários às outras opções
Não é indicado em caso de hipotensão/hipovolemia, na fase de ressuscitação e em lesões incompatíveis com a vida (retarda o protocolo de morte encefálica)

31
Q

Por que usar anticonvulsivantes em pacientes com TCE? Devo usar como prevenção de convulsões pós-traumáticas tardias?

A

A epilepsia pós-traumática acontece em 5% dos pacientes com TCE fechado e 15% de TCE grave, e deve ser tratada imediatamente por 30 a 60 minutos de convulsão já causa lesão secundária ao cérebro. No entanto, sua administração não muda se o paciente terá ou não convusão, além de atrapalhar a recuperação cerebral, e por isso só devem ser usadas quando extremamente necessárias

32
Q

Paciente com TCE, qual anticonvulsivante podemos usar? Como é a administração?

A

Podemos usar a fenitoína ou fosfenitoína, com dose de ataque de 1g por via intravenosa, a uma velocidade de no máximo 50mg/min, e realizar manutenção com 100mg/8h

33
Q

Paciente que sofreu TCE e está com convulsões prolongadas, o que fazemos?

A

Normalmente é administrado diazepam ou lorazepam junto com a fenitoína, até que as convulsçoes parem.
OBS: o controle de convulsões contínuas pode necessitar anestesia geral

34
Q

Terapia cirúrgica de lesões de couro cabeludo

A

Limpeza, compressão direta para controle de hemostasia e sutura
Investigar fratura associada por Rx ou TC
Presença de LCR indica lesão das meninges e requer avaliação neurocirúrgica (bem como casos de fratura aberta ou com depressão do crânio)

35
Q

Terapia cirúrgica de fraturas com afundamento do crânio

A

Se não for muito significativo, podemos tratar como lesão de couro cabeludo. Já no caso de uma depressão maior que a espessura do próprio crânio, é necessário correção cirúrgica

36
Q

Terapia cirúrgica de lesões intracranianas de massa

A

Nessa lesão, o manejo necessário é realizado só por neurocirurgião, já que envolve craniotomia. Só é aceito realização de craniotomia por médico não neurocirurgião quando não existir nenhuma possibilidade de acesso a profissional capacitado, nem por transferência.
OBS: O procedimento definitivamente salvador é a craniotomia com retirada de flap ósseo

37
Q

Condutas terapêuticas em casos de ferimentos encefálicos penetrantes

A

Avaliação por TC, ou então por Rx ou RM (dependendo do material do corpo estranho). Realizar antibioticoterapia profilática. Não retirar corpos estranhos exteriorizados.

38
Q

O que é a craniotomia por perfuração em broca?

A

Procedimento que consiste em realização de uma abertura de 10 a 15mm de diâmetro no crânio para diagnóstico de emergência de hematomas em locais inóspitos onde não há neurocirurgião nem métodos de imagem disponíveis.