Atendimento Inicial Flashcards
Quais as 7 coisas que devem ser providenciadas na fase hospitalar da preparação?
Desligar o ar condicionado da sala de trauma
Proteção da equipe (máscara, óculos, avental impermeável, luvas)
Área de reanimação
Equipamentos para abordagem de via aérea (testados previamente)
Soluções cristaloides aquecidas
Equipamento de monitorização
Protocolo de Onda Vermelha
Quais critérios indicam transporte para Centro de Trauma (preferencialmente alto nível)?
GCS ≤ 13, PAs < 90mmHg, FR < 10ipm ou > 29ipm ou necessidade de suporte ventilatório
Lesão penetrante em cabeça, pescoço, dorso ou extremidades proximais ao joelho ou cotovelo
Tórax instavel
2 ou mais fraturas proximais em ossos longos
Esmagamento, laceração extensa ou extremidade sem pulso
Amputação proximal ao punho/tornozelo
Fratura pélvica
Fratura de crânio aberta ou em afundamento
Paralisia
Quais critérios indicam transporte para Centro de Trauma (sem necessidade de ser alto nível)? E quais indicam transporte para Centro de Trauma ou hospital capacitado?
Centro de Trauma (não precisa ser alto nível) -> Atropelamento de ciclista/pedestre, acidente de moto, queda (6m adulto, 3m criança), acidente automobilístico (intrusão, ejeção, morte no mesmo compartimento, telemetria)
Centro de Trauma/Hospital capacitado -> Idade (idoso ou criança), uso de anticoagulante, distúrbio hemorrágico, queimadura, gravidez > 20 semanas
Condutas gerais do A
Checar vias aéreas: chin lift/jaw thrust se o paciente estiver desacordado, se não, pedir p ele abrir a boca
Desobstruir a via aérea: dedo em garra (se houver corpo estranho) ou aspirador de ponta rígida (se houver sangue/secreções)
Ponderar necessidade de via aérea definitiva -> se não, máscara não reinalante
P: retirar colar cervical e buscar por estase de jugular, desvio de traqueia, enfisema subcutâneo e fratura palpável
Recolocar colar cervical
O que é via aérea definitiva? Quais suas indicações?
A via aérea definitiva consiste no posicionamento de um tubo com balão insuflado na traqueia e que esteja conectado a uma ventilação assistida rica em oxigênio
Indicações: GCS ≤ 8, queimaduras faciais, trauma maxilo facial, risco de obstrução de VA, potenciais inalações e trauma laríngeo
Como saber se intubei direito? O que fazer depois da via aérea definitiva?
Insuflo o balão e inicio ventilação assistida, se tiver intubado direito consigo auscultar murmúrio vesicular em ambos os campos pulmonares, e não vou ascultar borborigmos no epigástrio. No entanto, só confirmo que intubei direito com Rx de tórax.
Lembrar de pedir oxímetro de pulso e capnógrafo
Não consegui intubar, o que faço?
Cricotireoidostomia por punção e posteriormente cricotireoidostomia cirúrgica
OBS: a por punção só garante oxigenação adequada por cerca de 30 a 45 minutos
Condutas gerais do B
Colocar oxímetro de pulso e realizar todo o exame físico torácico (inspeção, palpação, percussão, ausculta)
Identificar: pneumotórax hipertensivo, pneumotórax aberto, hemotórax maciço e lesão de árvore traqueobrônquica
Condutas gerais do C
Junto com os achados do B, identificar tamponamento cardíaco
Avaliar os 3 Ps: pele, pulso, perfusão
Sinais de choque: hipotensão, rebaixamento do nível de consciência e débito urinário reduzido (realizar sondagem vesical)
Monitorização do paciente (ECG, temperatura, hemograma, gasometria, toxicológico e beta-HCG)
Identifiquei choque, faço o que?
Acesso venoso periférico unilateral com jelco 18, e iniciar reposição volêmica com 1L de ringer lactato
OBS: se não conseguir, pensamos em infusão intraóssea ou acesso venoso central
Identificar a fonte de sangramento:
Externo - compressão direta da ferida ou torniquete (se for em extremidade e a compressão não for eficaz)
Interno - acomete principalmente tórax, abdome, pelve, retroperitôneo e ossos longos. Realizamos exame físico do abdome, analisamos estabilidade da pelve e exame retal. FAST ou LPD podem ser necessários. Tratamento pode incluir descompressão torácica, compressão de pelve, intervenção cirúrgica…
Quais as indicações imediatas de laparotomia?
- Trauma abdominal fechado com hipotensão e FAST+ ou hemorragia intraperitoneal;
- Trauma fechado ou penetrante com LPD+ em pacientes hemodinamicamente anormais;
- Hipotensão + ferimento penetrante no abdome;
- Ferimento por arma de fogo que atravessa a cavidade peritoneal;
- Evisceração;
- Peritonite;
- Ar livre, retroperitoneal ou ruptura do hemidiafragma;
- Hemorragia de estômago, reto ou trato genitourinário secundário a ferimento penetrante;
- TC com contraste revelando lesão no trato gastrointestinal, lesão intraperitoneal da bexiga, lesão de pedículo renal, ou lesão parenquimatosa grave após trauma fechado ou penetrante.
Quais exames de monitorização do paciente fazemos no final do C?
Eletrocardiograma Temperatura corporal Hemograma Gasometria Arterial Beta-HCG (mulheres em idade fértil) Exame toxicológico
Condutas gerais do D
Glasgow, exame das pupilas, procurar por sinais de lateralização e/ou nível de lesão medular
Descreva a pontuação do GCS
Resposta ocular: 4 - Espontânea; 3 - Estímulo sonoro; 2 - Estímulo pressórico; 1 - Sem resposta
Resposta Verbal: 5 - Orientado; 4 - Confuso; 3 - Palavras; 2 - Sons; 1 - Sem resposta
Resposta Motora: 6 - Obedece a comandos; 5 - Localiza; 4 - Flexão normal; 3 - Flexão anormal (decorticação); 2 - Extensão anormal (descerebração); 1 - Sem resposta
Condutas gerais do E
Expor/despir o paciente para o inspecionar
Checar o dorso (rolamento em bloco)
Atentar para hipotermia (manter o ambiente aquecido, cobrir o paciente com manta térmica, administrar fluido IV aquecido à 39ºC)